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segunda-feira, maio 18, 2015

BICAMPEÕES NACIONAIS

Empatámos em Guimarães (0-0), mas o empate do CRAC em Belém (1-1) permitiu-nos conquistar o 34º título nacional da nossa história e o segundo consecutivo, feito que já nos fugia há 31 anos. Como esse empate só surgiu aos 85’, foi debaixo de uma camada de nervos quase insuportável que assisti ao nosso jogo. Estivemos quase a ter que resolver tudo na última jornada, mas felizmente que correu bem no final.

Tivemos das melhores entradas em campo esta época e aos 13’ já tínhamos enviado duas bolas aos postes (Jonas e Maxi Pereira) e tido um falhanço inacreditável com o guarda-redes no chão (ai Lima, Lima…!). Houve igualmente um par de bolas que foram interceptadas por um defesa quando seguiam o caminho da baliza (a recarga à bola na barra do Jonas, por exemplo). O V. Guimarães não criava perigo nenhum e, quando o Jonas falhou incrivelmente um golo feito aos 33’, depois de uma boa iniciativa do Salvio e assistência do Lima, comecei a acreditar que o c**** do bruxo de Fafe tinha mesmo dado resultado. Sem favor nenhum, deveria estar 0-4 para nós ao intervalo e um déjà vu deste jogo não parava de correr na minha cabeça…

Na 2ª parte, não criámos tantas situações, porque o V. Guimarães encaixou-se bem na nossa equipa e, com muita cacetada e antijogo pelo meio, lá levava a sua avante. Mesmo assim, uma cabeçada do Maxi foi bem defendida pelo Douglas e foi pena que remates do Lima e Jonas não tivessem a força necessária. Do lado contrário, só uma cabeçada num livre perto do final é que nos criou algum perigo. Como a 2ª parte recomeçou cinco minutos depois de Belém, foi o delírio quando o Tiago Caeiro (obrigado, obrigado!) fez o empate já perto dos 90’. Nunca na vida eu imaginaria que isso fosse possível e foi só o barulho dos nossos adeptos no estádio que me fez mudar de canal e ver o que se estava a passar. A partir daí, ficar sentado frente à televisão foi impossível e aqueles minutos finais demoraram imenso a passar… No final, deu-se a explosão de alegria e obviamente que não consegui conter as lágrimas. Sim, voltei a chorar na conquista de um campeonato, porque este, apesar de justíssimo, foi conseguido num jogo bem sofrido.

Em termos individuais, é difícil destacar alguém, porque só jogámos verdadeiramente bem naquele primeiro período da 1ª parte. Aí sobressaiu o Jonas (apesar do incrível falhanço) e as acelerações do Salvio e Gaitán, bem secundados pelo infatigável Maxi Pereira. No entanto, com o decorrer do jogo, o Salvio foi complicando cada vez mais (que mania de não jogar simples quando as coisas não lhe estão a correr bem…!) e o Gaitán percebeu-se que estava longe das condições ideais, porque se poupava muito em campo para poder durar os 90’ (e durou). Apesar disso, nas duas ou três arrancadas que fez lançou o pânico na defesa contrária, mas infelizmente sem conseguir que o último passe chegasse em condições ao destinatário. No meio-campo, o Pizzi não se conseguia libertar da marcação e o Fejsa ia tendo um falhanço comprometedor que resolveu provocando um amarelo. Ao Lima devemos muito neste campeonato (só os golos em Mordor já pagaram a sua contratação), mas aquele falhanço é inacreditável: faz o mais difícil que é sentar o guarda-redes e depois o chapéu é alto demais…! Nos últimos minutos, não estava a perceber porque é que não entrava o Ruben Amorim para segurar o meio-campo, mas o Jesus como é esperto colocou o Derley que serviu como nosso primeiro defesa, ao não permitir que o V. Guimarães saísse a jogar a partir da sua área. O André Almeida (o 34! :-) também entrou muito bem na partida e colocou alguma calma no meio-campo.

Foi muito bom ter resolvido o campeonato já, porque assim todos os jogadores do plantel terão oportunidade de ser campeões (alguns ainda não jogaram) e, mais importante do que isso, temos tempo para nos concentrarmos na final da Taça da Liga daqui a menos de duas semanas. A perda da Taça de Portugal por causa dos festejos do campeonato na época do Trapattoni estar-me-á eternamente atravessada e desejo nunca mais ver outra igual. A festa no Marquês foi enorme, com uma produção mais pensada do que na época passada (perdendo-se no entanto em improviso…), mas com igual entusiasmo. Só foi pena que alguns aproveitem estas ocasiões para serem energúmenos e darem azo a que hoje a comunicação social fale tanto dos 15’ de desacatos quanto das cinco horas de festa. No entanto, estes (poucos) acéfalos não são nada representativos dos milhares que celebraram condignamente em todo o mundo esta enorme conquista. Agora é pensar no 35!

VIVA O GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA! CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS BICAMPEÕES!

2 comentários:

Ego Mentis disse...

Bom texto. Falta só referir que tivemos um golo mal anulado. Não há fora de jogo nesse lance.

VIVA O BENFICA!

La Mar disse...

Caro,
Seria importante esclarecer e deixar bem claro que somos 34 vezes campeões e não bicampeões (dicionário da porto Editora - bicampeão -clube ou pessoa 2 vezes campeão). Bicampeões fomos se não me falha a fonte (e não a memória) em 1936/37, sendo agora 2 vezes consecutivas campeões (algo que mesmo merecendo não eramos desde a década de 80). Há um clube de porcos que foi não sei quantas vezes seguindas campeão, há outro de calimeros que também se incha todo para dizer que foi o 1º não sei o quê campeão, mas só o BENFICA é 34 vezes campeão!
Não é menosprezar este título e a carga simbólica que tem, mas colocar outros no devido sítio quando ganhamos.
Sérgio