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quinta-feira, novembro 08, 2012

Tacuara

Uma óptima 2ª parte permitiu-nos derrotar o Spartak Moscovo (2-0) e conseguir assim a primeira vitória na Liga dos Campeões deste ano. O que não estava no programa foi o triunfo do Celtic frente ao Barcelona (2-1), que tornou mais complicada a nossa qualificação para os oitavos-de-final.

Apesar do bom entendimento com o Lima e dos dois golos no passado Sábado, o Jesus resolveu deixar o Cardozo no banco, promovendo a titularidade do Rodrigo, que desde o jogo frente ao Nacional, a 2 de Setembro, basicamente desapareceu. Portanto, jogámos a 1ª parte com dez e criámos apenas uma grande oportunidade, quando o Salvio numa recarga atirou ao lado tendo só o guarda-redes pela frente. O Spartak também teve uma excelente ocasião salva pela perna do Artur.

Na 2ª parte, o Jesus resolveu fazer entrar o melhor marcador estrangeiro da história do Glorioso e a coisa piou mais fino. Pouco depois de ter entrado, o Cardozo meteu logo a bola na baliza, mas o fiscal-de-linha assinalou mal fora-de-jogo. Aos 56’ foi o próprio Cardozo a começar e finalizar a jogada: abriu bem na esquerda para o Ola John, que desmarcou o Melgarejo para um cruzamento perfeito na direcção da cabeça do Tacuara. Grande jogada e grande golo! Se até então, o Spartak ia sempre espreitando o contra-ataque, a partir daí deixou de existir. Até porque nós fizemos o 2-0 aos 69’ novamente pelo Cardozo num remate de primeira depois de uma boa iniciativa do Ola John pela esquerda culminada num centro milimétrico. E o Tacuara poderia ter feito um hat-trick se não atirasse à barra um penalty que ele próprio provocou, com expulsão do adversário. Até final, ainda deu para o Artur fazer uma óptima defesa com os pés, que salvaguardou a nossa vantagem no confronto directo com os russos, e para o Cardozo atirar ao lado de pé direito quando só tinha o guarda-redes pela frente.

Em termos individuais, óbvio destaque para o Cardozo: três golos (um anulado), um penalty conquistado e falhado, e duas perdidas em excelente posição (a outra foi num canto em que ele cabeceou contra a parte superior da barra). Ou seja, poderia ter marcado seis golos(!), o que lhe permitiria ter ultrapassado o Nené como segundo melhor marcador do Benfica nas competições europeias (está a dois golos de o igualar). O Jesus pode vir dizer as vezes que quiser que a titularidade do Rodrigo foi “estratégia” para o Cardozo entrar com mais “intensidade” na 2ª parte, mas o que é facto é que somos uma equipa com o paraguaio em campo e outra sem ele. E, se essa “intensidade” fosse mesmo assim, então o Cardozo só marcaria golos nas primeiras partes quando jogasse os 90’, algo que acho que não acontece… Outro grande destaque vai para o Ola John, que abriu autenticamente o livro na 2ª parte. O defesa-direito russo vai ter pesadelos com ele durante uns bons tempos… O André Almeida, que substituiu o castigado Matic, não destoou o que é dizer muito num jogo da Champions e o Garay esteve irrepreensível na defesa. Última referência para o Artur, que voltou a ser fundamental para garantir o nosso terceiro nulo consecutivo.

Resta-nos ganhar ao Celtic na próxima jornada e esperar que o Barça ganhe na Rússia para ficar já com o 1º lugar garantido. Pode ser que assim jogue com uma equipa mais ou menos B em Nou Camp e nós tenhamos hipóteses de ir lá ganhar. Caso contrário, será muito difícil prosseguirmos na Liga dos Campeões. Mas, de qualquer maneira, essa vitória frente ao Celtic garante-nos no mínimo a Liga Europa, e seria inconcebível que ficássemos fora das competições europeias antes do final do ano.

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