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sexta-feira, novembro 01, 2024

Em busca da oitava

Vencemos o Santa Clara na passada 4ª feira por 3-0 e qualificámo-nos para a final four da Taça da Liga. Foi uma partida que não foi assim tão fácil quanto o resultado dá a entender, dado que ao intervalo estava 0-0 e só marcámos o primeiro golo aos 71’. No entanto, a justeza da nossa vitória é inquestionável.

O Bruno Lage fez menos alterações do que eu tinha pensado, já que só colocou o Cabral, Amdouni, Renato Sanches e António Silva em relação à partida anterior. A 1ª parte foi completamente desperdiçada, dado que raramente criámos perigo, muito por causa da lenta circulação de bola. Uma cabeçada do Beste e um remate em força do Cabral foram as únicas situações de golo que criámos, contra uma do Santa Clara já perto do intervalo, em que o Safira atirou para as nuvens em excelente posição. Claro que à fraca qualidade exibicional da 1ª parte não é alheio o facto de o Santa Clara ter feito muito antijogo, com sucessivos jogadores no relvado e muita demora na reposição da bola em jogo.

Para a 2ª parte, o Bruno Lage apostou logo na artilharia pesada, com Di María e Kökçü para os lugares do Amdouni e Renato Sanches. E a equipa melhorou logo imediatamente, com uma circulação muito mais célere. No entanto, por volta da hora de jogo apanhámos um grande susto com o Trubin a hesitar numa saída de bola e o Gabriel Silva a felizmente falhar o chapéu. Empurrávamos o Santa Clara para o seu meio-campo, mas estava difícil conseguir meter a bola na baliza. Até que aos 67’, o Lage lá se decidiu pela entrada do Pavilidis para o lugar do Beste (e não do Cabral, como tem sido habitual), ficando nós a jogar com dois pontas-de-lança. E a substituição deu logo efeito aos 71’, com um jogada do grego na esquerda e centro para o Di María marcar um golão de primeira (já tinha tentado aquele movimento frente ao Rio Ave, mas um defesa interceptou a bola). O Pavlidis entrou endiabrado e fez o seu primeiro bis com o manto sagrado: aos 76’ a corresponder de cabeça a um centro do Carreras na esquerda e aos 80’ a rematar de pé direito depois de uma assistência do Otamendi de cabeça. Até final, ainda houve a oportunidade de o António Silva dar o corpo à bola e safar o golo de honra dos açorianos.

Destaque óbvio para o Pavlidis com uma assistência e dois golos. Esperemos que este jogo seja o seu ketchup. O Di María e o Kökçü foram muito importantes para a melhoria exibicional na 2ª parte, com o Carreras a revelar igualmente um nível acima da média, como tem sido habitual nele. Ao invés, voltei a não gostar particularmente do Beste na extrema-esquerda, ainda por icma havendo outras opções válidas no banco para aquele lugar. O Trubin esteve muito pouco confiante nas saídas fora da área e é algo que deve rever no futuro. O Bah e o Aktürkoğlu pareceram revelar alguma fadiga resultado porventura da sequência de jogos seguidos.

Iremos defrontar o Braga em Janeiro para tentar o acesso à final. Apesar de sermos a equipa com mais troféus nesta competição, já não a ganhamos há sete anos, pelo que este é o ano de finalmente quebrar esse enguiço.

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