domingo, abril 05, 2015
Fortaleza
Vencemos o Nacional por 3-1 e, no mínimo, iremos manter a vantagem de três
pontos sobre o CRAC. Regresso ao Estádio da Luz, regresso das exibições de
gala, com o pequeno contra de termos sofrido o primeiro golo para o campeonato
desde… 21 de Setembro! Foram quase sete meses sem termos visto a nossa baliza violada na Luz.
Numa tarde de bastante calor, a nossa equipa não entrou tão rápida quanto é
habitual, mas mesmo assim fomos criando situações de golo, com um remate do
Gaitán ao lado, uma cabeçada do Jonas para uma boa defesa do Gottardi e outra
do Lisandro ao lado num canto. O Nacional mal passava do meio-campo e foi com
naturalidade que chegámos à vantagem quando começámos a acelerar o jogo: grande
jogada pela direita entre o Maxi e o Salvio, e centro deste para o Jonas
facturar. Foi aos 21’ e dez minutos depois alargámos o marcador num cruzamento
milimétrico do Gaitán para o Lima cabecear para dentro da baliza. Atacámos, ao
contrário do que é habitual para a baliza sul na 1ª parte, mas esta esperteza
do Nacional na moeda ao ar não lhes serviu de nada, porque, para além dos
golos, até ao intervalo tivemos mais umas quantas belas combinações atacantes,
com o Jonas a finalizar duas delas para as mãos do Gottardi, que, se entrassem,
seriam golos magníficos.
Apesar das duas substituições do Nacional ao intervalo, a 2ª parte
iniciou-se da mesma maneira, ou seja, connosco a tentar o terceiro para acabar
de vez com o jogo. Continuámos ter oportunidades, com destaque para um
cabeceamento do Salvio à vontade, na sequência de um centro magistral do
Gaitán, que deveria ter tido melhor destino. Aos 59’, lá fizemos finalmente o
terceiro, num golão do Jonas de fora da área depois de um passe da direita do
Salvio. A partir daqui, fomos baixando gradualmente o ritmo e o Nacional
reduziu aos 74’ pelo Tiago Rodrigues (que felizmente recuperou da
‘gastroenterite’, perdão, gastroenterite que o impediu de defrontar o seu clube
de origem há duas semanas…) num remate bem colocado de fora da área, depois de
uma perda de bola do Eliseu em zona defensiva. A equipa intranquilizou-se um
pouco, algum público (inexplicavelmente) assobiou e o Nacional teve outro
remate perigoso ao lado logo a seguir. O Jesus já tinha feito entrar o Talisca
para o lugar do Jonas e foi aquele que, com um remate para defesa do Gottardi,
teve o condão de fazer renascer o nosso espírito atacante e consequentemente o
controlo do jogo. Tivemos mais oportunidades pelo Jardel e Lisandro no mesmo
lance, um livre para a área, e uma finta magistral do Salvio foi pena ter sido
defendida pelo guarda-redes, caso contrário seria um golo que percorreria todas
as estações de televisão. Nota negativa apenas para a lesão na mão do Talisca
que o obrigou a sair mais cedo.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Jonas pelo bis (e novo domínio de bola magistral,
ainda na 1ª parte, em que a recebe pelas costas!) e para o Salvio, que me parece
em melhor forma, mais solto e menos complicativo (e aquela finta final também
paga um red pass). O regresso do
Gaitán é fundamental, porque não só joga como faz todos os outros subirem o seu
nível exibicional. O Pizzi teve uma 1ª parte muito discreta, mas subiu bastante
na 2ª. O Lisandro substituiu sem problemas o castigado Luisão e o Eliseu,
depois de tantas tentativas, lá conseguiu levar o amarelo para limpar frente à
Académica. Não sei se o Maxi também não deveria ter feito o mesmo, porque daqui
a três jogos recebemos o CRAC e, se vamos a Belém com ele tapado, temo muito
que não alinhe nessa partida fundamental. E, teoricamente, o encontro frente à
Briosa será mais acessível do que frente ao Belenenses. Em princípio, o Salvio
e o Jonas poderão defender-se melhor quanto aos amarelos nesses dois jogos.
É abissal a diferente da nossa equipa nos jogos em casa e fora, o que
também não deixa de ser preocupante. Como bem referiu o JG, basta ganharmos as partidas todas em
Lisboa até final da época para sermos campeões. Claro que isso implica ir
ganhar a Belém e vencer o CRAC, mas para isso é imperioso que nesses encontros
bastantes difíceis nos mantenhamos com a concentração que temos demonstrado na
Luz. No entanto, vamos com calma, porque abébias como a de Paços e de Vila do
Conde, não se podem voltar a repetir.
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3 comentários:
Caro S.L.B.,
Excelente post, boa leitura do jogo.
Só dois comentários:
- o Salvio não está a subir de forma, continua a manter um nível impressionante de produtividade ao longo da época (mais duas assistências para golo, é o jogador que mais desiquilíbrios provoca nas defesas adversárias, e mesmo assim não foi o MVP, enfim...)
- a gestão dos amarelos é muito mais difícil quando temos bois de apitos. O problema não vai ser o Jonas Pistolas e o Salvio defenderem-se com a académica. O problema vai ser no Restelo... véspera de jogo com os corruptos.
CARREGA BENFICA!
Bom dia,
Gosto muito dos teus textos e só por isso é que faço o reparo para emendares uma gralha na primeira frase: foram 7 meses sem ver a nossa baliza violada (e não inviolada).
Abraço,
Calantrão
Obrigado, Calantrão. Está corrigido. Abraço.
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