terça-feira, maio 11, 2010
Trinta e dois
Muito mais tarde do que é habitual, porque o dia de hoje foi passado numa correria, com os companheiros da Tertúlia e a óbvia ida à Praça do Município, só agora vai aqui o post a seguir ao jogo. Ganhámos ao Rio Ave por 2-1 e sagrámo-nos, com toda a justiça do mundo, campeões nacionais de futebol. Foi uma das partidas menos conseguidas que fizemos na Luz este ano, porque foi difícil controlar a ansiedade, mas lá conseguimos a vitória e, quase mais importante que isso (já que o empate também servia), o Cardozo marcou dois golos e sagrou-se o melhor marcador do campeonato.
Sem três titulares indiscutíveis, Fábio Coentrão, Di María e Javi García, entrámos em campo a todo o gás com o César Peixoto, Carlos Martins e Airton nos seus lugares. Conseguimos o golo logo aos 3’, ainda por cima pelo Cardozo, e a Luz quase veio abaixo de tanta emoção. A partir daqui, todos esperámos uma nova goleada, mas ressentimo-nos da falta dos titulares, principalmente do Di María e Coentrão na ala esquerda. A equipa queria fazer as coisas depressa e bem para marcar mais um golo que nos pusesse a salvo de qualquer imponderável. Só que as coisas não saíram tão perfeitas como em partidas anteriores. Mesmo assim tivemos algumas boas oportunidades, mas o Cardozo e Saviola falharam golos relativamente fáceis. A partir dos 11’, ficámos a jogar em superioridade numérica, porque o Wires do Rio Ave deu uma patada bárbara no Ramires (que teve que ser substituído ao intervalo por causa disto), mas ao contrário do que tem sucedido anteriormente não conseguimos aproveitar bem essa vantagem. A equipa estava bastante ansiosa e o Rio Ave conseguiu chegar à nossa baliza, sem no entanto criar grande perigo.
Na 2ª parte, quando se esperava uma melhoria da nossa exibição, aconteceu precisamente o contrário. Há que ter em conta que estávamos sem quatro titulares e a jogar com 10, já que foi o Éder Luís que entrou para o lugar do Ramires… Nem o Cardozo conseguia marcar o golo que lhe daria vantagem sobre o Falcão nem o Benfica resolvia de vez o jogo e andávamos nisto quando me caiu o céu em cima. Aos 72’, um livre perto da linha de meio-campo foi bombeado para a área, o Luisão e o Quim ficaram a ver navios, e deu-se o empate. Vi a minha vida andar toda para trás até porque o Braga estava empatado na Choupana e a nossa exibição não augurava que fosse fácil marcar mais um golo. Mas ele surgiu felizmente e por quem mais interessava. Aos 79’, o Cardozo resolvia duas questões de uma só vez: o campeonato e o título de melhor marcador que já não conquistávamos desde 1990/91 pelo Rui Águas. Foi na sequência de um canto do Aimar, que o Airton rematou com perigo de cabeça e o paraguaio fez a recarga com êxito. Até final, praticamente não houve jogo, já que nos limitámos a trocar a bola à espera que o tempo passasse e com o estádio todo em êxtase.
Individualmente destaco o Airton, porque mais uma vez fez esquecer o Javi García, o Cardozo, pelos dois golos e por ter feito com que a festa fosse completa (não teria o mesmo sabor se ele não tivesse também derrotado o jogador do CRAC), e o Carlos Martins, que foi sempre dos mais esclarecidos em campo, mesmo que por vezes continue a utilizar a força quando quer passar a bola. O resto da equipa esteve a um nível inferior ao habitual, mas eles são humanos e a pressão era imensa.
Somámos o 32º título da nossa história e espero que seja o primeiro de muitos. Para que possamos decapitar de vez o polvo, é fundamental que ganhemos o próximo. Além disso, desde 1984 que não fazemos o bis. Claro que anseio igualmente por uma boa figura na Liga dos Campeões e é bom que elevemos a fasquia, mas neste momento uma possível conquista dessa prova é apenas um sonho. Temos que nos centrar no campeonato para ver se limpamos de vez um certo cancro que infelizmente continua a infestar no futebol português.
VIVA O BENFICA!
Sem três titulares indiscutíveis, Fábio Coentrão, Di María e Javi García, entrámos em campo a todo o gás com o César Peixoto, Carlos Martins e Airton nos seus lugares. Conseguimos o golo logo aos 3’, ainda por cima pelo Cardozo, e a Luz quase veio abaixo de tanta emoção. A partir daqui, todos esperámos uma nova goleada, mas ressentimo-nos da falta dos titulares, principalmente do Di María e Coentrão na ala esquerda. A equipa queria fazer as coisas depressa e bem para marcar mais um golo que nos pusesse a salvo de qualquer imponderável. Só que as coisas não saíram tão perfeitas como em partidas anteriores. Mesmo assim tivemos algumas boas oportunidades, mas o Cardozo e Saviola falharam golos relativamente fáceis. A partir dos 11’, ficámos a jogar em superioridade numérica, porque o Wires do Rio Ave deu uma patada bárbara no Ramires (que teve que ser substituído ao intervalo por causa disto), mas ao contrário do que tem sucedido anteriormente não conseguimos aproveitar bem essa vantagem. A equipa estava bastante ansiosa e o Rio Ave conseguiu chegar à nossa baliza, sem no entanto criar grande perigo.
Na 2ª parte, quando se esperava uma melhoria da nossa exibição, aconteceu precisamente o contrário. Há que ter em conta que estávamos sem quatro titulares e a jogar com 10, já que foi o Éder Luís que entrou para o lugar do Ramires… Nem o Cardozo conseguia marcar o golo que lhe daria vantagem sobre o Falcão nem o Benfica resolvia de vez o jogo e andávamos nisto quando me caiu o céu em cima. Aos 72’, um livre perto da linha de meio-campo foi bombeado para a área, o Luisão e o Quim ficaram a ver navios, e deu-se o empate. Vi a minha vida andar toda para trás até porque o Braga estava empatado na Choupana e a nossa exibição não augurava que fosse fácil marcar mais um golo. Mas ele surgiu felizmente e por quem mais interessava. Aos 79’, o Cardozo resolvia duas questões de uma só vez: o campeonato e o título de melhor marcador que já não conquistávamos desde 1990/91 pelo Rui Águas. Foi na sequência de um canto do Aimar, que o Airton rematou com perigo de cabeça e o paraguaio fez a recarga com êxito. Até final, praticamente não houve jogo, já que nos limitámos a trocar a bola à espera que o tempo passasse e com o estádio todo em êxtase.
Individualmente destaco o Airton, porque mais uma vez fez esquecer o Javi García, o Cardozo, pelos dois golos e por ter feito com que a festa fosse completa (não teria o mesmo sabor se ele não tivesse também derrotado o jogador do CRAC), e o Carlos Martins, que foi sempre dos mais esclarecidos em campo, mesmo que por vezes continue a utilizar a força quando quer passar a bola. O resto da equipa esteve a um nível inferior ao habitual, mas eles são humanos e a pressão era imensa.
Somámos o 32º título da nossa história e espero que seja o primeiro de muitos. Para que possamos decapitar de vez o polvo, é fundamental que ganhemos o próximo. Além disso, desde 1984 que não fazemos o bis. Claro que anseio igualmente por uma boa figura na Liga dos Campeões e é bom que elevemos a fasquia, mas neste momento uma possível conquista dessa prova é apenas um sonho. Temos que nos centrar no campeonato para ver se limpamos de vez um certo cancro que infelizmente continua a infestar no futebol português.
VIVA O BENFICA!
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2 comentários:
A nota artistica do jogo não foi muito alta, mas era irrelevante. Ganhámos o jogo e o campeonato, e isso é que foi importante.
Tinha-te dito há tempos "vêmo-nos no Marquês" ou algo parecido. Não nos vimos, mas vi os outros 3 elementos da Tertúlia em passo acelerado na zona das roulotes do Colombo,depois do jogo. Não consegui ver se estavas lá também
Já não pude é ir à Praça do Municipio na 3ª feira. Estava à mesma hora no aeroporto a tentar conseguir vôo de regresso para Barcelona, pois o meu (que partia umas horas antes)tinha sido cancelado. resultado: nem vôo, nem Benfica. 6 horas no aeroporto! Mas não me importo nada, porque o principal tinha conseguido, estar na Luz e em Lisboa no dia da festa!
Abraço
Bom uma semana depois dos grandes festejos que houve em todo o Mundo (Peniche incluído eheheh) posso dizer simplesmente isto: Obrigado Benfica. Obrigado a esta equipa e este treinador por me fazerem acreditar que é possível ainda ganhar títulos com futebol positivo, obrigado Mister Jesus por teres pegado numa equipa que estava com um potencial grande mas que não tinha sido bem aproveitado anteriormente nestes últimos anos, obrigado aos jogadores por terem feito tudo o que podiam para ter chagado ao título nº32.
Podia dizer mais coisas, mas não quero fazer testamentos. Se calhar a seu tempo posso destacar individualmente cada jogador daqui para a frente, mas por agora digo isto: apostei no Saviola contra os cínicos que encontrava na internet e na minha cidade para fazer um bom campeonato e o homem consegue fazer-me uma excelente época! Obrigado Conejo :D
E pronto, para finalizar: Força Benfica, rumo ao bi-campeonato que nos foge desde 1984 e força para a Champions!
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