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sexta-feira, novembro 06, 2009

Inquestionável

Vencemos o Everton em Liverpool (2-0) e colocámo-nos em muita boa posição para passarmos aos 1/16 avos de final da Liga Europa, até porque houve um empate entre o AEK e o Bate Borisov. Precisamos apenas de mais um ponto nos dois jogos que faltam para nos qualificarmos. Parece-me cada vez mais claro que o maior adversário do Benfica este ano vão ser os Srs. Jorge Sousas que se nos atravessam no caminho, já que quando temos arbitragens honestas acabamos por ganhar mesmo jogos mais equilibrados.

Não sendo uma partida decisiva no apuramento, era no entanto muito importante em termos anímicos. Era fundamental a equipa dar uma resposta cabal ao resultado negativo do passado sábado e mostrar ao sistema que vai ter que corromper e roubar muito para nos parar. É algo que não cessa de me espantar este ano: respondemos sempre muito bem a qualquer resultado menos bom. E para o do passado sábado muito contribuíram factores externos, já que a nossa exibição não foi assim tão má.

Perante um Everton que, não me canso de repetir, ficou em 5º lugar no campeonato inglês do ano passado e que jogava em casa, demonstrámos uma personalidade imensa, classe e perfeita noção do que tínhamos que fazer para os neutralizar. Como se esperava, o Aimar ficou no banco e jogámos com o Javi García e o Ramires no meio, o Sidnei a central e o David Luiz na esquerda. As despesas do ataque eram do Di María, Fábio Coentrão, Saviola e Cardozo. A 1ª parte foi equilibrada, mas fomos nós que criámos mais perigo, incluindo uma bola ao poste pelo Cardozo seguida de um bom remate do Saviola superiormente defendido pelo Tim Howard. Perto do intervalo tivemos uma péssima notícia com a lesão muscular do Ramires, que espero seja recuperável a tempo de Alvalade. Ainda por cima, o brasileiro estava a ser dos melhores. Entrou o Maxi para lateral-direito e Amorim subiu para o meio-campo.

A 2ª parte foi um festival. O Everton deixou praticamente de criar perigo, enquanto nós tivemos muito cedo duas boas ocasiões pelo Di María. Aos 60’ o Jorge Jesus decidiu que estava na altura de ganhar o jogo e lançou o Aimar. Foi a estocada final. Se até aí tínhamos espaço para atacar, depois da entrada do argentino ficámos com alguém que sabia muito bem o que fazer com esse espaço. Aos 63’ uma boa combinação entre o Di María e o Saviola permitiu a este último inaugurar o marcador. A 15’ do fim a vitória ficou assegurada com um golo do Cardozo (em ligeira posição de fora-de-jogo) depois de um remate do Amorim desviado por um defesa. Muito perto do fim, num lance que me pareceu claríssimo fora-de-jogo, o Júlio César fez uma defesa magistral num remate isolado de um jogador do Everton na sequência de um canto. Foi daqueles lances de golo certo que o guarda-redes salva, algo que infelizmente não estou habituado a ver no Benfica nos últimos tempos.

Individualmente há que destacar o trio de argentinos (Di María, Saviola e Aimar) que fizeram a cabeça em água aos ingleses. O Javi García esteve imperial como sempre e gostei igualmente do Sidnei, que não pareceu que não tem jogado muito este ano. O Luisão é cada vez mais um pilar de toda a equipa e, que me lembre, só foi batido uma vez ao longo da partida. O Cardozo lá marcou o golito do costume e o Amorim subiu de produção quando foi para o meio-campo. Voltei a gostar da segurança do Júlio César.

O prestígio europeu do Benfica, que ficou um pouco abalado depois da vergonhosa campanha da época passada, está a ser recuperado, o que só nos deve encher de orgulho. Desde o jogo na Ucrânia frente ao Shakhtar há quase dois anos que não ganhávamos fora na Europa, malapata essa que foi agora quebrada em grande estilo. Por outro lado, uma boa campanha europeia é fundamental para que na próxima época, se formos à Champions, fiquemos no pote 2. Quanto aos jogos que faltam, era conveniente selarmos já o apuramento na Bielorrússia, para que na partida frente ao AEK Atenas utilizemos os suplentes. É que apenas três dias depois desta recebemos o CRAC na jornada antes do interregno do campeonato para o Natal.

4 comentários:

Gandhy disse...

Penso que nós Benfiquistas devemos substituir o Ninguém para o Benfica por algo como Só o Jorge Sousa para o Benfica!!!

Com árbitros isentos, batemo-nos com qualquer equipa.

Rui Ferreira disse...

Só para acrescentar que também gostei do Sidnei e do Julio Cesar, e quanto a este último fico sempre com a sensação de que ultrapassado o medo que me parece que tem de sair dos postes e encontrámos finalmente um guarda redes mais... fresco!

Nano_Neutel disse...

Era disto mesmo que estava a falar no comentário sobre o jogo contra o Braga, capacidade de resposta! :)

Não consegui ver o jogo todo, mas cheguei a tempo para ver os 2 golos, o 1º do Saviola, que mostra aos cépticos o que é uma verdadeira "reforma dourada" e o 2º golo do Cardozo que eu não acho que esteja em fora de jogo, pois a bola é chutada pelo Amorim, com a intenção de rematar e não para o Cardozo, a bola bate no defesa e aí é que chega ao Cardozo, que sim estava adiantado, mas como tinha tocado no adversário, julgo eu que as regras do Fora de Jogo não se aplicam. Um bom resultado sem dúvida, e gostava que o Benfica ganhasse em Borisov, para entrarmos mais descansados e com uma equipa de suplentes para a última jornada da Liga Europa com o AEK antes do jogo contra o FCP (ou CRAC como o SLB gosta de chamar)

Agora temos de continuar a fazer resultados positivos até dia 20 de Dezembro contra a máfia azul podre, para mostrarmos a toda a gente que aquela derrota com o Braga não nos afectou de maneira nenhuma, e que queremos com toda a força ser campeões nacionais.

Força Benfica!

Anónimo disse...

Porque uma imagem vale mil palavras... "ganhou a sorte grande como Benfica!" LOOL!!
http://www.youtube.com/watch?v=HOI_CNNXDkY