terça-feira, novembro 10, 2009
A ferríssimos
Ganhámos à Naval (1-0) e, com as derrotas do Braga e CRAC e o empate dos lagartos, voltámos ao 1º lugar ex-aequo com o Braga, conquistando um total de oito pontos aos rivais mais directos. Foi uma vitória muito sofrida, por motivos diferentes do que eu previ aqui. O Sr. Lucílio Baptista não foi o grande adversário da noite, e quem chegasse agora a Portugal até poderia pensar que era um bom árbitro, mas o Peiser, guarda-redes da Naval. Fez uma exibição que lembrou a do Peçanha na 1ª jornada. O homem defendeu tudo e mais alguma coisa e só uma cabeçada do Javi García aos 88’ é que nos deu o triunfo.
Tal como escrevi na Tertúlia, se formos campeões no final da época, um dos momentos marcantes será esta partida. Era uma oportunidade, quiçá única, de ganharmos pontos a três concorrentes directos e o modo como foi obtida só nos pode fazer acreditar cada vez mais que é possível quebrarmos o jejum de quatro anos. Foi acima de tudo uma vitória do querer, da raça, da ambição e de uma equipa que nunca desiste. Sem o Ramires e, principalmente, o Cardozo, substituídos pelo Rúben Amorim e o Nuno Gomes, o Benfica entrou bem na partida, mas o que não estava no programa era apanharmos pela frente um guarda-redes tão inspirado. Fez pelo menos quatro defesas fabulosas na 1ª parte. Não se pode dizer que não tenhamos sentido a falta daqueles dois titulares indiscutíveis, mas mesmo assim jogámos bem perante uma Naval que não trouxe o autocarro, mas dois camiões-tir. Foi uma partida massacrante, num só sentido e de extremo desgaste para nós, que ainda por cima vínhamos de uma jornada europeia a meio da semana. Para além do Peiser, lá tivemos a providencial bola no poste perto do intervalo pelo Saviola.
Na 2ª parte, e com a Naval a fechar-se cada vez mais, não tivemos tantas oportunidades como na 1ª. Mesmo assim, o Nuno Gomes falhou incrivelmente uma recarga a um remate do Javi García e o Di María fez um fantástico remate que o guarda-redes desviou para o poste. A 2’ do fim fez-se justiça com uma óptima cabeçada do nº 6. De modo incrível, ainda permitimos à Naval ter uma grande oportunidade que uma certa estrelinha da nossa parte (mas também tínhamos direito depois de todo o azar no resto do jogo) desviou da baliza.
Antes dos destaques individuais, queria deixar aqui uma palavra à Naval. É certo que defenderam durante os 90’ com dois camiões-tir, mas fizeram um jogo honesto, sem simular lesões nem queimar tempo da maneira vergonhosa que fez, por exemplo, o Marítimo na 1ª jornada. Tal como disse o Jesus na conferência de imprensa, a Naval assumiu a superioridade do Benfica e fez o jogo possível. Não foi bonito para o espectáculo, mas ia sendo eficaz. Agora, tenho curiosidade de ver se esta mesma Naval vai jogar assim noutros campos, ou se vai abrir a perninha a certas equipas.
Em termos individuais, há que destacar obviamente o Javi García. Fez uma partida soberba, sem cometer (ao que me lembre) uma única falta (ele que estava tapado para Alvalade) e ainda participou imenso no jogo ofensivo. Um livre muito bem marcado, um remate perigoso e um golo revelaram que, para além de um fabuloso médio-defensivo, temos um óptimo médio-centro. Também gostei imenso do Fábio Coentrão outra vez a defesa-esquerdo. Muito bem a defender (igualmente tapado por amarelos) e a subir constantemente pela esquerda para ajudar o Di María. Este ressentiu-se um pouco na 2ª parte do esforço em Liverpool, tal como o Saviola, mas foi dele o cruzamento para o golo. O Rúben Amorim fez igualmente uma boa partida a médio-direito e o Maxi melhorou muito na 2ª parte. O Nuno Gomes é sempre esforçado, mas não pode falhar um golo daqueles na 2ª parte. O lance na 1ª pareceu-me no estádio um falhanço escandaloso, mas visto na repetição há muito mérito do defesa que não lhe permitiu ter espaço para o remate. E lamento ter que dizer isto, até parece perseguição mas não é porque eu respeito todos os jogadores do Benfica, principalmente aqueles que já foram campeões, mas em relação à grande oportunidade da Naval no final da partida, o que eu vi foi o seguinte: de um sítio muito semelhante, o guarda-redes da Naval conseguiu evitar um autogolo com uma estirada plena de reflexos; o Quim nem se mexeu num remate de um adversário. Não estou a dizer que iria defender a bola, mas se não se lançar a ela é que não a defende de certeza.
Uma vitória mais que justa perante a nossa besta negra (é incrível como temos tido tantas dificuldades em ganhar à Naval: três empates nos três primeiros jogos e só duas vitórias por mais de um golo de diferença em oito partidas) permite-nos encarar com outro espírito mais uma paragem do campeonato, agora por duas semanas para a selecção e a Taça de Portugal. O que lamento, porque adoraria ir já ao WC na próxima semana…
Tal como escrevi na Tertúlia, se formos campeões no final da época, um dos momentos marcantes será esta partida. Era uma oportunidade, quiçá única, de ganharmos pontos a três concorrentes directos e o modo como foi obtida só nos pode fazer acreditar cada vez mais que é possível quebrarmos o jejum de quatro anos. Foi acima de tudo uma vitória do querer, da raça, da ambição e de uma equipa que nunca desiste. Sem o Ramires e, principalmente, o Cardozo, substituídos pelo Rúben Amorim e o Nuno Gomes, o Benfica entrou bem na partida, mas o que não estava no programa era apanharmos pela frente um guarda-redes tão inspirado. Fez pelo menos quatro defesas fabulosas na 1ª parte. Não se pode dizer que não tenhamos sentido a falta daqueles dois titulares indiscutíveis, mas mesmo assim jogámos bem perante uma Naval que não trouxe o autocarro, mas dois camiões-tir. Foi uma partida massacrante, num só sentido e de extremo desgaste para nós, que ainda por cima vínhamos de uma jornada europeia a meio da semana. Para além do Peiser, lá tivemos a providencial bola no poste perto do intervalo pelo Saviola.
Na 2ª parte, e com a Naval a fechar-se cada vez mais, não tivemos tantas oportunidades como na 1ª. Mesmo assim, o Nuno Gomes falhou incrivelmente uma recarga a um remate do Javi García e o Di María fez um fantástico remate que o guarda-redes desviou para o poste. A 2’ do fim fez-se justiça com uma óptima cabeçada do nº 6. De modo incrível, ainda permitimos à Naval ter uma grande oportunidade que uma certa estrelinha da nossa parte (mas também tínhamos direito depois de todo o azar no resto do jogo) desviou da baliza.
Antes dos destaques individuais, queria deixar aqui uma palavra à Naval. É certo que defenderam durante os 90’ com dois camiões-tir, mas fizeram um jogo honesto, sem simular lesões nem queimar tempo da maneira vergonhosa que fez, por exemplo, o Marítimo na 1ª jornada. Tal como disse o Jesus na conferência de imprensa, a Naval assumiu a superioridade do Benfica e fez o jogo possível. Não foi bonito para o espectáculo, mas ia sendo eficaz. Agora, tenho curiosidade de ver se esta mesma Naval vai jogar assim noutros campos, ou se vai abrir a perninha a certas equipas.
Em termos individuais, há que destacar obviamente o Javi García. Fez uma partida soberba, sem cometer (ao que me lembre) uma única falta (ele que estava tapado para Alvalade) e ainda participou imenso no jogo ofensivo. Um livre muito bem marcado, um remate perigoso e um golo revelaram que, para além de um fabuloso médio-defensivo, temos um óptimo médio-centro. Também gostei imenso do Fábio Coentrão outra vez a defesa-esquerdo. Muito bem a defender (igualmente tapado por amarelos) e a subir constantemente pela esquerda para ajudar o Di María. Este ressentiu-se um pouco na 2ª parte do esforço em Liverpool, tal como o Saviola, mas foi dele o cruzamento para o golo. O Rúben Amorim fez igualmente uma boa partida a médio-direito e o Maxi melhorou muito na 2ª parte. O Nuno Gomes é sempre esforçado, mas não pode falhar um golo daqueles na 2ª parte. O lance na 1ª pareceu-me no estádio um falhanço escandaloso, mas visto na repetição há muito mérito do defesa que não lhe permitiu ter espaço para o remate. E lamento ter que dizer isto, até parece perseguição mas não é porque eu respeito todos os jogadores do Benfica, principalmente aqueles que já foram campeões, mas em relação à grande oportunidade da Naval no final da partida, o que eu vi foi o seguinte: de um sítio muito semelhante, o guarda-redes da Naval conseguiu evitar um autogolo com uma estirada plena de reflexos; o Quim nem se mexeu num remate de um adversário. Não estou a dizer que iria defender a bola, mas se não se lançar a ela é que não a defende de certeza.
Uma vitória mais que justa perante a nossa besta negra (é incrível como temos tido tantas dificuldades em ganhar à Naval: três empates nos três primeiros jogos e só duas vitórias por mais de um golo de diferença em oito partidas) permite-nos encarar com outro espírito mais uma paragem do campeonato, agora por duas semanas para a selecção e a Taça de Portugal. O que lamento, porque adoraria ir já ao WC na próxima semana…
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4 comentários:
Estava a ver que este jogo ia ser a repetição do jogo com o Marítimo, ou pior ainda, o do Boavista em 2000/2001, em que demos o tudo por tudo e mesmo assim o melhor que fizemos foi uma bola ao poste...
Porque é que sempre que os Guarda-Redes da Liga Portuguesa vêm à Luz fazem as exibições da sua vida? Porra...espero que o Nilsson do Guimarães tenha dores de barriga quando jogar na Luz para a Taça lol
Admira-me muito o Real Madrid não ter aproveitado este Javi Garcia para a sua equipa, acho que iria ajudar em muita coisa, mas agora que é nosso, tornou-se num jogador muito útil para esta nossa caminhada rumo ao nº 32 e se possível a mais uma ou outra taça que consigamos.
Sinceramente, não sei se esta paragem no campeonato vem-nos ajudar, mas há que aproveitá-la para descansar e preparamo-nos para o último ciclo do ano, que começa contra o Vitória de Guimarães e acaba contra o FCP...
FORÇA SLB!
"Ufa!" nº3...
Tava a ver que não!!!
Quando tudo levava a crer que iríamos empatar apesar do domínio avassalador, Di Maria marca um livre aos 88 minutos de jogo e diz: "cá vai a bola!", e na molhada de jogadores na grande área da Naval, alguém disse "Já vi" ;-) e... bola no fundo das redes - a única que Super-Peiser não conseguiu defender.
Foi ele que fez a diferença entre a vitória suada e conquistada a ferros e a goleada - defendeu uma boa meia-dúzia de bolas de golo certo.
Excelente jogo da nossa equipa, principalmente atendendo a que tínhamos jogado 4 dias antes em Inglaterra - também vencendo, e não sofrendo golos.
E embora não concordando com certas opções de JJ, há que reconhecer que ele está a fazer um excelente trabalho, e como os resultados vão aparecendo...
Força BENFICA rumo ao título!
P.S. Pois é, SLB, agora é que era a altura certa para jogar com os "miaus"... mesmo sem Ramires e Cardozo não se livravam dum "cabaz" de Natal antecipado...
(off-topic)
Morreu Robert Enke.
Paz à sua alma.
Off topic
Como tenho o orgulho de ter sido um dos que conseguiu tirar o jorge coroado (vou já lavar a boca, as mãos e a mente!) do seu anterior local de propaganda anti-Benfica, quero parabenizá-lo(s) pela nova iniciativa na tertúlia tendo apenas uma sugestão:
Acompanhando os links dos locais próprios para o 'protesto' poderiam colocar o texto a enviar (como foi feito no caso acima referido), pois nem sempre há tempo para expressarmos todo o nojo que nos move contra os objectos da nossa insatisfação!
Espero que leve isto em conta e aquele abraço ;)
A ver se um dia tenho o prazer de cumprimentá-lo pessoalmente.
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