domingo, outubro 28, 2012
Categórico
Uma 1ª parte de óptimo nível permitiu-nos construir o resultado (3-0) da
nossa vitória em Barcelos perante o Gil Vicente. As jornadas a seguir aos jogos
europeus são sempre complicadas, porque nem sempre se consegue mudar o chip
nos jogadores. Mas felizmente não foi o caso deste jogo.
O sintético de Moscovo deixou marcas no Salvio, Gaitán e Melgarejo, razão pela qual não jogaram. Estrearam-se a titulares o Luisinho, André Gomes e Ola John, e voltámos à dupla Lima – Cardozo na frente. Não poderíamos ter entrado melhor, porque ao minuto e meio inaugurámos o marcador: o Maxi Pereira costuma falhar nove, mas acertou o centro em 10 e o Lima cabeceou com êxito. Claro que este golo tão cedo tranquilizou a equipa e afastou alguns receios que eu tinha deste jogo. Bastaram 26’ para o Luisinho fazer mais do que o Emerson na época passada inteira, ao iniciar e concluir a jogada do 0-2 com assistência do Lima. O Gil Vicente não era capaz de reagir e nós dominávamos como queríamos. Sempre que acelerávamos um pouco mais criávamos perigo e já no período de descontos para o intervalo, o André Gomes praticamente sentenciou a partida ao fazer o 0-3, depois de uma jogada de insistência, e de ganhar brilhantemente um ressalto. Grande golo!
A 2ª parte foi totalmente diferente, porque abrandámos bastante o ritmo, demos a iniciativa ao Gil Vicente, mas eles tinham sempre muita dificuldade em chegar à nossa baliza. Uma óptima desmarcação do Lima proporcionou ao guarda-redes contrário uma boa defesa num dos poucos lances de perigo que tivemos. Aos 69’, acabaram-se as esperanças de dilatarmos o marcador, quando o Enzo Pérez levou um segundo (e merecido) amarelo e foi expulso. Sinceramente, não percebi a atitude do argentino, que até estava a ser dos melhores do Benfica, porque poderia perfeitamente ter deixado o adversário passar. O Jesus foi-se entretendo a colocar jogadores de características atacantes, até se decidir pelo André Almeida aos 82’, quando o Matic já há muito não estava em campo. O resultado foi termos ficado mais equilibrados no meio-campo nos minutos finais.
Em termos individuais, o destaque vai para o Lima, pelo golo e pela assistência, e naturalmente para o André Gomes, que não engana ninguém: é craque! Excelente sentido posicional, procura quase sempre a solução mais simples na hora de soltar a bola, codícia pelo golo e bons pés: temos aqui uma pérola. O Luisinho também não esteve nada mal e para suplente do Melgarejo serve perfeitamente. O Ola John ainda está bastante verde, nem sempre toma a melhor opção, parece nervoso sempre que tem a bola, mas verdade seja dita não se esconde do jogo. O Artur lá fez mais uma intervenção que safou um golo.
Com a vitória do CRAC no Estoril por 2-1, voltámos a ter um golo de vantagem e portanto o 1º lugar é nosso. Vale o que vale nesta altura, mas não deixa de ser bom. Para a semana frente ao V. Guimarães, não iremos ter o Enzo Pérez (nova oportunidade para o André Gomes, certamente), mas esperemos que o Salvio e Gaitán voltem a estar disponíveis.
O sintético de Moscovo deixou marcas no Salvio, Gaitán e Melgarejo, razão pela qual não jogaram. Estrearam-se a titulares o Luisinho, André Gomes e Ola John, e voltámos à dupla Lima – Cardozo na frente. Não poderíamos ter entrado melhor, porque ao minuto e meio inaugurámos o marcador: o Maxi Pereira costuma falhar nove, mas acertou o centro em 10 e o Lima cabeceou com êxito. Claro que este golo tão cedo tranquilizou a equipa e afastou alguns receios que eu tinha deste jogo. Bastaram 26’ para o Luisinho fazer mais do que o Emerson na época passada inteira, ao iniciar e concluir a jogada do 0-2 com assistência do Lima. O Gil Vicente não era capaz de reagir e nós dominávamos como queríamos. Sempre que acelerávamos um pouco mais criávamos perigo e já no período de descontos para o intervalo, o André Gomes praticamente sentenciou a partida ao fazer o 0-3, depois de uma jogada de insistência, e de ganhar brilhantemente um ressalto. Grande golo!
A 2ª parte foi totalmente diferente, porque abrandámos bastante o ritmo, demos a iniciativa ao Gil Vicente, mas eles tinham sempre muita dificuldade em chegar à nossa baliza. Uma óptima desmarcação do Lima proporcionou ao guarda-redes contrário uma boa defesa num dos poucos lances de perigo que tivemos. Aos 69’, acabaram-se as esperanças de dilatarmos o marcador, quando o Enzo Pérez levou um segundo (e merecido) amarelo e foi expulso. Sinceramente, não percebi a atitude do argentino, que até estava a ser dos melhores do Benfica, porque poderia perfeitamente ter deixado o adversário passar. O Jesus foi-se entretendo a colocar jogadores de características atacantes, até se decidir pelo André Almeida aos 82’, quando o Matic já há muito não estava em campo. O resultado foi termos ficado mais equilibrados no meio-campo nos minutos finais.
Em termos individuais, o destaque vai para o Lima, pelo golo e pela assistência, e naturalmente para o André Gomes, que não engana ninguém: é craque! Excelente sentido posicional, procura quase sempre a solução mais simples na hora de soltar a bola, codícia pelo golo e bons pés: temos aqui uma pérola. O Luisinho também não esteve nada mal e para suplente do Melgarejo serve perfeitamente. O Ola John ainda está bastante verde, nem sempre toma a melhor opção, parece nervoso sempre que tem a bola, mas verdade seja dita não se esconde do jogo. O Artur lá fez mais uma intervenção que safou um golo.
Com a vitória do CRAC no Estoril por 2-1, voltámos a ter um golo de vantagem e portanto o 1º lugar é nosso. Vale o que vale nesta altura, mas não deixa de ser bom. Para a semana frente ao V. Guimarães, não iremos ter o Enzo Pérez (nova oportunidade para o André Gomes, certamente), mas esperemos que o Salvio e Gaitán voltem a estar disponíveis.
sábado, outubro 27, 2012
Eleições históricas
Foi uma campanha eleitoral lamentável de parte a parte, com infames ataques pessoais, mas tivemos a maior votação de sempre no nosso clube: 22.676 votantes. Por isto, é um dia que nos deve deixar a todos orgulhosos.
O Luís Filipe Vieira ganhou com 83,02% (18.139 votantes) e o Rui Rangel teve 13,83% (3.744 votantes). Houve 793 votos nulos correspondentes a 3,15%. Em democracia, aceita-se o resultado eleitoral, algo que infelizmente nem todos o sabem fazer. É pena. Ao contrário do que essas pessoas pensam, o Benfica não é só delas, mas de todos os sócios. Quem não sabe respeitar a democracia não tem lugar num clube que sempre foi democrático.
Viva o Benfica!
O Luís Filipe Vieira ganhou com 83,02% (18.139 votantes) e o Rui Rangel teve 13,83% (3.744 votantes). Houve 793 votos nulos correspondentes a 3,15%. Em democracia, aceita-se o resultado eleitoral, algo que infelizmente nem todos o sabem fazer. É pena. Ao contrário do que essas pessoas pensam, o Benfica não é só delas, mas de todos os sócios. Quem não sabe respeitar a democracia não tem lugar num clube que sempre foi democrático.
Viva o Benfica!
terça-feira, outubro 23, 2012
Mal perdido
Fomos derrotados pelo Spartak em Moscovo por 1-2 e passámos a depender de
resultados de terceiros para nos qualificarmos para os oitavos-de-final.
Fizemos uma exibição muito aquém daquilo que valemos perante uma equipa
desfalcada e que estava perfeitamente ao nosso alcance.
Uma perda de bola inacreditável do Matic deu origem a um contra-ataque e ao 0-1 logo aos 3’. Mas já antes disso, o Artur tinha iniciado o seu punhado de óptimas defesas que impediram que saíssemos goleados da capital russa. Parecemos inadaptados ao relvado sintético e o Spartak trocava a bola à vontade no nosso meio-campo. Atiraram uma bola ao poste, mas nós também proporcionámos ao terceiro(!) guarda-redes do plantel duas boas defesas a remates do Rodrigo e Matic. Empatámos aos 33’ num óptimo centro do Salvio e boa antecipação de cabeça do Lima, e parecíamos finalmente estar a controlar o jogo. Só que aos 43’ um autogolo do Jardel, num lance em que o Bruno César também não dobrou bem o Melgarejo, deitou tudo a perder e fomos para o intervalo a perder.
Na 2ª parte, o Spartak só criou um lance de perigo logo no início, mas o Jesus demorou 20’ a perceber que estávamos a jogar com 10, porque o Bruno César só fazia figura de corpo presente. Foi só a partir dos 65’, quando entraram o Gaitán e Cardozo, que finalmente começámos a jogar um bocado à bola e criámos alguns lances atacantes de jeito. O Lima por duas vezes e o Salvio por uma tiveram boas chances para pelo menos empatarem, e deveriam ter feito melhor.
O Enzo Pérez foi de longe o nosso melhor jogador e o seu rendimento foi sempre a subir até final do jogo. Destaque obrigatório também para o Artur, sem o qual isto teria sido um descalabro. O Salvio fez uma boa 1ª parte e também gostei do Lima, apesar daqueles dois lances em que poderia ter feito mais. O Gaitán e o Cardozo entraram muito bem, mas sinceramente não percebi a pertinência da entrada do Ola John aos 88’! Com o terceiro amarelo ao Matic, vamos ter que inventar um novo trinco para daqui a duas semanas. De resto, todos os outros estiveram muito sofríveis, com destaque negativo mais uma vez para o Maxi Pereira, cuja forma por estes dias mete medo ao susto (para além de continuar com a sua pecha desde sempre de fazer um centro em condições em 10 tentativas).
Dependemos agora do Barcelona, porque caso eles não ganhem os jogos todos frente aos nossos adversários, a nossa tarefa afigura-se como muito difícil. Claro que estou a partir do princípio que iremos ganhar os dois jogos que temos em casa, porque sair das competições europeias antes do final de Dezembro seria trágico.
P.S. – Off-topic: em relação às eleições no Benfica, a minha opinião está aqui.
Uma perda de bola inacreditável do Matic deu origem a um contra-ataque e ao 0-1 logo aos 3’. Mas já antes disso, o Artur tinha iniciado o seu punhado de óptimas defesas que impediram que saíssemos goleados da capital russa. Parecemos inadaptados ao relvado sintético e o Spartak trocava a bola à vontade no nosso meio-campo. Atiraram uma bola ao poste, mas nós também proporcionámos ao terceiro(!) guarda-redes do plantel duas boas defesas a remates do Rodrigo e Matic. Empatámos aos 33’ num óptimo centro do Salvio e boa antecipação de cabeça do Lima, e parecíamos finalmente estar a controlar o jogo. Só que aos 43’ um autogolo do Jardel, num lance em que o Bruno César também não dobrou bem o Melgarejo, deitou tudo a perder e fomos para o intervalo a perder.
Na 2ª parte, o Spartak só criou um lance de perigo logo no início, mas o Jesus demorou 20’ a perceber que estávamos a jogar com 10, porque o Bruno César só fazia figura de corpo presente. Foi só a partir dos 65’, quando entraram o Gaitán e Cardozo, que finalmente começámos a jogar um bocado à bola e criámos alguns lances atacantes de jeito. O Lima por duas vezes e o Salvio por uma tiveram boas chances para pelo menos empatarem, e deveriam ter feito melhor.
O Enzo Pérez foi de longe o nosso melhor jogador e o seu rendimento foi sempre a subir até final do jogo. Destaque obrigatório também para o Artur, sem o qual isto teria sido um descalabro. O Salvio fez uma boa 1ª parte e também gostei do Lima, apesar daqueles dois lances em que poderia ter feito mais. O Gaitán e o Cardozo entraram muito bem, mas sinceramente não percebi a pertinência da entrada do Ola John aos 88’! Com o terceiro amarelo ao Matic, vamos ter que inventar um novo trinco para daqui a duas semanas. De resto, todos os outros estiveram muito sofríveis, com destaque negativo mais uma vez para o Maxi Pereira, cuja forma por estes dias mete medo ao susto (para além de continuar com a sua pecha desde sempre de fazer um centro em condições em 10 tentativas).
Dependemos agora do Barcelona, porque caso eles não ganhem os jogos todos frente aos nossos adversários, a nossa tarefa afigura-se como muito difícil. Claro que estou a partir do princípio que iremos ganhar os dois jogos que temos em casa, porque sair das competições europeias antes do final de Dezembro seria trágico.
P.S. – Off-topic: em relação às eleições no Benfica, a minha opinião está aqui.
sexta-feira, outubro 19, 2012
Superioridade
Vencemos em Freamunde por 4-0 e qualificámo-nos para a 4ª eliminatória da
Taça de Portugal. Foi um jogo relativamente bem conseguido com vários jogadores
que não são habitualmente titulares e a vitória nunca esteve em causa. Claro
que marcar logo no primeiro quarto de hora ajudou a que nos tranquilizássemos.
Um compromisso inalterável não me permitiu ver o jogo em directo. Assim de cabeça, acho desde esta que eu não perdia uma partida do Glorioso que em directo. Só que, no final de Agosto quando o compromisso foi marcado, nunca me passou pela cabeça que jogássemos numa 5ª feira dois dias depois das selecções! Aposto que será o único jogo esta época que iremos fazer à 5ª (caso não caiamos na Liga Europa), só para me lixar! Enfim, felizmente os jogadores do Benfica não sentiram a minha falta… :-) Quando comecei a ver em diferido, a partida ainda não tinha acabado (obrigado por esta possibilidade, box da Meo!) e eu só sabia que estávamos a ganhar 1-0 (e foi fuga de informação, porque eu gosto de ver os jogos sem saber os resultado). A 1ª parte foi mais disputada (no entanto, daí a dizer que o Freamunde foi melhor, como referiu o João Eusébio, seu treinador, vai uma grande diferença…), mas adiantámo-nos no marcador aos 16’ pelo Lima, à ponta-de-lança, na sequência de um canto e uma assistência inadvertida do Sidnei. Serenámos um bocado e o Paulo Lopes por duas vezes impediu o empate. Perto do intervalo, o regressado Cardozo (que, como dizia o Paneira nos comentários na TV, estava a passar ao lado do jogo, mas quando aparece geralmente faz golo) lá facturou o do costume, depois de uma boa jogada e tabela com o Lima.
A 2ª parte foi mais desequilibrada a nosso favor e um centro do Luisinho permitiu ao Salvio encostar para o 0-3 aos 62’. O Jorge Jesus foi fazendo substituições já a pensar em Moscovo, mas o Freamunde só criou mais dois lances de perigo: uma cabeçada falhada e uma nova defesa do Paulo Lopes perante um jogador isolado, cortesia de uma paragem cerebral do Jardel, que atrasou mal a bola. Um dos jogadores que entraram foi o André Gomes da equipa B, que fez o 0-4 aos 74’ numa boa assistência do Jardel, como que a compensar o erro anterior. Até final, ainda poderíamos ter aumentado o marcador, mas o guarda-redes defendeu bem um remate em vólei do Rodrigo e o Bruno César rematou ao lado com a baliza escancarada.
A equipa exibiu-se em bom plano e gostei novamente de ver o Salvio, que acelera sempre o jogo quando a bola lhe chega aos pés, o Nolito também esteve activo, apesar de não ter marcado nenhum golo, e os pontas-de-lança fizeram a sua obrigação com um golo cada um. O Carlos Martins não estava a jogar mal e não pareceu muito satisfeito com a substituição, o Paulo Lopes foi muito importante, com pelo menos três defesas que impediram golos, e o Luisinho melhorou bastante na 2ª parte, como disse o Jesus no final. Dos novos, o André Gomes tem pinta de jogador, vê-se que sabe o que fazer à bola e tem com sentido posicional. Ainda por cima, numa posição de médio-centro em que não temos assim tantas opções. O André Almeida está mais confiante, mas ainda tem algumas falhas. Quanto aos centrais (Jardel e Sidnei), fizeram a sua asneira cada um, e o Miguel Vítor deve mesmo ter feito algo de muito grave ao Jesus para nem neste jogo ser titular. Não se compreende. O Ola John também nem saiu do banco, o que é significativo.
Esperemos o que a sorte nos reservará para o sorteio da Taça, mas mentalizemo-nos que este ano é MESMO para chegar ao Jamor. Agora, é pensar na Champions e sair do relvado sintético de Moscovo com pelo menos um pontito.
Um compromisso inalterável não me permitiu ver o jogo em directo. Assim de cabeça, acho desde esta que eu não perdia uma partida do Glorioso que em directo. Só que, no final de Agosto quando o compromisso foi marcado, nunca me passou pela cabeça que jogássemos numa 5ª feira dois dias depois das selecções! Aposto que será o único jogo esta época que iremos fazer à 5ª (caso não caiamos na Liga Europa), só para me lixar! Enfim, felizmente os jogadores do Benfica não sentiram a minha falta… :-) Quando comecei a ver em diferido, a partida ainda não tinha acabado (obrigado por esta possibilidade, box da Meo!) e eu só sabia que estávamos a ganhar 1-0 (e foi fuga de informação, porque eu gosto de ver os jogos sem saber os resultado). A 1ª parte foi mais disputada (no entanto, daí a dizer que o Freamunde foi melhor, como referiu o João Eusébio, seu treinador, vai uma grande diferença…), mas adiantámo-nos no marcador aos 16’ pelo Lima, à ponta-de-lança, na sequência de um canto e uma assistência inadvertida do Sidnei. Serenámos um bocado e o Paulo Lopes por duas vezes impediu o empate. Perto do intervalo, o regressado Cardozo (que, como dizia o Paneira nos comentários na TV, estava a passar ao lado do jogo, mas quando aparece geralmente faz golo) lá facturou o do costume, depois de uma boa jogada e tabela com o Lima.
A 2ª parte foi mais desequilibrada a nosso favor e um centro do Luisinho permitiu ao Salvio encostar para o 0-3 aos 62’. O Jorge Jesus foi fazendo substituições já a pensar em Moscovo, mas o Freamunde só criou mais dois lances de perigo: uma cabeçada falhada e uma nova defesa do Paulo Lopes perante um jogador isolado, cortesia de uma paragem cerebral do Jardel, que atrasou mal a bola. Um dos jogadores que entraram foi o André Gomes da equipa B, que fez o 0-4 aos 74’ numa boa assistência do Jardel, como que a compensar o erro anterior. Até final, ainda poderíamos ter aumentado o marcador, mas o guarda-redes defendeu bem um remate em vólei do Rodrigo e o Bruno César rematou ao lado com a baliza escancarada.
A equipa exibiu-se em bom plano e gostei novamente de ver o Salvio, que acelera sempre o jogo quando a bola lhe chega aos pés, o Nolito também esteve activo, apesar de não ter marcado nenhum golo, e os pontas-de-lança fizeram a sua obrigação com um golo cada um. O Carlos Martins não estava a jogar mal e não pareceu muito satisfeito com a substituição, o Paulo Lopes foi muito importante, com pelo menos três defesas que impediram golos, e o Luisinho melhorou bastante na 2ª parte, como disse o Jesus no final. Dos novos, o André Gomes tem pinta de jogador, vê-se que sabe o que fazer à bola e tem com sentido posicional. Ainda por cima, numa posição de médio-centro em que não temos assim tantas opções. O André Almeida está mais confiante, mas ainda tem algumas falhas. Quanto aos centrais (Jardel e Sidnei), fizeram a sua asneira cada um, e o Miguel Vítor deve mesmo ter feito algo de muito grave ao Jesus para nem neste jogo ser titular. Não se compreende. O Ola John também nem saiu do banco, o que é significativo.
Esperemos o que a sorte nos reservará para o sorteio da Taça, mas mentalizemo-nos que este ano é MESMO para chegar ao Jamor. Agora, é pensar na Champions e sair do relvado sintético de Moscovo com pelo menos um pontito.
quarta-feira, outubro 17, 2012
Portugal – 1 – Irlanda do Norte – 1
Este péssimo resultado frente a um adversário fraco compromete as
aspirações de ficarmos em primeiro lugar no grupo. As dificuldades que sentimos
face à Rússia voltaram a verificar-se neste jogo: pouca rapidez nas transições
ofensivas, falta de agressividade em ganhar bolas divididas e uma apatia
incompreensível da equipa (neste caso, na 1ª parte).
Demos novamente um golo de avanço, noutro buraco na nossa defesa, aos 30’ e só conseguimos empatar aos 79’ pelo Postiga. Pelo meio, falhámos alguns golos e atirámos a habitual bola à barra. Pode discutir-se se o Eliseu deveria ter sido convocado, mas espero que o Paulo Bento perceba de vez que colocar o Miguel Lopes na esquerda não faz nenhum sentido. E deve tê-lo percebido, porque o tirou ao intervalo e meteu o M. Veloso na lateral. O Éder também deveria ter entrado mais cedo, porque estávamos a perder as bolas todas de cabeça. O C. Ronaldo foi mais uma vez marcadíssimo e não teve uma noite para recordar na sua 100ª internacionalização. O problema principal esteve novamente no meio-campo, o Rúben Micael decididamente não funciona, e na péssima forma do Nani.
Enfim, em Março teremos dois jogos fora de capital importância, perante Israel (que está com os mesmos pontos que nós e melhor diferença de golos) e Azerbaijão (que só perdeu na Rússia aos 86’ e de penalty). Qualquer coisa que não sejam os seis pontos colocar-nos-á numa posição ainda mais desconfortável.
Demos novamente um golo de avanço, noutro buraco na nossa defesa, aos 30’ e só conseguimos empatar aos 79’ pelo Postiga. Pelo meio, falhámos alguns golos e atirámos a habitual bola à barra. Pode discutir-se se o Eliseu deveria ter sido convocado, mas espero que o Paulo Bento perceba de vez que colocar o Miguel Lopes na esquerda não faz nenhum sentido. E deve tê-lo percebido, porque o tirou ao intervalo e meteu o M. Veloso na lateral. O Éder também deveria ter entrado mais cedo, porque estávamos a perder as bolas todas de cabeça. O C. Ronaldo foi mais uma vez marcadíssimo e não teve uma noite para recordar na sua 100ª internacionalização. O problema principal esteve novamente no meio-campo, o Rúben Micael decididamente não funciona, e na péssima forma do Nani.
Enfim, em Março teremos dois jogos fora de capital importância, perante Israel (que está com os mesmos pontos que nós e melhor diferença de golos) e Azerbaijão (que só perdeu na Rússia aos 86’ e de penalty). Qualquer coisa que não sejam os seis pontos colocar-nos-á numa posição ainda mais desconfortável.
segunda-feira, outubro 15, 2012
Nolito
Aproveitando a paragem no campeonato, viajámos até Abu Dhabi para defrontar
o Baniyas, vice-campeão dos Emirados Árabes Unidos. Vencemos por 4-0 sem ter
que acelerar muito. Verdade seja dita que, desde que o Jesus é treinador do
Benfica, raramente vamos passear a este tipo de jogos, contrariando uma prática
habitual no passado.
O adversário ainda atirou uma bola à barra, mas chegámos ao intervalo a ganhar por 3-0, com golos do Salvio (boa desmarcação e óptimo centro do Lima) e dois do Nolito (assistência do Ola John e o segundo num remate rasteiro ao ângulo). Na 2ª parte, baixámos ainda mais o ritmo, mas ainda marcámos mais um novamente pelo Nolito, que adivinhou muito bem um atraso de cabeça ao guarda-redes e concretizou também de cabeça.
Este tipo de jogos serve mais para ver possíveis alternativas aos habituais titulares. O Nolito merece óbvio destaque, fruto do hat-trick, mas não é surpresa para ninguém a sua qualidade. O Salvio, que só alinhou na 1ª parte, teve pormenores de classe, incluindo um remate ao poste. O C. Martins esteve igualmente inspirado no meio-campo e fez mexer a equipa toda. Uma palavra para o Luciano Teixeira, que, não obstante só ter jogado os últimos 20’, mostrou muito bom toque de bola e sentido posicional. Ainda por cima, alinha na posição 6, uma das mais carenciadas em termos de alternativas. Nota negativa para o Ola John que, apesar de uma assistência, continua a revelar graves problemas de domínio de bola e, com a confiança em níveis mínimos, quase nada lhe sai bem. A continuar assim, arrisca-se a ser o maior bluff da nossa história.
Vamos esperar para o jogo da Taça em Freamunde para ver se algumas destas segundas escolhas vão fazer parte da equipa, mas já agora, NÃO ESQUECER, sff, que a Taça de Portugal é um dos GRANDES objectivos da época, ok?
O adversário ainda atirou uma bola à barra, mas chegámos ao intervalo a ganhar por 3-0, com golos do Salvio (boa desmarcação e óptimo centro do Lima) e dois do Nolito (assistência do Ola John e o segundo num remate rasteiro ao ângulo). Na 2ª parte, baixámos ainda mais o ritmo, mas ainda marcámos mais um novamente pelo Nolito, que adivinhou muito bem um atraso de cabeça ao guarda-redes e concretizou também de cabeça.
Este tipo de jogos serve mais para ver possíveis alternativas aos habituais titulares. O Nolito merece óbvio destaque, fruto do hat-trick, mas não é surpresa para ninguém a sua qualidade. O Salvio, que só alinhou na 1ª parte, teve pormenores de classe, incluindo um remate ao poste. O C. Martins esteve igualmente inspirado no meio-campo e fez mexer a equipa toda. Uma palavra para o Luciano Teixeira, que, não obstante só ter jogado os últimos 20’, mostrou muito bom toque de bola e sentido posicional. Ainda por cima, alinha na posição 6, uma das mais carenciadas em termos de alternativas. Nota negativa para o Ola John que, apesar de uma assistência, continua a revelar graves problemas de domínio de bola e, com a confiança em níveis mínimos, quase nada lhe sai bem. A continuar assim, arrisca-se a ser o maior bluff da nossa história.
Vamos esperar para o jogo da Taça em Freamunde para ver se algumas destas segundas escolhas vão fazer parte da equipa, mas já agora, NÃO ESQUECER, sff, que a Taça de Portugal é um dos GRANDES objectivos da época, ok?
domingo, outubro 14, 2012
Rússia – 1 – Portugal – 0
Uma perda de bola no meio-campo do Rúben Micael e um incrível erro de
posicionamento do Pepe permitiram aos russos chegar à vantagem logo aos 6’ pelo
Kerzhakov. Depois disto, o catenaccio do Fábio Capello ditou leis e a baliza
deles foi fechada a sete chaves.
Na 1ª parte, ainda jogámos qualquer coisita e poderíamos inclusive ter marcado, mas ora o Akinfeev, ora a falta de pontaria nunca o permitiram. A 2ª parte foi para esquecer, já que raramente criámos perigo e expusemo-nos ao contra-ataque russo que poderia ter aumentado o resultado. O final do jogo chegou com uma posse de bola de 72%(!) para nós, mas Portugal está muito longe de ser o Barcelona.
Na 1ª parte, ainda jogámos qualquer coisita e poderíamos inclusive ter marcado, mas ora o Akinfeev, ora a falta de pontaria nunca o permitiram. A 2ª parte foi para esquecer, já que raramente criámos perigo e expusemo-nos ao contra-ataque russo que poderia ter aumentado o resultado. O final do jogo chegou com uma posse de bola de 72%(!) para nós, mas Portugal está muito longe de ser o Barcelona.
Claro que a ausência do Raul Meireles (e consequente titularidade do Ruben
Micael…) e ter perdido o Fábio Coentrão aos 20’ condicionaram muito a nossa
exibição. Junta-se a isto um Nani irreconhecível (não acertou um único centro!)
e um C. Ronaldo sempre marcado por três, e está bom de ver que era difícil
criar desequilíbrios atacantes. O Moutinho e o M. Veloso ainda deram um ar da
sua graça na 1ª parte, mas perderam-se a seguir ao intervalo. O Postiga… é o
Postiga, pelo que nunca se pode esperar grandes rasgos dali. As substituições,
nomeadamente a entrada do Varela, também não resultou e naturalmente terminámos
em branco.
Estamos em desvantagem no grupo, pelo que nos resta ganhar todos os jogos
até recebermos a Rússia, para depois tentar vencer por dois golos de diferença
e ficar à frente deles. Podemos começar essa senda vitoriosa já frente à Irlanda
do Norte na próxima 3ª feira.
domingo, outubro 07, 2012
Suficiente
Vencemos o Beira-Mar por 2-1 e mantivemo-nos na frente do campeonato,
perdendo só na diferença de golos para o CRAC. Depois de vermos a 8ª Arte na 3ª
feira passada, voltámos ao futebol comezinho cá do burgo. A justiça da nossa
vitória é inquestionável, mas escusava era de ter sido pela margem mínima.
Não entrámos mal na partida e tivemos duas oportunidades logo de entrada, mas o Artur resolveu evocar o espírito do Roberto e deu um frango monumental, falhanço a intercepção da bola, num livre aos 4’. Apesar de não efectuarmos as transições com a velocidade devida, continuámos a criar perigo, atirando a habitual bola ao poste pelo Salvio. Mesmo em cima do intervalo, o Maxi Pereira foi abalroado na área, mas o Rodrigo permitiu que o guarda-redes defendesse o penalty. Só um parêntesis para perguntar porque é que não é o Lima a marcar os penalties (marcava-os no Braga) quando o Cardozo não está…?
Na 2ª parte, não começámos tão bem, mas em 2’ demos a volta ao jogo: golo de bicicleta do Maxi Pereira(!) aos 58’ e boa jogada entre o Lima e o Rodrigo, com finalização deste, aos 60’. Quando se julgava que poderíamos construir um resultado mais folgado, isso não aconteceu, porque baixámos o ritmo, tentando “controlar o jogo”. (E os que seguem este blog há mais tempo sabem com eu odeio “controlar o jogo”, especialmente com vantagens mínimas.) O Lima ainda teve um bom remate ao lado, mas a equipa revelava sinais de cansaço (como disse o Jesus no final) por causa de 3ª feira. Os últimos minutos foram passados com alguma apreensão, mas o Beira-Mar acabou por nunca conseguir rematar com perigo.
Com a mediania a ser a nota dominante, não é fácil destacar ninguém. O Matic terá sido dos melhores, especialmente na 1ª parte, e o Melgarejo também tentou incutir velocidade na equipa. O Rodrigo bem tentou, mas esteve pouco menos que desastrado, especialmente na hora do remate (salvou-se o golo) e o Lima vai revelando utilidade na equipa, desta feita com uma assistência. Muito longe do habitual, estiveram o Salvio e o Gaitán.
O campeonato vai voltar a parar durante três semanas, porque haverá jogos da selecção e depois Taça de Portugal. Espero que esta pausa sirva para recuperar o Aimar e Cadozo, já que precisamos de todos disponíveis para os encontros seguintes, até porque vem aí uma deslocação muito difícil à Rússia.
P.S. – O Sr. Ulisses Morais, que quando foi ao estádio do CRAC se lamentou da falta de empenhamento dos jogadores, continua com o talento de ver jogos diferente de toda a gente. Atirou-se ao árbitro de uma forma incrível, quando o Sr. Rui Gomes Costa até nem fez uma má arbitragem. Entretanto, já esta noite, o CRAC venceu a lagartada por 2-0, dois penalties (um deles falhado) e uma expulsão a favor. Cortesia do Sr. Jorge Sousa.
Não entrámos mal na partida e tivemos duas oportunidades logo de entrada, mas o Artur resolveu evocar o espírito do Roberto e deu um frango monumental, falhanço a intercepção da bola, num livre aos 4’. Apesar de não efectuarmos as transições com a velocidade devida, continuámos a criar perigo, atirando a habitual bola ao poste pelo Salvio. Mesmo em cima do intervalo, o Maxi Pereira foi abalroado na área, mas o Rodrigo permitiu que o guarda-redes defendesse o penalty. Só um parêntesis para perguntar porque é que não é o Lima a marcar os penalties (marcava-os no Braga) quando o Cardozo não está…?
Na 2ª parte, não começámos tão bem, mas em 2’ demos a volta ao jogo: golo de bicicleta do Maxi Pereira(!) aos 58’ e boa jogada entre o Lima e o Rodrigo, com finalização deste, aos 60’. Quando se julgava que poderíamos construir um resultado mais folgado, isso não aconteceu, porque baixámos o ritmo, tentando “controlar o jogo”. (E os que seguem este blog há mais tempo sabem com eu odeio “controlar o jogo”, especialmente com vantagens mínimas.) O Lima ainda teve um bom remate ao lado, mas a equipa revelava sinais de cansaço (como disse o Jesus no final) por causa de 3ª feira. Os últimos minutos foram passados com alguma apreensão, mas o Beira-Mar acabou por nunca conseguir rematar com perigo.
Com a mediania a ser a nota dominante, não é fácil destacar ninguém. O Matic terá sido dos melhores, especialmente na 1ª parte, e o Melgarejo também tentou incutir velocidade na equipa. O Rodrigo bem tentou, mas esteve pouco menos que desastrado, especialmente na hora do remate (salvou-se o golo) e o Lima vai revelando utilidade na equipa, desta feita com uma assistência. Muito longe do habitual, estiveram o Salvio e o Gaitán.
O campeonato vai voltar a parar durante três semanas, porque haverá jogos da selecção e depois Taça de Portugal. Espero que esta pausa sirva para recuperar o Aimar e Cadozo, já que precisamos de todos disponíveis para os encontros seguintes, até porque vem aí uma deslocação muito difícil à Rússia.
P.S. – O Sr. Ulisses Morais, que quando foi ao estádio do CRAC se lamentou da falta de empenhamento dos jogadores, continua com o talento de ver jogos diferente de toda a gente. Atirou-se ao árbitro de uma forma incrível, quando o Sr. Rui Gomes Costa até nem fez uma má arbitragem. Entretanto, já esta noite, o CRAC venceu a lagartada por 2-0, dois penalties (um deles falhado) e uma expulsão a favor. Cortesia do Sr. Jorge Sousa.
quarta-feira, outubro 03, 2012
Privilégio
O maior clube do mundo perdeu (0-2) contra a melhor equipa da história do
futebol. Tinha-me mentalizado que até 0-3 não ficaria muito chateado e assim foi. Além disso, ainda tivemos o bónus de ver o Benfica
fazer uma exibição interessante, especialmente na 1ª parte, perante estes
extraterrestres. Como disse o RAP, o que eles fazem não é futebol…
Entrámos bem na partida e o primeiro remate perigoso até foi do Bruno César. O problema foi que só durámos 6’, a primeira vez que o Barça lá foi marcou pelo Alexis Sanchez numa jogada do Messi. Poderíamos ter empatado pouco depois, mas o Valdés não deixou o Lima marcar pelo terceiro jogo consecutivo. Até ao intervalo poderia ter havido mais golos para os dois lados, mas o Artur e alguma inépcia da nossa parte não o permitiram. A 2ª parte foi totalmente do Barça. Naquele seu tiki-taka que não dá hipóteses a ninguém, poderia ter aumentado a vantagem logo no início pelo Alexis Sanchez, mas aos 55’ o Messi resolveu passar por metade da nossa equipa e assistir o Fàbregas. O jogo ficou decidido e nós dávamos mostras de cansaço que nem a entrada do Aimar conseguiu superar. O Jesus disse no final que corremos mais 8 km(!) que eles e, com 74%(!) de posse de bola, a nossa tarefa era quase impossível. O problema, como o Aimar também referiu, é que só há uma bola e eles não a dão a ninguém…
Em termos individuais, o Matic foi de longe o nosso melhor jogador. Para além de ter cortado inúmeras bolas, ainda conseguiu sair a jogar numas quantas vezes. O Salvio esteve igualmente muito bem, em especial na 1ª parte e o Gaitán, como é habitual, deu nas vistas em jogos europeus. O Lima fartou-se de lutar e poderia ter marcado. O Enzo Pérez é cada vez mais o dono da posição 8 e o Melgarejo cumpriu sem muitos problemas (claro que o facto de o Barça ter atacado principalmente pela esquerda foi uma vantagem). O Garay esteve estranhamente nervoso na 1ª parte, assim como o Artur nas reposições de bola, e o Jardel não comprometeu. Temos um problema na direita pois o Maxi está numa forma péssima (e, por favor, alguém lhe diga para treinar os centros! Acertar 1 em 10 não é aceitável…). O Bruno César até nem estava a fazer um mau jogo, mas o Jesus teve medo do amarelo e colocou o Carlos Martins ao intervalo, sem grandes resultados, diga-se.
Saio deste jogo satisfeito por vários motivos: primeiro, porque acho que o Benfica se bateu muito bem; segundo, porque ver ao vivo a melhor equipa da história do futebol foi um privilégio; terceiro, porque não foi a hecatombe que alguns previam. Confesso que me faz alguma confusão ler alguns comentários de que este Barça é “monótono”. Só se for no sentido em que praticamente não deixa os adversários tocarem na bola. Mas visto ao vivo ainda mais extraordinário do que na TV. O que mais me chamou a atenção foi a pressão defensiva assim que nós recuperávamos a bola: nunca foram apanhados em contrapé. O nível de eficácia no passe é algo de sobrenatural. E aquele tiki-taka que vai empurrando lentamente o adversário de encontro à sua área é tremendo A única hipótese de isto ser competitivo é fazer uma 18ª lei do futebol que diga que o Barça tem que jogar com nove (com dez não é suficiente). Caso contrário, não há mesmo nada a fazer senão darmo-nos por satisfeitos por sermos contemporâneos desta maravilha e termos tido a oportunidade de os ver ao vivo.
P.S. – O que não estava no programa era a vitória do Celtic em Moscovo frente ao Spartak. Ainda por cima, mesmo em cima dos 90’, quando o empate era o resultado que mais nos convinha. Ainda assim, e partindo do princípio que o Barça ganha os dois jogos aos escoceses, se fizermos pelo menos quatro pontos com os russos é muito bom. Como eu tinha dito aqui, chegar ao fim da 3ª jornada com apenas dois pontos não seria necessariamente mau.
Entrámos bem na partida e o primeiro remate perigoso até foi do Bruno César. O problema foi que só durámos 6’, a primeira vez que o Barça lá foi marcou pelo Alexis Sanchez numa jogada do Messi. Poderíamos ter empatado pouco depois, mas o Valdés não deixou o Lima marcar pelo terceiro jogo consecutivo. Até ao intervalo poderia ter havido mais golos para os dois lados, mas o Artur e alguma inépcia da nossa parte não o permitiram. A 2ª parte foi totalmente do Barça. Naquele seu tiki-taka que não dá hipóteses a ninguém, poderia ter aumentado a vantagem logo no início pelo Alexis Sanchez, mas aos 55’ o Messi resolveu passar por metade da nossa equipa e assistir o Fàbregas. O jogo ficou decidido e nós dávamos mostras de cansaço que nem a entrada do Aimar conseguiu superar. O Jesus disse no final que corremos mais 8 km(!) que eles e, com 74%(!) de posse de bola, a nossa tarefa era quase impossível. O problema, como o Aimar também referiu, é que só há uma bola e eles não a dão a ninguém…
Em termos individuais, o Matic foi de longe o nosso melhor jogador. Para além de ter cortado inúmeras bolas, ainda conseguiu sair a jogar numas quantas vezes. O Salvio esteve igualmente muito bem, em especial na 1ª parte e o Gaitán, como é habitual, deu nas vistas em jogos europeus. O Lima fartou-se de lutar e poderia ter marcado. O Enzo Pérez é cada vez mais o dono da posição 8 e o Melgarejo cumpriu sem muitos problemas (claro que o facto de o Barça ter atacado principalmente pela esquerda foi uma vantagem). O Garay esteve estranhamente nervoso na 1ª parte, assim como o Artur nas reposições de bola, e o Jardel não comprometeu. Temos um problema na direita pois o Maxi está numa forma péssima (e, por favor, alguém lhe diga para treinar os centros! Acertar 1 em 10 não é aceitável…). O Bruno César até nem estava a fazer um mau jogo, mas o Jesus teve medo do amarelo e colocou o Carlos Martins ao intervalo, sem grandes resultados, diga-se.
Saio deste jogo satisfeito por vários motivos: primeiro, porque acho que o Benfica se bateu muito bem; segundo, porque ver ao vivo a melhor equipa da história do futebol foi um privilégio; terceiro, porque não foi a hecatombe que alguns previam. Confesso que me faz alguma confusão ler alguns comentários de que este Barça é “monótono”. Só se for no sentido em que praticamente não deixa os adversários tocarem na bola. Mas visto ao vivo ainda mais extraordinário do que na TV. O que mais me chamou a atenção foi a pressão defensiva assim que nós recuperávamos a bola: nunca foram apanhados em contrapé. O nível de eficácia no passe é algo de sobrenatural. E aquele tiki-taka que vai empurrando lentamente o adversário de encontro à sua área é tremendo A única hipótese de isto ser competitivo é fazer uma 18ª lei do futebol que diga que o Barça tem que jogar com nove (com dez não é suficiente). Caso contrário, não há mesmo nada a fazer senão darmo-nos por satisfeitos por sermos contemporâneos desta maravilha e termos tido a oportunidade de os ver ao vivo.
P.S. – O que não estava no programa era a vitória do Celtic em Moscovo frente ao Spartak. Ainda por cima, mesmo em cima dos 90’, quando o empate era o resultado que mais nos convinha. Ainda assim, e partindo do princípio que o Barça ganha os dois jogos aos escoceses, se fizermos pelo menos quatro pontos com os russos é muito bom. Como eu tinha dito aqui, chegar ao fim da 3ª jornada com apenas dois pontos não seria necessariamente mau.
terça-feira, outubro 02, 2012
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