Vencemos o Vizela por 6-1 no passado domingo e continuamos em igualdade pontual com os lagartos, que venceram em Moreira de Cónegos por 2-0, mas continuam com um jogo a menos. O CRAC venceu em casa o E. Amadora (2-0) e mantém-se a sete pontos de nós.
Com a eliminatória frente ao Toulouse a meio, o Roger Schmidt rodou a equipa e entraram o Bah, Tiago Tomás Araújo, Morato, David Neres, Tiago Gouveia e Tengstedt em relação à partida frente aos franceses. Com sangue novo na equipa, voltámos a pressionar muito o adversário e abafámo-lo na 1ª parte, fazendo cinco golos: o Neres bisou (16’ e 46’), o Otamendi fez o 2-0 aos 25, o Tiago Gouveia aos 30’ e o Rafa fez o quinto aos 49’. O tempo de compensação na etapa inicial justificou-se, por causa da lesão do guarda-redes Ruberto, que teve de ser substituído mesmo antes do segundo golo. Para a 2ª parte, confesso que sonhei com a reedição do Nacional, ou, pelo menos, ultrapassar os lagartos na maior goleada do campeonato até agora (8-0 ao Casa Pia). Não poderia ter estado mais longe da realidade...!
Com o jogo completamente decidido, esperava-se que o Schmidt poupasse os titulares que sobravam ao intervalo, nomeadamente o Rafa. Assim o fez, mas inexplicavelmente, com os dois novos argentinos (Rollheiser e Prestianni) no banco, fez entrar o... Di María! Deve precisar também de rodagem... A 2ª parte foi uma sensaboria total, porque estando tudo decidido e não se poderia esperar que o Di María viesse agitar totalmente as águas, certo...?! Revelámos enorme descontração pelo Trubin aos 48’, ao oferecer o golo ao Essende, mas redimiu-se ao defender um penalty (escusado) provocado pelo Morato aos 71’. Finalmente(!) o nosso guarda-redes atirou-se para a bola só depois de perceber para onde ela ia! Já não era sem tempo, porque com a sua altura, a não ser que a bola vá muito colocada, é quase certo que lhe chega. Tivesse ele feito isto contra o Estoril e, se calhar, teríamos mais uma Taça da Liga no palmarés... Aos 66’, o João Neves teve direito a descanso, entrando o Aursnes para a sua posição de origem no meio-campo. A 15’ do fim, foi a vez de trocar de ponta-de-lança, entrando o Marcos Leonardo, mas inexplicavelmente o Schmidt deixou as duas últimas substituições para os 88’(!), quando era por demais evidente que o Álvaro Carreras e o Rollheiser deveriam ter tido muitos mais minutos para se irem adaptando à equipa... Até porque o Morato continua a demonstrar as suas enormes limitações como lateral-esquerdo... O público estava a começar a mostrar-se impaciente com a pasmaceira habitual no banco e acho que o Schmidt só se livrou de ouvir uns quantos assobios com as substituições tardias, porque no minuto anterior fizemos o 6-1 final pelo Marcos Leonardo.
Em termos individuais, destaque óbvio para o David Neres com um bis e duas assistências (canto para o Otamendi e passe para o Marcos Leonardo). O Rafa continua com uma veia goleadora muito acentuada e o Tiago Gouveia voltou a marcar, mas não fez um grande jogo, infelizmente. Quem esteve bem melhor do que é habitual foi o João Mário, que jogou no meio (se calhar, está aí a solução, porque disfarça melhor a sua falta de velocidade). O Tiago Tomás Araújo fez duas aberturas fantásticas na diagonal, mas facilitou num lance, quase isolando um adversário, corrigindo depois o erro.
Parece um pouco estúpido eu não ter saído do estádio eufórico com esta goleada, mas aquela 2ª parte foi muito desapontante. Não se tratava aqui de fazer uma cavalgada heróica depois do intervalo, mas apenas de ter dado oportunidades a quem precisa de as ter. Continuo sem perceber a lógica do Schmidt nas substituições e parece-me que não sou o único. Enfim, vêm aí jogos bastante complicados e veremos se a equipa dá uma resposta à altura. Uma coisa é certa: não é por falta de plantel que não a dará.
4 comentários:
TOMÁS Araújo
Se fosse tão facil defender penaltis, ninguém choraria por penaltis, finalmente o nosso guarda redes que se atira para a bola sem saber, tem o recorde de penaltis defendidos numa época.
De resto, 100% de acordo, devia ter poupado os jogadores mais utilizados, Rafa, JN e tirar o Tiago A. que estava roto na segunda parte.
Valeu a frescura física de muitos jogadores, e a sua disponibilidade, para fazer a diferença neste jogo compensando assim as muitas mudanças e a falta de entrosamento e de rotinas de jogo destes jogadores, e até a falta de ritmo que muito contribuiu para a quebra no segundo tempo, para fazer a diferença neste jogo e em relação aos anteriores.
No entanto continuo a achar que é preferível fazer uma, ou duas, substituições em todos os jogos do que jogar sempre com os mesmos até à exaustão e depois ser obrigado num a fazer uma revolução, ou mini como foi o caso, que é sempre muito arriscada é que desta vez as coisas correram bem, até muito bem, mas nem sempre isso acontece.
Sobre as substituições a dois minutos do fim já nem existem palavras para tal aberração e já nem sei se é fetiche do treinador ou apenas teimosia propositada para fazer marcar a sua posição de que ele é que manda e que ele é que sabe.
@Semper Fidelis: obrigado pela correcção! Que estupidez a minha...!
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