sábado, novembro 22, 2025
Muito sofrível
Eliminámos ontem o Atlético (2-0) para a 4ª eliminatória da Taça
de Portugal em jogo que decorreu no Estádio do Restelo. Tenho sempre pena que estas
equipas de escalões secundários não possam receber os grandes em sua casa nos jogos da Taça, mas estamos subjugados pela
ditadura das televisões.
O Mourinho inovou ao apresentar uma táctica de três centrais, mas a 1ª parte foi do pior que se viu esta temporada. Só se salvou (e, aliás, durou o jogo) a estreia absoluta do Rodrigo Rego, primeiro na lateral-esquerda e, na 2ª parte, como extremo-direito. O miúdo tem toque de bola, tem dinâmica e tem desfaçatez, visível pelas vezes em que não se coibiu de rematar à baliza. O resto foi uma desgraça, com muito gente a desperdiçar a oportunidade, razão pela qual o Mourinho fez quatro(!) substituições ao intervalo (para memória futura, saíram o Ivanović, João Rego, Barrenechea e Tomás Araújo) e disse na flash que, se pudesse, teria feito nove!
Na 2ª parte, o Atlético já não conseguiu chegar tantas vezes à nossa baliza, mas o nosso golo só apareceu aos 73’ na estreia do Ríos (entrado ao intervalo) a marcar com o manto sagrado, num cabeceamento num canto. Quatro minutos depois, o Leandro Barreiro (também entrado ao intervalo) foi derrubado na área e o Pavlidis concretizou o penalty (embora o remate tenha saído quase à figura, com o guarda-redes a não defender por pouco...). O resultado estava feito e só não se avolumou, porque o Otamendi falhou um penalty já nos descontos (o Pavlidis tinha entretanto saído), com uma boa defesa do guarda-redes Rodrigo Dias.
Em termos individuais, só vou destacar mesmo o Rodrigo Rego. Tenho curiosidade para perceber se isto foi só um one shot, tipo o Pepa aqui há uns (largos) anos, ou se terá alguma continuidade. Pelo menos aquele lugar (extremo-direito) vai estar vago nos próximos tempos por causa da lesão do Lukebakio. Fizemos a nossa obrigação, que era passar à eliminatória seguinte, mas sem nenhum brilhantismo e com uma 1ª parte que deveria ser objeto de reflexão por parte de todo o plantel...
Iremos a Amesterdão na próxima 3ª feira jogar a nossa continuidade na Champions frente ao Ajax. Se não ganharmos, podemos esquecê-la e esta época será relembrada no futuro como uma das piores de sempre nas competições europeias.
O Mourinho inovou ao apresentar uma táctica de três centrais, mas a 1ª parte foi do pior que se viu esta temporada. Só se salvou (e, aliás, durou o jogo) a estreia absoluta do Rodrigo Rego, primeiro na lateral-esquerda e, na 2ª parte, como extremo-direito. O miúdo tem toque de bola, tem dinâmica e tem desfaçatez, visível pelas vezes em que não se coibiu de rematar à baliza. O resto foi uma desgraça, com muito gente a desperdiçar a oportunidade, razão pela qual o Mourinho fez quatro(!) substituições ao intervalo (para memória futura, saíram o Ivanović, João Rego, Barrenechea e Tomás Araújo) e disse na flash que, se pudesse, teria feito nove!
Na 2ª parte, o Atlético já não conseguiu chegar tantas vezes à nossa baliza, mas o nosso golo só apareceu aos 73’ na estreia do Ríos (entrado ao intervalo) a marcar com o manto sagrado, num cabeceamento num canto. Quatro minutos depois, o Leandro Barreiro (também entrado ao intervalo) foi derrubado na área e o Pavlidis concretizou o penalty (embora o remate tenha saído quase à figura, com o guarda-redes a não defender por pouco...). O resultado estava feito e só não se avolumou, porque o Otamendi falhou um penalty já nos descontos (o Pavlidis tinha entretanto saído), com uma boa defesa do guarda-redes Rodrigo Dias.
Em termos individuais, só vou destacar mesmo o Rodrigo Rego. Tenho curiosidade para perceber se isto foi só um one shot, tipo o Pepa aqui há uns (largos) anos, ou se terá alguma continuidade. Pelo menos aquele lugar (extremo-direito) vai estar vago nos próximos tempos por causa da lesão do Lukebakio. Fizemos a nossa obrigação, que era passar à eliminatória seguinte, mas sem nenhum brilhantismo e com uma 1ª parte que deveria ser objeto de reflexão por parte de todo o plantel...
Iremos a Amesterdão na próxima 3ª feira jogar a nossa continuidade na Champions frente ao Ajax. Se não ganharmos, podemos esquecê-la e esta época será relembrada no futuro como uma das piores de sempre nas competições europeias.
sexta-feira, novembro 21, 2025
Irlanda e Arménia
As ligas nacionais pararam no passado fim-de-semana por
causa da última jornada de qualificação para o Mundial de 2026. Tal como era
esperado, Portugal qualificou-se embora tenha precisado do terceiro match-point para o conseguir, dado que
perdemos na Irlanda por 2-0 e a qualificação só tenha surgido na goleada (9-1) frente
à Arménia.
O jogo frente aos irlandeses foi parecido com o que houve em casa, com eles a defenderem muito bem, muito agressivos e nós a termos grandes dificuldades em entrar na muralha contrária. Só não foi igual, porque eles foram muito mais perigosos quando contra-atacavam, tendo atirado uma bola ao poste antes de nos marcarem dois golos ainda na 1ª parte, ambos pelo Troy Parrott (17’ e 45’). A perder por dois ao intervalo, o Roberto Martínez não se lembrou de mais nada do que... substituir dois defesas...! Na 2ª parte, as esperanças de mudarmos o resultado foram arruinadas aos 59’, quando o Cristiano Ronaldo deu um murro nas costas de um defesa e foi naturalmente expulso. A primeira vez que aconteceu ao serviço da selecção, mas ao menos teve o mérito de não jogar o jogo seguinte, até porque o Gonçalo Ramos, que só entrou a 12’(!) do fim, fez mais remates nesse tempo do que o Cristiano Ronaldo no outro todo.
Frente à Arménia, em casa, era só o que mais faltava se não ganhássemos. Nem mereceríamos ir ao Mundial nesse caso. Inaugurámos o marcador logo aos 7’ num cabeceamento do Renato Veiga na sequência de uma bola parada, mas deixámo-nos empatar aos 18’, quando fomos apanhados em contrapé num contra-ataque. No entanto, chegámos ao intervalo com a qualificação resolvida (5-1) mercê de um bis do João Neves (30’ e 41’) e de golos do Gonçalo Ramos (28’) e Bruno Fernandes (nos descontos, de penalty). A 2ª parte foi apenas um proforma, com mais quatro golos, tendo o João Neves (81’) e o Bruno Fernandes (52’ e noutro penalty aos 72’) chegado ambos ao hat-trick. O último golo foi apontado pelo Francisco Conceição já nos descontos (92’).
Que esta qualificação seja olhada de maneira honesta para que não tenhamos ilusões: dos seis jogos, só frente à Arménia é que passeámos. Nos outros quatro, ganhámos dois nos minutos finais (Hungria fora e Irlanda em casa), empatámos outro (Hungria em casa, com o golo sofrido também nos minutos finais) e perdemos um (Irlanda fora). É uma performance muito fraca, perante adversários bastante secundários, para quem almeja ser campeão do mundo. A selecção padece de vários problemas (vacas sagradas que raramente são substituídas, tudo andar à volta de um jovem de 40 anos e opções tácticas e de escolha de jogadores muito discutíveis) e não se está a ver o Roberto Martínez com capacidade de os resolver (antes pelo contrário...). Mas pode ser que tenhamos uma surpresa (e alguma sorte) como na Liga das Nações.
O jogo frente aos irlandeses foi parecido com o que houve em casa, com eles a defenderem muito bem, muito agressivos e nós a termos grandes dificuldades em entrar na muralha contrária. Só não foi igual, porque eles foram muito mais perigosos quando contra-atacavam, tendo atirado uma bola ao poste antes de nos marcarem dois golos ainda na 1ª parte, ambos pelo Troy Parrott (17’ e 45’). A perder por dois ao intervalo, o Roberto Martínez não se lembrou de mais nada do que... substituir dois defesas...! Na 2ª parte, as esperanças de mudarmos o resultado foram arruinadas aos 59’, quando o Cristiano Ronaldo deu um murro nas costas de um defesa e foi naturalmente expulso. A primeira vez que aconteceu ao serviço da selecção, mas ao menos teve o mérito de não jogar o jogo seguinte, até porque o Gonçalo Ramos, que só entrou a 12’(!) do fim, fez mais remates nesse tempo do que o Cristiano Ronaldo no outro todo.
Frente à Arménia, em casa, era só o que mais faltava se não ganhássemos. Nem mereceríamos ir ao Mundial nesse caso. Inaugurámos o marcador logo aos 7’ num cabeceamento do Renato Veiga na sequência de uma bola parada, mas deixámo-nos empatar aos 18’, quando fomos apanhados em contrapé num contra-ataque. No entanto, chegámos ao intervalo com a qualificação resolvida (5-1) mercê de um bis do João Neves (30’ e 41’) e de golos do Gonçalo Ramos (28’) e Bruno Fernandes (nos descontos, de penalty). A 2ª parte foi apenas um proforma, com mais quatro golos, tendo o João Neves (81’) e o Bruno Fernandes (52’ e noutro penalty aos 72’) chegado ambos ao hat-trick. O último golo foi apontado pelo Francisco Conceição já nos descontos (92’).
Que esta qualificação seja olhada de maneira honesta para que não tenhamos ilusões: dos seis jogos, só frente à Arménia é que passeámos. Nos outros quatro, ganhámos dois nos minutos finais (Hungria fora e Irlanda em casa), empatámos outro (Hungria em casa, com o golo sofrido também nos minutos finais) e perdemos um (Irlanda fora). É uma performance muito fraca, perante adversários bastante secundários, para quem almeja ser campeão do mundo. A selecção padece de vários problemas (vacas sagradas que raramente são substituídas, tudo andar à volta de um jovem de 40 anos e opções tácticas e de escolha de jogadores muito discutíveis) e não se está a ver o Roberto Martínez com capacidade de os resolver (antes pelo contrário...). Mas pode ser que tenhamos uma surpresa (e alguma sorte) como na Liga das Nações.
sexta-feira, novembro 14, 2025
Erros indesculpáveis
Empatámos em casa (2-2) frente ao Casa Pia no passado domingo e deixámos fugir o CRAC (1-0 em Famalicão) e a lagartada (2-1 nos Açores frente ao Santa Clara) na classificação, estando agora a seis pontos do primeiro e a três do segundo. Isto seria sempre um péssimo resultado, mas mais ainda se tornou, porque aos 60’ estava 2-0...
O Mourinho voltou a dar a titularidade ao Dedic, com o Aursnes a ir para o lado esquerdo do tridente ofensivo. (O norueguês é defesa-direito num jogo, extremo-esquerdo no outro, enfim...) Um remate do Barrenechea desviou num defesa e bateu no poste nos minutos iniciais, mas não demorou muito até inaugurarmos o marcador, aos 18’, num óptimo trabalho do Pavlidis (dominou de peito e tocou de cabeça) a assistir o Sudakov para um remate em volley. Uma má saída de bola do Aursnes colocou um adversário em boa posição, mas o remate saiu fraco e o Trubin não teve dificuldades em defender. Um bom passe do Tomás Araújo isolou o Lukebakio, mas pela enésima vez o belga, só com o guarda-redes pela frente, não o conseguiu desfeitear... Chegávamos ao intervalo em vantagem, mas a jogar um futebol muito curto.
Para a 2ª parte, entrou o Prestianni para o lugar do Barrenechea, com o Aursnes a ir para o meio-campo. Não admira que o norueguês passe pela sua fase menos exuberante desde que chegou ao Glorioso, a mudar constantemente de lugar... Melhorámos um bocado, com maior rapidez de processos e logo depois do apito, o Ríos teve um remate de fora da área defendido pelo guarda-redes Patrick Sequeira. Pouco depois, foi o Sudakov a tentar, mas com o mesmo desfecho. À passagem da hora de jogo, num canto, o Ríos cabeceia, mas um defesa toca com a mão na bola, tendo os braços abertos. Penalty que o Pavlidis marcou superiormente, alargando a nossa vantagem para dois golos. Mas a partir dos 65’, tudo mudou... Num remate de fora da área, a bola bate no peito do António Silva e resvala para o braço. Dizem as regras que isto não é penalty, mas o Sr. Gustavo Correia e, principalmente, o VAR João Bento consideraram que sim. O Trubin ainda defendeu o remate, mas o Tomás Araújo, de forma inacreditável, rematou para a nossa baliza, quando pretendia aliviar a bola...! Um lance caricato e incompreensível. O Mourinho lançou o Leandro Barreiro e este meteu a bola na baliza a 10 minutos do final na sequência de um canto, mas estava em fora-de-jogo e os nossos festejos foram em vão. Aos 91’, o Ríos perdeu uma bola no meio-campo, provocando um contra-ataque de cinco para três e o Trubin, com o Tomás Araújo ao lado pronto para aliviar a bola, resolveu sair da baliza e tocar nela, tendo esta sobrado para o Renato Nhaga, que nos gelou a todos... Deixávamos fugir dois pontos, que estavam mais do que garantidos.
Em termos individuais, o Pavlidis, com um golo e uma assistência, foi de longe o melhor. Ou o menos mau, vá. O Lukebakio é quem cria os maiores desequilíbrios, mas ainda não tem o timing perfeito para se libertar da bola e, principalmente, quando está frente-a-frente com o guarda-redes deixa muito a desejar... O Ríos até nem estava a fazer um mau jogo, à semelhança de 4ª feira, mas aquele erro não se pode cometer e custou muito caro. O Trubin também tem culpas no segundo golo e o Tomás Araújo não sei bem o que lhe passou pela cabeça.
Seis pontos perdidos em casa com golos nos últimos minutos perante adversários menos conceituados é o maior factor de destaque desta época. É basicamente a diferença para o 1º lugar, que aumentou de forma exponencial graças a isso. É inexplicável esta tremedeira e esta incapacidade de segurar resultados em pleno Estádio da Luz. Há agora a pausa para as selecções, mas o panorama para esta temporada está muito negro...
P.S. – Temos grandes culpas no cartório, mas o que se passou neste fim-de-semana em termos de arbitragem foi vergonhoso. Este penalty contra nós já foi o que foi e, na véspera, um lance evidente de pontapé de baliza foi transformado em canto pelo fiscal-de-linha Ângelo Pinheiro e validado pelo árbitro João Goncalves, e deu o golo à lagartada no último minuto. Diferenças...
domingo, novembro 09, 2025
93 891
Quinze dias depois, voltámos a bater o recorde mundial de votante de um clube desportivo com este impressionante número de 93 891 pessoas. Aparentemente, desta vez é que fica certificado, dado que o Guiness não aceitou o outro por não se ter eleito um presidente na altura. Deixemo-nos de leituras enviesadas sobre isto: uma tão grande participação é motivo para nos deixar orgulhosos enquanto benfiquistas.
Tal como se esperava, perante os resultados da 1ª volta, o Rui Costa foi reeleito presidente com 65,89% (58 667 votantes) contra 34.11% (33 669 votantes) do João Noronha Lopes. Algo que não deixa de ser absolutamente relevante salientar é o facto de, em números absolutos, o Rui Costa ter tido mais 25 769 sócios a votar nele, enquanto João Noronha Lopes só teve mais 6 560 votantes do que na 1ª volta. É algo que deveria fazer pensar o candidato que eu apoiei em relação ao que fez de mal para não só não conseguido agregar mais sócios para a sua causa, como ter visto o incumbente aumentar tanto a votação da 1ª para a 2ª volta. Os últimos debates correram bastante mal a Noronha Lopes e isso terá sido decisivo para esta diferença.
Espero sinceramente que o Rui Costa, escudado tanto por esta participação eleitoral como pelo seu próprio resultado, faça um trabalho bastante melhor do que até aqui. Se eu nunca votei nele para presidente do Benfica, é dele uma das duas únicas camisolas personalizadas que tenho (a outra é do Nuno Gomes). Que esse jogador que eu admirei profundamente se possa tornar num bom presidente, mesmo perante tão maus indicadores ao longo do tempo (e já foi bastante...), é o milagre que eu espero que aconteça.
O povo benfiquista falou democraticamente e há que aceitar os resultados, mesmo que não concordemos com eles. Não podemos gostar da democracia só quando ela nos permite ganhar. É preciso baixar a conflitualidade e dar as condições a quem ganhou de poder exercer o seu mandato conforme o programa eleitoral que apresentou. No entanto, estaremos sempre cá para elogiar ou criticar quando se justificar.
VIVA O BENFICA!
sábado, novembro 08, 2025
Perdulários
Perdemos novamente na Champions na passada 4ª feira, em casa frente ao Bayer Leverkusen (0-1). Foi a quarta derrota em quatro jogos e a qualificação para a fase seguinte será uma missão (quase) impossível. Num jogo em que tínhamos de ganhar, fizemos tudo para isso, mas falhámos redondamente na altura de rematar à baliza.
O Mourinho reforçou o meio-campo com o Leandro Barreiro e revelámos sempre bastantes cautelas na saída de bola, especialmente na 1ª parte. Mesmo não utilizando a velocidade que por vezes se exigia, tivemos várias ocasiões para inaugurar o marcador, incluindo duas bolas aos ferros do Lukebakio e Otamendi. Para além disso, o Pavilidis falhou um golo em boa posição, permitindo a intercepção de um defesa, quando o guarda-redes Flekken já não estava na baliza e ainda tivemos alguns remates (do Ríos, Lukebakio e Otamendi) que o guardião defendeu e uma cabeçada do Barreiro que saiu ao lado. Ao invés, o Leverkusen teve uma soberana chance com o Poku isolado a atirar ao lado, quando só tinha o Trubin pela frente.
Na 2ª parte, continuámos a carregar e o Pavlidis num ressalto depois de um canto, ficou frente-a-frente com o Flekken, mas resolveu fintá-lo em vez de rematar e o guarda-redes tirou-lhe a bola com o pé! Foi eventualmente a nossa melhor hipótese de marcar. Pouco depois, o mesmo Pavlidis atirou ao lado de pé esquerdo ainda fora da área, mas aos 65’ apanhámos um enorme balde de água fria com o golo do Patrick Schick de cabeça, depois de um péssimo alívio também de cabeça do Dahl, qua se converteu numa assistência para o checo. Sentimos bastante o golo e não tivemos tão boas hipóteses de marcar até final como até então. Mas, à semelhança do primeiro tempo, foram novamente o Otamendi (de cabeça num canto) e o Lukebakio, por duas vezes, a visar a baliza contrária, mas sem sucesso.
Em termos individuais, o Ríos pareceu-me o melhor do Benfica. Já era tempo de começar a justificar o (enorme) investimento na sua contratação. O Dahl também estava a fazer um jogo muito bem conseguido, mas aquele falhanço no golo deitou tudo a perder. O Lukebakio foi o jogar mais desequilibrador do nosso lado, mas por vezes exagera nas acções individuais. O Pavlidis complicou dois lances de golo, em que se exigia mais rapidez de execução. O Sudakov passa por uma fase de menor fulgor, mas, verdade seja dita, é dos poucos que faz passes a rasgar e sentiu-se a sua falta quando saiu.
Faltam quatro jogos para terminar a Fase de Liga da Champions e devemos mesmo ter de os ganhar a todos para passarmos. Com Nápoles, Juventus e Real Madrid no caminho, será como uma subida ao Monte Everest...
quarta-feira, novembro 05, 2025
Convincente (na 2ª parte)
Vencemos no sempre difícil terreno do V. Guimarães (3-0) no passado sábado, mas continua tudo igual na frente, porque a lagartada ganhou 2-0 em casa ao Alverca e o CRAC também triunfou (2-1) na recepção ao Braga.
Quem olhar só para o resultado, pode pensar que foi tudo muito fácil, mas até ao intervalo a partida foi bastante complicada. O V. Guimarães conseguiu manietar-nos na manobra atacante e não criámos assim tantas jogadas de perigo. Um remate do Sudakov à malha lateral foi a nossa melhor situação.
Na 2ª parte, tudo mudou por via das alterações que fez o José Mourinho logo no reinício: saíram o Sudakov e o Prestianni e entraram o Leandro Barreiro e o Schjelderup. A transformação foi da noite para o dia, também porque o resto da equipa subiu muito de produção. O Lukebakio na direita começou a criar situações para os colegas resolverem, mas uma cabeçada do Leandro Barreiro foi defendida pelo guarda-redes Castillo e o Pavlidis falhou incrivelmente a recarga com a baliza escancarada! O Lukebakio num livre directo voltou a obrigar o guardião contrário a aplicar-se, mas aos 54’ lá abrimos finalmente o marcador, com um canto do belga na direita e o Tomás Araújo a desviar de cabeça ao primeiro poste. Pouco depois, o V. Guimarães ficou a jogar com dez, por pontapé alto do Fabio Blanco ao Leandro Barreiro e a partida tornou-se mais fácil. Por volta da hora de jogo, fizemos o 2-0 pelo Dahl, num pontapé forte de pé esquerdo no enfiamento da pequena-área. Foi a estreia do sueco a marcar com o manto sagrado, curiosamente mais ou menos do mesmo ângulo que o Carreras marcou naquele mesmo estádio na temporada passada. O Schjelderup continuava a criar perigo na esquerda para os colegas, mas os remates de cabeça do Leandro Barreiro e de fora da área do Barrenechea foram defendidos pelo Castillo. Aos 87’, fechámos a contagem numa recarga do entretanto entrado João Rego a um outro remate do Barrenechea, depois de nova incursão do Schjelderup pela esquerda, que o guarda-redes não conseguiu segurar.
Em termos individuais, o Schjelderup foi possivelmente o melhor do Benfica pelo modo como agitou o jogo na 2ª parte, bem secundado pelo Leandro Barreiro, que começa a colocar a titularidade do Sudakov em causa. O Ríos terá feito a melhor exibição desde que chegou e destaque igualmente para o Dahl, que parece a subir de forma desde que ficou no banco em Newcastle. Na defesa, o Tomás Araújo e o Otamendi estiveram imperiais.
Termos hoje uma partida decisiva para a Champions, na recepção ao Bayer Leverkusen, em que só uma vitória nos permite realisticamente continuar na luta pelo apuramento. Esperemos que estas três vitórias consecutivas e a esta exibição no segundo tempo sejam inspiradoras para isso.
sexta-feira, outubro 31, 2025
Enfadonho
Vencemos o Tondela por 3-0 na passada 4ª feira e apurámo-nos para a final four da Taça da Liga, onde iremos defrontar o Braga, competição da qual somos detentores do troféu. Apesar de justiça da nossa vitória não estar em causa, foi uma partida tremendamente desinteressante e, se quem estivesse no banco fosse o Bruno Lage, a equipa teria sido alvo de uma enorme (e justa) assobiadela. Mas como o Mourinho ainda está em estado de graça, não se passou nada disto.
Não fizemos tantas alterações como seria de supor e mais de meia equipa foram os habituais titulares. Houve uma constante neste jogo, que foi a nossa tremenda lentidão de processos. Perante um adversário que está no penúltimo lugar do campeonato (e que rodou muito mais a equipa do que nós), raramente tivemos a intensidade que se exigia, o que aliás foi referido pelo Mourinho no final do encontro. Na 1ª parte, um remate do Lukebakio e outro do Ivanović foram ambos bem defendidos pelo Lucas Cañizares. Só chegámos à vantagem aos 40’ num penalty de VAR a castigar mão na bola, que foi concretizado pelo Otamendi, talvez por ter feito o seu 250º jogo com o manto sagrado.
A 2ª parte começou com um golão nosso pelo Sudakov, depois de uma jogada maravilhosa, mas foi invalidado por um fora-de-jogo de 1 cm!!! Repito: um c e n t í m e t r o!!! É absolutamente ridículo, isto! Não acabem com esta fantochada que não é preciso...! Como se esse 1 cm fosse uma vantagem evidente para o atacante...! A decisão sobre este lance demorou bastante tempo e possivelmente voltou a desconcentrar-nos, porque tínhamos voltado do intervalo com algum ritmo e perdemo-lo depois desta decisão. À passagem dos 65’, o Mourinho lançou o Pavlidis e o Prestianni, na tentativa de agitar as águas. E um pouco mais tarde, também entrou o Ríos. Foi, aliás, deste a óptima jogada aos 83’ que resultou no 2-0, marcado pelo Lukebakio, mas 75% do golo é do colombiano. Já no final da compensação, aos 95’, o Pavlidis fechou a contagem com um desvio à ponta-de-lança depois de um cruzamento do Leandro Barreiro na direita.
Em termos individuais, nem sei bem quem destacar pela a moleza generalizada da equipa. Talvez o Otamendi por ter atingido outra marca redonda e por ter inaugurado o marcador.
Já amanhã teremos a difícil deslocação a Guimarães, com muito pouco tempo de descanso, antes do jogo decisivo na Champions frente ao Bayer Leverkusen. Estou bastante preocupado com Guimarães, porque os titulares não tiveram assim tanto descanso na Taça da Liga e os vimaranenses não jogaram a meio da semana. De qualquer forma, não podemos perder mais pontos no campeonato, pelo que é obrigatório ganhar.
Não fizemos tantas alterações como seria de supor e mais de meia equipa foram os habituais titulares. Houve uma constante neste jogo, que foi a nossa tremenda lentidão de processos. Perante um adversário que está no penúltimo lugar do campeonato (e que rodou muito mais a equipa do que nós), raramente tivemos a intensidade que se exigia, o que aliás foi referido pelo Mourinho no final do encontro. Na 1ª parte, um remate do Lukebakio e outro do Ivanović foram ambos bem defendidos pelo Lucas Cañizares. Só chegámos à vantagem aos 40’ num penalty de VAR a castigar mão na bola, que foi concretizado pelo Otamendi, talvez por ter feito o seu 250º jogo com o manto sagrado.
A 2ª parte começou com um golão nosso pelo Sudakov, depois de uma jogada maravilhosa, mas foi invalidado por um fora-de-jogo de 1 cm!!! Repito: um c e n t í m e t r o!!! É absolutamente ridículo, isto! Não acabem com esta fantochada que não é preciso...! Como se esse 1 cm fosse uma vantagem evidente para o atacante...! A decisão sobre este lance demorou bastante tempo e possivelmente voltou a desconcentrar-nos, porque tínhamos voltado do intervalo com algum ritmo e perdemo-lo depois desta decisão. À passagem dos 65’, o Mourinho lançou o Pavlidis e o Prestianni, na tentativa de agitar as águas. E um pouco mais tarde, também entrou o Ríos. Foi, aliás, deste a óptima jogada aos 83’ que resultou no 2-0, marcado pelo Lukebakio, mas 75% do golo é do colombiano. Já no final da compensação, aos 95’, o Pavlidis fechou a contagem com um desvio à ponta-de-lança depois de um cruzamento do Leandro Barreiro na direita.
Em termos individuais, nem sei bem quem destacar pela a moleza generalizada da equipa. Talvez o Otamendi por ter atingido outra marca redonda e por ter inaugurado o marcador.
Já amanhã teremos a difícil deslocação a Guimarães, com muito pouco tempo de descanso, antes do jogo decisivo na Champions frente ao Bayer Leverkusen. Estou bastante preocupado com Guimarães, porque os titulares não tiveram assim tanto descanso na Taça da Liga e os vimaranenses não jogaram a meio da semana. De qualquer forma, não podemos perder mais pontos no campeonato, pelo que é obrigatório ganhar.
quarta-feira, outubro 29, 2025
85 710 votantes!
As eleições para os órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica
no passado sábado oram absolutamente históricas! Oitenta e cinco mil setecentos
e dez sócios(!) exerceram o seu direito de voto, estilhaçando completamente o
recorde mundial de votação num clube desportivo, que pertencia ao Barcelona com
58 000...! Superámo-lo por 47% e mais do que duplicámos o nosso anterior máximo
de 40 085 votantes nas últimas eleições.
O Rui Costa foi o grande vencedor da 1ª volta, com 42,13% (32 898 voltantes), contra os 30,26% (27 109 votantes) do Noronha Lopes, que irá disputar a 2ª volta com ele. Muito mais longe, tal como se esperava ficaram o Luís Filipe Vieira, com 13,86% (11 816 votantes), o João Diogo Manteigas, com 11,48% (12 259 votantes), e principalmente o Martim Mayer, com 2,10% (1 480 votantes) e o Cristóvão Carvalho, com 0,18% (148 votantes).
Com uma tão grande participação, esperar-se-ia que houvesse um grande desejo de mudança, mas isso não aconteceu, pelo menos para já. A maioria dos benfiquistas está aparentemente satisfeita com o rumo que o clube tem levado nos últimos anos. É-me difícil entender isso, mas é a democracia a funcionar. Veremos o que nos reserva a 2ª volta no dia 8 de Novembro. O caminho é bastante complicado para o Noronha Lopes, mas uma coisa é certa: quem for o presidente depois de uma eleições destas tem enorme legitimidade e acabaram-se as desculpas para não colocar o Benfica no caminho certo.
O Rui Costa foi o grande vencedor da 1ª volta, com 42,13% (32 898 voltantes), contra os 30,26% (27 109 votantes) do Noronha Lopes, que irá disputar a 2ª volta com ele. Muito mais longe, tal como se esperava ficaram o Luís Filipe Vieira, com 13,86% (11 816 votantes), o João Diogo Manteigas, com 11,48% (12 259 votantes), e principalmente o Martim Mayer, com 2,10% (1 480 votantes) e o Cristóvão Carvalho, com 0,18% (148 votantes).
Com uma tão grande participação, esperar-se-ia que houvesse um grande desejo de mudança, mas isso não aconteceu, pelo menos para já. A maioria dos benfiquistas está aparentemente satisfeita com o rumo que o clube tem levado nos últimos anos. É-me difícil entender isso, mas é a democracia a funcionar. Veremos o que nos reserva a 2ª volta no dia 8 de Novembro. O caminho é bastante complicado para o Noronha Lopes, mas uma coisa é certa: quem for o presidente depois de uma eleições destas tem enorme legitimidade e acabaram-se as desculpas para não colocar o Benfica no caminho certo.
terça-feira, outubro 28, 2025
Goleada
Vencemos o Arouca na Luz no passado sábado por 5-0, mas mantém-se
tudo igual na frente, porque os outros dois também ganharam. O CRAC no último
minuto(!) em Moreira de Cónegos por 2-1 e a lagartada
em Tondela por 3-0. Num dia histórico para o clube, por causa das eleições para
os órgãos sociais, a equipa deu uma boa prenda
e ganhou tranquilamente um jogo sem
espinhas.
Com o Tomás Araújo a central e a novidade Prestianni no lado esquerdo do ataque, recuando o Aursnes para a lateral-direita por via da lesão do Dedic, abrimos o marcador logo aos 9’ num penalty do Pavlidis a castigar mão na área vista pelo VAR Luís Ferreira. Aos 21’, o mesmo Pavlidis bisou também de penalty a castigar uma rasteira ao Prestianni na área, que o Sr. Hélder Carvalho mandou seguir numa primeira decisão...! Como é possível não ter visto a infracção estando tão perto do lance...?! Teve de ser outra vez o Sr. Luís Ferreira no VAR a corrigir essa decisão... À passagem da meia-hora, o Arouca teve a sua única oportunidade num péssimo passe do Sudakov, que foi interceptado por um adversário, valendo-nos a falta de pontaria deste só com o Trubin pela frente. Quanto a nós, o Pavlidis, bem isolado pelo Ríos, fez um chapéu alto demais sobre o guarda-redes. No entanto, já na compensação da 1ª parte, num canto do Lukebakio na direita, o Otamendi saltou mais alto do que toda a gente e fechou o jogo com o terceiro golo.
A seguir ao intervalo, não demos descanso ao Arouca fazendo o 4-0 logo aos 50’ num hat-trick do Pavlidis. A partir daqui, começámos a gerir o esforço e o Mourinho foi mexendo na equipa precisamente por isso. O Lukebakio e o Prestianni tiveram remates perigosos, por cima e defendido pelo guarda-redes, respectivamente, e o Schjelderup, que substituiu o argentino, atirou rasteiro ao poste. Já na compensação, o também entrado João Rego foi rasteirado na área e o Ivanović, que tinha substituído o Pavlidis, encarregou-se de fazer o 5-0.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis pelos três golos, mas o Prestianni encheu o campo! Grande regresso do Mundial Sub-20 por parte do argentino, que espero que tenha conquistado de vez o lugar, porque precisamos de mais alguém para além do Lukebakio para ter magia no meio-campo ofensivo. O Tomás Araújo esteve igualmente bem, em especial a colocar a bola na frente e o Dahl também teve um bom regresso à titularidade.
Iremos defrontar amanhã o Tondela para os quartos-de-final da Taça da Liga, numa partida em que o José Mourinho irá certamente fazer várias alterações, dado que temos a difícil saída a Guimarães no sábado.
Com o Tomás Araújo a central e a novidade Prestianni no lado esquerdo do ataque, recuando o Aursnes para a lateral-direita por via da lesão do Dedic, abrimos o marcador logo aos 9’ num penalty do Pavlidis a castigar mão na área vista pelo VAR Luís Ferreira. Aos 21’, o mesmo Pavlidis bisou também de penalty a castigar uma rasteira ao Prestianni na área, que o Sr. Hélder Carvalho mandou seguir numa primeira decisão...! Como é possível não ter visto a infracção estando tão perto do lance...?! Teve de ser outra vez o Sr. Luís Ferreira no VAR a corrigir essa decisão... À passagem da meia-hora, o Arouca teve a sua única oportunidade num péssimo passe do Sudakov, que foi interceptado por um adversário, valendo-nos a falta de pontaria deste só com o Trubin pela frente. Quanto a nós, o Pavlidis, bem isolado pelo Ríos, fez um chapéu alto demais sobre o guarda-redes. No entanto, já na compensação da 1ª parte, num canto do Lukebakio na direita, o Otamendi saltou mais alto do que toda a gente e fechou o jogo com o terceiro golo.
A seguir ao intervalo, não demos descanso ao Arouca fazendo o 4-0 logo aos 50’ num hat-trick do Pavlidis. A partir daqui, começámos a gerir o esforço e o Mourinho foi mexendo na equipa precisamente por isso. O Lukebakio e o Prestianni tiveram remates perigosos, por cima e defendido pelo guarda-redes, respectivamente, e o Schjelderup, que substituiu o argentino, atirou rasteiro ao poste. Já na compensação, o também entrado João Rego foi rasteirado na área e o Ivanović, que tinha substituído o Pavlidis, encarregou-se de fazer o 5-0.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis pelos três golos, mas o Prestianni encheu o campo! Grande regresso do Mundial Sub-20 por parte do argentino, que espero que tenha conquistado de vez o lugar, porque precisamos de mais alguém para além do Lukebakio para ter magia no meio-campo ofensivo. O Tomás Araújo esteve igualmente bem, em especial a colocar a bola na frente e o Dahl também teve um bom regresso à titularidade.
Iremos defrontar amanhã o Tondela para os quartos-de-final da Taça da Liga, numa partida em que o José Mourinho irá certamente fazer várias alterações, dado que temos a difícil saída a Guimarães no sábado.
sexta-feira, outubro 24, 2025
Eleições do Benfica 2025 – Os meus 50 votos
Em 2020, escrevi aqui as razões pela quais votei em João Noronha Lopes. Dado que elas permanecem perfeitamente válidas, amanhã vou voltar a fazer o mesmo. É por demais evidente que o nosso clube precisa de uma mudança. Tanto de rumo, como de pessoas. Passado muitos anos, o poder inevitavelmente corrompe. Ou, pelo menos, cria muitos vícios. Senão do próprio detentor dele, inevitavelmente das pessoas que o rodeiam. É contra isso que urge combater e principalmente é por isso que eu vou votar pela mudança.
Mas não é uma mudança a qualquer custo. É um mudança que assenta em alguém que conseguiu reunir em seu redor um núcleo de pessoas que sempre admirei e respeitei. Não acho crível que Nuno Gomes, Bagão Félix, Luís Tadeu ou Suzete Abreu estejam completamente equivocados.
Posto isto, espera-se que seja uma votação que bata o recorde do nosso clube (38 102 votantes).
Estas serão as eleições mais concorridas de sempre com seis candidaturas. Com tanta gente, deverá haver uma 2ª volta. No passado, está bom de ver que nunca votaria (portanto, Rui Costa e Luís Filipe Vieira ficam de fora) e dos restantes candidatos, nenhum deles me parece à altura de João Noronha Lopes: Cristóvão Carvalho assustou-me com aquela proposta de endividamento de 100M€/ano, Martim Mayer pareceu-me com uma boa postura, organizado, mas ainda algo inexperiente e João Diogo Manteigas tem o grave problema de ter um ar muito arrogante e pedante (poder ser a melhor pessoa do mundo, mas é isso que passa cá para fora).
Posto isto, espero que tudo decorra dentro do maior civismo e que seja uma enorme manifestação de benfiquismo!
quinta-feira, outubro 23, 2025
Castigador
Na passada 3ª feira, averbámos a terceira derrota seguida nas três primeiras jornadas da Liga dos Campeões, perdendo clamorosamente em Newcastle por 0-3. Foi um resultado bastante pesado perante a nossa exibição na 1ª parte, mas a parte final da partida matou-nos completamente e fomos passados a ferro pelo poderio físico dos ingleses.
Como Tomás Araújo na lateral-esquerda, ficando o Dahl no banco, não entrámos mal na partida e o Lukebakio teve mais de uma oportunidade para inaugurar o marcador, mas o guarda-redes efectuou uma boa defesa já quase sem ângulo na primeira e o poste salvou o Newcastle na segunda, um remate maravilhosa de fora-da-área. Uma má saída de bola da nossa parte (responsabilidade do Aursnes) aos 32' resultou no primeiro golo dos ingleses através do Gordon. Até ao intervalo, ainda tivemos outra oportunidade pelo inevitável Lukebakio num remate fora da área, com boa defesa do Nick Pope.
Na 2ª parte, deixámos de conseguir acercar-nos com perigo da baliza adversária e o Trubin salientou-se na nossa, impedindo que o resultado fosse aumentando. Mas não existem milagres eternos e o Newcastle fez o 0-2 aos 71', num lance inacreditável que começou num canto a nosso favor! O guarda-redes ficou com a bola e lançou com as mãos o Barnes, que correu meio campo e, apesar da oposição do Tomás Araújo, conseguiu bater o Trubin. A partir daqui, baixámos os braços e só sofremos mais um golo (bis do Barnes aos 83'), porque o Trubin foi o nosso melhor jogador.
Este começo tenebroso na Champions deve fazer-nos reflectir. Assim como devemos refletir no facto de termos gasto tanto dinheiro em reforços e termos o Tomás Araújo na lateral-esquerda, com dois laterais-esquerdos de raiz no banco, o Ivanonic que entrou na 2ª parte para jogar a extremo e o Aursnes a acabar a lateral-direito com a lesão do Dedic. Por outro lado, no ano passado tínhamos excesso de extremos e este ano temos... um: o Lukebakio, porque pelos vistos o Schjelderup conta pouco e não há mais nenhum...
No sábado iremos receber o Arouca em dia de eleições. Prevê-se um dia bastante agitado na Luz.
terça-feira, outubro 21, 2025
Pavlidis a sobrar
Estamos a minutos de entrar em campo com o Newcastle para a Champions, mas questões de trabalho impediram-me de postar mais cedo a vitória em Chaves (2-0) para a Taça de Portugal na passada 6ª feira. Depois da pausa das selecções, o Mourinho não cometeu o erro do Lage no ano passado, quando jogou contra o Pevidém com os suplentes e depois os titulares espalharam-se à grande frente ao Feyenoord, por falta de ritmo. Só o Samuel Soares e o João Rego foram novidades, juntamente com o Tomás Araújo no lugar do Otamendi, de resto alinharam os habituais titulares.
Um bis do Pavlidis (8' e 79') decidiu um jogo difícil a nosso favor, mas as coisas não foram fáceis, tal como se previa. O Chaves está na II Liga e, apesar de ser alinhado sem alguns titulares, ainda colocou a baliza do Samuel Soares em perigo, muito por culpa dele, que deixou escapar pelas mãos duas bolas inacreditáveis... O golo cedo tranquilizou-nos (que golão do Pavlidis, a propósito!), mas o resto da 1ª parte foi um marasmo quase total, excepção feita a uma oportunidade soberana do Lukebakio isolado, bem defendida pelo guarda-redes sérvio Gudžulić.
Na 2ª parte, veio o Schjelderup no lugar do apagado João Rego e melhorámos um bocado. O Barrenechea teve duas oportunidades, com o pé e cabeça, mas o guarda-redes voltou a mostrar-se à altura. Antes de entrarmos nos minutos finais, que seriam certamente mais tensos, o Pavlidis resolveu a questão com um remate rasteiro sem hipóteses.
Em termos individuais, destaque total para o ponta-de-lança grego. Iremos defrontar o Atlético na próxima eliminatória na reedição de um derby que tem história no futebol português.
sábado, outubro 18, 2025
Irlanda e Hungria
As provas nacionais pararam na semana passada para mais uma jornada de qualificação para o Mundial 2022. A selecção nacional jogava dois jogos em casa que, em caso de dupla vitória, lhe garantiriam a qualificação ao fim de apenas quatro jornadas.
No passado sábado, defrontámos a Irlanda e houve uma desinspiração generalizada de quase toda a equipa. Os irlandeses fecharam-se muito e bem e só conseguimos marcar no tempo de compensação (91’) pelo Ruben Neves, numa boa cabeçada depois de um centro do Trincão. A 15’ do fim tivemos uma soberana oportunidade, mas o Cristiano Ronaldo permitiu a defesa do guarda-redes num penalty marcado para o meio da baliza. Para (não) variar, o Roberto Martínez demorou bastante a lançar um segundo ponta-de-lança em campo, só o fazendo aos 86’ (já se sabe que o Cristiano Ronaldo tem lugar cativo...) e a presença de mais um jogador na área atrapalhou as marcações contrárias, permitindo o cabeceamento vitorioso do Rúben Neves.
Na passada 3ª feira, recebemos a Hungria e empatámos 2-2. Começámos mal, a sofrer o 0-1 logo aos 9’, mas demos a volta ainda na 1ª parte com dois golos do Cristiano Ronaldo (22’ e 48’) a corresponder bem a centros do Nélson Semedo e Nuno Mendes, respetivamente. Chegámos ao intervalo em vantagem, o que era bastante importante, e esperava-se que na 2ª parte fechássemos o jogo e a qualificação. Atirámos duas bolas aos postes (Rúben Dias e Bruno Fernandes), o João Félix teve um cabeceamento brilhantemente defendido pelo guarda-redes, mas sofremos um balde de água fria aos 91’, com o golo do empate do Szoboszlai. Defendemos muito mal nos minutos finais e, sinceramente, não percebo a insistência no Renato Veiga como central titular...
Daqui a cerca de um mês teremos os dois últimos jogos (ida à Irlanda e recepção à Arménia), onde bastará um ponto para nos qualificarmos. É impensável que isso não suceda, mas com os jogadores que temos continuamos a produzir muito pouco futebol...
quarta-feira, outubro 08, 2025
Trancado
Empatámos 0-0 em Mordor no passado domingo, e mantivemo-nos a quatro pontos deles, não perdendo igualmente pontos para a lagartada (continuamos a de distância), que empatou 1-1 em casa contra o Braga. Perante uma equipa que tinha ganho todos os nove jogos oficiais até agora e que comanda o campeonato, e dado que o nosso histórico dos últimos tempos, tanto em termos de resultados, como principalmente exibicional não era nada famoso, não se pode dizer que foi um mau resultado.
Confesso que, antes do jogo, tinha um certo receio de que acontecesse um descalabro (que nos deixaria a uns imensos sete pontos numa fase tão precoce da temporada), mas nada disso se passou. Até pode ser que o Mourinho já tenha perdido grande parte da aura que já teve (caso contrário, não estaria a treinar em Portugal neste momento), mas não há dúvidas que monta muito bem as suas equipas em termos tácticos, especialmente nestes jogos mais complicados. Conseguimos manietar completamente o CRAC, que teve muito poucas oportunidades de golo. A parte pior foi que também não chegámos muitas vezes à baliza contrária. Com o Aursnes sob a esquerda e apenas o Pavlidis e Lukebakio como homens atacantes, um livre frontal do Sudakov foi tudo o que fizemos na 1ª parte, enquanto do outro lado um calcanhar do Gabri Veiga e, principalmente, um remate do Pepê por cima em excelente posição, depois de um mau alívio do Otamendi, foi o que nos assustou mais.
Na 2ª parte, apesar das substituições que os treinadores foram fazendo (mais o CRAC do que nós), o jogo continuou muito bloqueado e com pouco espaço para a fantasia. No entanto, houve duas bolas na barra para cada um dos lados, com a nossa a ser quase um autogolo do Kiwior num mau alívio e a deles, em cima dos 90’, do Rodrigo Mora, depois de uma perda de bola perigosa do Barrenechea no meio-campo. Porém, não sei se o jogador do CRAC não estaria ligeiramente em fora-de-jogo. O Mourinho veio dizer no final que, por causa do surto viral que sofremos, o Ivanović não estava em condições de ir a jogo e, de facto, sentiu-se déficit no nosso banco em termos atacantes, quando se justificou arriscarmos um pouco mais.
Em termos individuais, o Sudakov mostrou que é um jogador com classe e é bom que apareça nestes jogos, o Lukebakio, enquanto teve pernas, especialmente na 1ª parte, foi por onde tivemos mais esperança de criar perigo na área contrária, o Pavlidis deu bastante luta aos defesas contrários, e a dupla sul-americana de meio-campo (Barrenechea e Ríos) não esteve mal. Na defesa, o António Silva subiu de produção em relação ao que tinha vindo a fazer, e o Dahl não foi o elo mais fraco, apesar de se ter a ver com o Pepê primeiro e o William Gomes depois.
O campeonato vai agora parar por causa da qualificação para o Mundial de futebol, mas quando voltarmos teremos uma deslocação difícil a Chaves para a Taça e depois Champions. O problema é que, como os jogadores estão todos fora nas selecções, continuamos sem poder treinar decentemente.
sábado, outubro 04, 2025
Inglório
Perdemos em Londres frente ao Chelsea na passada 3ª feira na 2ª jornada da Liga dos Campeões. A defrontar os campeões do mundo e depois das últimas exibições tão lamentáveis da nossa parte, esperava o pior, mas a equipa deu uma resposta muito satisfatória. Perdemos na sequência de um autogolo do Richard Ríos, mas o resultado mais justo até era um empate.
As primeiras oportunidades foram inclusivamente nossas com o Lukebakio a atirar ao poste e o Ríos a permitir a defesa do guarda-redes Sánchez num remate de pé esquerdo numa boa combinação colectiva. Isto apesar de a posse de bola ser maioritariamente dos londrinos. Aos 18’, enorme azar da nossa parte, com o Ríos a fazer um autogolo depois de um centro para a área do Garnacho, que tinha sido desmarcado pelo Pedro Neto do outro lado do campo. Até ao intervalo, o Trubin ainda safou um golo com uma defesa perante o remate do George.
Na 2ª parte, o Aursnes apareceu isolado duas vezes frente ao Sánchez, mas não conseguiu meter a bola na baliza em ambas, embora os lances fossem posteriormente invalidados por fora-de-jogo. O Trubin voltou a mostrar-se com uma defesa a dois tempos numa cabeçada do Estevão e o entretanto entrado Ivanović atirou de pé esquerdo ao lado, quando poderia ter feito melhor. Mas a partida esteve sempre muito equilibrada e demos a sensação de que poderíamos marcar a qualquer momento, o que infelizmente não se veio a concretizar.
Em termos individuais, o Lukebakio foi o mais perigoso enquanto teve gás, o Pavlidis voltou a dar muita luta e a aparecer bastante em jogo, e o Trubin impediu o dilatar da vantagem. Mas a equipa esteve globalmente bem, talvez só com o Sudakov a fazer o jogo mais fraco desde que se estreou com o manto sagrado.
Amanhã voltamos a ter campeonato com a muito importante ida a Mordor. Estamos com quatro pontos de desvantagem, eles estão a jogar muito bem, mas não podemos perder de maneira nenhuma, sob pena de se criar já um fosso considerável com apenas oito jornadas decorridas.
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