domingo, fevereiro 28, 2010
Demonstração de força
Goleámos em Matosinhos o Leixões (4-0) com um hat-trick do Di María. Antevia-se uma partida muito difícil, até porque os outros dois candidatos ao título tinham lá empatado e nós ainda não tínhamos conseguido ganhar desde que o Leixões regressou à 1ª Divisão, mas tornámo-la fácil ao fazer uma grande exibição. Para isto também contribuiu o facto de não ter havido o temporal previsto à hora do jogo. O Jorge Jesus faz algumas mexidas no onze, mas o rendimento da equipa manteve-se muito alto dando seguimento ao que já tínhamos feito frente ao Hertha.
Com o sumaríssimo ao Javi García, o Jesus surpreendeu e deu a titularidade ao Airton, quando se esperava que fosse o Rúben Amorim a ocupar o lugar. Juntamente com isso, o Éder Luís entrou para o lugar do Aimar, que nem no banco ficou. Fiquei um pouco apreensivo com estas modificações, mas o jogo provou que o Jesus estava certíssimo. Nomeadamente em relação ao Airton, que nem parecia estar a fazer a sua estreia pelo Benfica. Entrámos muito fortes na partida e poderíamos ter marcado logo aos 4’ com uma cabeçada do David Luiz ao poste. Continuámos a tentar e marcámos aos 21’, mas o fiscal-de-linha assinalou um fora-de-jogo inacreditável ao Di María, quando ele nem sequer estava em linha. O roubo do costume. Só que este ano nós estamos muito fortes e este lance não nos desconcentrou. Abrimos o marcador aos 26’ num bom remate fora da área do Éder Luís que ressaltou num defesa e enganou o guarda-redes, Diego. Um pouco de sorte também faz parte do jogo e compensou o roubo do golo anulado. Até final da 1ª parte poderíamos ter marcado num grande remate do Saviola, mas o Diego defendeu para canto.
No 2º tempo, tivemos duas grandes oportunidades para acabar com as dúvidas em relação ao vencedor ainda antes dos 10’, mas o Di María isolado e o Cardozo sem ninguém na baliza falharam inacreditavelmente. Nesta altura fiquei um pouco apreensivo, porque a desperdiçar assim arriscávamo-nos a ter um final de jogo complicado. Uma vantagem mínima é sempre muito perigosa, mas talvez a melhor coisa que o Benfica tem este ano é não descansar enquanto a bola não entra na baliza contrária. E isso voltou a acontecer aos 59’ através de um remate do Di María, em que me pareceu que o Diego foi mal batido, já que a bola entrou pelo ângulo mais perto dele. A partida ficou decidida, até porque o Leixões não demonstrava nenhuma capacidade para criar perigo. Uma bela abertura do Carlos Martins, que entretanto tinha substituído o Éder Luís, isolou o Di María aos 76’ e o argentino fez um magnífico chapéu para o 0-3. A 3’ do fim fechámos a contagem com o primeiro hat-trick do Di María pelo Benfica (e quase que aposto da sua carreira), noutro grande remate fora da área depois de uma jogada do Maxi Pereira. Vitória categórica, sem espinhas e apesar de termos sido vilipendiados quando ainda estava 0-0. Os outros têm mesmo que se preocupar…
Obviamente o destaque do jogo tem que ser o Di María. Está numa forma fabulosa e até já marca golos com regularidade. Aliás, uma das provas que o Jorge Jesus é um bom treinador é que conseguiu que um jogador que tinha o remate mais ridículo da história do futebol (como eu disse no ano passado) desatasse a acertar mais com a baliza. Gostei igualmente imenso do Airton, que julgo ser uma opção bastante válida para o difícil lugar do Javi García. O Cardozo também fez uma bela partida, exceptuando no capítulo do remate. Aliás, parece que quanto melhor joga fora da área, menos regular está a ser a marcar dentro dela (o falhanço é incrível…). O Ramires está numa fase de menor fulgor em termos atacantes, mas é tacticamente brilhante. Quem também fez uma partida mais discreta foi o Saviola. A defesa esteve toda bem e não permitiu veleidades ao Leixões. Mas o elo mais fraco foi mesmo o Éder Luís, apesar do golo (mérito no remate, mas muita sorte no ressalto). Vamos ver no futuro, mas parece-me que ele tem um grave problema na recepção da bola e ainda não mostrou (ainda por cima em mais tempo) o que, por exemplo, o Airton já mostrou. A melhoria com a entrada do Carlos Martins foi evidente.
O Sr. Lucílio Baptista foi muito mal auxiliado na 1ª parte e o golo invalidado é uma vergonha. Para além disso, houve umas quantas entradas de jogadores do Leixões que deveriam ter valido amarelos, mas para o que eu estava à espera até acabou por não ser nada mau. Com esta inequívoca vitória, assistiremos mais logo com toda a tranquilidade à partida entre os lagartos e o CRAC. Os lagartos têm uma oportunidade de outro de justificarem a sua existência enquanto clube autónomo e não apenas como um anti-Benfica. Estão mais confiantes com a eliminação do Everton e desejo naturalmente que tirem pontos aos assumidamente corruptos. Vamos lá a ver se servem para alguma coisa…
P.S. - Ah, e a propósito, parabéns Sport Lisboa e Benfica por 106 anos de glória!
Com o sumaríssimo ao Javi García, o Jesus surpreendeu e deu a titularidade ao Airton, quando se esperava que fosse o Rúben Amorim a ocupar o lugar. Juntamente com isso, o Éder Luís entrou para o lugar do Aimar, que nem no banco ficou. Fiquei um pouco apreensivo com estas modificações, mas o jogo provou que o Jesus estava certíssimo. Nomeadamente em relação ao Airton, que nem parecia estar a fazer a sua estreia pelo Benfica. Entrámos muito fortes na partida e poderíamos ter marcado logo aos 4’ com uma cabeçada do David Luiz ao poste. Continuámos a tentar e marcámos aos 21’, mas o fiscal-de-linha assinalou um fora-de-jogo inacreditável ao Di María, quando ele nem sequer estava em linha. O roubo do costume. Só que este ano nós estamos muito fortes e este lance não nos desconcentrou. Abrimos o marcador aos 26’ num bom remate fora da área do Éder Luís que ressaltou num defesa e enganou o guarda-redes, Diego. Um pouco de sorte também faz parte do jogo e compensou o roubo do golo anulado. Até final da 1ª parte poderíamos ter marcado num grande remate do Saviola, mas o Diego defendeu para canto.
No 2º tempo, tivemos duas grandes oportunidades para acabar com as dúvidas em relação ao vencedor ainda antes dos 10’, mas o Di María isolado e o Cardozo sem ninguém na baliza falharam inacreditavelmente. Nesta altura fiquei um pouco apreensivo, porque a desperdiçar assim arriscávamo-nos a ter um final de jogo complicado. Uma vantagem mínima é sempre muito perigosa, mas talvez a melhor coisa que o Benfica tem este ano é não descansar enquanto a bola não entra na baliza contrária. E isso voltou a acontecer aos 59’ através de um remate do Di María, em que me pareceu que o Diego foi mal batido, já que a bola entrou pelo ângulo mais perto dele. A partida ficou decidida, até porque o Leixões não demonstrava nenhuma capacidade para criar perigo. Uma bela abertura do Carlos Martins, que entretanto tinha substituído o Éder Luís, isolou o Di María aos 76’ e o argentino fez um magnífico chapéu para o 0-3. A 3’ do fim fechámos a contagem com o primeiro hat-trick do Di María pelo Benfica (e quase que aposto da sua carreira), noutro grande remate fora da área depois de uma jogada do Maxi Pereira. Vitória categórica, sem espinhas e apesar de termos sido vilipendiados quando ainda estava 0-0. Os outros têm mesmo que se preocupar…
Obviamente o destaque do jogo tem que ser o Di María. Está numa forma fabulosa e até já marca golos com regularidade. Aliás, uma das provas que o Jorge Jesus é um bom treinador é que conseguiu que um jogador que tinha o remate mais ridículo da história do futebol (como eu disse no ano passado) desatasse a acertar mais com a baliza. Gostei igualmente imenso do Airton, que julgo ser uma opção bastante válida para o difícil lugar do Javi García. O Cardozo também fez uma bela partida, exceptuando no capítulo do remate. Aliás, parece que quanto melhor joga fora da área, menos regular está a ser a marcar dentro dela (o falhanço é incrível…). O Ramires está numa fase de menor fulgor em termos atacantes, mas é tacticamente brilhante. Quem também fez uma partida mais discreta foi o Saviola. A defesa esteve toda bem e não permitiu veleidades ao Leixões. Mas o elo mais fraco foi mesmo o Éder Luís, apesar do golo (mérito no remate, mas muita sorte no ressalto). Vamos ver no futuro, mas parece-me que ele tem um grave problema na recepção da bola e ainda não mostrou (ainda por cima em mais tempo) o que, por exemplo, o Airton já mostrou. A melhoria com a entrada do Carlos Martins foi evidente.
O Sr. Lucílio Baptista foi muito mal auxiliado na 1ª parte e o golo invalidado é uma vergonha. Para além disso, houve umas quantas entradas de jogadores do Leixões que deveriam ter valido amarelos, mas para o que eu estava à espera até acabou por não ser nada mau. Com esta inequívoca vitória, assistiremos mais logo com toda a tranquilidade à partida entre os lagartos e o CRAC. Os lagartos têm uma oportunidade de outro de justificarem a sua existência enquanto clube autónomo e não apenas como um anti-Benfica. Estão mais confiantes com a eliminação do Everton e desejo naturalmente que tirem pontos aos assumidamente corruptos. Vamos lá a ver se servem para alguma coisa…
P.S. - Ah, e a propósito, parabéns Sport Lisboa e Benfica por 106 anos de glória!
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2 comentários:
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OBRIGADO
Este jogo resume-se a uma palavra: controlo. Pelo menos deu-me sempre essa impressão quando o estava a ver.
Agora é preparamo-nos para o Paços em casa, e disfrutar do SCP-FCP...a ver vamos se o Sporting acorda um bocadinho para a vida e deixa de ser um clube submisso ao FCP.
FORÇA AÍ!
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