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segunda-feira, outubro 23, 2023

Em frente na Taça

Vencemos o Lusitânia nos Açores por 4-1 na passada 6ª feira e apurámo-nos para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal. Ao contrário da época passada, encarámos esta partida com outro nível de concentração e não passámos por sobressaltos. Claro que também ajudou o facto de o Roger Schmidt só ter deixado de fora os jogadores que estiveram nas selecções nacionais.
 
Inaugurámos o marcado logo aos 9’ através do João Mário, de calcanhar, depois de assistência do Aursnes. O mais complicado foi feito relativamente cedo, o que me tranquilizou até porque não parava de chover nos Açores e perspectivava-se que o relvado começasse a ficar pesado, o que teoricamente não nos favoreceria. Aos 36’, aumentámos a vantagem através do Rafa, a corresponder muito bem à assistência do Chiquinho, que o isolou. Como nesta eliminatória ainda não há VAR, pudemos festejar os golos à vontade e não tivemos de esperar pela confirmação de que o Rafa estava mais do que em jogo. Em cima do intervalo e na sequência de um canto, o Aursnes teve uma paragem cerebral e saltou à bola com os braços esticados, tendo atingido um adversário. O óbvio penalty foi convertido pelo Ferrara e fomos para o descanso com a vantagem mínima, quando tudo já deveria estar decidido.
 
Na 2ª parte, entraram o Gonçalo Guedes e o Jurásek para os lugares do apagado Tengstedt e do Bernat. O Lusitânia começou a acusar o facto de estar num campeonato inferior ao nosso e as pernas foram cedendo, não lhes permitindo quase passar do meio-campo. Nós fomos pressionado mais, tivemos algumas oportunidades e acabámos por fazer o 3-1 aos 68’ na estreia do Arthur Cabral a marcar pelo Benfica: assistência do Gonçalo Guedes e o avançado brasileiro picou a bola por cima do guarda-redes, tendo esta ainda batido no poste antes de entrar. O Guedes ainda viu dois golos seus invalidados (um por fora-de-jogo e outro por falta sobre o defesa), mas fechámos a contagem aos 87’ num óptimo golo do Tiago Gouveia, entretanto entrado, que correu desde o meio-campo, bateu um defesa e também picou a bola sobre o guarda-redes.
 
Em termos individuais, o João Neves encheu o campo todo. O Guedes entrou muito bem na 2ª parte e deu um dinamismo que o Tengstedt não conseguiu. Também o Jurásek me parece com melhor pedalada neste momento do que o Bernat, mas nenhum deles nos vai deixar de ter saudades do Grimaldo... O Arthur Cabral lá marcou finalmente, mas não acho de todo que esteja em condições de assumir a titularidade, até porque o Musa é muito mais dinâmico do que ele, especialmente quando se trata de dar luta aos defesas.
 
O nosso histórico na Taça de Portugal no último quarto de século é algo que não pode deixar de nos envergonhar enquanto benfiquistas. Gosto muito que o nosso treinador tenha percebido isso (especialmente depois da estreia miserável com o Caldas na época passada) e tenha dito que quer ir ao Jamor em Maio. Eu também!

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