quinta-feira, janeiro 23, 2025
Injustíssimo
Perdemos 4-5 com o Barcelona na Luz na passada 3ª feira e perdemos a hipótese de nos qualificarmos já para o play-off da Champions. Como o resultado dá a transparecer, foi uma partida memorável para quem gosta de futebol, mas com um desfecho que, para além de ser injusto em termos futebolísticos, teve dedinhoa mais da equipa de arbitragem...
Com o Di María já recuperado, mas a ficar (e bem) no banco, o Lage fez regressar o Aursnes para o lugar do Leandro Barreiro. O jogo não poderia ter começado melhor para nós com o 1-0 a surgir logo aos 2’ através do Pavlidis, num remate de primeira de pé esquerdo à ponta-de-lança, depois de um centro também de primeira do Carreras na esquerda, na sequência de uma variação de flanco do Tomás Araújo, com o Schjelderup no meio inteligentemente a deixar passar a bola para o grego. Praticamente logo a seguir, foi o Aursnes a falhar uma soberana oportunidade só com o guarda-redes pela frente, depois de nova assistência do Carreras, atirando ao lado. O Barcelona respondeu aos 13’ num penalty assinalado pelo VAR por pisão do Tomás Araújo e concretizado pelo Lewandonski. Os catalães tinham mais posse de bola, como era expectável, mas nós lançávamos perigosos contra-ataques, quando tínhamos oportunidade para isso. E foi num passe longo do Otamendi que voltámos a estar à frente do marcador, com o Szczesny a sair mal da baliza e chocar com o Baldé, deixando o Pavlidis completamente sozinho com a bola para fazer o 2-1. À passagem da meia-hora, tivemos a primeira situação de dois golos de vantagem, com um penalty do Szczesny sobre o Aktürkoğlu, que o Pavlidis concretizou para o seu primeiro hat-trick com o manto sagrado. E que jogo bem escolhido para o fazer! Antes do início do jogo, por graça, tinha comentado com os meus companheiros de bancada, que o Pavlidis iria fazer três golos neste jogo. Que pena não ter apostado...! Até ao intervalo, ainda apanhámos dois sustos, num remate de primeira do Yamal, que felizmente não acertou na bola, e outra oportunidade bem mais descarada do Raphinha, com um remate ao lado, depois de uma saída de bola suicida da nossa parte.
Na 2ª parte, tivemos mais cautelas de início com a expectável subida do Barça no terreno. Mesmo assim, o Aursnes voltou a falhar um golo quase feito, quando ficou isolado perante o guarda-redes e não rematou bem, depois de uma óptima assistência do Schjelderup. Aos 64’, uma reposição de bola falhada pelo Trubin acertou na cabeça do Raphinha e foi para o fundo das nossas redes. Ainda faltava imenso tempo e eu estava a ver tudo a começar a andar para trás, mas aos 68’ voltámos à diferença de dois golos, com o 4-2 através de um autogolo do Ronald Araújo, depois de um centro na esquerda do Schjelderup. O Lage começou a fazer substituições e, quanto a mim, mal, porque a equipa estava compacta, lançando o Di María e o Bah, e tirando os dois alas. Poucos minutos antes, o Schjelderup tinha feito uma fantástica jogada individual, em que só faltou conseguir meter a bola num colega, pelo que a sua substituição não se percebeu de todo. Aos 78’ o Sr. Makkelie, dos Países Baixos, começou a inclinar o campo ao assinalar um penalty muitíssimo duvidoso do Carreras sobre o Yamal. Houve um ligeiro toque do nosso jogador no ombro do adversário e este aproveitou para se deixar cair. O Lewandowski não perdoou e fez o 4-2. Ainda entraram o Rollheiser e o Amdouni, mas foi mesmo Barça a chegar à igualdade aos 86’ pelo Eric García, que saltou à vontade num canto e desfeiteou o Trubin. Em cima dos 90’, o Di María num contra-ataque teve a vitória nos pés, ao ficar isolado, mas permitiu a defesa do guarda-redes. Até que aos 96’ aconteceu o impensável: livre para a área do Barcelona, por falta sobre o Carreras (que ficou furioso por não ter tido assistência médica), houve uns quantos ressaltos e o Leandro Barreiro é empurrado por trás quando tentar chegar à bola. O Sr. Makkelie não marca nada, há um contra-ataque catalão, em que é o Carreiras a ir atrás do Raphinha, mas a não conseguir impedir que este fizesse o 4-5. Escandalosamente, o VAR não assinalou nada e o golo foi validado...! Perante o jogo que foi e os penalties que foram marcados, é absolutamente incompreensível que este não o tenha sido. Ou melhor, até é compreensível, porque isso muito provavelmente significaria uma vitória transformada em derrota para o Barcelona... E a Uefa não ia gostar disso... (De recordar que esta figurinha do Sr. Danny Makkelie já tinha sido responsável por este roubo.)
Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis com os seus três golos. O Schjelderup esteve sempre endiabrado na esquerda e não tem medo de enfrentar qualquer adversário. O Carreras estava a ser o melhor na 1ª parte, mas caiu um pouco após o intervalo e esteve envolvido no duvidoso penalty sobre o Yamal. No meio-campo, o Florentino foi o muro do costume e o Kökçü é os olhos do nosso ataque. A equipa esteve em geral a um nível muito elevado, com excepção do Trubin, que ficou ligado directamente ao 3-2 e, no último golo, TEM DE sair da baliza ao encontro do Raphinha para tentar não o deixar chegar à bola. O Tomás Araújo, na lateral-direita, esteve também abaixo do que já demonstrou.
Iremos para a semana a Turim, defrontar a Juventus, e um empate serve para nos qualificarmos. A derrota também poderá servir, mas aí teríamos de fazer contas, pelo que é melhor estarmos salvaguardados desse aspecto. Depois do que exibimos na Champions deste ano, seria uma desilusão ficarmos de fora dos play-off.
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