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segunda-feira, abril 03, 2017

Péssimo resultado

Empatámos em casa como CRAC (1-1) no sábado e continua a haver um ponto a separar as duas equipas, com a lagartada (que ganhou 2-1 em Arouca), agora a oito pontos de nós. Não só perdemos uma excelente oportunidade de nos colocar a salvo de uma qualquer escorregadela até final do campeonato, como abrimos novamente a luta pelo título a três. Nós e o CRAC pelo título de campeão nacional e a lagartada por um maior do que esse: impedir o Benfica de ser campeão.

Com o Fejsa ainda sem estar em condições, a única alteração foi a titularidade do Rafa em detrimento do Zivkovic. Era fundamental vencer esta partida e tivemos uma entrada muito forte em campo. Colocámo-nos em vantagem logo aos 7’ num penalty indiscutível do Felipe sobre o Jonas, que o mesmo Jonas concretizou: remate rasteiro para o meio da baliza, mais que defensável se o Casillas não se tem mexido, o que felizmente aconteceu. O CRAC esteve bastante aturdido durante os primeiros 15’, depois lá se restabeleceu, mas sem nunca criar grande perigo junto à nossa baliza. Quanto a nós, tivemos mais do que uma ocasião para dilatar a vantagem, soubéssemos ter mais cabeça fria na hora da decisão: o Nélson Semedo, depois de uma boa jogada individual, resolveu rematar de pé esquerdo(!) fora da área, quando tinha o Jonas sozinho na meia-lua em excelente posição; o Rafa ganhou uma bola em velocidade ao traidor uruguaio, mas não conseguiu fazer o passe para o Jonas ou Mitroglou que estavam literalmente só com o Casillas pela frente(!); e uma cabeçada do Luisão num livre saiu ligeiramente por cima com o guarda-redes completamente batido. Quando ao CRAC, só um livre rasteiro do Brahimi é que proporcionou ao Ederson uma boa defesa. Deveríamos ter chegado ao intervalo com a partida praticamente decidida.

A 2ª parte não poderia ter começado pior, porque o CRAC empatou logo aos 49’ pelo traidor uruguaio, num bom lance do Brahimi na esquerda (este gajo estava tão bem fora do plantel, o Otávio é que era a 8ª maravilha do mundo, quem é que mandou recuperá-lo?!) que proporcionou três remates(!) na nossa área, tendo o último entrado. Claro que fomos muito pouco lestos a aliviar a bola. Ainda faltava praticamente toda a 2ª parte, mas o CRAC só criou verdadeiro perigo mais uma vez pelo Soares, que tirou o Nélson Semedo do caminho no um-para-um, mas viu o Ederson sair rapidíssimo aos seus pés e ficar com a bola. Festejei como se tivesse sido um golo! Quanto a nós, à semelhança da época passada, lá proporcionámos ao Casillas nova exibição de luxo: remate rasteiro em arco do Jonas e defesa para canto; outra vez o Jonas a desviar já na pequena-área um centro do Salvio e o espanhol conseguiu incrivelmente desviar a bola outra vez para canto; e num livre, depois de uma cabeçada do Luisão, o Mitroglou rematou praticamente à queima-roupa e o Casillas voltou a defender não só este, como a recarga do Jonas! Com uma mulher tão bonita em casa, o que é que este tipo vem fazer ao Estádio da Luz?!

Em termos individuais, gostei do começo do jogo do Salvio, que depois foi descendo de nível, o Rafa terá feito dos melhores jogos pelo Benfica (mas ainda longe do nível que se exige a alguém que custou aquele preço), o Samaris foi o mais consistente ao longo de toda a partida e o Luisão foi imperial na defesa. O Pizzi passou um pouco ao lado do jogo, o Mitroglou foi bem marcado e não teve muitas oportunidades e o Jonas não conseguiu aguentar os 90’. Fundamental foi novamente o Ederson com aquela saída aos pés do Soares. Os laterais tiveram regulares, com o Nélson melhor na primeira do que na segunda parte, e o Eliseu sempre atento ao Corona. O Lindelof, que teve problemas físicos durante a semana, jogou como se nada tivesse acontecido. Quanto aos substitutos, o Cervi não agitou tanto as coisas como se desejava e o Carrillo entrou já muito perto do fim. A enésima lesão do Jiménez ao serviço da selecção (julgo que teremos mais do que justa causa para o impedir de voltar à selecção!) prejudicou-nos, porque o seu poderio físico teria sido muito útil naqueles minutos finais.

Sempre disse que deveríamos chegar ao WC com quatro pontos de vantagem e esta partida era crucial para que isso acontecesse. Razão pela qual saí chateadíssimo do estádio. Iremos ver o que nos reservam os próximos jogos fim, mas perdemos uma excelente oportunidade de dar um passo enorme rumo ao tetra.

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