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segunda-feira, fevereiro 12, 2024

Incapacidade

Empatámos ontem em Guimarães por 2-2 e estamos em igualmente pontual com a lagartada que trucidou o Braga por 5-0 (aliás, é o terceiro 5-0 consecutivo em casa perante eles... Fôssemos nós e diriam que o Braga estava comprado...). No entanto, a lagartada tem o jogo em atraso em Famalicão, pelo que pode ficar três pontos à nossa frente.
 
No jogo deste campeonato com as condições climatéricas mais adversas até hoje, o Roger Schmidt fez o que qualquer um certamente faria...: tirou o ponta-de-lança possante, Arthur Cabral, e um peso-pesado do meio-campo, Florentino, e fez alinhar dois pesos-plumas (Rafa e Di María) na frente...! 🙄 Claro que todos nós ficámos muito surpreendidos por isto não ter resultado, certo...?! 🙄🙄🙄 O nosso futebol é baseado em bola na relva e troca constante dela entre os nossos jogadores, o que naquele terreno era obviamente bastante complicado. A partida foi por isso bastante dividida e o V. Guimarães chegou à vantagem aos 35’ através de um penalty convertido pelo Tiago Silva, a castigar falta escusada do Kökçü. Finalmente o Trubin só se atirou depois de ver para onde a bola ia, mas o remate foi indefensável (se tivesse sido como a maioria dos penalties do Estoril, teria defendido...). Era importante não chegar ao intervalo a perder e conseguimo-lo com o golo do Rafa aos 40’, depois de assistência do Di María.
 
Para a 2ª parte, o Schmidt fez entrar logo desde o início o Arthur Cabral e o Florentino... Ou seja, perdemos 45’ para nada, mas a cabeça do nosso treinador tem mistérios insondáveis... Até entrámos bem, pressionámos mais (pudera!), mas a enésima vez que o Morato foi batido na lateral-esquerda, conjugado com uma abordagem ao lance muito pouco convicta do António Silva, permitiu ao André Silva fazer o 2-1 aos 61’. Foi um pouco contra a corrente do jogo, mas tornou as coisas bastante complicadas, até porque estávamos a atacar para o lado do terreno que estava pior. Todavia, tivemos uma benesse aos 64’ numa entrada idiota e quase assassina do Borevkovic sobre o Florentino. Felizmente, não lhe acertou em cheio, caso contrário ter-lhe-ia de certeza partido uma perna. Ora muito bem, a jogar contra dez e em desvantagem, o nosso treinador tomou logo as rédeas do jogo para inverter a situação, certo...? Até porque tínhamos um banco cheio de opções válidas, correcto...? Não, errado!! Demorou 13’ a mexer na equipa, para colocar o Marcos Leonardo no lugar do inexistente Morato, puxando o Aursnes para defesa-esquerdo. Aurnes que, no entanto, para grande surpresa de todos nós adiantava-se no terreno, mas na hora de centrar tinha de passar a bola para o pé direito, perdendo completamente o timing da jogada... Aconteceu uma, duas, três vezes...! Ele há lá com cada uma...! É que não se estava mesmo a ver nada isto... Só aos 87’(!), ou seja, 23’ depois da expulsão, o Schmidt colocou um lateral-esquerdo de raiz, o Álvaro Carreras, que nos permitisse ter largura por aquele lado! Que, ainda por cima, não estava tão alagado quanto o lado direto do campo! Vinte e três minutos depois da expulsão!!! O espanhol entrou juntamente com o David Neres, que ainda conseguiu mostrar que também deveria ter entrado mais cedo. Conseguimos empatar 2-2 em cima dos 90’ numa boa cabeçada do Arthur Cabral a centro do Di María, mas já não tivemos tempo para mais, porque o Sr. Luís Godinho só deu seis minutos de desconto...! (Como disse, e bem, o Di María no final, os outros têm às dezenas de minutos de compensação, nós é isto...!) Ficou mais do que evidente que, tivéssemos nós feito as substituições e arriscado mais cedo, poderíamos perfeitamente ter ganho o jogo. Ficou mais do que evidente para toda a gente que estivesse a ver o jogo com olhos de ver, caso que infelizmente raramente acontece com o nosso treinador, que vê sempre uma outra coisa totalmente diferente...
 
Em termos individuais, o Di María com duas assistências merece uma palavra, embora tenha acabado o jogo de rastos (como é óbvio, dado que jogou os 90’ de Vizela há três dias...!), o Rafa só fez o golo e pouco mais, mas o melhor do Benfica terá mesmo sido o Trubin que impediu o 3-1 com o V. Guimarães já com dez, além de outra magnífica defesa na 1ª parte a um remate cruzado. Quanto aos menos, o António Silva não esteve nada bem, o João Neves terá feito o pior jogo desde que está na primeira equipa e já nem há adjectivos para o Morato (por estar a jogar num lugar que não é claramente o dele) e principalmente para o João Mário.
 
Esta era uma partida que tínhamos de fazer tudo para ganhar, depois de os lagartos terem feito o que fizeram ao Braga. E obviamente não fizemos. Só há um responsável por isso. Alguém com uma incapacidade gritante de perceber o que se passa em campo durante os jogos. Ou então, alguém que vive noutro mundo, que não é de todo o da realidade que o resto do mundo vê. Não vaticino nada de bom para o que resta da época.

3 comentários:

Carlos disse...

O Roger no plano táctico é muito fraco, qualquer treinador tuga lhe consegue dar uma ensaboadela táctica.

Anónimo disse...

Foi o pior jogo do Aursene, notou-se que não sabe nadar e nunca jogou Polo Aquático.

joão carlos disse...

Quanto ao tardio das substituições já nem vale a pena falar nem malhar mais no assunto é assim há um ano e nada tem mudado, e o pouco que tem mudado é para pior e para mais tarde ainda, o mais caricato disto tudo é que as alterações resultam a maioria das vezes, como foi o caso que marcamos apenas três minutos depois das últimas, só de tão ridiculamente tardias acaba sempre por não ser o suficiente.
Não vou discutir as alterações táticas feitas que até poderiam ter lógica para um estado do terreno normal, mas com o estado do terreno como ele estava e o que ele obrigava, a bolas para a frente, cruzamentos e sobretudo muitos duelos nunca por nunca poderiam ser os mesmos jogadores, mesmo que a estratégia e a tática não se alterasse, é que jogar no ataque sem ninguém com poder físico e no meio campo sem jogadores de luta e de duelos não lembra a ninguém.
Independentemente dos erros do treinador o que se consegue ver é que existe muita falta de inteligência nos jogadores, tirando uma ou outra exceção, é que persistir em trocar bolas pelo chão com a bola a travar constantemente, sobretudo em troca de bolas entre e com os centrais, é uma completa idiotice.