O Rui Vitória apostou no mesmo onze de Moreira de Cónegos, algo que perante a exibição sofrível que tivemos não deixou de me espantar. Especialmente levando em linha de conta que a equipa tinha melhorado naquele jogo com as entradas do Cervi e Zivkovic. E os primeiros 34’ desta partida frente ao Marítimo não foram muito diferentes da semana passada: com um futebol lento e previsível, era de facto difícil criar oportunidades de golo. Um par de remates do Jonas defendidos pelo Charles e uma boa intervenção deste depois de um corte defeituoso de um companheiro foram os únicos lances de relativo perigo que conseguimos. Do lado contrário, o Marítimo só assustou numa estupidez do Ederson a tentar fintar um adversário. Até que aos 34’ utilizámos pela primeira vez velocidade e inaugurámos o marcador: bola bem ganha pelo Rafa na esquerda, centro de trivela para a área e o Luís Martins, ao tentar impedir a bola de chegar ao Mitroglou (que só teria que encostar), acabou por colocá-la na baliza. Dois minutos depois, aumentámos a vantagem para 2-0 num bom remate de fora da área do Jonas, rasteiro e colocado, depois de uma combinação na esquerda entre o Rafa, o Pizzi e o próprio Jonas. Logo a seguir, numa das melhores jogadas do encontro, o Mitroglou falhou escandalosamente o terceiro golo, ao não acertar bem na bola quando só tinha o guarda-redes pela frente, depois de um centro do Nélson Semedo na direita. Mesmo em cima do intervalo, a partida ficou definitivamente resolvida com o 3-0, novamente pelo Jonas, numa recarga a um seu próprio remate depois de uma cabeçada do Luisão na sequência de um canto.
Tendo em conta que a diferença de golos pode ser um factor importante na resolução deste campeonato, pensei que aproveitaríamos esta oportunidade na 2ª parte para reduzir a nossa desvantagem perante o CRAC neste capítulo. Puro engano. Limitámo-nos a controlar a partida e a pensar mais no importantíssimo jogo da próxima semana no WC. Um remate de primeira do Mitroglou a centro do Rafa e uma perdida incrível do Salvio, isolado perante o guarda-redes pelo mesmo Rafa, foram as duas únicas ocasiões em que estivemos perto do golo. Quanto ao Marítimo, não me recordo de o Ederson ter efectuado uma única defesa. A única nota menos positiva foi a saída do Jonas aos 60’ por problemas musculares (entrou o Zivkovic), que espero não sejam impeditivos de o fazer alinhar na próxima semana.
Em termos individuais, destaque óbvio para o Jonas pelo bis, o Rafa não começou nada bem, mas foi subindo e acabou por participar nos nossos lances mais perigosos (se souber definir melhor o último passe e, principalmente, rematar à baliza pode tornar-se um caso sério, mas caso contrário podemos sempre transferi-lo para a secção de atletismo...), e o Luisão esteve irrepreensível na defesa. De jogo para jogo, o Grimaldo vai naturalmente subindo de forma e pode ser importante neste final de época, e com o Fejsa no meio-campo as coisas são sempre diferentes. Quanto aos menos, o Pizzi passou muito ao lado do jogo e o Salvio esteve de fugir.
Faltam cinco partidas para terminar o campeonato, mas a do próximo sábado no WC vai definir bastante do que se irá passar até final. Seria bom ter alguma margem de manobra (cada vez que penso que já tivemos seis pontos de vantagem, dá-me vontade de chorar...), mas isso não depende directamente de nós. De qualquer forma, sabendo que para o adversário este jogo será a final conjunta da Champions, Campeonato da Europa e Campeonato do Mundo, e que se esquecerá rapidamente da época miserável que está a fazer, se conseguir o prémio mais desejado por aqueles lados que é sempre atrasar-nos na luta pelo título, temos que ir lá para ganhar!
1 comentário:
Crónica fraquinha...
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