segunda-feira, dezembro 31, 2012
Mau
No primeiro jogo depois das férias natalícias, só empatámos em Moreira de
Cónegos (1-1) aos 92’ através de um (indiscutível) penalty apontado pelo
Cardozo. Fizemos uma exibição muito má, com muito poucos vestígios da dinâmica
que vínhamos apresentando antes das férias. O Jesus veio dizer que no final que
tal se deveu às cargas de treino que deu nestes últimos três dias para que a
equipa possa corresponder durante o inacreditável mês de Janeiro que vamos ter
(seis jogos garantidos, mas se tudo correr bem na Taça de Portugal poderemos
ter oito!). Os próximos jogos permitirão tirar isto a limpo.
Alinhámos praticamente com a equipa principal (só o Paulo Lopes e o André
Almeida não são habitual titulares) e na 1ª parte criámos muito pouco perigo
(Cardozo não chegou a um desvio logo de início e houve um remate do Salvio para
boa defesa do guardião contrário, Ricardo Andrade). Aos 40’, o André Almeida,
que até nem estava muito mal, não saiu para o fora-de-jogo o que permitiu aos
Ghilas fazer o 1-0. Com uma 1ª parte a passo, estávamos mesmo a pedi-las.
Na 2ª parte, e ao contrário do que todos esperávamos, voltámos a não entrar
bem. Mas aos 57’ caiu-nos de céu uma oportunidade soberana quando tivemos um
penalty a nosso favor por falta do guarda-redes sobre o Lima (outro lance
indiscutível, ele atira-se para cima do nosso jogador, prende-lhe o calcanhar e
derruba-o com o corpo). A generosidade do Cardozo ao deixar o Lima marcar o
penalty (como este veio dizer no final) ia-nos custando muito caro, pois, com
um remate denunciado e fraco, o nº 11 permitiu a defesa do Ricardo Andrade. O
Moreirense batia-se muito bem, estava seguro na defesa, com o guarda-redes a
apanhar quase todas as bolas bombeadas para a área e, no ataque, o Ghilas ia
dando trabalho aos nossos centrais. Só tivemos duas grandes ocasiões, ambas de
cabeça pelo Lima (numa não chegou à bola e noutra fez um passe ao
guarda-redes), quando dois minutos depois da hora um defesa contrário resolveu
agarrar e rasteirar o Cardozo na área na sequência de uma bola bombeada. O
fiscal-de-linha do Sr. Cosme Machado foi perentório e o Tacuara voltou a provocar-me vários AVCs ao
atirar muito devagar, mas felizmente a conseguir enganar o guarda-redes (atirou
para o seu lado esquerdo, quando os dois últimos tinham sido para o direito). A
marcar desta maneira tem 50% de chances de concretizar, porque basta o
guarda-redes adivinhar o lado para defender facilmente.
Em termos individuais, o Jardel foi o melhor do Benfica. O Paulo Lopes
também não esteve mal, mas todos os outros foram muito sofríveis, incluindo o
Lima e o Cardozo. Espero mesmo que esta pobre exibição se tenha ficado a dever
à tal condição física.
Com um jogo às 16h, o estádio do Moreirense esgotou e estávamos
praticamente a jogar em casa. Foi bom ver futebol à tarde novamente! Com este
empate, mantemo-nos no 1º lugar e, caso tivéssemos ganho, ter-nos-íamos
qualificado já para as meias-finais, porque também houve empate entre Académica
e Olhanense. Caso ganhemos aos estudantes na 3ª jornada, esse desiderato será
cumprido, o que é nossa obrigação. Há que fazer os possíveis por manter a Taça
da Liga na nossa posse, porque isso é impedir que um clube assumidamente
corrupto a possa ganhar. Além disso, quero voltar a saborear um leitão na
Mealhada a 14 de Abril.
segunda-feira, dezembro 24, 2012
Feliz Natal
Um Feliz Natal a todos os benfiquistas,
desportistas em geral e a todos os que merecem. Para os que não merecem
(nomeadamente aqueles que se sentem “confortáveis” em deixar o país na miséria,
os hipócritas sem vergonha na cara que não se demitem mesmo depois de serem
apanhados em vigarices e os que se assumem corruptos, mas mesmo assim gostam de
nos fazer de parvos e fazer-nos crer que ganham honestamente), desejo que este Natal lhes seja inesquecível... pela enorme
gastroenterite que vão apanhar!
Boas Festas!
quinta-feira, dezembro 20, 2012
Sorteio da Liga Europa
Iremos reeditar um dos confrontos mais épicos que tive oportunidade de ver:
calhou-nos o Bayer Leverkusen nos 16 avos-de-final e leu-se “quatro a quatro” nos
lábios do Rui Costa, quando foi filmado logo a seguir a ter saído a nossa bola.
Impossível esquecer o célebre confronto dos quartos-de-final da Taça das Taças
de 1993/94! Foi um dos adversários mais difíceis que nos poderia ter calhado
(juntamente com Atlético Madrid, Inter Milão, Napóles, Tottenham ou Zenit), mas
é um adversário que nos traz boas recordações, apesar de nós por sistema não
nos darmos muito bem com equipas alemãs.
Quando olhamos para alguns dos que não nos saíram (Basileia, Sparta Praga,
BATE Borisov ou Levante), não podemos deixar de lamentar um pouco a nossa sorte,
mas estou convencido que temos valor para ultrapassar estes tipos, tendo a suposta
vantagem de definir a eliminatória na 2ª mão em nossa casa. Se assim acontecer,
iremos defrontar o vencedor do Dínamo Kiev – Bordéus e aqui, sim, acho que não
nos podemos queixar: se o Basileia/Dnipro ou o BATE Borisov/Fenerbahçe poderia
ser melhor, é certo que nos livrámos de Chelsea, Zenit/Liverpool, Atlético
Madrid, Inter Milão ou Tottenham/Lyon até aos quartos-de-final. Teremos então a
1ª mão na Luz.
Enfim, veremos em que forma estaremos na altura destes confrontos, mas o
calendário não se pode dizer que nos seja muito desfavorável: nos 16 avos,
defrontaremos em casa a Académica e o Paços de Ferreira a seguir a cada uma das
duas mãos. E nos oitavos, no meio dos dois jogos, jogaremos em casa com o Gil
Vicente. Se é verdade que o campeonato é o principal objectivo, não devemos
deitar fora ovos que se possam aproveitar: e eu ainda estou com a meia-final
perdida com o Braga há dois anos (com o Braga, senhores!!!) COMPLETAMENTE
atravessada na garganta.
Senda vitoriosa
Vencemos em Olhão por 2-1 e, com o empate entre o Moreirense e a Académica,
já estamos isolados na frente do nosso grupo na Taça da Liga. Com uma equipa
constituída por muito habituais suplentes, não fizemos uma grande exibição, mas
o aumento de ritmo na 2ª parte permitiu-nos chegar à (justa) vitória.
Na 1ª parte, o Rodrigo mostrou logo de início que não atravessa um bom
momento, ao falhar dois golos feitos nos minutos iniciais. O Olhanense também
teve uma ou outra oportunidade, mas felizmente não conseguiu marcar. O
adversário pressionou-nos em quase todo o campo e tivemos sempre grandes
dificuldades em ligar o jogo. Claro que a desinspiração de alguns jogadores
(com o Bruno César à cabeça) também não ajudou nada.
A 2ª parte principiou praticamente com o golo do Olhanense (47’) depois de
um mau alívio do Paulo Lopes. A partir daqui, o jogo foi totalmente nosso. Os
algarvios não conseguiram, como se esperava, manter a pressão em todo o campo,
e as entradas do Lima e Salvio ajudaram a que passássemos a criar muito mais
volume atacante. Falhámos umas três ou quatro oportunidades e só restabelecemos
a igualdade aos 69’ através do Rodrigo, depois de uma assistência do Jardel na
sequência de um livre. Logo a seguir, o Lima falhou escandalosamente o 1-2, mas
redimiu-se aos 87’ quando o conseguiu numa recarga a um remate do Salvio, que o
Ricardo defendeu contra um colega. Foi mesmo só encostar e estava feita justiça
no marcador, permitindo-nos a primeira vitória em Olhão desde o regresso deles à
I Liga há três anos.
Em termos individuais, nenhum jogador se destacou por aí além. O Gaitán
terá sido dos mais interventivos, assim como o Jardel, que esteve
irrepreensível na defesa e ainda fez uma assistência. O Paulo Lopes esteve
seguro e foi pena o mau alívio. O Lima mexeu com a equipa, mas falhou por duas
vezes na concretização. Apesar do (bom) golo que marcou, o Rodrigo continua
muito inconsequente. O Nolito melhorou bastante na 2ª parte, assim como o
Luisinho, eles que estiveram muito mal na 1ª. O Bruno César voltou a passar
completamente ao lado da partida e ainda se aguarda que jogue qualquer coisa de
jeito este ano. Os Andrés cumpriram sem brilhantismo, assim como o Enzo Pérez,
que ainda tenta readquirir a forma antes da lesão. Finalmente, o Sidnei voltou
a mostrar que não é alternativa.
Depois do empate no outro jogo, esta vitória garantiu-nos uma posição
bastante vantajosa para a qualificação. Convém consegui-la o mais depressa
possível, porque vamos ter um mês de Janeiro terrível em termos de jogos e era
bom que chegássemos à 3ª jornada em casa com a Académica já apurados, porque
esse jogo é três/quatro dias antes da recepção ao CRAC.
domingo, dezembro 16, 2012
Confiança
Goleámos o Marítimo por 4-1 e, com o adiamento do jogo do CRAC em Setúbal
por causa o mau tempo, iremos terminar 2012 isolados na frente do campeonato.
Foi uma vitória absolutamente indiscutível e até mesmo lisonjeira para os
insulares.
Entrámos fortes na partida e o Marítimo quase não conseguia sair do seu meio-campo. Algumas más decisões na altura decisiva (Salvio, por exemplo) impediram-nos de chegar à vantagem e de uma forma absolutamente fortuita o adversário marcou aos 25’, beneficiando de um ressalto na área depois de um livre. Vê-se na TV que o jogador está ligeiramente adiantado, tornando este lance ilegal. A diferença do Benfica do Jesus para outros não muito distantes é que não nos desconcentramos nada quando sofremos um golo. Continuamos bastante confiantes nas nossas potencialidades e a fazer de tudo para alterar o rumo das coisas. Pouco depois o Cardozo falhou isolado na cara do guarda-redes, mas redimiu-se aos 34’ ao fazer o empate na sequência de uma assistência do Salvio depois de um centro do Ola John. Foi mesmo só encostar. Até ao intervalo quer o Melgarejo (que deveria ter passado para o Salvio que estava sozinho), quer o mesmo Salvio poderiam ter-nos dado a vantagem no marcador.
Entrámos fortes na partida e o Marítimo quase não conseguia sair do seu meio-campo. Algumas más decisões na altura decisiva (Salvio, por exemplo) impediram-nos de chegar à vantagem e de uma forma absolutamente fortuita o adversário marcou aos 25’, beneficiando de um ressalto na área depois de um livre. Vê-se na TV que o jogador está ligeiramente adiantado, tornando este lance ilegal. A diferença do Benfica do Jesus para outros não muito distantes é que não nos desconcentramos nada quando sofremos um golo. Continuamos bastante confiantes nas nossas potencialidades e a fazer de tudo para alterar o rumo das coisas. Pouco depois o Cardozo falhou isolado na cara do guarda-redes, mas redimiu-se aos 34’ ao fazer o empate na sequência de uma assistência do Salvio depois de um centro do Ola John. Foi mesmo só encostar. Até ao intervalo quer o Melgarejo (que deveria ter passado para o Salvio que estava sozinho), quer o mesmo Salvio poderiam ter-nos dado a vantagem no marcador.
Na 2ª parte, o cariz da partida não se alterou e continuou a haver só uma
equipa em campo. Uma cabeçada do Lima foi à figura, mas chegámos ao golo aos
64’ através de um penalty. No campo pareceu-me falta clara, mas visto na TV já
não parece tão evidente. De qualquer maneira, é inegável que o adversário toca
com o braço na bola e dá a sensação que movimentou ligeiramente o corpo para o
fazer. Benefício da dúvida para o Sr. Hugo Pacheco, que fez uma arbitragem bastante razoável. Esta nova maneira de o Cardozo marcar penalties (a correr muito
devagarinho e a depender de enganar o guarda-redes para a bola entrar) provoca-me
vários AVCs, mas a bola lá entrou. O segundo amarelo do jogador que provocou o
penalty fez-nos jogar em vantagem numérica até final, pelo que só muito
dificilmente a vitória nos escaparia. Ainda para mais, porque aos 69’, o Tacuara completou o hat-trick numa recarga depois de uma insistência do
Lima, que viu um defesa salvar um remate seu que ia para golo. Até final, ainda
acrescentámos mais um aos 88’ através do Rodrigo (que tinha substituído o
Cardozo) a finalizar uma assistência de cabeça do Melgarejo depois de uma
magnífica abertura do Matic.
Quem marca três golos num jogo (e poderiam ter sido quatro, não é
Cardozo…?) merece obviamente destaque, mas não seria nada justo deixar de realçar
a enorme exibição do Matic. Quer a defender quer a construir, o sérvio foi
sublime! A partida esforçada do Lima merecia ter-lhe rendido um golo e o Ola
John voltou a ser desconcertante na esquerda. Do lado oposto, o Salvio, pese
embora toda a sua classe, não atravessa de facto um momento exuberante. A
entrada do Enzo Pérez no início da 2ª parte a substituir o André Gomes fez toda
a diferença na dinâmica do nosso ataque. O Maxi teve uma entrada disparatada na
1ª parte que lhe valeu um amarelo, o que lhe vai permitir cumprir o castigo
frente ao Estoril e depois jogar frente ao CRAC.
Foi uma exibição muito boa e comentava com os meus colegas de bancada que
não me lembro de nenhuma equipa na Luz a quem fosse tão imerecido marcar um
golo, já que nem uma oportunidade teve. Daí que o Pedro Martins teve a
hombridade no final de não se desculpar com o penalty pretensamente duvidoso
para justificar a derrota: o Benfica foi melhor e ponto final. Atravessamos
provavelmente o melhor período da época e agora temos que nos preparar para o
terrível início de Janeiro que vamos ter, com jogos a cada três dias.
terça-feira, dezembro 11, 2012
Inquestionável
Ganhámos no WC por 3-1 e voltámos a ter vantagem nos golos perante o CRAC,
regressando assim ao 1º lugar da Liga. Foi um jogo que complicámos
desnecessariamente, porque a nossa superioridade perante o 9º classificado é
evidente, mas inexplicavelmente entrámos em campo com medo e ao intervalo
estávamos a perder. Na 2ª parte, esmagámos como é habitual quando defrontamos
uma equipa da segunda metade da tabela classificativa.
O Jesus veio dizer no final que a equipa entrou com respeito a mais pela
lagartada. Não foi respeito, foi mesmo medo, o que lhes permitiu
galvanizarem-se e fazerem certamente os melhores 40’ da época (30’ na 1ª + 10’
do início da 2ª). Perante a nossa apatia, o 9º classificado foi avançando no
terreno e viu-se em vantagem aos 30’ num bom golo do Volkswagen, aproveitando
uma bola nossa perdida a meio-campo. Só a partir daqui é que nós entrámos em
campo e, até ao intervalo, o Lima e o Cardozo (2x) tiveram boas chances para
igualar, mas a bola foi ao lado em duas ocasiões e o Rui Patrício defendeu a
outra.
Depois da nossa superioridade nos últimos 15’ da 1ª parte, os primeiros 10’
da 2ª deram origem a novo equilíbrio no domínio do jogo, altura que nos valeu
São Artur que defendeu um remate do Elias, isolado perante ele. No entanto, eu
já tinha comentado com o D’Arcy ainda na 1ª parte que achava muito difícil que uma
equipa da segunda metade da tabela conseguisse manter a intensidade de jogo dos
30’ iniciais. E assim foi, a partir dos 55’ o jogo foi todo nosso e com o
regresso do rolo compressor empurrámos a lagartada para o seu meio-campo. Aos
59’ igualámos a partida, quando o Cardozo abriu bem para o Ola John na
esquerda, este fez um óptimo centro, o Rojo vindo de trás empurrou o Cardozo,
não o permitindo cabecear em condições (penalty evidente!), mas fê-lo com tal
impetuosidade que acabou ele por meter a bola na baliza. Sentia-se em todo o
estádio que a partida estava virada de vez. Nos minutos seguintes, a
lagartada fez jus à cor e tremeu como varas verdes a cada novo ataque nosso.
Tivemos algumas oportunidades, uma bola ao poste do Garay, mas o Insúa também
respondeu na mesma moeda na terceira e última oportunidade de golo do 9º
classificado. Até que os 80’, o Boulahrouz resolveu armar-se em Alex Sandro do
CRAC e defendeu com a mão um remate do Salvio que ia para golo. O árbitro, o
Sr. Marco Ferreira, fez a sinalética para canto, o que me ia provocando um AVC
nas bancadas, mas certamente por indicação do fiscal-de-linha lá apontou para a
marca de penalty e expulsou o holandês (que não teve a sorte que o Alex
Sandro já teve por duas vezes – Braga e Moreirense -, tornando-o assim um feroz
concorrente do Helton). O Cardozo não tremeu e atirou para o lado direito do
guarda-redes em jeito, enganando o Rui Patrício. O Jesus fez a primeira
alteração logo a seguir e colocou o Gaitán no lugar do Ola John. E o argentino partiu
o que restava da lagartada. Arrancou amarelos e faltas e numa delas, aos 86’,
depois de um centro do Salvio, o Tacuara voltou a atacar e de cabeça fez o
1-3, numa bola que ainda tabelou na cabeça do Insúa antes de entrar. Pouco
depois, o jogo terminava depois de somente 2’ de compensação, a prenda
natalícia do árbitro aos lagartos.
O destaque da partida vai obviamente para o Cardozo: esteve nos três golos
(isto dá para tudo: o site da Liga dá-lhe a autoria dos três, A Bola
atribui-lhe dois – a minha opinião - e o Record dá um, porque considera o 3º
também autogolo! Ou seja, azia lagarta, claramente) e, considerando os dois de
ontem, já tem nove contra a lagartada. O Lima também foi muito importante, já
que, como era o avançado que recuava no terreno, grande parte do nosso jogo
passou por ele. Depois de uma primeira parte muito sofrível, o Salvio explodiu
na 2ª e esteve em dois dos golos. Essa melhoria entre as duas partes também
tiveram o Maxi e o Jardel, que beneficiaram igualmente do pouco ataque
produzido pelo 9º classificado no 2º tempo. O Garay é um senhor, assim como o
Artur, fundamental na vitória com aquela defesa perante o Elias. O André Gomes
vai ser craque, tem uma enorme personalidade, mas acaba por estar ligado às
três oportunidades dos lagartos: é ele quem perde a bola a meio-campo no
golo, e não acompanhou quer o Elias, quer o Insúa nos dois lances da 2ª parte.
O Matic voltou a fazer uma óptima exibição e o Melgarejo esteve regular. O Ola
John é que me pareceu cansado e não esteve tão bem como nos últimos tempos, mas
mesmo assim contabilizou mais uma assistência para golo. O Gaitán mostrou que
foi um erro tremendo não ter entrado em Barcelona…
Diz-se que um lagartos - Glorioso é sempre um lagartos - Glorioso e é
verdade, porque celebrar golos e vitórias em casa deles tem um sabor especial.
Por isso mesmo, espero que aquela agremiação não acabe, porque perderia este
gozo e eu sou hedonista. Mesmo apesar do nível de ridicularidade da lagartada
ter atingindo um novo patamar com a rábula do possível adiamento do jogo, de estarem a 18 pontos de nós à 11ª jornada e a apenas dois da linha de água… Desde
2006/07 que não perco lá um jogo (quando se começa com uma vitória, é difícil
deixar de lá ir…) e este foi o 9º em todas as competições: voltei novamente a
ter saldo positivo (4V, 2E e 3D).
P.S. – O Sr. Marco Ferreira fez a melhor arbitragem que me lembro de ver o
WC. Deixou jogar, não assinalou faltas por tudo e por nada, e é verdade que
poderia ter mostrado mais um ou outro amarelo aos lagartos, mas pelo que
vimos no passado não nos podemos queixar. Parece impossível como é que não
marcou logo o penalty, que foi mais que visível até no 2º anel do estádio, mas,
como comentou o TMA , perante o
conjunto da exibição vamos acreditar que não teria sido de propósito (mas lá
que seria um erro monumental, lá isso seria…).
quinta-feira, dezembro 06, 2012
Oportunidade histórica desperdiçada
Pela primeira vez não saímos derrotados de Barcelona, mas o empate (0-0)
não serviu para nos qualificarmos, porque o Celtic venceu o Spartak Moscovo por
2-1. Perante a equipa B do Barça, falhámos inúmeras ocasiões claras de golo.
Dizer que merecíamos ter ganho é um pouco relativo, porque a este nível quem
falha desta maneira e nesta quantidade acaba por ser fortemente penalizado.
Se na equipa que o Barça apresentou, só o Puyol é titular de caras (o Villa e o Tello são muito utilizados, mas não são indiscutíveis), nós também tivemos baixas de vulto, nomeadamente o Salvio e o Enzo Pérez (para além dos crónicos Carlos Martins e Aimar). Entrámos muito pressionantes e o Rodrigo teve um desperdício clamoroso logo aos 12’, quando ficou isolado, com o Nolito ao lado, e rematou para fora. Como disse o Carlos Manuel na Sport TV no final, no tempo dele, um jogador isolado que não passasse para um colega em melhor posição e não fizesse golo era trucidado pelos companheiros. Outros tempos…! Se eu fosse presidente do Benfica, o Rodrigo não receberia ordenado este mês. E poderia ficar muito contente para não nos ter que pagar do bolso dele os 3,5M€ que nos custou a eliminação por causa do seu egoísmo. Até ao intervalo, foi um fartote de desperdício, com o Lima num cabeceamento ao lado e um remate defendido pelo Pinto para o poste, e o Ola John também isolado a permitir igualmente a defesa do guarda-redes habitualmente suplente do Barça.
A 2ª parte começou com outra grande oportunidade do Nolito, que rematou a rasar o poste, mas depois o Barça foi crescendo e, com a entrada do Messi aos 58’, veio para cima de nós. O Jesus demorava a mexer na equipa e esta parecia muito fatigada, não conseguindo chegar à frente com o mesmo perigo do 1º tempo. Depois do Artur ter feito duas magníficas intervenções no mesmo lance que tiraram ao Messi a oportunidade de este igualar o recorde do Gerd Muller de 85 golos num ano civil, o argentino lesionou-se e jogámos em superioridade numéricas os últimos 5’ (mais 5’ de compensação). E foi quase no final que o Maxi Pereira em óptima posição rematou para as nuvens, impedindo-nos de conseguir uma qualificação que esteve perfeitamente ao nosso alcance.
Em termos individuais, gostei muito do Matic e do Ola John: enormes exibições! O miúdo André Gomes não engana ninguém e, especialmente, na 1ª parte fez um jogo soberbo e cheio de personalidade. Outro que também o fez foi o Garay, absolutamente intransponível. O Artur também merece referência pelas intervenções frente ao Messi e por outra na 1ª parte, cuja rápida saída resolveu uma fífia do Luisão, que esteve longe do seu nível habitual, assim como o Maxi Pereira, que apesar de várias tentativas conseguiu sair do jogo sem um amarelo. O Nolito manteve o pouco rendimento que vem apresentando e o Melgarejo esteve também uns furos abaixo do habitual, talvez resquícios da lesão que teve no treino da véspera. O Lima fez uma partida esforçada e teve azar na bola ao poste. Finalmente, o Rodrigo, cuja presença em campo nos fez jogar com 10 até ao momento da sua substituição e cujo falhanço eu nunca lhe irei perdoar (todos nos lembramos do do Simão naquele mesmo estádio, certo? Não teve 1/10 da gravidade deste). O Bruno César não fez melhor, antes pelo contrário, e continuámos a jogar com 10. (O Gaitán deve estar mesmo muito mal para ter ficado no banco o tempo todo…)
Sinceramente, eu estaria menos chateado se tivéssemos levado três. Perder (no fundo, foi o que aconteceu) desta maneira deixa-me sempre um amargo de boca. E, principalmente, desperdiçar uma óptima oportunidade de fazer história ao ganhar em casa da melhor equipa de futebol de todos os tempos (sim, desfalcadíssima, mas as camisolas eram as mesmas e a derrota seria sempre contabilizada a este Barcelona). Resta-nos recuperar fisicamente (os jogadores acabaram de rastos!) para 2ª feira. Esse, sim, é um jogo importantíssimo para nós e convém não esquecermos que, do outro lado, estarão a jogar a final da Champions.
P.S. – O golo da vitória do Celtic surgiu num penalty muitíssimo duvidoso aos 81’. Penalty esse em que a bola bate na barra, cai sobre a linha de golo e quando volta para cima bate na parte interior da rede. Falando de sorte…
Se na equipa que o Barça apresentou, só o Puyol é titular de caras (o Villa e o Tello são muito utilizados, mas não são indiscutíveis), nós também tivemos baixas de vulto, nomeadamente o Salvio e o Enzo Pérez (para além dos crónicos Carlos Martins e Aimar). Entrámos muito pressionantes e o Rodrigo teve um desperdício clamoroso logo aos 12’, quando ficou isolado, com o Nolito ao lado, e rematou para fora. Como disse o Carlos Manuel na Sport TV no final, no tempo dele, um jogador isolado que não passasse para um colega em melhor posição e não fizesse golo era trucidado pelos companheiros. Outros tempos…! Se eu fosse presidente do Benfica, o Rodrigo não receberia ordenado este mês. E poderia ficar muito contente para não nos ter que pagar do bolso dele os 3,5M€ que nos custou a eliminação por causa do seu egoísmo. Até ao intervalo, foi um fartote de desperdício, com o Lima num cabeceamento ao lado e um remate defendido pelo Pinto para o poste, e o Ola John também isolado a permitir igualmente a defesa do guarda-redes habitualmente suplente do Barça.
A 2ª parte começou com outra grande oportunidade do Nolito, que rematou a rasar o poste, mas depois o Barça foi crescendo e, com a entrada do Messi aos 58’, veio para cima de nós. O Jesus demorava a mexer na equipa e esta parecia muito fatigada, não conseguindo chegar à frente com o mesmo perigo do 1º tempo. Depois do Artur ter feito duas magníficas intervenções no mesmo lance que tiraram ao Messi a oportunidade de este igualar o recorde do Gerd Muller de 85 golos num ano civil, o argentino lesionou-se e jogámos em superioridade numéricas os últimos 5’ (mais 5’ de compensação). E foi quase no final que o Maxi Pereira em óptima posição rematou para as nuvens, impedindo-nos de conseguir uma qualificação que esteve perfeitamente ao nosso alcance.
Em termos individuais, gostei muito do Matic e do Ola John: enormes exibições! O miúdo André Gomes não engana ninguém e, especialmente, na 1ª parte fez um jogo soberbo e cheio de personalidade. Outro que também o fez foi o Garay, absolutamente intransponível. O Artur também merece referência pelas intervenções frente ao Messi e por outra na 1ª parte, cuja rápida saída resolveu uma fífia do Luisão, que esteve longe do seu nível habitual, assim como o Maxi Pereira, que apesar de várias tentativas conseguiu sair do jogo sem um amarelo. O Nolito manteve o pouco rendimento que vem apresentando e o Melgarejo esteve também uns furos abaixo do habitual, talvez resquícios da lesão que teve no treino da véspera. O Lima fez uma partida esforçada e teve azar na bola ao poste. Finalmente, o Rodrigo, cuja presença em campo nos fez jogar com 10 até ao momento da sua substituição e cujo falhanço eu nunca lhe irei perdoar (todos nos lembramos do do Simão naquele mesmo estádio, certo? Não teve 1/10 da gravidade deste). O Bruno César não fez melhor, antes pelo contrário, e continuámos a jogar com 10. (O Gaitán deve estar mesmo muito mal para ter ficado no banco o tempo todo…)
Sinceramente, eu estaria menos chateado se tivéssemos levado três. Perder (no fundo, foi o que aconteceu) desta maneira deixa-me sempre um amargo de boca. E, principalmente, desperdiçar uma óptima oportunidade de fazer história ao ganhar em casa da melhor equipa de futebol de todos os tempos (sim, desfalcadíssima, mas as camisolas eram as mesmas e a derrota seria sempre contabilizada a este Barcelona). Resta-nos recuperar fisicamente (os jogadores acabaram de rastos!) para 2ª feira. Esse, sim, é um jogo importantíssimo para nós e convém não esquecermos que, do outro lado, estarão a jogar a final da Champions.
P.S. – O golo da vitória do Celtic surgiu num penalty muitíssimo duvidoso aos 81’. Penalty esse em que a bola bate na barra, cai sobre a linha de golo e quando volta para cima bate na parte interior da rede. Falando de sorte…
domingo, novembro 25, 2012
Escasso
Vencemos o Olhanense por 2-0 e conseguimos a 6ª vitória consecutiva no
campeonato. Foi uma partida de sentido único em que a nossa vitória nunca
esteve em causa, apesar da lentidão com que jogámos na maior parte do tempo,
resquícios ainda da noite europeia. A diferença positiva que temos com o Jesus
em relação a um passado recente é que raramente falhamos nestes jogos a
passo. Podemos não jogar tão bem como o habitual, mas lá vamos ganhando. Por
seu lado, a exibição (?) do Olhanense vem provar mais uma vez que o campeonato
português deveria ter 10 equipas a quatro voltas.
Talvez por causa do jogo da Champions, entrámos a todo o gás na tentativa de resolver o assunto cedo. Matic, Salvio e Ola John estiveram perto de fazer o golo, mas este só aconteceu aos 26’ num penalty do Cardozo a castigar agarrão evidente ao Maxi Pereira na área. O Tacuara rematou rasteiro para o lado contrário onde habitualmente a bola vai (lado direito do guarda-redes), o Bracali bem se estirou, mas não chegou lá. Até ao intervalo, o Rodrigo ainda teve uma boa oportunidade de cabeça, antecipando-se ao guarda-redes, mas a bola saiu por cima.
A 2ª parte foi mais do mesmo, excepto logo no início quando o Artur fez uma boa defesa na sequência de um livre adversário. Foi a única vez que o Olhanense incomodou a nossa baliza. Por sua vez, nós íamos construindo oportunidade atrás de oportunidades, com o Rodrigo e Melgarejo a desperdiçar, e o Garay a proporcionar ao Bracali uma das melhores defesas do encontro. O não-aparecimento do 2º golo começava a exasperar-me, porque estávamos sempre à mercê de um lance fortuito de bola parada que nos podia custar muito caro. Mas felizmente apareceu o capitão Luisão a selar a nossa vitória aos 72’ num golpe de cabeça na sequência de um canto. Até final, o Cardozo, Lima e Salvio ficaram a dever-nos mais três golos e o que poderia ter sido uma goleada ficou-se por um muito parco 2-0.
Em termos individuais, o Ola John voltou a sobressair, se bem que com menos intensidade do que em partidas anteriores, o Carlos Martins fez uma óptima 1ª parte e o Matic voltou a ser enorme. O Rodrigo é que continua a não acertar, também porque por vezes quer fazer tudo depressa e bem. O Salvio não está igualmente na sua melhor forma e voltou a falhar um golo fácil perto do fim. Os centrais (Luisão e Garay) fizeram uma exibição irrepreensível.
Com o imbróglio na Taça de Portugal, não vamos ter jogo no próximo fim-de-semana, pelo que temos 10 dias para preparar a ida a Nou Camp e, mais importante do que isso, a visita ao WC na próxima jornada, onde aí sim é fundamental ganhar.
P.S. – Poderíamos ter ficado isolados na liderança do campeonato se a vaca não protegesse os nojentos do costume. Golo no último minuto, depois de tabelar num defesa do Braga e bater na barra vem dar razão às palavras do Jesus sobre a “sorte” das visitas do CRAC a Braga. Quanto a mim, a coisa é muito simples: os sucessos desportivos de um tal clube são a prova insofismável da inexistência de Deus. (Claro está que um penalty descarado por cotovelo na bola do Alex Sandro não foi assinalado pelo Sr. Carlos Xistra, o grande desequilibrador do campeonato até ao momento!)
P.P.S - Partiu um dos que no passado nos ajudaram a tornarmo-nos grandes. R.I.P. Guilherme Espírito Santo.
Talvez por causa do jogo da Champions, entrámos a todo o gás na tentativa de resolver o assunto cedo. Matic, Salvio e Ola John estiveram perto de fazer o golo, mas este só aconteceu aos 26’ num penalty do Cardozo a castigar agarrão evidente ao Maxi Pereira na área. O Tacuara rematou rasteiro para o lado contrário onde habitualmente a bola vai (lado direito do guarda-redes), o Bracali bem se estirou, mas não chegou lá. Até ao intervalo, o Rodrigo ainda teve uma boa oportunidade de cabeça, antecipando-se ao guarda-redes, mas a bola saiu por cima.
A 2ª parte foi mais do mesmo, excepto logo no início quando o Artur fez uma boa defesa na sequência de um livre adversário. Foi a única vez que o Olhanense incomodou a nossa baliza. Por sua vez, nós íamos construindo oportunidade atrás de oportunidades, com o Rodrigo e Melgarejo a desperdiçar, e o Garay a proporcionar ao Bracali uma das melhores defesas do encontro. O não-aparecimento do 2º golo começava a exasperar-me, porque estávamos sempre à mercê de um lance fortuito de bola parada que nos podia custar muito caro. Mas felizmente apareceu o capitão Luisão a selar a nossa vitória aos 72’ num golpe de cabeça na sequência de um canto. Até final, o Cardozo, Lima e Salvio ficaram a dever-nos mais três golos e o que poderia ter sido uma goleada ficou-se por um muito parco 2-0.
Em termos individuais, o Ola John voltou a sobressair, se bem que com menos intensidade do que em partidas anteriores, o Carlos Martins fez uma óptima 1ª parte e o Matic voltou a ser enorme. O Rodrigo é que continua a não acertar, também porque por vezes quer fazer tudo depressa e bem. O Salvio não está igualmente na sua melhor forma e voltou a falhar um golo fácil perto do fim. Os centrais (Luisão e Garay) fizeram uma exibição irrepreensível.
Com o imbróglio na Taça de Portugal, não vamos ter jogo no próximo fim-de-semana, pelo que temos 10 dias para preparar a ida a Nou Camp e, mais importante do que isso, a visita ao WC na próxima jornada, onde aí sim é fundamental ganhar.
P.S. – Poderíamos ter ficado isolados na liderança do campeonato se a vaca não protegesse os nojentos do costume. Golo no último minuto, depois de tabelar num defesa do Braga e bater na barra vem dar razão às palavras do Jesus sobre a “sorte” das visitas do CRAC a Braga. Quanto a mim, a coisa é muito simples: os sucessos desportivos de um tal clube são a prova insofismável da inexistência de Deus. (Claro está que um penalty descarado por cotovelo na bola do Alex Sandro não foi assinalado pelo Sr. Carlos Xistra, o grande desequilibrador do campeonato até ao momento!)
P.P.S - Partiu um dos que no passado nos ajudaram a tornarmo-nos grandes. R.I.P. Guilherme Espírito Santo.
quarta-feira, novembro 21, 2012
Na luta
Vencemos o Celtic por 2-1 e ainda temos hipóteses de nos apurarmos para os
oitavos-de-final da Champions. Era o único resultado que nos interessava e
conseguimo-lo na sequência de uma exibição muito boa.
Não poderíamos ter começado melhor a partida, com o 1-0 a surgir logo aos 7’ na estreia do Ola John a marcar com a gloriosa camisola. Estávamos a dominar e já o Cardozo tinha rematado com perigo logo no minuto inicial. A partir do golo, tentámos adormecer o jogo e chamar o Celtic, mas os escoceses nunca demonstraram grandes argumentos para nos importunar. Excepção feita a um canto aos 32’ que os escoceses (impressionante apoio de um dos melhores conjuntos de adeptos do mundo) festejaram como se fosse golo. E foi mesmo através do Samaras, num lance em que o Artur é mal batido, pois o grego cabeceia na pequena área. Na parte final do 1º tempo, voltámos a pressionar o Celtic e o Ola John esteve outra vez perto de marcar, mas o guarda-redes defendeu com o pé.
A 2ª parte foi totalmente nossa, num massacre incessante à baliza do Celtic. Logo a começar, o Lima viu uma bola ser salva por um defesa quase sobre a linha e o Luisão também poderia ter feito melhor num remate na área. Os escoceses mal passavam de meio-campo e finalmente o tão desejado golo surgiu aos 71’ na sequência de um canto, com uma assistência de cabeça do Luisão para o Garay fuzilar. Até final, o Cardozo proporcionou ao guarda-redes Forster mais duas grandes defesas e o Celtic também criou perigo, nomeadamente através de duas ou três perdas de bola incríveis do Gaitán, que entrou muito mal no jogo. Mas conseguimos aguentar a vantagem e agora logo se verá o que nos reserva a última jornada do grupo.
O Matic voltou a fazer um jogo enorme, assim como o Ola John, cada vez mais indiscutível na equipa. É um jogador desconcertante, porque raramente faz o que parece mais óbvio, conseguindo assim baralhar os adversários. Destaque igualmente para o Garay pelo golo decisivo que marcou e pelo que defendeu e para o Enzo Pérez, enorme no meio-campo. Referência muito positiva também para o André Almeida, primeiro na lateral-direita e depois a meio-campo. O Artur tem culpas no golo, porque deveria ter aproveitado o encosto que sofre para se atirar para o chão, tentando a falta. O Gaitán tem que perceber que não se pode pôr a fintar a meio do meio-campo, quando a equipa está balanceada para o ataque. Mais pareceu um reforço do Celtic e foi nele que começaram os lances de perigo que sofremos na parte final.
Se não fizermos em Nou Camp pior resultado que o Celtic frente ao Spartak, qualificar-nos-emos. Se o Barça jogar com a equipa B, já que tem o 1º lugar garantido, acredito que podemos ter hipóteses, caso contrário já obtivemos os serviços mínimos, ou seja, a qualificação para a Liga Europa. Se formos eliminados não será tanto por nossa culpa, mas pelo resultado anormal do Barça em Glasgow. Esse é que destoou do que se estava à espera.
P.S. – Depois de se ter falado durante a semana de uma hipotética interdição do Estádio da Luz por causa dos petardos no jogo frente ao Spartak, é preciso uma grande dose de deficiência mental para se voltar a rebentar um. Mas infelizmente isso sucedeu depois do nosso 2º golo, o que comprova que a presença de cérebro não é universal. Com câmaras de vigilância apontadas para o público, espero que esse adepto seja interditado de voltar ao Estádio da Luz durante uns bons anos. Que grande besta!
Não poderíamos ter começado melhor a partida, com o 1-0 a surgir logo aos 7’ na estreia do Ola John a marcar com a gloriosa camisola. Estávamos a dominar e já o Cardozo tinha rematado com perigo logo no minuto inicial. A partir do golo, tentámos adormecer o jogo e chamar o Celtic, mas os escoceses nunca demonstraram grandes argumentos para nos importunar. Excepção feita a um canto aos 32’ que os escoceses (impressionante apoio de um dos melhores conjuntos de adeptos do mundo) festejaram como se fosse golo. E foi mesmo através do Samaras, num lance em que o Artur é mal batido, pois o grego cabeceia na pequena área. Na parte final do 1º tempo, voltámos a pressionar o Celtic e o Ola John esteve outra vez perto de marcar, mas o guarda-redes defendeu com o pé.
A 2ª parte foi totalmente nossa, num massacre incessante à baliza do Celtic. Logo a começar, o Lima viu uma bola ser salva por um defesa quase sobre a linha e o Luisão também poderia ter feito melhor num remate na área. Os escoceses mal passavam de meio-campo e finalmente o tão desejado golo surgiu aos 71’ na sequência de um canto, com uma assistência de cabeça do Luisão para o Garay fuzilar. Até final, o Cardozo proporcionou ao guarda-redes Forster mais duas grandes defesas e o Celtic também criou perigo, nomeadamente através de duas ou três perdas de bola incríveis do Gaitán, que entrou muito mal no jogo. Mas conseguimos aguentar a vantagem e agora logo se verá o que nos reserva a última jornada do grupo.
O Matic voltou a fazer um jogo enorme, assim como o Ola John, cada vez mais indiscutível na equipa. É um jogador desconcertante, porque raramente faz o que parece mais óbvio, conseguindo assim baralhar os adversários. Destaque igualmente para o Garay pelo golo decisivo que marcou e pelo que defendeu e para o Enzo Pérez, enorme no meio-campo. Referência muito positiva também para o André Almeida, primeiro na lateral-direita e depois a meio-campo. O Artur tem culpas no golo, porque deveria ter aproveitado o encosto que sofre para se atirar para o chão, tentando a falta. O Gaitán tem que perceber que não se pode pôr a fintar a meio do meio-campo, quando a equipa está balanceada para o ataque. Mais pareceu um reforço do Celtic e foi nele que começaram os lances de perigo que sofremos na parte final.
Se não fizermos em Nou Camp pior resultado que o Celtic frente ao Spartak, qualificar-nos-emos. Se o Barça jogar com a equipa B, já que tem o 1º lugar garantido, acredito que podemos ter hipóteses, caso contrário já obtivemos os serviços mínimos, ou seja, a qualificação para a Liga Europa. Se formos eliminados não será tanto por nossa culpa, mas pelo resultado anormal do Barça em Glasgow. Esse é que destoou do que se estava à espera.
P.S. – Depois de se ter falado durante a semana de uma hipotética interdição do Estádio da Luz por causa dos petardos no jogo frente ao Spartak, é preciso uma grande dose de deficiência mental para se voltar a rebentar um. Mas infelizmente isso sucedeu depois do nosso 2º golo, o que comprova que a presença de cérebro não é universal. Com câmaras de vigilância apontadas para o público, espero que esse adepto seja interditado de voltar ao Estádio da Luz durante uns bons anos. Que grande besta!
sábado, novembro 17, 2012
Em frente
Num jogo bastante complicado, vencemos em Moreira do Cónegos (2-0) e
qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Perante a equipa
que eliminou a lagartada na ronda anterior, fomos sempre superiores, mas o
enorme domínio não se traduziu em muitas situações claras de golos e quando as
houve a falta de pontaria imperou.
Dois meses depois, o regresso do capitão Luisão foi o grande destaque da partida. O Jesus aproveitou igualmente para fazer várias alterações, porque entre jogadores lesionados e o regresso das selecções tivemos alguns indisponíveis. Tal como disse o nosso treinador no final, a 1ª parte jogou-se quase exclusivamente no meio-campo do Moreirense. Tivemos algumas boas oportunidades (Nolito, Luisinho e Rodrigo), mas estava difícil a bola entrar. Por outro lado, o Sr. Duarte Gomes resolveu certamente expiar os três penalties do Benfica – V. Guimarães da época passada e deixou passar pelo menos três lances muito duvidosos na área a nosso favor (abalroamento do Lima pelo guarda-redes, considerou que um empurrão ao Luisinho foi carga de ombro, quando na 2ª parte assinalou falta numa carga de ombro que o Gaitán fez, e um choque entre o mesmo Luisinho e um defesa, quando o nosso jogador tinha chegado primeiro à bola e a tinha desviado).
Na 2ª parte, continuámos a atacar em quantidade e abrimos o marcador através de um canto, com um remate cruzado do Matic que bateu num defesa e entrou aos 59’. O mais difícil estava feito, mas era necessário marcar o 2º golo para ficarmos descansados. Isso não aconteceu, o Moreirense alterou o seu esquema de jogo e começou a acercar-se da nossa baliza. A 12’ do fim, uma das torres de iluminação apagou-se e esteve-se mais de 20’ sem jogar. Quando o jogo se reiniciou, tivemos pelo menos quatro passes transviados no meio-campo que poderiam ter criado bastante perigo para a nossa baliza. Felizmente, alguma aselhice do adversário conjugada com centrais imperiais impediram que isso acontecesse. No último minuto de descontos, uma boa abertura do Ola John desmarcou o Gaitán que assistiu o Cardozo (entretanto entrado) para o golinho da ordem, que selou a nossa vitória.
Inevitável destaque para o Matic, não só pelo golo que marcou, mas por ser quase sempre o primeiro elemento que construía o nosso ataque. No dia do regresso do Luisão, foi o Jardel a dar mais nas vistas (julgo que ninguém passou por ele). O Paulo Lopes também se revelou seguro na baliza. Continuo a não gostar da forma do Bruno César, o Nolito foi desaparecendo do jogo e o Gaitán andou desaparecido até surgir no 2º golo.
Objectivo cumprido e aguardemos pelo sorteio. Já agora, se não fosse pedir muito, gostaria de ter um jogo na Luz, já que há mais de um ano que Taça de Portugal é sempre sinónimo de jogo fora.
P.S. – Para além dos lances duvidosos na 1ª parte, o Sr. Duarte Gomes teve umas quantas decisões incompreensíveis, nomeadamente a não-marcação de faltas a nossa favor em lances óbvios. Neste capítulo, o Cardozo continua a ser o maior, já que raramente é assinalada falta sobre ele…
Dois meses depois, o regresso do capitão Luisão foi o grande destaque da partida. O Jesus aproveitou igualmente para fazer várias alterações, porque entre jogadores lesionados e o regresso das selecções tivemos alguns indisponíveis. Tal como disse o nosso treinador no final, a 1ª parte jogou-se quase exclusivamente no meio-campo do Moreirense. Tivemos algumas boas oportunidades (Nolito, Luisinho e Rodrigo), mas estava difícil a bola entrar. Por outro lado, o Sr. Duarte Gomes resolveu certamente expiar os três penalties do Benfica – V. Guimarães da época passada e deixou passar pelo menos três lances muito duvidosos na área a nosso favor (abalroamento do Lima pelo guarda-redes, considerou que um empurrão ao Luisinho foi carga de ombro, quando na 2ª parte assinalou falta numa carga de ombro que o Gaitán fez, e um choque entre o mesmo Luisinho e um defesa, quando o nosso jogador tinha chegado primeiro à bola e a tinha desviado).
Na 2ª parte, continuámos a atacar em quantidade e abrimos o marcador através de um canto, com um remate cruzado do Matic que bateu num defesa e entrou aos 59’. O mais difícil estava feito, mas era necessário marcar o 2º golo para ficarmos descansados. Isso não aconteceu, o Moreirense alterou o seu esquema de jogo e começou a acercar-se da nossa baliza. A 12’ do fim, uma das torres de iluminação apagou-se e esteve-se mais de 20’ sem jogar. Quando o jogo se reiniciou, tivemos pelo menos quatro passes transviados no meio-campo que poderiam ter criado bastante perigo para a nossa baliza. Felizmente, alguma aselhice do adversário conjugada com centrais imperiais impediram que isso acontecesse. No último minuto de descontos, uma boa abertura do Ola John desmarcou o Gaitán que assistiu o Cardozo (entretanto entrado) para o golinho da ordem, que selou a nossa vitória.
Inevitável destaque para o Matic, não só pelo golo que marcou, mas por ser quase sempre o primeiro elemento que construía o nosso ataque. No dia do regresso do Luisão, foi o Jardel a dar mais nas vistas (julgo que ninguém passou por ele). O Paulo Lopes também se revelou seguro na baliza. Continuo a não gostar da forma do Bruno César, o Nolito foi desaparecendo do jogo e o Gaitán andou desaparecido até surgir no 2º golo.
Objectivo cumprido e aguardemos pelo sorteio. Já agora, se não fosse pedir muito, gostaria de ter um jogo na Luz, já que há mais de um ano que Taça de Portugal é sempre sinónimo de jogo fora.
P.S. – Para além dos lances duvidosos na 1ª parte, o Sr. Duarte Gomes teve umas quantas decisões incompreensíveis, nomeadamente a não-marcação de faltas a nossa favor em lances óbvios. Neste capítulo, o Cardozo continua a ser o maior, já que raramente é assinalada falta sobre ele…
segunda-feira, novembro 12, 2012
Sofridíssimo
Um golo do Lima em cima do intervalo deu-nos uma vitória importantíssima em
Vila do Conde (1-0), num campo onde o CRAC tinha empatado. Se formos campeões
no final da época, iremos lembrar-nos deste jogo como um dos mais importantes
nessa caminhada vitoriosa.
O Rio Ave está em 5º lugar no campeonato e percebeu-se bem porquê. Criou-nos sempre imensas dificuldades, não nos deixando construir o jogo como gostamos. Para além disso, ainda tivemos o contratempo da lesão do Maxi Pereira, que nem sequer viajou, e do facto de o Enzo Pérez ter sido substituído logo aos 30’ também por lesão. E, com o Carlos Martins e o Aimar igualmente de baixa e a expulsão do André Gomes na semana passada, ficámos reduzidos ao Bruno César, que continua numa forma lamentável. Mesmo com estas contrariedades, poderíamos ter criado uma boa vantagem na 1ª parte, já que o Cardozo atirou uma bola ao poste, proporcionou uma óptima defesa ao Oblak (se bem que me pareceu que a bola ia para fora) e fez outro remate perigoso desviado por um defesa, mas que o árbitro, Sr. Bruno Esteves, converteu em pontapé de baliza. O Lima teve igualmente um remate que rasou o poste e o Matic uma cabeçada que o Oblak defendeu. No primeiro dos dois minutos de descontos que o árbitro deu (houve também um jogador adversário a ser sair por lesão), inaugurámos o marcador num lançamento lateral, com uma boa cabeçada do Jardel para trás (MUITO melhor que o Matic neste tipo de lances, em que nem sequer salta…) e o Lima a antecipar-se ao adversário para fuzilar.
Na 2ª parte, pareceu-nos que nos ressentimos em termos físicos da partida da Champions e não criámos tantas oportunidades. Ainda assim, o Cardozo poderia ter marcado o golo do ano, num remate de primeira de fora da área, mas a bola fez uma tangente ao poste. O Salvio não estava a fazer um grande jogo, mas ao menos ajudava o André Almeida a defesa-direito, algo que o Gaitán que o substituiu não conseguiu fazer. Perdemos um pouco com essa alteração e o Rio Ave começou a acercar-se da nossa baliza. No ataque, só o Ola John criava desequilíbrios, mas não fomos felizes ao tentar o golo da tranquilidade. Passámos alguns calafrios, o Jardel e o Garay foram muito importantes para manter o nulo, assim como o Artur, que fez uma defesa do outro mundo, num lance que acabou por ser invalidado, porque a bola já tinha saído do campo antes do cruzamento.
Em termos individuais, gostei bastante do Cardozo (foi pena não ter marcado pelo menos um golo, já que jogou e fez jogar, com boas aberturas nos flancos), dos centrais, como já referi, do Matic, que foi gigante no meio-campo, ainda por cima sem a ajuda do Enzo Pérez a partir de determinada altura, e do Ola John, que não entrou nada bem na partida, mas com o decorrer dela aumentou imenso a sua produção e neste momento é titular indiscutível do Benfica. O Artur é um senhor e dá uma confiança enorme à equipa.
Seria muito importante recuperar os jogadores lesionados do meio-campo, especialmente agora que voltaremos a contar com o Luisão já a partir do próximo jogo. Os próximos dois compromissos são decisivos e, se queremos manter-nos na Taça de Portugal e Liga dos Campeões, teremos obrigatoriamente que os ganhar. A equipa demonstra um nível exibicional bastante aceitável e conseguimos passar os dois meses sem o capitão sem danos de maior.
P.S. – No jogo entre a lagartada e o Braga, o elemento decisivo do campeonato da época anterior entrou novamente em destaque: o Sr. Pedro Proença anulou um golo completamente limpo ao Braga a 15’ do fim, que daria o 1-1. Não posso dizer que a vitória dos lagartos não nos tenha sido favorável, mas preferiria um empate. Com a tendência inata do Sr. Pedro Proença para roubar os de vermelho, é mais fácil esperar que este governo cumpra uma só promessa eleitoral.
O Rio Ave está em 5º lugar no campeonato e percebeu-se bem porquê. Criou-nos sempre imensas dificuldades, não nos deixando construir o jogo como gostamos. Para além disso, ainda tivemos o contratempo da lesão do Maxi Pereira, que nem sequer viajou, e do facto de o Enzo Pérez ter sido substituído logo aos 30’ também por lesão. E, com o Carlos Martins e o Aimar igualmente de baixa e a expulsão do André Gomes na semana passada, ficámos reduzidos ao Bruno César, que continua numa forma lamentável. Mesmo com estas contrariedades, poderíamos ter criado uma boa vantagem na 1ª parte, já que o Cardozo atirou uma bola ao poste, proporcionou uma óptima defesa ao Oblak (se bem que me pareceu que a bola ia para fora) e fez outro remate perigoso desviado por um defesa, mas que o árbitro, Sr. Bruno Esteves, converteu em pontapé de baliza. O Lima teve igualmente um remate que rasou o poste e o Matic uma cabeçada que o Oblak defendeu. No primeiro dos dois minutos de descontos que o árbitro deu (houve também um jogador adversário a ser sair por lesão), inaugurámos o marcador num lançamento lateral, com uma boa cabeçada do Jardel para trás (MUITO melhor que o Matic neste tipo de lances, em que nem sequer salta…) e o Lima a antecipar-se ao adversário para fuzilar.
Na 2ª parte, pareceu-nos que nos ressentimos em termos físicos da partida da Champions e não criámos tantas oportunidades. Ainda assim, o Cardozo poderia ter marcado o golo do ano, num remate de primeira de fora da área, mas a bola fez uma tangente ao poste. O Salvio não estava a fazer um grande jogo, mas ao menos ajudava o André Almeida a defesa-direito, algo que o Gaitán que o substituiu não conseguiu fazer. Perdemos um pouco com essa alteração e o Rio Ave começou a acercar-se da nossa baliza. No ataque, só o Ola John criava desequilíbrios, mas não fomos felizes ao tentar o golo da tranquilidade. Passámos alguns calafrios, o Jardel e o Garay foram muito importantes para manter o nulo, assim como o Artur, que fez uma defesa do outro mundo, num lance que acabou por ser invalidado, porque a bola já tinha saído do campo antes do cruzamento.
Em termos individuais, gostei bastante do Cardozo (foi pena não ter marcado pelo menos um golo, já que jogou e fez jogar, com boas aberturas nos flancos), dos centrais, como já referi, do Matic, que foi gigante no meio-campo, ainda por cima sem a ajuda do Enzo Pérez a partir de determinada altura, e do Ola John, que não entrou nada bem na partida, mas com o decorrer dela aumentou imenso a sua produção e neste momento é titular indiscutível do Benfica. O Artur é um senhor e dá uma confiança enorme à equipa.
Seria muito importante recuperar os jogadores lesionados do meio-campo, especialmente agora que voltaremos a contar com o Luisão já a partir do próximo jogo. Os próximos dois compromissos são decisivos e, se queremos manter-nos na Taça de Portugal e Liga dos Campeões, teremos obrigatoriamente que os ganhar. A equipa demonstra um nível exibicional bastante aceitável e conseguimos passar os dois meses sem o capitão sem danos de maior.
P.S. – No jogo entre a lagartada e o Braga, o elemento decisivo do campeonato da época anterior entrou novamente em destaque: o Sr. Pedro Proença anulou um golo completamente limpo ao Braga a 15’ do fim, que daria o 1-1. Não posso dizer que a vitória dos lagartos não nos tenha sido favorável, mas preferiria um empate. Com a tendência inata do Sr. Pedro Proença para roubar os de vermelho, é mais fácil esperar que este governo cumpra uma só promessa eleitoral.
quinta-feira, novembro 08, 2012
Tacuara
Uma óptima 2ª parte permitiu-nos derrotar o Spartak Moscovo (2-0) e
conseguir assim a primeira vitória na Liga dos Campeões deste ano. O que não
estava no programa foi o triunfo do Celtic frente ao Barcelona (2-1), que
tornou mais complicada a nossa qualificação para os oitavos-de-final.
Apesar do bom entendimento com o Lima e dos dois golos no passado Sábado, o Jesus resolveu deixar o Cardozo no banco, promovendo a titularidade do Rodrigo, que desde o jogo frente ao Nacional, a 2 de Setembro, basicamente desapareceu. Portanto, jogámos a 1ª parte com dez e criámos apenas uma grande oportunidade, quando o Salvio numa recarga atirou ao lado tendo só o guarda-redes pela frente. O Spartak também teve uma excelente ocasião salva pela perna do Artur.
Na 2ª parte, o Jesus resolveu fazer entrar o melhor marcador estrangeiro da história do Glorioso e a coisa piou mais fino. Pouco depois de ter entrado, o Cardozo meteu logo a bola na baliza, mas o fiscal-de-linha assinalou mal fora-de-jogo. Aos 56’ foi o próprio Cardozo a começar e finalizar a jogada: abriu bem na esquerda para o Ola John, que desmarcou o Melgarejo para um cruzamento perfeito na direcção da cabeça do Tacuara. Grande jogada e grande golo! Se até então, o Spartak ia sempre espreitando o contra-ataque, a partir daí deixou de existir. Até porque nós fizemos o 2-0 aos 69’ novamente pelo Cardozo num remate de primeira depois de uma boa iniciativa do Ola John pela esquerda culminada num centro milimétrico. E o Tacuara poderia ter feito um hat-trick se não atirasse à barra um penalty que ele próprio provocou, com expulsão do adversário. Até final, ainda deu para o Artur fazer uma óptima defesa com os pés, que salvaguardou a nossa vantagem no confronto directo com os russos, e para o Cardozo atirar ao lado de pé direito quando só tinha o guarda-redes pela frente.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Cardozo: três golos (um anulado), um penalty conquistado e falhado, e duas perdidas em excelente posição (a outra foi num canto em que ele cabeceou contra a parte superior da barra). Ou seja, poderia ter marcado seis golos(!), o que lhe permitiria ter ultrapassado o Nené como segundo melhor marcador do Benfica nas competições europeias (está a dois golos de o igualar). O Jesus pode vir dizer as vezes que quiser que a titularidade do Rodrigo foi “estratégia” para o Cardozo entrar com mais “intensidade” na 2ª parte, mas o que é facto é que somos uma equipa com o paraguaio em campo e outra sem ele. E, se essa “intensidade” fosse mesmo assim, então o Cardozo só marcaria golos nas primeiras partes quando jogasse os 90’, algo que acho que não acontece… Outro grande destaque vai para o Ola John, que abriu autenticamente o livro na 2ª parte. O defesa-direito russo vai ter pesadelos com ele durante uns bons tempos… O André Almeida, que substituiu o castigado Matic, não destoou o que é dizer muito num jogo da Champions e o Garay esteve irrepreensível na defesa. Última referência para o Artur, que voltou a ser fundamental para garantir o nosso terceiro nulo consecutivo.
Resta-nos ganhar ao Celtic na próxima jornada e esperar que o Barça ganhe na Rússia para ficar já com o 1º lugar garantido. Pode ser que assim jogue com uma equipa mais ou menos B em Nou Camp e nós tenhamos hipóteses de ir lá ganhar. Caso contrário, será muito difícil prosseguirmos na Liga dos Campeões. Mas, de qualquer maneira, essa vitória frente ao Celtic garante-nos no mínimo a Liga Europa, e seria inconcebível que ficássemos fora das competições europeias antes do final do ano.
Apesar do bom entendimento com o Lima e dos dois golos no passado Sábado, o Jesus resolveu deixar o Cardozo no banco, promovendo a titularidade do Rodrigo, que desde o jogo frente ao Nacional, a 2 de Setembro, basicamente desapareceu. Portanto, jogámos a 1ª parte com dez e criámos apenas uma grande oportunidade, quando o Salvio numa recarga atirou ao lado tendo só o guarda-redes pela frente. O Spartak também teve uma excelente ocasião salva pela perna do Artur.
Na 2ª parte, o Jesus resolveu fazer entrar o melhor marcador estrangeiro da história do Glorioso e a coisa piou mais fino. Pouco depois de ter entrado, o Cardozo meteu logo a bola na baliza, mas o fiscal-de-linha assinalou mal fora-de-jogo. Aos 56’ foi o próprio Cardozo a começar e finalizar a jogada: abriu bem na esquerda para o Ola John, que desmarcou o Melgarejo para um cruzamento perfeito na direcção da cabeça do Tacuara. Grande jogada e grande golo! Se até então, o Spartak ia sempre espreitando o contra-ataque, a partir daí deixou de existir. Até porque nós fizemos o 2-0 aos 69’ novamente pelo Cardozo num remate de primeira depois de uma boa iniciativa do Ola John pela esquerda culminada num centro milimétrico. E o Tacuara poderia ter feito um hat-trick se não atirasse à barra um penalty que ele próprio provocou, com expulsão do adversário. Até final, ainda deu para o Artur fazer uma óptima defesa com os pés, que salvaguardou a nossa vantagem no confronto directo com os russos, e para o Cardozo atirar ao lado de pé direito quando só tinha o guarda-redes pela frente.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Cardozo: três golos (um anulado), um penalty conquistado e falhado, e duas perdidas em excelente posição (a outra foi num canto em que ele cabeceou contra a parte superior da barra). Ou seja, poderia ter marcado seis golos(!), o que lhe permitiria ter ultrapassado o Nené como segundo melhor marcador do Benfica nas competições europeias (está a dois golos de o igualar). O Jesus pode vir dizer as vezes que quiser que a titularidade do Rodrigo foi “estratégia” para o Cardozo entrar com mais “intensidade” na 2ª parte, mas o que é facto é que somos uma equipa com o paraguaio em campo e outra sem ele. E, se essa “intensidade” fosse mesmo assim, então o Cardozo só marcaria golos nas primeiras partes quando jogasse os 90’, algo que acho que não acontece… Outro grande destaque vai para o Ola John, que abriu autenticamente o livro na 2ª parte. O defesa-direito russo vai ter pesadelos com ele durante uns bons tempos… O André Almeida, que substituiu o castigado Matic, não destoou o que é dizer muito num jogo da Champions e o Garay esteve irrepreensível na defesa. Última referência para o Artur, que voltou a ser fundamental para garantir o nosso terceiro nulo consecutivo.
Resta-nos ganhar ao Celtic na próxima jornada e esperar que o Barça ganhe na Rússia para ficar já com o 1º lugar garantido. Pode ser que assim jogue com uma equipa mais ou menos B em Nou Camp e nós tenhamos hipóteses de ir lá ganhar. Caso contrário, será muito difícil prosseguirmos na Liga dos Campeões. Mas, de qualquer maneira, essa vitória frente ao Celtic garante-nos no mínimo a Liga Europa, e seria inconcebível que ficássemos fora das competições europeias antes do final do ano.
domingo, novembro 04, 2012
Sem espinhas
Ganhámos 3-0 perante um dos mais fracos V. Guimarães que me lembro de ver
jogar na Luz. A exibição foi bastante boa durante grande parte do tempo e só
foi pena não termos metido mais um golo para termos vantagem sobre o CRAC no 1º
lugar.
Entrámos com uma dinâmica atacante bem assinalável, mas só concretizámos o primeiro golo aos 36’ pelo Cardozo, de cabeça, depois de uma assistência do Ola John. Um pouco antes disso, o V. Guimarães teve a única(!) oportunidade de toda a partida, que proporcionou ao Artur uma excelente intervenção com a perna. O guarda-redes adversário não teve nenhuma defesa mais aparatosa, mas isso não quer dizer que não tenhamos criado oportunidades. Simplesmente, não atinávamos com a baliza. O regresso do Carlos Martins acabou aos 44’, quando voltou a sair lesionado, tendo entrado o André Gomes.
A 2ª parte não poderia ter começado melhor, já que fizemos o 2-0 de penalty pelo Cardozo logo aos 47’. Foi uma falta sobre o Salvio depois de outro bom cruzamento do Ola John. A partida estava praticamente decidida, mas para ficar bem descansado nada melhor que o 3-0, que surgiu pelo Lima aos 66’ na sequência de uma tabelinha do Cardozo, que o isolou. Até final, de registar a expulsão do André Gomes (no estádio pareceu-me exagerada, mas vista na TV é mais que merecida) e o facto de o Jesus ter aproveitado o resultado para fazer algumas poupanças para a Champions de 4ª feira.
Dois golos e uma assistência tornam o Cardozo indiscutivelmente o melhor em campo. Também voltei a gostar bastante do Lima, que ainda por cima sofreu um penalty na 1ª parte que o Sr. João Ferreira não assinalou. O Ola John está com a confiança a subir a olhos vistos e teve participação nos três golos. O Luisinho é bastante esforçado, teve dois erros infantis na 1ª parte que poderiam ter custado caro, mas em termos atacantes esteve muito bem. O Salvio pecou no timing de se libertar da bola, mas é quase impossível jogar mal.
Continuamos a senda vitoriosa para o campeonato, mas agora temos de nos focar para o Spartak Moscovo na 4ª feira, em que só a vitória nos interessa. Infelizmente não vamos ter o Matic (castigado) e o Carlos Martins lesionado, o que vai colocar desafios interessantes ao Jesus para aquele meio-campo (eu colocaria o André Almeida, porque o André Gomes não me parece muito talhado para a posição 6). O objectivo principal é obviamente o campeonato, mas não cabe na cabeça de nenhum de nós ficarmos fora das competições europeias em Dezembro.
Entrámos com uma dinâmica atacante bem assinalável, mas só concretizámos o primeiro golo aos 36’ pelo Cardozo, de cabeça, depois de uma assistência do Ola John. Um pouco antes disso, o V. Guimarães teve a única(!) oportunidade de toda a partida, que proporcionou ao Artur uma excelente intervenção com a perna. O guarda-redes adversário não teve nenhuma defesa mais aparatosa, mas isso não quer dizer que não tenhamos criado oportunidades. Simplesmente, não atinávamos com a baliza. O regresso do Carlos Martins acabou aos 44’, quando voltou a sair lesionado, tendo entrado o André Gomes.
A 2ª parte não poderia ter começado melhor, já que fizemos o 2-0 de penalty pelo Cardozo logo aos 47’. Foi uma falta sobre o Salvio depois de outro bom cruzamento do Ola John. A partida estava praticamente decidida, mas para ficar bem descansado nada melhor que o 3-0, que surgiu pelo Lima aos 66’ na sequência de uma tabelinha do Cardozo, que o isolou. Até final, de registar a expulsão do André Gomes (no estádio pareceu-me exagerada, mas vista na TV é mais que merecida) e o facto de o Jesus ter aproveitado o resultado para fazer algumas poupanças para a Champions de 4ª feira.
Dois golos e uma assistência tornam o Cardozo indiscutivelmente o melhor em campo. Também voltei a gostar bastante do Lima, que ainda por cima sofreu um penalty na 1ª parte que o Sr. João Ferreira não assinalou. O Ola John está com a confiança a subir a olhos vistos e teve participação nos três golos. O Luisinho é bastante esforçado, teve dois erros infantis na 1ª parte que poderiam ter custado caro, mas em termos atacantes esteve muito bem. O Salvio pecou no timing de se libertar da bola, mas é quase impossível jogar mal.
Continuamos a senda vitoriosa para o campeonato, mas agora temos de nos focar para o Spartak Moscovo na 4ª feira, em que só a vitória nos interessa. Infelizmente não vamos ter o Matic (castigado) e o Carlos Martins lesionado, o que vai colocar desafios interessantes ao Jesus para aquele meio-campo (eu colocaria o André Almeida, porque o André Gomes não me parece muito talhado para a posição 6). O objectivo principal é obviamente o campeonato, mas não cabe na cabeça de nenhum de nós ficarmos fora das competições europeias em Dezembro.
domingo, outubro 28, 2012
Categórico
Uma 1ª parte de óptimo nível permitiu-nos construir o resultado (3-0) da
nossa vitória em Barcelos perante o Gil Vicente. As jornadas a seguir aos jogos
europeus são sempre complicadas, porque nem sempre se consegue mudar o chip
nos jogadores. Mas felizmente não foi o caso deste jogo.
O sintético de Moscovo deixou marcas no Salvio, Gaitán e Melgarejo, razão pela qual não jogaram. Estrearam-se a titulares o Luisinho, André Gomes e Ola John, e voltámos à dupla Lima – Cardozo na frente. Não poderíamos ter entrado melhor, porque ao minuto e meio inaugurámos o marcador: o Maxi Pereira costuma falhar nove, mas acertou o centro em 10 e o Lima cabeceou com êxito. Claro que este golo tão cedo tranquilizou a equipa e afastou alguns receios que eu tinha deste jogo. Bastaram 26’ para o Luisinho fazer mais do que o Emerson na época passada inteira, ao iniciar e concluir a jogada do 0-2 com assistência do Lima. O Gil Vicente não era capaz de reagir e nós dominávamos como queríamos. Sempre que acelerávamos um pouco mais criávamos perigo e já no período de descontos para o intervalo, o André Gomes praticamente sentenciou a partida ao fazer o 0-3, depois de uma jogada de insistência, e de ganhar brilhantemente um ressalto. Grande golo!
A 2ª parte foi totalmente diferente, porque abrandámos bastante o ritmo, demos a iniciativa ao Gil Vicente, mas eles tinham sempre muita dificuldade em chegar à nossa baliza. Uma óptima desmarcação do Lima proporcionou ao guarda-redes contrário uma boa defesa num dos poucos lances de perigo que tivemos. Aos 69’, acabaram-se as esperanças de dilatarmos o marcador, quando o Enzo Pérez levou um segundo (e merecido) amarelo e foi expulso. Sinceramente, não percebi a atitude do argentino, que até estava a ser dos melhores do Benfica, porque poderia perfeitamente ter deixado o adversário passar. O Jesus foi-se entretendo a colocar jogadores de características atacantes, até se decidir pelo André Almeida aos 82’, quando o Matic já há muito não estava em campo. O resultado foi termos ficado mais equilibrados no meio-campo nos minutos finais.
Em termos individuais, o destaque vai para o Lima, pelo golo e pela assistência, e naturalmente para o André Gomes, que não engana ninguém: é craque! Excelente sentido posicional, procura quase sempre a solução mais simples na hora de soltar a bola, codícia pelo golo e bons pés: temos aqui uma pérola. O Luisinho também não esteve nada mal e para suplente do Melgarejo serve perfeitamente. O Ola John ainda está bastante verde, nem sempre toma a melhor opção, parece nervoso sempre que tem a bola, mas verdade seja dita não se esconde do jogo. O Artur lá fez mais uma intervenção que safou um golo.
Com a vitória do CRAC no Estoril por 2-1, voltámos a ter um golo de vantagem e portanto o 1º lugar é nosso. Vale o que vale nesta altura, mas não deixa de ser bom. Para a semana frente ao V. Guimarães, não iremos ter o Enzo Pérez (nova oportunidade para o André Gomes, certamente), mas esperemos que o Salvio e Gaitán voltem a estar disponíveis.
O sintético de Moscovo deixou marcas no Salvio, Gaitán e Melgarejo, razão pela qual não jogaram. Estrearam-se a titulares o Luisinho, André Gomes e Ola John, e voltámos à dupla Lima – Cardozo na frente. Não poderíamos ter entrado melhor, porque ao minuto e meio inaugurámos o marcador: o Maxi Pereira costuma falhar nove, mas acertou o centro em 10 e o Lima cabeceou com êxito. Claro que este golo tão cedo tranquilizou a equipa e afastou alguns receios que eu tinha deste jogo. Bastaram 26’ para o Luisinho fazer mais do que o Emerson na época passada inteira, ao iniciar e concluir a jogada do 0-2 com assistência do Lima. O Gil Vicente não era capaz de reagir e nós dominávamos como queríamos. Sempre que acelerávamos um pouco mais criávamos perigo e já no período de descontos para o intervalo, o André Gomes praticamente sentenciou a partida ao fazer o 0-3, depois de uma jogada de insistência, e de ganhar brilhantemente um ressalto. Grande golo!
A 2ª parte foi totalmente diferente, porque abrandámos bastante o ritmo, demos a iniciativa ao Gil Vicente, mas eles tinham sempre muita dificuldade em chegar à nossa baliza. Uma óptima desmarcação do Lima proporcionou ao guarda-redes contrário uma boa defesa num dos poucos lances de perigo que tivemos. Aos 69’, acabaram-se as esperanças de dilatarmos o marcador, quando o Enzo Pérez levou um segundo (e merecido) amarelo e foi expulso. Sinceramente, não percebi a atitude do argentino, que até estava a ser dos melhores do Benfica, porque poderia perfeitamente ter deixado o adversário passar. O Jesus foi-se entretendo a colocar jogadores de características atacantes, até se decidir pelo André Almeida aos 82’, quando o Matic já há muito não estava em campo. O resultado foi termos ficado mais equilibrados no meio-campo nos minutos finais.
Em termos individuais, o destaque vai para o Lima, pelo golo e pela assistência, e naturalmente para o André Gomes, que não engana ninguém: é craque! Excelente sentido posicional, procura quase sempre a solução mais simples na hora de soltar a bola, codícia pelo golo e bons pés: temos aqui uma pérola. O Luisinho também não esteve nada mal e para suplente do Melgarejo serve perfeitamente. O Ola John ainda está bastante verde, nem sempre toma a melhor opção, parece nervoso sempre que tem a bola, mas verdade seja dita não se esconde do jogo. O Artur lá fez mais uma intervenção que safou um golo.
Com a vitória do CRAC no Estoril por 2-1, voltámos a ter um golo de vantagem e portanto o 1º lugar é nosso. Vale o que vale nesta altura, mas não deixa de ser bom. Para a semana frente ao V. Guimarães, não iremos ter o Enzo Pérez (nova oportunidade para o André Gomes, certamente), mas esperemos que o Salvio e Gaitán voltem a estar disponíveis.
sábado, outubro 27, 2012
Eleições históricas
Foi uma campanha eleitoral lamentável de parte a parte, com infames ataques pessoais, mas tivemos a maior votação de sempre no nosso clube: 22.676 votantes. Por isto, é um dia que nos deve deixar a todos orgulhosos.
O Luís Filipe Vieira ganhou com 83,02% (18.139 votantes) e o Rui Rangel teve 13,83% (3.744 votantes). Houve 793 votos nulos correspondentes a 3,15%. Em democracia, aceita-se o resultado eleitoral, algo que infelizmente nem todos o sabem fazer. É pena. Ao contrário do que essas pessoas pensam, o Benfica não é só delas, mas de todos os sócios. Quem não sabe respeitar a democracia não tem lugar num clube que sempre foi democrático.
Viva o Benfica!
O Luís Filipe Vieira ganhou com 83,02% (18.139 votantes) e o Rui Rangel teve 13,83% (3.744 votantes). Houve 793 votos nulos correspondentes a 3,15%. Em democracia, aceita-se o resultado eleitoral, algo que infelizmente nem todos o sabem fazer. É pena. Ao contrário do que essas pessoas pensam, o Benfica não é só delas, mas de todos os sócios. Quem não sabe respeitar a democracia não tem lugar num clube que sempre foi democrático.
Viva o Benfica!
terça-feira, outubro 23, 2012
Mal perdido
Fomos derrotados pelo Spartak em Moscovo por 1-2 e passámos a depender de
resultados de terceiros para nos qualificarmos para os oitavos-de-final.
Fizemos uma exibição muito aquém daquilo que valemos perante uma equipa
desfalcada e que estava perfeitamente ao nosso alcance.
Uma perda de bola inacreditável do Matic deu origem a um contra-ataque e ao 0-1 logo aos 3’. Mas já antes disso, o Artur tinha iniciado o seu punhado de óptimas defesas que impediram que saíssemos goleados da capital russa. Parecemos inadaptados ao relvado sintético e o Spartak trocava a bola à vontade no nosso meio-campo. Atiraram uma bola ao poste, mas nós também proporcionámos ao terceiro(!) guarda-redes do plantel duas boas defesas a remates do Rodrigo e Matic. Empatámos aos 33’ num óptimo centro do Salvio e boa antecipação de cabeça do Lima, e parecíamos finalmente estar a controlar o jogo. Só que aos 43’ um autogolo do Jardel, num lance em que o Bruno César também não dobrou bem o Melgarejo, deitou tudo a perder e fomos para o intervalo a perder.
Na 2ª parte, o Spartak só criou um lance de perigo logo no início, mas o Jesus demorou 20’ a perceber que estávamos a jogar com 10, porque o Bruno César só fazia figura de corpo presente. Foi só a partir dos 65’, quando entraram o Gaitán e Cardozo, que finalmente começámos a jogar um bocado à bola e criámos alguns lances atacantes de jeito. O Lima por duas vezes e o Salvio por uma tiveram boas chances para pelo menos empatarem, e deveriam ter feito melhor.
O Enzo Pérez foi de longe o nosso melhor jogador e o seu rendimento foi sempre a subir até final do jogo. Destaque obrigatório também para o Artur, sem o qual isto teria sido um descalabro. O Salvio fez uma boa 1ª parte e também gostei do Lima, apesar daqueles dois lances em que poderia ter feito mais. O Gaitán e o Cardozo entraram muito bem, mas sinceramente não percebi a pertinência da entrada do Ola John aos 88’! Com o terceiro amarelo ao Matic, vamos ter que inventar um novo trinco para daqui a duas semanas. De resto, todos os outros estiveram muito sofríveis, com destaque negativo mais uma vez para o Maxi Pereira, cuja forma por estes dias mete medo ao susto (para além de continuar com a sua pecha desde sempre de fazer um centro em condições em 10 tentativas).
Dependemos agora do Barcelona, porque caso eles não ganhem os jogos todos frente aos nossos adversários, a nossa tarefa afigura-se como muito difícil. Claro que estou a partir do princípio que iremos ganhar os dois jogos que temos em casa, porque sair das competições europeias antes do final de Dezembro seria trágico.
P.S. – Off-topic: em relação às eleições no Benfica, a minha opinião está aqui.
Uma perda de bola inacreditável do Matic deu origem a um contra-ataque e ao 0-1 logo aos 3’. Mas já antes disso, o Artur tinha iniciado o seu punhado de óptimas defesas que impediram que saíssemos goleados da capital russa. Parecemos inadaptados ao relvado sintético e o Spartak trocava a bola à vontade no nosso meio-campo. Atiraram uma bola ao poste, mas nós também proporcionámos ao terceiro(!) guarda-redes do plantel duas boas defesas a remates do Rodrigo e Matic. Empatámos aos 33’ num óptimo centro do Salvio e boa antecipação de cabeça do Lima, e parecíamos finalmente estar a controlar o jogo. Só que aos 43’ um autogolo do Jardel, num lance em que o Bruno César também não dobrou bem o Melgarejo, deitou tudo a perder e fomos para o intervalo a perder.
Na 2ª parte, o Spartak só criou um lance de perigo logo no início, mas o Jesus demorou 20’ a perceber que estávamos a jogar com 10, porque o Bruno César só fazia figura de corpo presente. Foi só a partir dos 65’, quando entraram o Gaitán e Cardozo, que finalmente começámos a jogar um bocado à bola e criámos alguns lances atacantes de jeito. O Lima por duas vezes e o Salvio por uma tiveram boas chances para pelo menos empatarem, e deveriam ter feito melhor.
O Enzo Pérez foi de longe o nosso melhor jogador e o seu rendimento foi sempre a subir até final do jogo. Destaque obrigatório também para o Artur, sem o qual isto teria sido um descalabro. O Salvio fez uma boa 1ª parte e também gostei do Lima, apesar daqueles dois lances em que poderia ter feito mais. O Gaitán e o Cardozo entraram muito bem, mas sinceramente não percebi a pertinência da entrada do Ola John aos 88’! Com o terceiro amarelo ao Matic, vamos ter que inventar um novo trinco para daqui a duas semanas. De resto, todos os outros estiveram muito sofríveis, com destaque negativo mais uma vez para o Maxi Pereira, cuja forma por estes dias mete medo ao susto (para além de continuar com a sua pecha desde sempre de fazer um centro em condições em 10 tentativas).
Dependemos agora do Barcelona, porque caso eles não ganhem os jogos todos frente aos nossos adversários, a nossa tarefa afigura-se como muito difícil. Claro que estou a partir do princípio que iremos ganhar os dois jogos que temos em casa, porque sair das competições europeias antes do final de Dezembro seria trágico.
P.S. – Off-topic: em relação às eleições no Benfica, a minha opinião está aqui.
sexta-feira, outubro 19, 2012
Superioridade
Vencemos em Freamunde por 4-0 e qualificámo-nos para a 4ª eliminatória da
Taça de Portugal. Foi um jogo relativamente bem conseguido com vários jogadores
que não são habitualmente titulares e a vitória nunca esteve em causa. Claro
que marcar logo no primeiro quarto de hora ajudou a que nos tranquilizássemos.
Um compromisso inalterável não me permitiu ver o jogo em directo. Assim de cabeça, acho desde esta que eu não perdia uma partida do Glorioso que em directo. Só que, no final de Agosto quando o compromisso foi marcado, nunca me passou pela cabeça que jogássemos numa 5ª feira dois dias depois das selecções! Aposto que será o único jogo esta época que iremos fazer à 5ª (caso não caiamos na Liga Europa), só para me lixar! Enfim, felizmente os jogadores do Benfica não sentiram a minha falta… :-) Quando comecei a ver em diferido, a partida ainda não tinha acabado (obrigado por esta possibilidade, box da Meo!) e eu só sabia que estávamos a ganhar 1-0 (e foi fuga de informação, porque eu gosto de ver os jogos sem saber os resultado). A 1ª parte foi mais disputada (no entanto, daí a dizer que o Freamunde foi melhor, como referiu o João Eusébio, seu treinador, vai uma grande diferença…), mas adiantámo-nos no marcador aos 16’ pelo Lima, à ponta-de-lança, na sequência de um canto e uma assistência inadvertida do Sidnei. Serenámos um bocado e o Paulo Lopes por duas vezes impediu o empate. Perto do intervalo, o regressado Cardozo (que, como dizia o Paneira nos comentários na TV, estava a passar ao lado do jogo, mas quando aparece geralmente faz golo) lá facturou o do costume, depois de uma boa jogada e tabela com o Lima.
A 2ª parte foi mais desequilibrada a nosso favor e um centro do Luisinho permitiu ao Salvio encostar para o 0-3 aos 62’. O Jorge Jesus foi fazendo substituições já a pensar em Moscovo, mas o Freamunde só criou mais dois lances de perigo: uma cabeçada falhada e uma nova defesa do Paulo Lopes perante um jogador isolado, cortesia de uma paragem cerebral do Jardel, que atrasou mal a bola. Um dos jogadores que entraram foi o André Gomes da equipa B, que fez o 0-4 aos 74’ numa boa assistência do Jardel, como que a compensar o erro anterior. Até final, ainda poderíamos ter aumentado o marcador, mas o guarda-redes defendeu bem um remate em vólei do Rodrigo e o Bruno César rematou ao lado com a baliza escancarada.
A equipa exibiu-se em bom plano e gostei novamente de ver o Salvio, que acelera sempre o jogo quando a bola lhe chega aos pés, o Nolito também esteve activo, apesar de não ter marcado nenhum golo, e os pontas-de-lança fizeram a sua obrigação com um golo cada um. O Carlos Martins não estava a jogar mal e não pareceu muito satisfeito com a substituição, o Paulo Lopes foi muito importante, com pelo menos três defesas que impediram golos, e o Luisinho melhorou bastante na 2ª parte, como disse o Jesus no final. Dos novos, o André Gomes tem pinta de jogador, vê-se que sabe o que fazer à bola e tem com sentido posicional. Ainda por cima, numa posição de médio-centro em que não temos assim tantas opções. O André Almeida está mais confiante, mas ainda tem algumas falhas. Quanto aos centrais (Jardel e Sidnei), fizeram a sua asneira cada um, e o Miguel Vítor deve mesmo ter feito algo de muito grave ao Jesus para nem neste jogo ser titular. Não se compreende. O Ola John também nem saiu do banco, o que é significativo.
Esperemos o que a sorte nos reservará para o sorteio da Taça, mas mentalizemo-nos que este ano é MESMO para chegar ao Jamor. Agora, é pensar na Champions e sair do relvado sintético de Moscovo com pelo menos um pontito.
Um compromisso inalterável não me permitiu ver o jogo em directo. Assim de cabeça, acho desde esta que eu não perdia uma partida do Glorioso que em directo. Só que, no final de Agosto quando o compromisso foi marcado, nunca me passou pela cabeça que jogássemos numa 5ª feira dois dias depois das selecções! Aposto que será o único jogo esta época que iremos fazer à 5ª (caso não caiamos na Liga Europa), só para me lixar! Enfim, felizmente os jogadores do Benfica não sentiram a minha falta… :-) Quando comecei a ver em diferido, a partida ainda não tinha acabado (obrigado por esta possibilidade, box da Meo!) e eu só sabia que estávamos a ganhar 1-0 (e foi fuga de informação, porque eu gosto de ver os jogos sem saber os resultado). A 1ª parte foi mais disputada (no entanto, daí a dizer que o Freamunde foi melhor, como referiu o João Eusébio, seu treinador, vai uma grande diferença…), mas adiantámo-nos no marcador aos 16’ pelo Lima, à ponta-de-lança, na sequência de um canto e uma assistência inadvertida do Sidnei. Serenámos um bocado e o Paulo Lopes por duas vezes impediu o empate. Perto do intervalo, o regressado Cardozo (que, como dizia o Paneira nos comentários na TV, estava a passar ao lado do jogo, mas quando aparece geralmente faz golo) lá facturou o do costume, depois de uma boa jogada e tabela com o Lima.
A 2ª parte foi mais desequilibrada a nosso favor e um centro do Luisinho permitiu ao Salvio encostar para o 0-3 aos 62’. O Jorge Jesus foi fazendo substituições já a pensar em Moscovo, mas o Freamunde só criou mais dois lances de perigo: uma cabeçada falhada e uma nova defesa do Paulo Lopes perante um jogador isolado, cortesia de uma paragem cerebral do Jardel, que atrasou mal a bola. Um dos jogadores que entraram foi o André Gomes da equipa B, que fez o 0-4 aos 74’ numa boa assistência do Jardel, como que a compensar o erro anterior. Até final, ainda poderíamos ter aumentado o marcador, mas o guarda-redes defendeu bem um remate em vólei do Rodrigo e o Bruno César rematou ao lado com a baliza escancarada.
A equipa exibiu-se em bom plano e gostei novamente de ver o Salvio, que acelera sempre o jogo quando a bola lhe chega aos pés, o Nolito também esteve activo, apesar de não ter marcado nenhum golo, e os pontas-de-lança fizeram a sua obrigação com um golo cada um. O Carlos Martins não estava a jogar mal e não pareceu muito satisfeito com a substituição, o Paulo Lopes foi muito importante, com pelo menos três defesas que impediram golos, e o Luisinho melhorou bastante na 2ª parte, como disse o Jesus no final. Dos novos, o André Gomes tem pinta de jogador, vê-se que sabe o que fazer à bola e tem com sentido posicional. Ainda por cima, numa posição de médio-centro em que não temos assim tantas opções. O André Almeida está mais confiante, mas ainda tem algumas falhas. Quanto aos centrais (Jardel e Sidnei), fizeram a sua asneira cada um, e o Miguel Vítor deve mesmo ter feito algo de muito grave ao Jesus para nem neste jogo ser titular. Não se compreende. O Ola John também nem saiu do banco, o que é significativo.
Esperemos o que a sorte nos reservará para o sorteio da Taça, mas mentalizemo-nos que este ano é MESMO para chegar ao Jamor. Agora, é pensar na Champions e sair do relvado sintético de Moscovo com pelo menos um pontito.
quarta-feira, outubro 17, 2012
Portugal – 1 – Irlanda do Norte – 1
Este péssimo resultado frente a um adversário fraco compromete as
aspirações de ficarmos em primeiro lugar no grupo. As dificuldades que sentimos
face à Rússia voltaram a verificar-se neste jogo: pouca rapidez nas transições
ofensivas, falta de agressividade em ganhar bolas divididas e uma apatia
incompreensível da equipa (neste caso, na 1ª parte).
Demos novamente um golo de avanço, noutro buraco na nossa defesa, aos 30’ e só conseguimos empatar aos 79’ pelo Postiga. Pelo meio, falhámos alguns golos e atirámos a habitual bola à barra. Pode discutir-se se o Eliseu deveria ter sido convocado, mas espero que o Paulo Bento perceba de vez que colocar o Miguel Lopes na esquerda não faz nenhum sentido. E deve tê-lo percebido, porque o tirou ao intervalo e meteu o M. Veloso na lateral. O Éder também deveria ter entrado mais cedo, porque estávamos a perder as bolas todas de cabeça. O C. Ronaldo foi mais uma vez marcadíssimo e não teve uma noite para recordar na sua 100ª internacionalização. O problema principal esteve novamente no meio-campo, o Rúben Micael decididamente não funciona, e na péssima forma do Nani.
Enfim, em Março teremos dois jogos fora de capital importância, perante Israel (que está com os mesmos pontos que nós e melhor diferença de golos) e Azerbaijão (que só perdeu na Rússia aos 86’ e de penalty). Qualquer coisa que não sejam os seis pontos colocar-nos-á numa posição ainda mais desconfortável.
Demos novamente um golo de avanço, noutro buraco na nossa defesa, aos 30’ e só conseguimos empatar aos 79’ pelo Postiga. Pelo meio, falhámos alguns golos e atirámos a habitual bola à barra. Pode discutir-se se o Eliseu deveria ter sido convocado, mas espero que o Paulo Bento perceba de vez que colocar o Miguel Lopes na esquerda não faz nenhum sentido. E deve tê-lo percebido, porque o tirou ao intervalo e meteu o M. Veloso na lateral. O Éder também deveria ter entrado mais cedo, porque estávamos a perder as bolas todas de cabeça. O C. Ronaldo foi mais uma vez marcadíssimo e não teve uma noite para recordar na sua 100ª internacionalização. O problema principal esteve novamente no meio-campo, o Rúben Micael decididamente não funciona, e na péssima forma do Nani.
Enfim, em Março teremos dois jogos fora de capital importância, perante Israel (que está com os mesmos pontos que nós e melhor diferença de golos) e Azerbaijão (que só perdeu na Rússia aos 86’ e de penalty). Qualquer coisa que não sejam os seis pontos colocar-nos-á numa posição ainda mais desconfortável.
segunda-feira, outubro 15, 2012
Nolito
Aproveitando a paragem no campeonato, viajámos até Abu Dhabi para defrontar
o Baniyas, vice-campeão dos Emirados Árabes Unidos. Vencemos por 4-0 sem ter
que acelerar muito. Verdade seja dita que, desde que o Jesus é treinador do
Benfica, raramente vamos passear a este tipo de jogos, contrariando uma prática
habitual no passado.
O adversário ainda atirou uma bola à barra, mas chegámos ao intervalo a ganhar por 3-0, com golos do Salvio (boa desmarcação e óptimo centro do Lima) e dois do Nolito (assistência do Ola John e o segundo num remate rasteiro ao ângulo). Na 2ª parte, baixámos ainda mais o ritmo, mas ainda marcámos mais um novamente pelo Nolito, que adivinhou muito bem um atraso de cabeça ao guarda-redes e concretizou também de cabeça.
Este tipo de jogos serve mais para ver possíveis alternativas aos habituais titulares. O Nolito merece óbvio destaque, fruto do hat-trick, mas não é surpresa para ninguém a sua qualidade. O Salvio, que só alinhou na 1ª parte, teve pormenores de classe, incluindo um remate ao poste. O C. Martins esteve igualmente inspirado no meio-campo e fez mexer a equipa toda. Uma palavra para o Luciano Teixeira, que, não obstante só ter jogado os últimos 20’, mostrou muito bom toque de bola e sentido posicional. Ainda por cima, alinha na posição 6, uma das mais carenciadas em termos de alternativas. Nota negativa para o Ola John que, apesar de uma assistência, continua a revelar graves problemas de domínio de bola e, com a confiança em níveis mínimos, quase nada lhe sai bem. A continuar assim, arrisca-se a ser o maior bluff da nossa história.
Vamos esperar para o jogo da Taça em Freamunde para ver se algumas destas segundas escolhas vão fazer parte da equipa, mas já agora, NÃO ESQUECER, sff, que a Taça de Portugal é um dos GRANDES objectivos da época, ok?
O adversário ainda atirou uma bola à barra, mas chegámos ao intervalo a ganhar por 3-0, com golos do Salvio (boa desmarcação e óptimo centro do Lima) e dois do Nolito (assistência do Ola John e o segundo num remate rasteiro ao ângulo). Na 2ª parte, baixámos ainda mais o ritmo, mas ainda marcámos mais um novamente pelo Nolito, que adivinhou muito bem um atraso de cabeça ao guarda-redes e concretizou também de cabeça.
Este tipo de jogos serve mais para ver possíveis alternativas aos habituais titulares. O Nolito merece óbvio destaque, fruto do hat-trick, mas não é surpresa para ninguém a sua qualidade. O Salvio, que só alinhou na 1ª parte, teve pormenores de classe, incluindo um remate ao poste. O C. Martins esteve igualmente inspirado no meio-campo e fez mexer a equipa toda. Uma palavra para o Luciano Teixeira, que, não obstante só ter jogado os últimos 20’, mostrou muito bom toque de bola e sentido posicional. Ainda por cima, alinha na posição 6, uma das mais carenciadas em termos de alternativas. Nota negativa para o Ola John que, apesar de uma assistência, continua a revelar graves problemas de domínio de bola e, com a confiança em níveis mínimos, quase nada lhe sai bem. A continuar assim, arrisca-se a ser o maior bluff da nossa história.
Vamos esperar para o jogo da Taça em Freamunde para ver se algumas destas segundas escolhas vão fazer parte da equipa, mas já agora, NÃO ESQUECER, sff, que a Taça de Portugal é um dos GRANDES objectivos da época, ok?
domingo, outubro 14, 2012
Rússia – 1 – Portugal – 0
Uma perda de bola no meio-campo do Rúben Micael e um incrível erro de
posicionamento do Pepe permitiram aos russos chegar à vantagem logo aos 6’ pelo
Kerzhakov. Depois disto, o catenaccio do Fábio Capello ditou leis e a baliza
deles foi fechada a sete chaves.
Na 1ª parte, ainda jogámos qualquer coisita e poderíamos inclusive ter marcado, mas ora o Akinfeev, ora a falta de pontaria nunca o permitiram. A 2ª parte foi para esquecer, já que raramente criámos perigo e expusemo-nos ao contra-ataque russo que poderia ter aumentado o resultado. O final do jogo chegou com uma posse de bola de 72%(!) para nós, mas Portugal está muito longe de ser o Barcelona.
Na 1ª parte, ainda jogámos qualquer coisita e poderíamos inclusive ter marcado, mas ora o Akinfeev, ora a falta de pontaria nunca o permitiram. A 2ª parte foi para esquecer, já que raramente criámos perigo e expusemo-nos ao contra-ataque russo que poderia ter aumentado o resultado. O final do jogo chegou com uma posse de bola de 72%(!) para nós, mas Portugal está muito longe de ser o Barcelona.
Claro que a ausência do Raul Meireles (e consequente titularidade do Ruben
Micael…) e ter perdido o Fábio Coentrão aos 20’ condicionaram muito a nossa
exibição. Junta-se a isto um Nani irreconhecível (não acertou um único centro!)
e um C. Ronaldo sempre marcado por três, e está bom de ver que era difícil
criar desequilíbrios atacantes. O Moutinho e o M. Veloso ainda deram um ar da
sua graça na 1ª parte, mas perderam-se a seguir ao intervalo. O Postiga… é o
Postiga, pelo que nunca se pode esperar grandes rasgos dali. As substituições,
nomeadamente a entrada do Varela, também não resultou e naturalmente terminámos
em branco.
Estamos em desvantagem no grupo, pelo que nos resta ganhar todos os jogos
até recebermos a Rússia, para depois tentar vencer por dois golos de diferença
e ficar à frente deles. Podemos começar essa senda vitoriosa já frente à Irlanda
do Norte na próxima 3ª feira.
domingo, outubro 07, 2012
Suficiente
Vencemos o Beira-Mar por 2-1 e mantivemo-nos na frente do campeonato,
perdendo só na diferença de golos para o CRAC. Depois de vermos a 8ª Arte na 3ª
feira passada, voltámos ao futebol comezinho cá do burgo. A justiça da nossa
vitória é inquestionável, mas escusava era de ter sido pela margem mínima.
Não entrámos mal na partida e tivemos duas oportunidades logo de entrada, mas o Artur resolveu evocar o espírito do Roberto e deu um frango monumental, falhanço a intercepção da bola, num livre aos 4’. Apesar de não efectuarmos as transições com a velocidade devida, continuámos a criar perigo, atirando a habitual bola ao poste pelo Salvio. Mesmo em cima do intervalo, o Maxi Pereira foi abalroado na área, mas o Rodrigo permitiu que o guarda-redes defendesse o penalty. Só um parêntesis para perguntar porque é que não é o Lima a marcar os penalties (marcava-os no Braga) quando o Cardozo não está…?
Na 2ª parte, não começámos tão bem, mas em 2’ demos a volta ao jogo: golo de bicicleta do Maxi Pereira(!) aos 58’ e boa jogada entre o Lima e o Rodrigo, com finalização deste, aos 60’. Quando se julgava que poderíamos construir um resultado mais folgado, isso não aconteceu, porque baixámos o ritmo, tentando “controlar o jogo”. (E os que seguem este blog há mais tempo sabem com eu odeio “controlar o jogo”, especialmente com vantagens mínimas.) O Lima ainda teve um bom remate ao lado, mas a equipa revelava sinais de cansaço (como disse o Jesus no final) por causa de 3ª feira. Os últimos minutos foram passados com alguma apreensão, mas o Beira-Mar acabou por nunca conseguir rematar com perigo.
Com a mediania a ser a nota dominante, não é fácil destacar ninguém. O Matic terá sido dos melhores, especialmente na 1ª parte, e o Melgarejo também tentou incutir velocidade na equipa. O Rodrigo bem tentou, mas esteve pouco menos que desastrado, especialmente na hora do remate (salvou-se o golo) e o Lima vai revelando utilidade na equipa, desta feita com uma assistência. Muito longe do habitual, estiveram o Salvio e o Gaitán.
O campeonato vai voltar a parar durante três semanas, porque haverá jogos da selecção e depois Taça de Portugal. Espero que esta pausa sirva para recuperar o Aimar e Cadozo, já que precisamos de todos disponíveis para os encontros seguintes, até porque vem aí uma deslocação muito difícil à Rússia.
P.S. – O Sr. Ulisses Morais, que quando foi ao estádio do CRAC se lamentou da falta de empenhamento dos jogadores, continua com o talento de ver jogos diferente de toda a gente. Atirou-se ao árbitro de uma forma incrível, quando o Sr. Rui Gomes Costa até nem fez uma má arbitragem. Entretanto, já esta noite, o CRAC venceu a lagartada por 2-0, dois penalties (um deles falhado) e uma expulsão a favor. Cortesia do Sr. Jorge Sousa.
Não entrámos mal na partida e tivemos duas oportunidades logo de entrada, mas o Artur resolveu evocar o espírito do Roberto e deu um frango monumental, falhanço a intercepção da bola, num livre aos 4’. Apesar de não efectuarmos as transições com a velocidade devida, continuámos a criar perigo, atirando a habitual bola ao poste pelo Salvio. Mesmo em cima do intervalo, o Maxi Pereira foi abalroado na área, mas o Rodrigo permitiu que o guarda-redes defendesse o penalty. Só um parêntesis para perguntar porque é que não é o Lima a marcar os penalties (marcava-os no Braga) quando o Cardozo não está…?
Na 2ª parte, não começámos tão bem, mas em 2’ demos a volta ao jogo: golo de bicicleta do Maxi Pereira(!) aos 58’ e boa jogada entre o Lima e o Rodrigo, com finalização deste, aos 60’. Quando se julgava que poderíamos construir um resultado mais folgado, isso não aconteceu, porque baixámos o ritmo, tentando “controlar o jogo”. (E os que seguem este blog há mais tempo sabem com eu odeio “controlar o jogo”, especialmente com vantagens mínimas.) O Lima ainda teve um bom remate ao lado, mas a equipa revelava sinais de cansaço (como disse o Jesus no final) por causa de 3ª feira. Os últimos minutos foram passados com alguma apreensão, mas o Beira-Mar acabou por nunca conseguir rematar com perigo.
Com a mediania a ser a nota dominante, não é fácil destacar ninguém. O Matic terá sido dos melhores, especialmente na 1ª parte, e o Melgarejo também tentou incutir velocidade na equipa. O Rodrigo bem tentou, mas esteve pouco menos que desastrado, especialmente na hora do remate (salvou-se o golo) e o Lima vai revelando utilidade na equipa, desta feita com uma assistência. Muito longe do habitual, estiveram o Salvio e o Gaitán.
O campeonato vai voltar a parar durante três semanas, porque haverá jogos da selecção e depois Taça de Portugal. Espero que esta pausa sirva para recuperar o Aimar e Cadozo, já que precisamos de todos disponíveis para os encontros seguintes, até porque vem aí uma deslocação muito difícil à Rússia.
P.S. – O Sr. Ulisses Morais, que quando foi ao estádio do CRAC se lamentou da falta de empenhamento dos jogadores, continua com o talento de ver jogos diferente de toda a gente. Atirou-se ao árbitro de uma forma incrível, quando o Sr. Rui Gomes Costa até nem fez uma má arbitragem. Entretanto, já esta noite, o CRAC venceu a lagartada por 2-0, dois penalties (um deles falhado) e uma expulsão a favor. Cortesia do Sr. Jorge Sousa.
quarta-feira, outubro 03, 2012
Privilégio
O maior clube do mundo perdeu (0-2) contra a melhor equipa da história do
futebol. Tinha-me mentalizado que até 0-3 não ficaria muito chateado e assim foi. Além disso, ainda tivemos o bónus de ver o Benfica
fazer uma exibição interessante, especialmente na 1ª parte, perante estes
extraterrestres. Como disse o RAP, o que eles fazem não é futebol…
Entrámos bem na partida e o primeiro remate perigoso até foi do Bruno César. O problema foi que só durámos 6’, a primeira vez que o Barça lá foi marcou pelo Alexis Sanchez numa jogada do Messi. Poderíamos ter empatado pouco depois, mas o Valdés não deixou o Lima marcar pelo terceiro jogo consecutivo. Até ao intervalo poderia ter havido mais golos para os dois lados, mas o Artur e alguma inépcia da nossa parte não o permitiram. A 2ª parte foi totalmente do Barça. Naquele seu tiki-taka que não dá hipóteses a ninguém, poderia ter aumentado a vantagem logo no início pelo Alexis Sanchez, mas aos 55’ o Messi resolveu passar por metade da nossa equipa e assistir o Fàbregas. O jogo ficou decidido e nós dávamos mostras de cansaço que nem a entrada do Aimar conseguiu superar. O Jesus disse no final que corremos mais 8 km(!) que eles e, com 74%(!) de posse de bola, a nossa tarefa era quase impossível. O problema, como o Aimar também referiu, é que só há uma bola e eles não a dão a ninguém…
Em termos individuais, o Matic foi de longe o nosso melhor jogador. Para além de ter cortado inúmeras bolas, ainda conseguiu sair a jogar numas quantas vezes. O Salvio esteve igualmente muito bem, em especial na 1ª parte e o Gaitán, como é habitual, deu nas vistas em jogos europeus. O Lima fartou-se de lutar e poderia ter marcado. O Enzo Pérez é cada vez mais o dono da posição 8 e o Melgarejo cumpriu sem muitos problemas (claro que o facto de o Barça ter atacado principalmente pela esquerda foi uma vantagem). O Garay esteve estranhamente nervoso na 1ª parte, assim como o Artur nas reposições de bola, e o Jardel não comprometeu. Temos um problema na direita pois o Maxi está numa forma péssima (e, por favor, alguém lhe diga para treinar os centros! Acertar 1 em 10 não é aceitável…). O Bruno César até nem estava a fazer um mau jogo, mas o Jesus teve medo do amarelo e colocou o Carlos Martins ao intervalo, sem grandes resultados, diga-se.
Saio deste jogo satisfeito por vários motivos: primeiro, porque acho que o Benfica se bateu muito bem; segundo, porque ver ao vivo a melhor equipa da história do futebol foi um privilégio; terceiro, porque não foi a hecatombe que alguns previam. Confesso que me faz alguma confusão ler alguns comentários de que este Barça é “monótono”. Só se for no sentido em que praticamente não deixa os adversários tocarem na bola. Mas visto ao vivo ainda mais extraordinário do que na TV. O que mais me chamou a atenção foi a pressão defensiva assim que nós recuperávamos a bola: nunca foram apanhados em contrapé. O nível de eficácia no passe é algo de sobrenatural. E aquele tiki-taka que vai empurrando lentamente o adversário de encontro à sua área é tremendo A única hipótese de isto ser competitivo é fazer uma 18ª lei do futebol que diga que o Barça tem que jogar com nove (com dez não é suficiente). Caso contrário, não há mesmo nada a fazer senão darmo-nos por satisfeitos por sermos contemporâneos desta maravilha e termos tido a oportunidade de os ver ao vivo.
P.S. – O que não estava no programa era a vitória do Celtic em Moscovo frente ao Spartak. Ainda por cima, mesmo em cima dos 90’, quando o empate era o resultado que mais nos convinha. Ainda assim, e partindo do princípio que o Barça ganha os dois jogos aos escoceses, se fizermos pelo menos quatro pontos com os russos é muito bom. Como eu tinha dito aqui, chegar ao fim da 3ª jornada com apenas dois pontos não seria necessariamente mau.
Entrámos bem na partida e o primeiro remate perigoso até foi do Bruno César. O problema foi que só durámos 6’, a primeira vez que o Barça lá foi marcou pelo Alexis Sanchez numa jogada do Messi. Poderíamos ter empatado pouco depois, mas o Valdés não deixou o Lima marcar pelo terceiro jogo consecutivo. Até ao intervalo poderia ter havido mais golos para os dois lados, mas o Artur e alguma inépcia da nossa parte não o permitiram. A 2ª parte foi totalmente do Barça. Naquele seu tiki-taka que não dá hipóteses a ninguém, poderia ter aumentado a vantagem logo no início pelo Alexis Sanchez, mas aos 55’ o Messi resolveu passar por metade da nossa equipa e assistir o Fàbregas. O jogo ficou decidido e nós dávamos mostras de cansaço que nem a entrada do Aimar conseguiu superar. O Jesus disse no final que corremos mais 8 km(!) que eles e, com 74%(!) de posse de bola, a nossa tarefa era quase impossível. O problema, como o Aimar também referiu, é que só há uma bola e eles não a dão a ninguém…
Em termos individuais, o Matic foi de longe o nosso melhor jogador. Para além de ter cortado inúmeras bolas, ainda conseguiu sair a jogar numas quantas vezes. O Salvio esteve igualmente muito bem, em especial na 1ª parte e o Gaitán, como é habitual, deu nas vistas em jogos europeus. O Lima fartou-se de lutar e poderia ter marcado. O Enzo Pérez é cada vez mais o dono da posição 8 e o Melgarejo cumpriu sem muitos problemas (claro que o facto de o Barça ter atacado principalmente pela esquerda foi uma vantagem). O Garay esteve estranhamente nervoso na 1ª parte, assim como o Artur nas reposições de bola, e o Jardel não comprometeu. Temos um problema na direita pois o Maxi está numa forma péssima (e, por favor, alguém lhe diga para treinar os centros! Acertar 1 em 10 não é aceitável…). O Bruno César até nem estava a fazer um mau jogo, mas o Jesus teve medo do amarelo e colocou o Carlos Martins ao intervalo, sem grandes resultados, diga-se.
Saio deste jogo satisfeito por vários motivos: primeiro, porque acho que o Benfica se bateu muito bem; segundo, porque ver ao vivo a melhor equipa da história do futebol foi um privilégio; terceiro, porque não foi a hecatombe que alguns previam. Confesso que me faz alguma confusão ler alguns comentários de que este Barça é “monótono”. Só se for no sentido em que praticamente não deixa os adversários tocarem na bola. Mas visto ao vivo ainda mais extraordinário do que na TV. O que mais me chamou a atenção foi a pressão defensiva assim que nós recuperávamos a bola: nunca foram apanhados em contrapé. O nível de eficácia no passe é algo de sobrenatural. E aquele tiki-taka que vai empurrando lentamente o adversário de encontro à sua área é tremendo A única hipótese de isto ser competitivo é fazer uma 18ª lei do futebol que diga que o Barça tem que jogar com nove (com dez não é suficiente). Caso contrário, não há mesmo nada a fazer senão darmo-nos por satisfeitos por sermos contemporâneos desta maravilha e termos tido a oportunidade de os ver ao vivo.
P.S. – O que não estava no programa era a vitória do Celtic em Moscovo frente ao Spartak. Ainda por cima, mesmo em cima dos 90’, quando o empate era o resultado que mais nos convinha. Ainda assim, e partindo do princípio que o Barça ganha os dois jogos aos escoceses, se fizermos pelo menos quatro pontos com os russos é muito bom. Como eu tinha dito aqui, chegar ao fim da 3ª jornada com apenas dois pontos não seria necessariamente mau.
terça-feira, outubro 02, 2012
sábado, setembro 29, 2012
Lima
Vencemos em Paços de Ferreira (2-1) e, com o empate hoje do CRAC em Vila do
Conde, voltámos à liderança do campeonato com mais um golo marcado. Foi uma
vitória muito complicada perante uma equipa que nos criou bastantes problemas, especialmente
na 1ª parte. Mas a justiça é inquestionável como o treinador adversário, Paulo
Ferreira, veio reconhecer no final (coitado, este só chegou agora e ainda não
percebeu bem o que se pode ou não dizer publicamente…).
Mal o jogo começou houve logo uma falha de luz que o interrompeu durante alguns minutos. Mas, quando se retomou a partida, pareceu que nós ainda ficámos a dormir. Sofremos um golo aos 16’ quando o Salvio não acompanhou o lateral que pôde centrar à vontade e o Jardel se deixou antecipar pelo avançado (estou convencido que com o Luisão a bola não teria entrado). Felizmente conseguimos empatar logo a seguir, num frango do Cassio muito bem aproveitado pela ratice do Lima. Até ao intervalo tivemos mais uma soberana ocasião, mas o Salvio falhou o remate quando tinha a baliza escancarada.
Na 2ª parte, o Jesus colocou o Gaitán no lugar do Nolito e melhorámos a nossa produção. Não acho que o espanhol estivesse muito mal, mas o que é certo é que a substituição melhorou o rendimento da equipa. Começou o festival de oportunidades falhadas, a bola do Gaitán que vai ao poste depois de novo frango do guarda-redes é inacreditável, o picar de bola ao lado do Enzo Pérez também deveria ter tido melhor sorte, mas lá fizemos o golo da vitória aos 72’ novamente pelo Lima. Jogada de insistência pela direita, com a participação do Rodrigo, Maxi e Gaitán e o brasileiro a não falhar. Até final, continuámos a desperdiçar oportunidades, mas o Paços só criou perigo num remate cruzado, se considerarmos que na magnífica defesa do Artur foi assinalado um fora-de-jogo.
Como não sou revisionista nem apago a história à maneira estalinista, digo já muito claramente: quando o Lima veio para o Benfica por 4,5 M€, a seis meses de ficar um jogador livre, e na sequência das saídas do Nélson Oliveira e Saviola, torci bastante o nariz. Achei mesmo desnecessário, até porque o último melhor marcador do campeonato que tínhamos contratado se chamava… Marcel. 106 minutos e três golos depois, é com grande prazer que admito que estava errado. O Lima é de facto um matador e praticamente que já se pagou. Voltei a gostar bastante do Enzo Pérez na posição do Witsel e o Melgarejo cumpriu mais uma vez. Ao invés, o Maxi Pereira parece-me muito longe da melhor forma, o Salvio também não teve um jogo muito feliz (apesar de quase ter marcado um golão), assim como o Rodrigo.
Foi bom termos conseguido uma vitória ultrapassando uma desvantagem no marcador, voltamos a estar em 1º lugar e agora é descansar bem para recebermos a melhor equipa da história do futebol na próxima 3ª feira. É um jogo em que não temos nada a perder e portanto só temos que desfrutar dele.
Mal o jogo começou houve logo uma falha de luz que o interrompeu durante alguns minutos. Mas, quando se retomou a partida, pareceu que nós ainda ficámos a dormir. Sofremos um golo aos 16’ quando o Salvio não acompanhou o lateral que pôde centrar à vontade e o Jardel se deixou antecipar pelo avançado (estou convencido que com o Luisão a bola não teria entrado). Felizmente conseguimos empatar logo a seguir, num frango do Cassio muito bem aproveitado pela ratice do Lima. Até ao intervalo tivemos mais uma soberana ocasião, mas o Salvio falhou o remate quando tinha a baliza escancarada.
Na 2ª parte, o Jesus colocou o Gaitán no lugar do Nolito e melhorámos a nossa produção. Não acho que o espanhol estivesse muito mal, mas o que é certo é que a substituição melhorou o rendimento da equipa. Começou o festival de oportunidades falhadas, a bola do Gaitán que vai ao poste depois de novo frango do guarda-redes é inacreditável, o picar de bola ao lado do Enzo Pérez também deveria ter tido melhor sorte, mas lá fizemos o golo da vitória aos 72’ novamente pelo Lima. Jogada de insistência pela direita, com a participação do Rodrigo, Maxi e Gaitán e o brasileiro a não falhar. Até final, continuámos a desperdiçar oportunidades, mas o Paços só criou perigo num remate cruzado, se considerarmos que na magnífica defesa do Artur foi assinalado um fora-de-jogo.
Como não sou revisionista nem apago a história à maneira estalinista, digo já muito claramente: quando o Lima veio para o Benfica por 4,5 M€, a seis meses de ficar um jogador livre, e na sequência das saídas do Nélson Oliveira e Saviola, torci bastante o nariz. Achei mesmo desnecessário, até porque o último melhor marcador do campeonato que tínhamos contratado se chamava… Marcel. 106 minutos e três golos depois, é com grande prazer que admito que estava errado. O Lima é de facto um matador e praticamente que já se pagou. Voltei a gostar bastante do Enzo Pérez na posição do Witsel e o Melgarejo cumpriu mais uma vez. Ao invés, o Maxi Pereira parece-me muito longe da melhor forma, o Salvio também não teve um jogo muito feliz (apesar de quase ter marcado um golão), assim como o Rodrigo.
Foi bom termos conseguido uma vitória ultrapassando uma desvantagem no marcador, voltamos a estar em 1º lugar e agora é descansar bem para recebermos a melhor equipa da história do futebol na próxima 3ª feira. É um jogo em que não temos nada a perder e portanto só temos que desfrutar dele.
segunda-feira, setembro 24, 2012
LADRÃO
Empatámos em Coimbra (2-2) num jogo demonstrativo que, infelizmente, parece
que se está à espera de uma tragédia para que as coisas neste lamaçal que é o
futebol português possam finalmente mudar. Sinceramente, só uma grande falta de
coluna vertebral pode permitir que se goste de ganhar campeonatos desta
maneira, mas está visto que coluna é algo de estranho para os adeptos de um
determinado clube. O Sr. Carlos Xistra, MAIS UMA VEZ, espoliou-nos num jogo de
futebol. O Sr. Carlos Xistra… lembram-se? Ou é preciso recordar-vos? Não me
digam que já se esqueceram?
Entrámos muitíssimo bem e aos 5' já podíamos estar a ganhar por 2-0, com duas bolas no poste do Cardozo e Rodrigo. A Académica só criou perigo quando o fiscal-de-linha não assinalou um fora-de-jogo de 2 metros! Era o começo de mais um ROUBO DE IGREJA. Aos 25’ o Maxi saltou fora da área com um adversário e o Sr. Xistra não só considerou falta, como marcou penalty! O lance é tanto ou mais discutível quanto na 2ª parte há pelo menos duas situações muito parecidas na área da Académica e… nada assinalado, claro! Até final da 1ª parte, o Cardozo ainda rematou de cabeça e o guarda-redes Ricardo defendeu para o poste. Portanto, ao intervalo: Xistra – 1- poste – 3.
A 2ª parte começou com um penalty a nosso favor, depois de uma brilhante jogada do Salvio, e a respectiva expulsão do defesa por ter desviado com a mão um remate do Nolito (entrado ao intervalo para o lugar do inoperante Bruno César) que levava a direcção da baliza. O Cardozo não tremeu e empatámos. Aos 65’, o Jesus resolveu colocar o Aimar e tirar o Enzo Pérez, que estava a ser o melhor do Benfica. Não acho que tenhamos ganho muito com a substituição. O Cardozo continuava a falhar golos (teve pelo menos mais três boas oportunidades) até o Sr. Xistra entrar novamente em acção: aos 70’, o Garay toca na bola, que bate no pé do adversário, ressalta para a frente e depois há o choque entre os dois. Mais um penalty, num lance que nem falta foi… O melhor que conseguimos foi empatar aos 86’, através de um golão do Lima, que entretanto tinha entrado. Eu, que tinha grandes dúvidas na sua contratação, não tenho problemas nenhuns em admitir que ele já se começou a pagar.
Em termos individuais, o Salvio e o Enzo Pérez foram os melhores. Como já disse, a substituição do segundo foi um erro. O Cardozo esteve imensamente perdulário e o Rodrigo só se mostrou nos primeiros 20’. O Bruno César foi um zero e o Nolito deveria ter entrado ainda na 1ª parte. E foi para fazer aquilo que se contratou o Lima. Não acho de todo que a nossa exibição tenha sido má e podemos também culpar os postes por não termos tido uma vitória (que, ainda por cima, deveria ter sido tranquila).
Quanto ao Sr. Xistra, não há muito mais a acrescentar. Mais uma época a inclinar o campeonato num determinado sentido. Quantos anos faltam mesmo para este GATUNO acabar a carreira? E não pode pedir a reforma antecipada?!
Entrámos muitíssimo bem e aos 5' já podíamos estar a ganhar por 2-0, com duas bolas no poste do Cardozo e Rodrigo. A Académica só criou perigo quando o fiscal-de-linha não assinalou um fora-de-jogo de 2 metros! Era o começo de mais um ROUBO DE IGREJA. Aos 25’ o Maxi saltou fora da área com um adversário e o Sr. Xistra não só considerou falta, como marcou penalty! O lance é tanto ou mais discutível quanto na 2ª parte há pelo menos duas situações muito parecidas na área da Académica e… nada assinalado, claro! Até final da 1ª parte, o Cardozo ainda rematou de cabeça e o guarda-redes Ricardo defendeu para o poste. Portanto, ao intervalo: Xistra – 1- poste – 3.
A 2ª parte começou com um penalty a nosso favor, depois de uma brilhante jogada do Salvio, e a respectiva expulsão do defesa por ter desviado com a mão um remate do Nolito (entrado ao intervalo para o lugar do inoperante Bruno César) que levava a direcção da baliza. O Cardozo não tremeu e empatámos. Aos 65’, o Jesus resolveu colocar o Aimar e tirar o Enzo Pérez, que estava a ser o melhor do Benfica. Não acho que tenhamos ganho muito com a substituição. O Cardozo continuava a falhar golos (teve pelo menos mais três boas oportunidades) até o Sr. Xistra entrar novamente em acção: aos 70’, o Garay toca na bola, que bate no pé do adversário, ressalta para a frente e depois há o choque entre os dois. Mais um penalty, num lance que nem falta foi… O melhor que conseguimos foi empatar aos 86’, através de um golão do Lima, que entretanto tinha entrado. Eu, que tinha grandes dúvidas na sua contratação, não tenho problemas nenhuns em admitir que ele já se começou a pagar.
Em termos individuais, o Salvio e o Enzo Pérez foram os melhores. Como já disse, a substituição do segundo foi um erro. O Cardozo esteve imensamente perdulário e o Rodrigo só se mostrou nos primeiros 20’. O Bruno César foi um zero e o Nolito deveria ter entrado ainda na 1ª parte. E foi para fazer aquilo que se contratou o Lima. Não acho de todo que a nossa exibição tenha sido má e podemos também culpar os postes por não termos tido uma vitória (que, ainda por cima, deveria ter sido tranquila).
Quanto ao Sr. Xistra, não há muito mais a acrescentar. Mais uma época a inclinar o campeonato num determinado sentido. Quantos anos faltam mesmo para este GATUNO acabar a carreira? E não pode pedir a reforma antecipada?!
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