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sábado, fevereiro 17, 2024

Fraco

Vencemos o Toulouse (2-1) no play-off da Liga Europa na passada 5ª feira e colocámo-nos em vantagem na eliminatória. Perante o 14º classificado(!) da Liga Francesa, fizemos uma exibição muito sofrível (para dizer o mínimo) e só conseguimos a vitória através de dois penalties, o último dos quais já no fim do tempo de compensação.
 
A 1ª parte foi de um marasmo quase total. O Roger Schmidt lá voltou a utilizar um ponta-de-lança (hélas!), mas continua sem perceber que a equipa ataca melhor com o Florentino em campo, porque este permite que defendamos bastante mais à frente. Com os franceses bem fechados na defesa e sem grande inspiração no ataque, só um remate em arco do Rafa, que levou a bola ao poste, criou algum perigo. Perto do intervalo, o João Mário  tinha de fazer um passe para a baliza, mas atirou ao lado...
 
Esperava-se outra postura na 2ª parte, ela aconteceu, mas só depois de os franceses terem entrado melhor. O Schmidt até fez as substituições mais cedo do que o costume (aos 59’), mas resolveu tirar o Álvaro Carreras, que até estava a criar algum jogo atacante, para entrar o Bah, colocando o Aursnes a defesa-esquerdo. Resultado? Deixámos de criar perigo pelo defesa desse lado. Também entrou o David Neres, o que nos permitiu começar finalmente a jogar com 11, dado que saiu o João Mário... Aos 68’, num canto a nosso favor, um defesa contrário coloca estupidamente o braço na bola, mas o VAR demorou 3’(!) para tomar uma decisão juntamente com o árbitro. O Di María, naquele tipo de penalties que eu detesto, em que o jogador vai a passo para a bola, enganou o guarda-redes atirando para o meio da baliza. A partir daqui o jogo partiu-se um bocado, porque os franceses subiram e nós ensaiámos uns quantos contra-ataques, mas a falhar invariavelmente qualquer coisa no processo que nos impediu de colocar a bola na baliza. Ao invés, foi o Toulouse a chegar ao empate aos 75’, num lance em que a nossa defesa esteve péssima, com o Aursnes a fazer um mau alívio e o António Silva a não tirar a bola de dentro da área. Marcaram eles a 15’ do fim, a equipa estava longe de fazer um jogo brilhante e o que faz o nosso treinador? Demora 12’(!) a fazer mais uma substituição. E só fez mais uma! Entrou o Marcos Leonardo e saiu o Arthur Cabral. Portanto, arriscar... Zero! E foi esse mesmo Marcos Leonardo a proporcionar-nos um milagre, ao sofrer uma pisadela na compensação, que permitiu ao Di María bisar, enganando novamente o guarda-redes, que mesmo assim ia defendendo o remate...
 
Em termos individuais, não vou destacar ninguém tão fraco que foi a nossa exibição e concentro-me apenas no nosso treinador. O Florentino e o Kökçü não vão poder jogar no domingo por causa dos amarelos. O turco jogou os 90’, mas o Florentino nem um único! Em vez disso, o Schmidt anda a espremer o João Neves, como se não houvesse amanhã, e o que é facto é que os seus últimos dois jogos estiveram longe de ser brilhantes. Por outro lado, não percebo porque é que temos um plantel de mais de 20 jogadores, se o nosso treinador deixa sempre substituições por fazer... Com o Rafa fora dela na 2ª parte e o Kökçü estoirado, não se compreende que o Schmidt não tenha lançado sangue novo para a equipa. A questão do defesa-esquerdo é outra: o Álvaro Carreras claramente saiu cedo demais. Depois troca de pontas-de-lança, o que é arriscar zero! Enfim, um sem-número de equívocos, que sinceramente custam a perceber.
 
Apesar da exibição paupérrima, a vitória foi muito importante, porque nos permite começar o jogo em Toulouse na frente da eliminatória, o que se espera que nos proporcione mais espaços, dado que o adversário tem necessariamente de atacar. Todavia, há que não facilitar, até porque seria uma enorme vergonha sermos eliminados por estes tipos.

1 comentário:

Carlos disse...

Como é que o Rui vai descalçar esta bota (Roger) no futuro. Pensou que estava perante o Guardiola alemão, e agora vai ter um grande berbicacho para resolver.