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segunda-feira, maio 07, 2018

Banho de bola inglório

Empatámos sábado no WC a 0-0 e ficámos em desvantagem no confronto directo com a lagartada pelo 2º lugar no campeonato. No entanto, isso só será visível na classificação depois da última jornada, porque, numa daquelas regras incompreensíveis do nosso futebol, até lá é a diferença de golos que determina a ordenação dos lugares e não o confronto directo. Com este resultado o CRAC foi campeão no sofá, porque só ontem jogou com o Feirense (2-1). Aliás, esta é outra coisa que deveria ser alterada, e rapidamente: uma equipa ser campeã em campo, junto aos adeptos, tem indiscutivelmente outro sabor. Portanto, é óbvio que os jogos que podem atribuir o título deveriam ser à mesma hora (como era antigamente com as três últimas jornadas). De certeza que esta modernice de permitir que se seja campeão no sofá, com jogos decisivos a horas desfasadas, veio de mentes que não são adeptas de futebol.

Fui ao WC com as expectativas muito baixas, fruto do descalabro tanto a nível pontual como exibicional das últimas semanas. No entanto, tenho que dizer que, se tivéssemos jogado o campeonato inteiro como jogámos as duas partidas frente a eles, teríamos ganho o penta com uma perna às costas. O Rui Vitória reforçou o meio-campo com o Samaris ao lado do Fejsa, saindo o Cervi do onze habitual dos últimos tempos. O Jonas esteve finalmente de volta, mas como seria de prever ficou no banco. Entrámos muitíssimo bem na partida, com o Rafa a atirar ao poste logo aos 8’, depois de um excelente passe em diagonal do Jiménez o ter desmarcado. O nosso nº 27 bateu em velocidade o Piccini e, à saída do Rui Patrício, desviou para o poste, com o guardião da lagartada a varrê-lo depois. É certo que ele vai à bola, mas o facto é que derruba o Rafa. Ou seja, penalty por marcar pelo Sr. Carlos Xistra. À passagem da meia-hora, o Douglas (que foi titular no lugar do lesionado André Almeida), na sequência de um ressalto, ficou em posição frontal fora da área, mas o remate de pé esquerdo foi desviado pelo Coates. Éramos a única equipa a criar perigo em campo e o Rafa atirou de novo ao poste, num remate de pé direito fora da área, ainda desviado pelo Patrício. Uma cabeçada ao lado do Coentrão foi o único perigo criado na nossa área em toda a 1ª parte. Uma óptima abertura do Douglas isolou o Samaris descaído pela direita, mas o remate cruzado foi desviado pelo Patrício, apesar de o Sr. Carlos Xistra não ter assinalado o respectivo canto. Já em cima do intervalo, jogada do Rafa pela esquerda, centro para remate de primeira do Pizzi para nova defesa do Patrício, que susteve igualmente a recarga do Jiménez, já de um ângulo muito desviado. Em cima do intervalo, o Bas Dost teve uma grande jogada individual, mas, em vez de rematar quando só tinha o Varela pela frente, tentou assistir o Gelson, tendo a bola sido cortada pelo Douglas.

A 2ª parte não teve tantas ocasiões como a primeira, porque a lagartada fechou-se melhor. Mesmo assim, pertenceu-nos a melhor delas todas numa jogada pela direita, com o Salvio, entretanto entrado para o lugar do Pizzi (vá lá, o Rui Vitória acertou nas substituições desta vez...!), a centrar para o Jiménez chegar ligeiramente atrasado. Uma cabeçada do Bryan Ruiz por cima num canto foi a única ocasião da lagartada. Entretanto, o Jonas entrou e, apesar da evidente falta de ritmo, o nosso jogo fluiu logo de outra maneira. O Bruno Fernandes deveria ter visto um vermelho por entrada às pernas do Cervi (que substituiu o Rafa nos instantes finais), mas o Sr. Carlos Xistra só lhe mostrou o amarelo. Na sequência dessa falta, atirámos a bola para a área, o Patrício agarrou, mas como chocou com um defesa largou a bola, que sobrou para um nosso jogador, tendo o Sr. Carlos Xistra assinalado... falta! Teria sido uma grande ocasião para nós, até porque o Jiménez atirou de letra lá para dentro (embora, valha a verdade, o Coates, que estava em cima da linha, não se tivesse feito ao lance). Foi o último lance de um encontro, que deveríamos ter ganho tranquilamente.

Em termos individuais, o Rafa merece destaque principalmente pela 1ª parte, mas os nossos centrais, Jardel e Rúben Dias, estiveram excelentes o jogo todo (a única falha do Jardel foi na marcação ao Bryan Ruiz naquele canto). Grande jogo igualmente do Fejsa e o Samaris esteve igualmente muito bem, só foi pena o falhanço isolado. Pelo Zivkovic passou grande parte do nosso jogo atacante, até porque quem jogou na direita foi o Pizzi, com o Rafa na esquerda. Outro que merece uma palavra é o Douglas que, ao contrário do que é habitual, nos permitiu jogar com onze. E até teve participação em algum do perigo que criámos!

Tal como na 1ª volta, empatámos um jogo em que merecíamos claramente ganhar. Resta-nos esperar uma escorregadela da lagartada no Marítimo na última semana para irmos à pré-eliminatória da Liga dos Campeões e arrecadarmos só com isso 40M€. Mas duvido muito que isso aconteça, até porque o Marítimo já não consegue ir ao 5º lugar. De qualquer maneira, temos que ganhar ao Moreirense para acabarmos com dignidade esta época. Que, no entanto, será sempre, com ou sem 2º lugar, péssima. Mas esse balanço far-se-á no final do campeonato.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vejam quem é o inspetor Pedro Fonseca, a TOUPEIRA denunciada!
O seu passado comprova e em nada abona a favor do seu carácter e credibilidade!
Leiam! vejam como MENTIU em tribunal:

https://dosdoisladosdasgrades.wordpress.com/2018/05/07/pedro-fonseca-coordenador-da-p-j-e-os-reais-adminiculos/#comments