quinta-feira, fevereiro 01, 2024
Reviravolta
Vencemos o E. Amadora na Reboleira (4-1) na passada 2ª feira, mas manteve-se tudo igual na frente porque a lagartada atropelou o Casa Pia (8-0) e o CRAC foi vencer a Faro (3-1). Esta nossa época está a ser um case study de quão enganador um resultado de futebol pode ser. Neste caso não porque não tenha sido justo, mas porque ninguém diria que até aos 40’ a nossa exibição foi paupérrima e 12’ (já na 2ª parte) o jogo estava praticamente decidido a nosso favor.
O Roger Schmidt voltou a dar a titularidade ao Arthur Cabral com o Musa a ficar fora do banco (por via da sua iminente saída). (Não se percebe é que, nestas condições, o croata tenha sido titular na meia-final da Taça da Liga, mas adiante...). Entrámos completamente a dormir, sem dinâmica nenhuma e, por conseguinte, sem criar perigo, excepção feita a um livre do Kökçü. O nosso estado letárgico fez com que o E. Amadora inaugurasse o marcador aos 28’ pelo Léo Jabá, que passou pelo António Silva e Otamendi como se eles não estivessem lá, e ainda teve tempo de fazer a recarga a um primeiro remate seu(!), fazendo a bola passar por entre as pernas do Trubin, que o tinha defendido! Inacreditável! Pouco depois, devemos ao guarda-redes ucraniano continuarmos a perder só por um golo, quando desviou ligeiramente a bola perante um isolado Regis N’Do, que depois ficou sem ângulo para marcar. Sem oportunidades criadas, pensei que o segundo tempo seria muito problemático para dar a volta ao marcador. Mas pensei mal, porque chegámos ao intervalo a ganhar! Aos 44’ o Di María descobriu o Arthur Cabral na área e este fez o empate de bicicleta! E aos 46’, o mesmo Di María lançou outra bola na frente, com o Arthur Cabral a ganhá-la depois de um ressalto e a desmarcar o Rafa, que marcou outro golão num remate cruzado indefensável! Era uma total surpresa para toda a gente como é que, depois de uma 1ª parte tão má, conseguíamos ir para o descanso na frente do marcador!
Para a 2ª parte, o Schmidt colocou o Florentino tirando o Kökçü e melhorámos sobremaneira. Fizemos o terceiro golo logo aos 52’, numa recarga do Otamendi a uma cabeçada do Arthur Cabral ao poste na sequência de um canto. A partir daqui, o jogo tornou-se mais fácil e o Rafa voltou a desperdiçar uma boa oportunidade acertando na cara do guarda-redes, quando estava sozinho perante ele, depois de uma excelente combinação ofensiva em que participaram o Di María, Aursnes e João Mário. O E. Amadora criou alguma apreensão numa cabeça num canto que saiu por cima, mas a 20’ do fim fez hara-kiri ao ver o Regis N’Do levar o segundo amarelo. O nosso ex-jogador Rodrigo Pinho ainda obrigou o Trubin a uma das melhores intervenções do encontro, numa cabeçada num canto, mas fomos nós a marcar mais um pelo entretanto Marcos Leonardo, já em tempo de compensação (93’), a desviar bem a bola do guarda-redes, quando só tinha pela frente.
Em termos individuais, destaque inteirinho para o Arthur Cabral, que teve acção directa nos nossos três primeiros golos. O Di María também se envolveu nos dois primeiros , mas quem mudou a nossa exibição foi o Florentino, dado que com a sua entrada a equipa passou a defender muito mais à frente, como é habitual, e é muito mais pressionante. Quanto mais tempo irá o Schmidt demorar a perceber que a equipa melhora toda com ele em campo (até o João Mário!)...?! O Trubin foi fundamental naquele lance da 1ª parte que poderia ter dado o segundo golo e na parte final na cabeçada do Rodrigo Pinho. O Marcos Leonardo continua a manter o seu óptimo rácio de golos marcados por minuto. Não tão bem esteve o Otamendi, com falhas comprometedoras na 1ª parte e o Morato continua a ser uma inexistência na lateral-esquerda. Assistimos igualmente à estreia do Rollheiser, mas não deu para ver grande coisa.
Esta é das poucas semanas dos próximos tempos em que não teremos jogos a meio dela e iremos receber o Gil Vicente no próximo domingo. Estou curioso para ver que Benfica iremos ter: se o da 1ª ou o da 2ª parte deste jogo.
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2 comentários:
Mais uma vez e já é o quarto ou quinto jogo seguido em que entramos completamente a dormir e com isso vamos dando oxigênio aos adversários mesmo aqueles que nem entram bem nos jogos, como até foi este o caso, depois só acordamos depois de estarmos aflitos.
E ficou outra evidencia de que trocar um médio ofensivo por o defensivo pode levar a equipa a atacar mais e melhor ao contrário do que muitos acham, inclusive o nosso treinador, de que o bom é ter muitos médios ofensivos, agora o que eu duvido muito é que se estivéssemos empatados ou em desvantagem ele tivesse feito aquela substituição ao intervalo, mesmo que como se viu ela fosse o melhor para jogarmos mais e melhor.
E temos mais um jogo que até já estava controlado ainda assim porque ele teima em mexer tarde ainda tivemos dois sobressaltos, um já em superioridade numérica, escusadamente porque o adversário refrescou e nós já com vários a acusar desgaste depois bastaram as substituições e eles não mais criaram perigo.
Boa noite
Só para deixar uma palavra de apreço e estima pelo seu blogue.
Leio-o com regularidade e gosto muito dos seus comentários.
Abraço
Rui Vieira
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