sexta-feira, julho 27, 2007
Obrigado Simão
Embora a notícia já fosse esperada desde 3ª feira, ainda me estou a recompor do choque que vai ser ver o Benfica sem o Simão. Foi um grande profissional e de longe o nosso melhor jogador nos últimos seis anos. E foi também importante para o futebol português, porque se não se tivesse lesionado gravemente na selecção logo no primeiro ano de Benfica, o clube regional não teria ganho a Taça Uefa na época seguinte. Podíamos sempre esperar qualquer coisa de diferente, sempre que a bola lhe chegava aos pés. A sua capacidade de acelerar o jogo era única e julgo que é disso que iremos sentir mais falta. Por outro lado, era bom festejar cada penalty a nosso favor como se de um golo se tratasse, porque em 95% dos casos era isso mesmo que acontecia (que me lembre só falhou três penalties pelo Glorioso: contra o Belenenses no Torneio do Guadiana, Nacional para a Taça de Portugal e Gil Vicente). E nos livres directos a expectativa também era grande, embora sem o galáctico índice de concretização do Van Hooijdonk. Pelas grandes memórias de Manchester, Liverpool, Estádio Nacional contra o clube regional, Luz contra os lagartos para a Taça e por não tremer no penalty do Bessa, só me resta agradecer-lhe profundamente.
Percebo que a saída fosse inevitável, mas não compreendo a opção pelo Atlético de Madrid. Vai auferir o dobro do que ganhava na Luz, mas ou muito me engano ou vai passar cinco anos sem ganhar nenhum título. Um jogador como o Simão merecia uma equipa com mais nome na Europa e que não se limitasse a lutar por um lugar na Uefa. Trocar o maior clube do mundo pelo Belenenses de Espanha parece-me descer de cavalo para burro, mas ele é que sabe. De qualquer modo, e porque não tive, não tenho e jamais terei a memória curta, desejo-lhe toda a sorte do mundo.
De qualquer maneira, não posso deixar de concordar com muito do que já li por alguns blogs benfiquistas. Estarei sempre grato ao Simão, mas nunca o senti como um verdadeiro benfiquista. Como um dos nossos. Como é o Nuno Gomes, o Petit, o Luisão e, acima de todos, o INCOMPARÁVEL Rui Costa. Nada de mal nisso, se o rendimento for o que o Simão sempre mostrou, todavia este facto atenua-me um pouco a pena de o ver sair. Até porque a iniciativa de deixar o Glorioso partiu dele e quando assim é pouco há a fazer. O episódio da braçadeira foi sempre uma pedra no sapato, assim como as constantes novelas de final de época. No entanto, tenho que referir que, à semelhança do João V. Pinto, nunca o vi fazer um frete em campo. Podia haver jogos que não lhe saíam tão bem, mas sempre lutou os 90 minutos e qualquer que fosse o resultado (recordo-me de um lance na Amadora nos minutos finais das meias-finais da Taça, quando já ganhávamos por 3-0, em que o Simão pressionou um adversário no meio-campo deles como se estivéssemos a perder). Mas o que me leva a dizer que nunca o senti como um verdadeiro benfiquista é um gesto muito simples: raramente era ele que chamava os companheiros para a saudação aos adeptos no final dos jogos na Luz. Era quase sempre o Luisão, Petit e Nuno Gomes. Podia ser feitio, mas para mim é defeito.
P.S. – Não tenho por hábito emitir opinião sobre jogadores antes de os ver jogar, mas disseram-nos que o substituto de Simão poderia fazer aumentar a venda de cativos. Foi talvez só uma boca presidencial, mas não acho que seja com o Angel Di Maria e o Andrés Díaz que isso vá suceder, pelo menos no imediato. O primeiro tem 19 anos e, apesar de ter feito um bom Mundial de Sub-20 (não esquecer que o melhor jogador do Portugal 91 foi o... Peixe e o 3º foi o... Paulo Torres), precisará certamente de se ambientar. O segundo, ao que se pode ler, não era titular indiscutível do seu clube, além de ter ficado sem jogar durante um mês por “problemas pessoais”. Não é um bom cartão de visita, mas esperemos que o desminta em campo.
Percebo que a saída fosse inevitável, mas não compreendo a opção pelo Atlético de Madrid. Vai auferir o dobro do que ganhava na Luz, mas ou muito me engano ou vai passar cinco anos sem ganhar nenhum título. Um jogador como o Simão merecia uma equipa com mais nome na Europa e que não se limitasse a lutar por um lugar na Uefa. Trocar o maior clube do mundo pelo Belenenses de Espanha parece-me descer de cavalo para burro, mas ele é que sabe. De qualquer modo, e porque não tive, não tenho e jamais terei a memória curta, desejo-lhe toda a sorte do mundo.
De qualquer maneira, não posso deixar de concordar com muito do que já li por alguns blogs benfiquistas. Estarei sempre grato ao Simão, mas nunca o senti como um verdadeiro benfiquista. Como um dos nossos. Como é o Nuno Gomes, o Petit, o Luisão e, acima de todos, o INCOMPARÁVEL Rui Costa. Nada de mal nisso, se o rendimento for o que o Simão sempre mostrou, todavia este facto atenua-me um pouco a pena de o ver sair. Até porque a iniciativa de deixar o Glorioso partiu dele e quando assim é pouco há a fazer. O episódio da braçadeira foi sempre uma pedra no sapato, assim como as constantes novelas de final de época. No entanto, tenho que referir que, à semelhança do João V. Pinto, nunca o vi fazer um frete em campo. Podia haver jogos que não lhe saíam tão bem, mas sempre lutou os 90 minutos e qualquer que fosse o resultado (recordo-me de um lance na Amadora nos minutos finais das meias-finais da Taça, quando já ganhávamos por 3-0, em que o Simão pressionou um adversário no meio-campo deles como se estivéssemos a perder). Mas o que me leva a dizer que nunca o senti como um verdadeiro benfiquista é um gesto muito simples: raramente era ele que chamava os companheiros para a saudação aos adeptos no final dos jogos na Luz. Era quase sempre o Luisão, Petit e Nuno Gomes. Podia ser feitio, mas para mim é defeito.
P.S. – Não tenho por hábito emitir opinião sobre jogadores antes de os ver jogar, mas disseram-nos que o substituto de Simão poderia fazer aumentar a venda de cativos. Foi talvez só uma boca presidencial, mas não acho que seja com o Angel Di Maria e o Andrés Díaz que isso vá suceder, pelo menos no imediato. O primeiro tem 19 anos e, apesar de ter feito um bom Mundial de Sub-20 (não esquecer que o melhor jogador do Portugal 91 foi o... Peixe e o 3º foi o... Paulo Torres), precisará certamente de se ambientar. O segundo, ao que se pode ler, não era titular indiscutível do seu clube, além de ter ficado sem jogar durante um mês por “problemas pessoais”. Não é um bom cartão de visita, mas esperemos que o desminta em campo.
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3 comentários:
Novo blogue: A Chama Imensa (www.chamabenfiquista.blogspot.com).
Passe por lá.
Obrigado.
nao é o dobro... de 180 mil para 400 mil brutos, é 222%
mas de 108 mil para 300 mil liquidos, é 276% quase o triplo depois dos impostos...
a despedida foi linda. aquilo nao foi teatro. é hoje um benfiquista de corpo inteiro.
Estou de acordo, Remate Cruzado, até eu quase me emocionei a ver o Simão em directo na conferência de imprensa. Gostei especialmente da parte de "claro que gostaria de regressar ao Benfica".
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