O Roger Schmidt promoveu uma autêntica revolução no onze e as coisas não correram nada bem. O meio-campo foi novo com o Florentino e Chiquinho nos lugares do João Neves e Kökçü (lesionado), o Jurásek alinhou na lateral esquerda com o bombeiro Aursnes a substituir o lesionado Bah na direita, o João Mário no lugar do também lesionado Di María e a maior surpresa foi o Tengstedt na frente. A 1ª parte foi de fugir com raríssimas ocasiões de golo da nossa parte, uma percentagem pornográfica de perdas de bolas nas transições, velocidade de execução era algo que não nos assistia e incapacidade inesperada de conter os contra-ataques dos canarinhos. O Tengstedt fez dois bons movimentos de desmarcação, mas estragou tudo com os remates, quando até estava em boa posição, o David Neres proporcionou ao guarda-redes Marcelo Carné a melhor defesa da partida, com o Jurásek na recarga a atirar para as nuvens, e do outro lado o Estoril chegou a assustar o Trubin mais do que uma vez. É certo que a nossa exibição estava a ser paupérrima, mas isso não invalida que nem o árbitro, Sr. André Narciso, nem o VAR, sr. Rui Gomes Costa, tenham feito vista grossa a um penalty sobre o Tengstedt por empurrão evidente, depois de o dinamarquês cabecear a bola. É indiferente se foi antes ou depois do toque na bola, é empurrão na área, é penalty. Ponto.
Na 2ª parte, conseguimos o feito de jogar ainda pior do que na 1ª! Até foi o Estoril a criar as melhores oportunidades, com destaque para um remate ao poste do Heriberto. Perante este cenário, tornou-se absolutamente incompreensível como é que o Roger Schmidt demorou 70’(!) a começar a fazer substituições...! Mais: o João Mário, que se arrastou a partida inteira, só saiu aos 85’! Um remate um pouco à figura, mas com força, do Otamendi terá sido das poucas oportunidades que tivemos, mas o guarda-redes voltou a defender, Otamendi, esse, que já em cima dos 90’ falhou incrivelmente o remate na sequência de um canto, quando tinha a baliza a mercê. Até que aos 93’, o milagre aconteceu também num canto, com amortecimento do Musa e cabeçada muito oportuna do António Silva, quase deitado, a fazer o 1-0. Mesmo assim, ainda permitimos ao Estoril uma enorme ocasião, também num canto, com um remate que o António Silva defendeu com a cabeça(!), salvando o vitória mesmo sob o apitou final. Em termos individuais, o destaque vai inteirinho para o António Silva. Um golo e a defesa de cabeça que permitiu manter o empate justificam-no completamente. De resto, poucos mais se safaram de uma avaliação muito negativa. O Florentino e o Chiquinho perderam imensas bolas a meio-campo, o Tengstedt está a anos-luz do Musa, o João Mário precisa de ir para a bancada durante uns tempos, enfim, foi tudo mau demais para ser verdade.
Mas quem mais me preocupa é o Roger Schmidt. Aquele marasmo desde o banco não é normal. É impossível que não tenha visto ontem que uma série de jogadores simplesmente não estavam em campo. E, mesmo assim, demorou séculos a mexer na equipa! Não sei o que quis provar, mas peço-lhe encarecidamente que não volte a fazer o mesmo. Infelizmente, esta temporada está a assemelhar-se demasiado à segunda do Bruno Lage. Depois de arrasarmos na primeira, parece que desaprendemos de jogar. As consequências disso toda a gente ainda se lembra. Esperemos que, desta feita, o filme tenha um final diferente.
2 comentários:
Nem foi o só termos conseguido a vantagem na altura que aconteceu já que existiram muitos outros jogos no passado em que a equipa mesmo não estando a jogar bem ia tendo oportunidade que por vários motivos não conseguia materializar no resultado e só o conseguir no fim desta vez nem sequer as oportunidade existiram e mesmo no fim nem pouca vontade se viu até à ultima substituição em querer mudar os acontecimentos do jogo e foi só a partir dessa ultima substituição que tivemos tantas oportunidades como no resto do jogo todo.
Não sei o que é mais ridículo se a nossa exibição se as declarações do treinador ao dizer que não fez as alterações antes porque a equipa estava a jogar bem isto de os treinadores começarem a viver numa realidade paralela não é bom sinal e normalmente dai não vem coisas boas sinal disso é que a dez minutos do fim com um resultado que não nos interessava e tínhamos só dois jogadores a aquecerem os dois por sinal defesas centrais.
Muito mais do que as muitas mexidas, que até foram provocadas a maioria delas por lesões, foram as escolhas e as opções dos jogadores a entrarem que influenciaram e muito o desempenho da equipa existido algumas opções que pouca lógica tiveram mesmo antes do jogo e o desempenho deles só demonstrou quanto pouco lógicas foram essas opções.
❗ só que o "super", "hiper", "mega", "blaster", "ultra", Enzo Fernández, já não mora mais cá, neh ❓
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