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quinta-feira, janeiro 09, 2025

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Vencemos o Braga ontem por 3-0 e estamos novamente na final da Taça da Liga. Tínhamos feito, no dia 24 de Novembro, na Taça frente ao E. Amadora, o nosso último jogo de jeito, dado que desde aí o nível exibicional tinha começado a descer, mas depois de duas derrotas dolorosas, espero que esta meia-final tenha marcado o começo da retoma exibicional. Resolvemos o jogo logo na 1ª parte, marcando os três golos, e praticamente não permitimos perigo por parte do Braga. O contraste com o jogo do passado sábado, frente ao mesmo adversário, foi abissal.

Claro que o facto de o Bruno Lage não ter inventado no posicionamento dos jogadores, especialmente no meio-campo, e ter tirado da equipa elementos em menor forma ajudou bastante. Sendo mais claro, o Florentino voltou em grande à posição seis, o Kökçü voltou ao lugar dele, e o Schjelderup substituiu o fora de forma Aktürkoğlu. O António Silva também entrou no onze, empurrando o Tomás Araújo para a direita no lugar do Bah. Percebeu-se logo de início que a 1ª parte não mimicaria as duas últimas tristes primeiras partes. Sufocámos o Braga desde o apito inicial, praticamente não os deixando atacar. Uma bola à barra do Tomás Araújo num canto deu o mote, um remate do Di María que o defesa ainda deve estar hoje para saber como conseguiu interceptar foi a continuidade, até uma jogada bestial do Carreras, defendida pelo Matheus com o pé, ter-me lançado a dúvida sobre se este seria um daqueles jogos em que teríamos n oportunidades, mas depois acabaríamos por sofrer na única chance do adversário. Felizmente, o Di María aos 27’ e o Carreras no minuto seguinte deram cabo dos meus receios. No primeiro caso, depois de uma jogada pela direita, com boa combinação com o Tomás Araújo, e no segundo uma investida do Carreras culminada com um remate já dentro da área. Aos 37’, resolvemos praticamente a partida com o 3-0, num óptimo contra-ataque do Pavlidis na esquerda, que assistiu o Di María no meio, com um passe que não saiu rasteiro como deveria, mas o argentino cheio de classe desviou do guarda-redes com um toque subtil. Já antes disto, o Kökçü tinha tido um remate à vontade fora da área que não deveria ter dado três pontos ao País de Gales...

A 2ª parte começou com a única oportunidade do Braga no jogo todo, através do Roger com um remate de pé direito em boa posição, que saiu perto do poste do Trubin. Felizmente esta nossa entrada a dormir não teve continuidade, pois a partir daí foi tudo nosso outra vez. O Schjelderup falhou escandalosamente o quarto golo, porque, depois de ter tirado o Matheus do caminho, perdeu tempo antes de rematar à baliza e, quando o fez, já lá estava um defesa. Pouco depois, foi o Pavlidis com um bom movimento de rotação a rematar de pé esquerdo a rasar o poste, até o próprio grego em fora-de-jogo ter dado cabo de uma fantástica jogada do Schjelderup na esquerda, culminada com um remate que não tenho a certeza de que entrasse na baliza. De qualquer forma, um ponta-de-lança do Benfica tinha obrigação de acompanhar a jogada com outra atenção para não ser apanhado em fora-de-jogo. Até final, referência ainda para outro lance em que o Pavlidis não conseguiu marcar, por ter chegado atrasado a uma jogada do Tomás Araújo pela direita, para um vermelho a um jogador do Braga que tinha acabado de entrar e para uma boa jogada do entretanto entrado João Rêgo pela direita, que assistiu o também entrado Aktürkoğlu para um remate que o Matheus defendeu. Portanto, ficámos a dever a nós próprio uma goleada das antigas...

Em termos individuais, óbvio destaque para o Di María com dois golos cheios de classe. É um privilégio vemo-lo com a camisola do Glorioso e é pena que nem toda a gente tenha noção disso. Grande regresso do Florentino à titularidade, ele que é uma constante nas boas exibições que o Benfica faz. Se repararem, os nossos melhores jogos são com ele em campo. Sim, teve uma 1ª parte péssima na lagartada, mas se calhar já era altura de deixar de ser sempre um dos primeiros sacrificados quando as coisas não correm bem, não...? O Pavlidis esteve muito em jogo, mas continua a não marcar tanto quanto devia. Muitas vezes por acertar nos postes ou estar em fora-de-jogo... (A sério, faça-se as contas aos golos anulados e bolas ao ferro do homem!) Gostei do Tomás Araújo na direita e do regresso do António Silva às boas exibições. O Carreras voltou a estar fulgurante na esquerda e o Schjelderup merece agora uma série de jogos a titular, porque deixou pormenores muito interessantes.

Temos menos um dia de descanso do que a lagartada para a final de sábado, mas é para voltar a ganhar a competição, se faz favor! Já lá vão sete anos de jejum num troféu em que somos a equipa mais titulada e temos de aumentar a distância para os demais clubes. E um troféu oficial nunca é de desprezar!

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