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domingo, janeiro 12, 2025

A oitava

Passado oito temporadas, voltámos a ganhar novamente a Taça da Liga ao vencer ontem a lagartada nos penalties (7-6), depois de 1-1 nos 90’. A vitória acaba por ser justa, porque fomos bastante melhor do que eles na 1ª parte, tendo a 2ª sido mais equilibrada e menos emocionante. Depois de uma quebra nos últimos jogos, pelo menos, à semelhança da meia-final, voltámos a revelar uma vontade e uma intensidade que acabou por compensar alguma falta de discernimento, em especial nos segundos 45 minutos.

O Bruno Lage voltou a apresentar a equipa da meia-final e, com menos um dia de descanso do que a lagartada, a nossa 1ª parte foi muito boa, com o Di María e o Schjelderup a destacarem-se nos flancos. A partida foi frenética durante este período, com ataques de um lado e outro, mas os nossos a revelarem muito mais jogo colectivo e não pontapé para a frente e o Gyökeres que resolva. Depois de o Maxi Araújo ter testado a atenção do Trubin de fora da área e o Franco Israel se ter aplicado para desfazer um cruzamento do Tomás Araújo na direita que, se chegasse ao Schjelderup, seria certamente golo, inaugurámos o marcador aos 29’ numa grande jogada do Di María, que serpenteou por uma série de defesas, antes de abrir no Schjelderup na esquerda e o norueguês teve um excelente movimento, culminado com uma remate cruzado sem hipóteses para o guarda-redes. Pouco depois, foi o Pavlidis que deveria ter aumentado a nossa vantagem, mas não o fez, porque cabeceou ao lado em excelente posição, já dentro da pequena-área na sequência de um canto e uma assistência de cabeça do Tomás Araújo. A lagartada respondeu com uma jogada do Eduardo Quaresma na direita, que terminou com um remate desenquadrado, até que aos 43’ o Gyökeres restabeleceu a igualdade, num penalty escusado do Florentino sobre o Maxi Araújo.

Na 2ª parte, o ritmo baixou consideravelmente, mas coube-nos ainda assim ter as melhores oportunidades. O Bruno Lage teve uma decisão incompreensível ao trocar o melhor em campo, Schjelderup, pelo ainda inoportante Aktürkoğlu, e não voltámos a ser a equipa do primeiro tempo. Mesmo assim, um remate em arco do Di María defendido com dificuldade pelo Israel e uma cabeçada do Tomás Araújo desviada por um defesa para canto foram as grandes oportunidades deste período. A lagartada não conseguiu pôr o Trubin à prova, apesar de o tempo de jogo ter sido repartido. Neste período, no entanto, acusámos bastante o facto de termos tido menos dum dia de descanso do que eles e não conseguimos fazer um forcing final para chegar de novo à vantagem no marcador. Nos penalties, marcámo-los todos com bastante precisão e o Trincão permitiu a defesa do Trubin no último, tendo-nos dado a taça.

Os destaques individuais são maioritariamente por causa dos primeiros 45’. Era bom que o Bruno Lage desse uma explicação convincente para ter tirado o Schjelderup ao intervalo, que estava a ser dos melhores e, ainda por cima, tendo marcado o golo. O Di María voltou igualmente a mostrar toda a sua enorme classe. O António Silva secou completamente o Gyökeres e o Florentino fez um jogão, apenas manchado pelo penalty escusado. O Otamendi e o Carreras estiveram igualmente em plano muito positivo, e o Trubin deu bastante segurança à equipa.

Com a conquista do primeiro troféu da temporada, espera-se que a equipa tenha deixado de vez estas oscilações de forma para poder ser mais consistente até final. Iremos já nesta 3ª feira a Faro para a Taça de Portugal, prova em que, pelo que calhou no sorteio, temos mais do que obrigação de voltar à final.

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