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segunda-feira, dezembro 14, 2020

Cinco

Vencemos ontem o Vilafranquense (5-0) na Luz e qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. O resultado evidencia as facilidades que encontrámos, até porque aos 15’ já tínhamos marcado três golos.
 
O Jesus tinha anunciado que iria rodar a equipa e assim o fez. Logo nos instantes iniciais, o Vilafranquense obrigou o Helton Leite a uma saída corajosa e o Pedrinho conseguiu ganhar posição na área, mas atirou de pé esquerdo muito por cima. No entanto, o golo não tardou muito e foi marcado por um dos que entraram, o Gonçalo Ramos, aos 11’, depois de ser isolado pelo Gabriel e ter contornado muito bem o guarda-redes. Três minutos volvidos aumentámos a vantagem através do Pizzi, de primeira, na sequência de um centro rasteiro do Nuno Tavares na esquerda. Aos 15’, acabámos definitivamente com as dúvidas, noutro bom movimento desta feita do Seferovic, que, após ser assistido pelo Pedrinho, tirou um adversário do caminho com um toque de calcanhar e rematou rasteiro sem hipóteses para o guarda-redes, com a bola ainda a bater no poste antes de entrar. A meio da 1ª parte, o Gonçalo Ramos esteve a centímetros de marcar um golão, ao ser isolado pelo Pedrinho numa bola aérea, dominar de peito e atirar com estrondo de primeira à barra! Do outro lado, a bola bateu igualmente no poste, num livre indirecto dentro da nossa área, mas que não deveria ter valido, porque o adversário só tocou na bola e não a fez rolar antes de o colega rematar. Em cima do intervalo, aos 42’, fizemos o quarto golo num bis do Seferovic, numa boa iniciativa do Nuno Tavares, depois de o Rafa não ter libertado a bola quando devia, com esta a sobrar para um defesa que se deixou antecipar pelo nosso lateral-esquerdo. A assistência do Nuno Tavares não foi nada perfeita, mas o que valeu foi que o Seferovic fez um carrinho e conseguiu colocar a bola na baliza.
 
Na 2ª parte, o Vilafranquense conseguiu fechar melhor os caminhos para a sua baliza, mas nós também tirámos o pé do acelerador, dado que a partida estava ganha. Mesmo assim, ainda tivemos o momento de inspiração do Pedrinho, que se estreou a marcar com um golão num remate em arco com o pé esquerdo, que entrou no cantinho superior esquerdo da baliza contrária. A partir dos 65’, o Jesus, incompreensivelmente, começou a colocar os habituais titulares em campo (Darwin, Taarabt, Everton e Waldschmidt). Depois veio dizer no final que eles não entraram tão bem quanto deviam. Pois claro! O jogo estava ganho, eles têm imensos minutos nas pernas, vamos voltar a jogar já na 4ª feira na eliminatória da Taça da Liga, para quê entrarem com 5-0 a nosso favor...?! Haveria algum problema em o Gonçalo Ramos fazer os 90’, por exemplo...? Até final, a única nota saliente foi mais uma bola ao poste por parte do Vilafranquense. Portanto, mesmo num jogo contra um adversário manifestamente inferior, só não sofremos dois golos, porque a baliza tem postes...!
 
Em termos individuais, destaque para o Pedrinho, que começa a ser candidato à titularidade: um golão, um par de assistências (uma que deu golo e outra uma bola na barra) e muito dinamismo na direita é um bom programa eleitoral. Agora, só falta jogar assim perante adversários mais conceituados. O Seferovic, um eterno mal-amado, marcou outro bis e superou a meia-centena de golos pelo Benfica. Apesar de às vezes nos exasperar, não está nada mal... O Jardel voltou a ser titular, tal como na Bélgica, mas desta feita teve a braçadeira de capitão de volta. Na Bélgica, foi o Vertonghen. Deve ser por não ser preciso falar português na Liga Europa, a justificação que o Jesus deu para que o Otamendi, apesar do seu passado, fosse capitão em vez do belga... Enfim, é melhor nem comentar isto...
 
Veremos o que nos reserva o sorteio dos oitavos, mas estou com o meu amigo Bakero, que nos lembra constantemente a VERGONHA que é para a nossa história termos quatro(!) taças de Portugal ganhas nas últimas 25 épocas!! Há que reverter isto nem é rapidamente; é ontem!!!
 
P.S. – Dado que não éramos cabeças-de-série, já sabíamos que havia a forte probabilidade de apanhar um tubarão no sorteio dos 1/16 avos de final da Liga Europa. Calhou-nos o Arsenal, numa reedição da histórica eliminatória em 1991/92, que deu acesso à fase de grupos da primeira edição da Liga dos Campeões (imortal Isaías!). Considerando todo o peixe graúdo que andava por lá, o sorteio poderia ter sido bem pior, porque os londrinos estão a fazer um campeonato muito fraco até agora. No entanto, têm excelentes jogadores e a eliminatória é só daqui a dois meses, portanto muito pode mudar até lá. E é bom que nós mudemos também... Para bem melhor!

2 comentários:

joão carlos disse...

Sinceramente também não percebi a saídas dos jogadores menos utilizados, quando ficaram em campo jogadores que tem tido muita utilização e até neste momento nem existem mais opções, sem ser de recurso, para as suas posições sendo que os jogadores que estavam no banco que precisavam de mais minutos um nem sequer entrou o outro foi dos últimos a entrar enfim depois os outros é que não sabiam fazer substituições e gerir os jogadores.
Enquanto se andar a jogar com jogadores adaptados e fora das suas posições no meio do meio campo, para mais jogadores que perdem muitas vezes as bolas e que quase todos a partir da hora de jogo rebentam acumulando erros atras de erros os contra ataque não vão parar, mais contra ataques de um para um e alguns de superioridade numérica e depois até podem contratar os melhores centrais do mundo que não vão resolver o problema.
O problemas de todas as contratações que vieram do brasil é que todos já tiveram um jogo muito bom em que se destacaram mas depois esse jogo não tem tido sequência nos seguintes alternando com maus, ou desaparecendo noutros, não existe continuidade e se podemos perceber que exista dificuldade e demora em se adaptar, o que normalmente acontece sempre, e a demonstrar qualidade o que já não se percebe, e já não é normal, é que demonstrada a qualidade não se embale as exibições em velocidade de cruzeiro, com uma ou outra oscilação, mas sem estes altos e baixos que tem acontecido.

Mark Trencher disse...

Péssima gestão do plantel por parte de Jesus no jogo contra o Vilafranquense.

As substituições saíram todas "furadas", não me recordo se o Cervi, o Chiquinho, o Diogo Gonçalves, o Ferreyra, e o Weigl estavam no banco, mas se em vez de Darwin, Luca, Cebolinha e Taarabt têm entrado quatro deste lote de cinco, talvez tivesse sido melhor. Aliás, destes quatro que citei, o único que teve um desempenho bonzinho terá sido o Taarabt, o Cebolinha não esteve mal, agora o Luca, e sobretudo o Darwin, estiveram algo trapalhões.

Quando é que o Jesus vai voltar a ter uma oportunidade de jogar contra uma equipa de um escalão inferior nesta época? Ainda há um ou outro sobrevivente na Taça, mas e calharem no sorteio? Perdeu-se a oportunidade de se "contratarem" reforços sem custos.