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segunda-feira, dezembro 13, 2004

Afinal, só perdemos um ponto...

Claro que a falta de cinco (!) titulares indiscutíveis, incluindo três dos quatro defesas, faz mossa. Claro que quando a dupla de centrais é constituída por Argel e Amoreirinha não se podem esperar milagres (que, curiosamente, acontecem aos outros, que defrontam equipas obscuras colombianas em finais em vez de equipas reputadas da Argentina ou Brasil, e mesmo assim têm que ganhar nos penalties). Claro que o Simão tem direito a ter dias menos bons. Mas o que é inadmissível é o Benfica ter um treinador que diz estas duas "pérolas" no flash interview da Sport TV no final dos 4-1 no Restelo: "depois do 2-0, o jogo já estava perdido" e "com tantos titulares de fora o mais importante era não perder". Ficámos todos a saber que, afinal, só perdemos um ponto, porque segundo o nosso treinador o empate já era um bom resultado.

Voltamos a bater na mesma tecla: com este tipo de discurso como é que os jogadores do Benfica podem mostrar motivação e vontade de alterar resultados adversos? Percebeu-se perfeitamente na 2ª parte que os jogadores estavam descrentes na possibilidade de conseguir inverter o rumo do jogo. Quando o próprio treinador diz que dois golos de diferença, ainda na 1ª parte, são irrecuperáveis. Meu caro senhor Trapattoni: o único resultado que é bom para o Benfica é a vitória! Sempre foi e sempre será. Não quer dizer que a possa conseguir sempre, mas tem que lutar sempre por ela, mesmo que esteja a perder por dois, três ou quatro. Veja se mete de uma vez por todas na cabeça que o historial do Benfica não permite que se entre em campo com a ideia de que "o importante é não perder"! E que os sócios e adeptos não vão ficar satisfeitos, como o senhor provavelmente ficaria, se chegarmos ao fim do campeonato com mais 20 pontos do que temos agora, resultantes de 20 empates consecutivos, porque "o importante é não perder"...

Será que o Pai Natal não nos pode pôr o Camacho no sapatinho?

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