segunda-feira, novembro 21, 2016
De gala
Goleámos o Marítimo no sábado por
6-0 e estamos nos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Há casos em que o
resultado coincide com a exibição e esta foi indiscutivelmente a melhor da
época. O que mais saltou à vista foi a consistência que apresentámos (espelhada
nos 3-0 da 1ª parte e 3-0 na 2ª), dado que jogámos os 90’ como se estivesse
sempre 0-0. E isso é algo que me agrada imenso.
Claro que marcar logo aos 2’ é o
melhor tónico que se pode pedir para uma partida: recuperação do Samaris perto
da área adversária, a bola vai ter com o Mitroglou, que permite a defesa do
Gottardi, o Salvio não desiste do ressalto, rouba a bola a um adversário e
assiste o Cervi para marcar. Os primeiros minutos foram sufocantes para o
Marítimo, que praticamente não saía do seu meio-campo. Tivemos oportunidades
pelo Guedes (desarmado quando ia rematar), Salvio (isolado pelo Pizzi, viu o
guarda-redes fazer-lhe a mancha),
Eliseu (remate de longe desviado para canto) e livre directo do Pizzi
(defendido para canto pelo Gottardi). Eu começava a ficar apreensivo, porque
era essencial chegar ao intervalo com dois golos de vantagem e lembro-me sempre
de ‘n’ jogos destes, com oportunidades falhadas e que depois nos custam caro.
Mas aos 38’, lá fizemos o segundo, numa combinação entre Mitroglou, Salvio e
Pizzi, com alguns ressaltos à mistura, que permitiu ao nº 21 atirar cruzado e
rasteiro para o fundo da baliza. Estava tudo bem encaminhado e melhor ficou aos
43’ com o terceiro golo: grande jogada do Nélson Semedo, a não permitir que a
bola saísse pela linha de fundo, a tirar magistralmente o defesa do caminho, a
ter sorte de a bola ter voltado para ele depois de ter sido interceptada no
primeiro centro e finalmente a assistir a cabeça do Mitroglou, que só teve que
encostar para a baliza deserta.
Em vésperas de uma partida muito
importante para a Champions e com a
eliminatória praticamente resolvida, era expectável que a equipa baixasse o
ritmo na 2ª parte. E se o Júlio César continuou a ser um espectador, resto da
equipa, não! Continuámos a jogar da mesma maneira e, depois de ter rematado por
cima numa boa jogada individual, o Gonçalo Guedes repetiu a dose em termos de
jogada, mas desta feita assistiu o Mitroglou para o 4-0 aos 53’. Até para mim,
a eliminatória ficou fechada! Entretanto, entrou o Jiménez para a poupança do
Mitroglou e foi o mexicano a marcar o 5-0 aos 68’. Penalty a punir braço de um
defesa que impediu que o remate do Salvio entrasse, expulsão respectiva, e o
Jiménez lá marcou no seu estilo peculiar (que eu não gosto nada, porque se o
guarda-redes acerta no lado defende facilmente, mas pelos vistos resulta porque
nunca falhou um penalty na vida e já lá vão 16). Também deu para o Rafa
regressar mais de dois meses depois da lesão e de fecharmos o marcador aos 88’
num golão do Gonçalo Guedes, com um remate de primeira de fora da área depois
de um canto do Pizzi directamente para ele.
Em termos individuais, o Gonçalo
Guedes destacou-se sobremaneira. Aliás, o melhor elogio que se lhe pode fazer é
que, em termos objectivos, não temos sentido a falta do Jonas: a equipa
continua a jogar bem e a ganhar. Também o Pizzi está bastante à vontade a
manobrar a equipa a meio-campo e, com a reincidência da lesão do André Horta, o
lugar será dele por um bom bocado. Menção igualmente para o Mitroglou, porque
dois golos são sempre de realçar. O Salvio esteve muito activo e com
participação directa nos golos. E, last
but not least, o Nélson Semedo confirmou que não vai passar muito tempo na
Luz. Que exibição!
Como já disse várias vezes ao longo
dos anos, gosto imenso da Taça de Portugal, porque adoro ir ao Jamor no final
da época. E fico sempre bastante chateado quando somos eliminados precocemente.
Espero que possamos finalmente lá voltar este ano.
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