quarta-feira, novembro 02, 2016
Complicado
Vencemos o Dínamo
Kiev por 1-0 e, com o empate do Nápoles no Besiktas, estamos igualados com os
italianos no 1º lugar do grupo com 7 pontos, tendo os turcos seis pontos. Os
ucranianos, com apenas um ponto, já não têm hipóteses de chegar aos oitavos da Champions.
Foi um encontro
bastante mais difícil do que eu estava à espera. Nós não tivemos a dinâmica
habitual e os ucranianos mostraram porque é que são mais perigosos fora do que
em casa. Na 1ª parte, dominámos completamente a partida, mas sem criar grandes
oportunidades de golo. Uma cabeçada do Grimaldo defendida pelo guarda-redes e um
desvio do Mitroglou por cima a centro do Gonçalo Guedes foram as nossas melhores
ocasiões. Do lado ucraniano, foi o Derlis González a ter uma óptima
oportunidade, mas o Lindelof cortou in
extremis. Quando já todos pensávamos que íamos para o intervalo empatados,
num livre lateral a nosso favor, o Vida quis levar o Luisão para casa e o
árbitro naturalmente assinalou o respectivo penalty. O Salvio voltou a ser o
escolhido para marcar e atirou rasteiro para o meio da baliza, ligeiramente
para o lado esquerdo (lado oposto ao habitual), enganado o guarda-redes. Tenho
que dizer que não sou nada fã da maneira como o Salvio marca os penalties: é
invariavelmente para o meio da baliza e, se o guarda-redes acerta no lado ou
nem se mexe, defende facilmente. So far,
so good, mas prefiro muito mais os penalties que são desviados do
guarda-redes mesmo que este acerte no lado, porque esses têm mais de 50% de
possibilidade de serem golo.
Esperava eu que na
2ª parte jogássemos melhor, com os espaços que inevitavelmente os ucranianos
abririam. Só que não. Tivemos duas enormes ocasiões, num tiraço do Guedes à
barra (a sua potência de remate está a tornar-se um caso sério) e através do
Mitroglou que picou bem a bola sobre o guarda-redes quando este saiu, mas esta
passou ao lado. Aliás, o grego teve um jogo muito infeliz, porque já tinha tido
outras duas hipóteses de marcar logo no início da 2ª parte, mas numa delas
rematou por cima e noutra, num lance de um-para-um, rematou frouxo. A pior notícia
da noite foi uma entrada dura sobre o Fejsa que obrigou à sua substituição pelo
Samaris. Vamos lá a ver se recupera para domingo... Tanta oportunidade falhada
poder-nos-ia ter saído muito cara com o disparate do Ederson aos 68’: saída aos
pés de um avançado, este muda de direcção para a linha lateral, mas o nosso guarda-redes
esticou os braços na mesma e derrubou-o. Sem que nada o fizesse prever, os
ucranianos tinham uma hipótese soberana, todavia o Ederson corrigiu o erro e
defendeu o penalty. Até final, ainda passámos por alguns calafrios
especialmente nas bolas paradas, mas lá conseguimos manter a importantíssima
vantagem. Em termos ofensivos, a equipa começou a ressentir-se fisicamente e não
esteve tão solta como é habitual.
Não é muito fácil
destacar alguém num jogo como estes. O Pizzi foi o maestro a meio-campo e todo
o nosso jogo ofensivo passou por ele. Teve uma percentagem de passes certos
muito alta e, ou muito me engano, ou vai ser difícil tirá-lo daquela posição agora.
Até porque os argentinos nos extremos estão bem: o Salvio, apesar de uma
exibição mais fraca do que as anteriores, teve uma das suas arrancadas
habituais e marcou o penalty, enquanto o Cervi sobe a olhos vistos, com grande
comprometimento defensivo e confiança na forma como enfrenta os adversários. O
Guedes não esteve tão em destaque como na passada 6ª feira, mas continua
absolutamente indiscutível no onze. A defesa revelou-se segura na maior parte do
tempo e o Ederson corrigiu bem o enorme disparate que fez.
É absolutamente
fundamental não perder na Turquia daqui a três semanas. Já garantimos os
serviços mínimos (a Liga Europa), mas claro que queremos mais. Uma boa campanha
na Champions não só valoriza o nosso
prestígio internacional, como também nos dá uma enorme confiança para o grande
objectivo da época: o tetra.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário