sexta-feira, fevereiro 18, 2005
O (habitual) embaraço europeu
Vá lá que melhorámos em relação aos jogos europeus anteriores e “só” perdemos por 2-0 em vez de ser por 3-0 como vinha sendo tradição neste ano. Atrevo-me a dizer que ainda bem que fomos eliminados pelo Anderlecht na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, caso contrário esta uefo-vergonha (que felizmente vai acabar já) poderia ter consequências bem mais catastróficas. Em vez de 2 e 3-0, perderíamos certamente por mais com as equipas europeias de top.
Há que encarar os factos com frieza: neste ano tivemos quatro jogos importantes fora de casa onde deveríamos ter mostrado estojo de campeão (Anderlecht, Estugarda, lagartos e CSKA). O saldo foi umas fantásticas quatro derrotas com 1-10 em golos! Claro que os números poderiam esconder uma realidade diferente (azar, bolas no poste, árbitro, etc.), mas o factor comum a estes jogos foram as nossas paupérrimas exibições, sem chama, sem ambição e sem vontade de ganhar. Foram jogos onde me senti embaraçado com o que vi. O pior de tudo é que os adversários nem precisaram de fazer grandes exibições, são todos equipas medianas que não tiveram dificuldades em nos ganhar sem apelo nem agravo. E isto é que é gravíssimo. O discurso anterior a todos estes jogos foi sempre o mesmo: “temos que mostrar carácter, não podemos atacar à maluca, o importante é não perder”. Pois, está visto o resultado quando não se entra em campo para ganhar, como é tradição do Glorioso. Errar é humano, persistir no erro é sintoma de burrice ou de senilidade. E é precisamente este o problema do Sr. Trapattoni. Está senil e arterioesclerótico. O que é próprio da idade que tem, como é óbvio. A questão é porque é que nós temos de aturá-lo? Por isso é que acho esta uma excelente ideia.
Quando chegou ao Glorioso, o Camacho disse logo que o seu sistema de jogo preferido era o 4-4-2, mas tudo dependia dos jogadores que tinha. E, por isso, apostou mais no 4-2-3-1, com excepção da parte final da época passada. Não é a equipa que se tem que adaptar ao treinador, é o treinador que tem que adaptar o sistema de jogo aos jogadores que tem. O que se vê por essa Europa fora é as equipas utilizarem geralmente uma de duas tácticas: ou fazem pressão sobre o adversário e empurram-no para o seu meio-campo ou jogam na expectativa e partem rápido para o contra-ataque. Fora de casa neste jogos importantes, nós não fazemos nem uma coisa nem outra. Jogamos para o empate e o contra-ataque morre logo à nascença por causa da velocidade de caracol com que fazemos a transição defesa-ataque. Com o Geovanni e o Simão nas alas porque é que jogamos a esta velocidade? Quem dá estas ordens? Porque é que passamos a vida a fazer passes para o lado e para trás, em vez de ser objectivos na procura da baliza? Há uma clara desadequação do Sr. Trapattoni à equipa e ao que é a tradição do Benfica: onde quer que jogue tem que ser sempre para ganhar.
Com certeza que tivemos oportunidades de golo, quatro mais precisamente todas na primeira parte. Mas convém analisá-las: duas de bola parada (Nuno Gomes e Simão), uma através de um pontapé para a frente do guarda-redes e erro do defesa (Geovanni) e apenas uma de bola corrida e combinação atacante (Geovanni, outra vez). Ou seja, em 90 minutos tivemos uma (!) jogada perigosa de futebol corrido. A segunda parte foi confrangedora e o único lance mais ou menos perigoso foi a cabeçada do Mantorras nos descontos.
Segundo o Sr. Trapattoni, a derrota deveu-se ao “estado da relva” (uma inovação nas desculpas, saliente-se) e como no nosso estádio ela é de melhor qualidade ainda “temos hipóteses de passar a eliminatória”. Claro, claro, isto vindo de um homem que considera que com 2-0 um jogo está perdido. Como é que se pode incutir nos jogadores mentalidade vencedora com um discurso deste? Teria de haver um milagre connosco a jogar em pressing sobre o adversário, procura constante do golo e ambição de vencer o que, com este senhor no banco, é obviamente impossível. Espero é que, como “com 2-0 o jogo está perdido”, joguemos com os suplentes no jogo de cá para pouparmos os titulares para o jogo importante que aí vem. Não, não é o do Dragon que esse, como iremos jogar para “não perder”, já sabemos o que acontecerá. É o jogo com o Beira-Mar para a Taça, o único troféu que, com um pouco de sorte no sorteio (um jogo em casa nas meias-finais seria bem vindo), ainda temos alguma possibilidade de ganhar.
E já só faltam três meses para termos o Sr. Trapattoni fora do Benfica...
Há que encarar os factos com frieza: neste ano tivemos quatro jogos importantes fora de casa onde deveríamos ter mostrado estojo de campeão (Anderlecht, Estugarda, lagartos e CSKA). O saldo foi umas fantásticas quatro derrotas com 1-10 em golos! Claro que os números poderiam esconder uma realidade diferente (azar, bolas no poste, árbitro, etc.), mas o factor comum a estes jogos foram as nossas paupérrimas exibições, sem chama, sem ambição e sem vontade de ganhar. Foram jogos onde me senti embaraçado com o que vi. O pior de tudo é que os adversários nem precisaram de fazer grandes exibições, são todos equipas medianas que não tiveram dificuldades em nos ganhar sem apelo nem agravo. E isto é que é gravíssimo. O discurso anterior a todos estes jogos foi sempre o mesmo: “temos que mostrar carácter, não podemos atacar à maluca, o importante é não perder”. Pois, está visto o resultado quando não se entra em campo para ganhar, como é tradição do Glorioso. Errar é humano, persistir no erro é sintoma de burrice ou de senilidade. E é precisamente este o problema do Sr. Trapattoni. Está senil e arterioesclerótico. O que é próprio da idade que tem, como é óbvio. A questão é porque é que nós temos de aturá-lo? Por isso é que acho esta uma excelente ideia.
Quando chegou ao Glorioso, o Camacho disse logo que o seu sistema de jogo preferido era o 4-4-2, mas tudo dependia dos jogadores que tinha. E, por isso, apostou mais no 4-2-3-1, com excepção da parte final da época passada. Não é a equipa que se tem que adaptar ao treinador, é o treinador que tem que adaptar o sistema de jogo aos jogadores que tem. O que se vê por essa Europa fora é as equipas utilizarem geralmente uma de duas tácticas: ou fazem pressão sobre o adversário e empurram-no para o seu meio-campo ou jogam na expectativa e partem rápido para o contra-ataque. Fora de casa neste jogos importantes, nós não fazemos nem uma coisa nem outra. Jogamos para o empate e o contra-ataque morre logo à nascença por causa da velocidade de caracol com que fazemos a transição defesa-ataque. Com o Geovanni e o Simão nas alas porque é que jogamos a esta velocidade? Quem dá estas ordens? Porque é que passamos a vida a fazer passes para o lado e para trás, em vez de ser objectivos na procura da baliza? Há uma clara desadequação do Sr. Trapattoni à equipa e ao que é a tradição do Benfica: onde quer que jogue tem que ser sempre para ganhar.
Com certeza que tivemos oportunidades de golo, quatro mais precisamente todas na primeira parte. Mas convém analisá-las: duas de bola parada (Nuno Gomes e Simão), uma através de um pontapé para a frente do guarda-redes e erro do defesa (Geovanni) e apenas uma de bola corrida e combinação atacante (Geovanni, outra vez). Ou seja, em 90 minutos tivemos uma (!) jogada perigosa de futebol corrido. A segunda parte foi confrangedora e o único lance mais ou menos perigoso foi a cabeçada do Mantorras nos descontos.
Segundo o Sr. Trapattoni, a derrota deveu-se ao “estado da relva” (uma inovação nas desculpas, saliente-se) e como no nosso estádio ela é de melhor qualidade ainda “temos hipóteses de passar a eliminatória”. Claro, claro, isto vindo de um homem que considera que com 2-0 um jogo está perdido. Como é que se pode incutir nos jogadores mentalidade vencedora com um discurso deste? Teria de haver um milagre connosco a jogar em pressing sobre o adversário, procura constante do golo e ambição de vencer o que, com este senhor no banco, é obviamente impossível. Espero é que, como “com 2-0 o jogo está perdido”, joguemos com os suplentes no jogo de cá para pouparmos os titulares para o jogo importante que aí vem. Não, não é o do Dragon que esse, como iremos jogar para “não perder”, já sabemos o que acontecerá. É o jogo com o Beira-Mar para a Taça, o único troféu que, com um pouco de sorte no sorteio (um jogo em casa nas meias-finais seria bem vindo), ainda temos alguma possibilidade de ganhar.
E já só faltam três meses para termos o Sr. Trapattoni fora do Benfica...
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