quinta-feira, dezembro 24, 2009
Feliz Natal
A todos os leitores do blog, aos benfiquistas e aos desportistas com fair-play, os meus desejos sinceros de um Natal Glorioso! Que esta família, que também é sagrada, nos traga muitas alegrias em 2010!
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Dilúvio de raça
Vencemos o Clube Regional Assumidamente Corrupto, vulgo CRAC, por 1-0 e alargámos a distância para eles para quatro pontos. Meus caros, o que vimos neste jogo foi o Glorioso Sport Lisboa e Benfica em todo o seu esplendor. Uma raça, uma ambição e um querer que permitiram superar todas as dificuldades, fazer das fraquezas forças, vencer os condicionalismos, nomeadamente a falta de vários jogadores importantes, e conquistar algo que nada nem ninguém nos oferece de borla. Foi a vitória da dignidade, da humildade, do carácter e da decência de quem joga de uma maneira honesta e sem géneros alimentares a ajudar os triunfos. Resumindo, foi o triunfo do bem contra o mal, de quem está no desporto para o honrar contra quem o desonra ignobilmente e não olha a meios para atingir os fins.
Com as suspensões do Di María e Coentrão, as lesões do Aimar e Rúben Amorim, valeu-nos a recuperação do Ramires, que ainda durou 70’. As nossas dificuldades são exemplificadas no facto de terem participado nesta partida dois jogadores que ainda não tinham nem um(!) minuto cumprido no campeonato: Urreta e Luís Filipe. E a dada altura, o nosso meio-campo atacante era constituído pelo Weldon, Filipe Menezes e o já referido Luís Filipe. Além disso, o Luisão e o David Luiz estiveram condicionados durante a semana com gripe, mas isso não se notou no encontro. A outra equipa estava na máxima força, mas quando os jogadores do Benfica encarnam o espírito do clube não há adversário que nos faça frente. O CRAC entrou melhor que nós e teve 10’ com alguma pressão sobre a nossa defesa, nomeadamente em bolas paradas que o Sr. Lucílio Baptista muito diligentemente inventava. Depois desse período, fomos de longe a melhor equipa. Mesmo com o dilúvio que se abateu durante toda a partida, conseguimos algumas boas combinações atacantes, com o Carlos Martins a fazer, e bem, de Aimar, o Urreta que não acusou minimamente o facto de estar a fazer a sua estreia pelo Benfica este ano, o Saviola sempre em movimento e o Cardozo a ganhar inúmeros lances de cabeça. Chegámos à vantagem aos 22’ pelo Saviola numa jogada de insistência, depois de um defesa do CRAC ter tirado a bola sobre a linha num remate do Cardozo. Um alívio do David Luiz transformou-se em assistência para o argentino. Até final da 1ª parte, continuámos a ser a única equipa em campo, já que o CRAC nem nas bolas paradas, continuada oferta do Sr. Lucílio Baptista, conseguia criar perigo.
Confesso que estava com medo da 2ª parte, nomeadamente de alguns jogadores que não têm ritmo de jogo poderem aguentar uma partida tão intensa e num campo tão pesado. É certo que a qualidade futebolística foi melhor no 1º tempo, mas no segundo o que sobressaiu foi a raça desta equipa. O Jesus também esteve bem no banco ao fazer uma dupla substituição aos 65’, tirando os extenuados Carlos Martins e Urreta e colocando o Luís Filipe e Weldon. O brasileiro foi muito importante, porque consegue ganhar bolas em velocidade e fartou-se de dar trabalho à defesa do CRAC. Cinco minutos depois esgotámos as substituições com o Ramires a ressentir-se do esforço e entrando o Felipe Menezes. O CRAC só criou perigo em dois lances, num remate do Álvaro Pereira bem defendido pelo Quim (61’) e num remate do Meireles cujo desvio na nossa defesa ia traindo o guarda-redes (64’). Até acabámos por ter mais oportunidades do que eles na 2ª parte, especialmente nos últimos 15’: quase autogolo do Falcão, desvio de cabeça do David Luiz a rasar o poste e grande petardo do Cardozo que o Helton defendeu muito bem. Nos últimos minutos tivemos manha suficiente para manter a bola longe da nossa área e a vitória não sofre contestação.
Individualmente quase é injusto fazer destaques, quando toda a equipa se exibiu a um nível altíssimo com uma entreajuda fabulosa, mas mesmo assim saliento os quatro pesos pesados: Cardozo, Luisão, David Luiz e Javi García. O primeiro a ganhar inúmeras bolas aos defesas do CRAC e a colocá-las jogáveis nos companheiros, e os restantes três por terem seco completamente Hulks & Cia. O Urreta foi uma enorme surpresa e acho que merece muitas mais oportunidades. Um jogador que faz a estreia da época numa partida desta importância e que faz quase tudo bem feito é de ser mais utilizado. Aliás, eu já tinha ficado com muito boa impressão dele no final da temporada passada. Tenho que referir igualmente o César Peixoto, que fez a melhor exibição com a nossa camisola. Mas, como disse anteriormente, o maior destaque tem que ser mesmo para toda a equipa.
Com esta saborosa vitória sobre uma equipa que simboliza tudo o que o futebol português tem de mal (mesquinhez, provincianismo, provocações infames, desrespeito pelo adversário), iremos passar um Natal muito melhor. Não deixámos o Braga isolar-se no comando e mantivemos a pressão sobre eles. A próxima partida para o campeonato é bastante difícil (Vila do Conde), mas, como ainda falta algum tempo até lá, espero que esta onda de lesões tenha acabado de vez. No entanto, já sabemos que não iremos ter o David Luiz por ter visto o 5º amarelo.
P.S. – O jogo teve inúmeras paragens, porque o Sr. Lucílio Baptista tem Parkinson no apito. Na 1ª parte, fartou-se de inventar faltas contra nós, os dois amarelos foram para jogadores de Benfica e a dualidade de critérios foi impressionante. Melhorou na 2ª e as coisas foram mais equilibradas. No entanto, é inacreditável como é que não quis ver uma mão descarada da prostituta uruguaia na sequência de um canto. Será que foi para compensar o penalty da Taça da Liga?
Com as suspensões do Di María e Coentrão, as lesões do Aimar e Rúben Amorim, valeu-nos a recuperação do Ramires, que ainda durou 70’. As nossas dificuldades são exemplificadas no facto de terem participado nesta partida dois jogadores que ainda não tinham nem um(!) minuto cumprido no campeonato: Urreta e Luís Filipe. E a dada altura, o nosso meio-campo atacante era constituído pelo Weldon, Filipe Menezes e o já referido Luís Filipe. Além disso, o Luisão e o David Luiz estiveram condicionados durante a semana com gripe, mas isso não se notou no encontro. A outra equipa estava na máxima força, mas quando os jogadores do Benfica encarnam o espírito do clube não há adversário que nos faça frente. O CRAC entrou melhor que nós e teve 10’ com alguma pressão sobre a nossa defesa, nomeadamente em bolas paradas que o Sr. Lucílio Baptista muito diligentemente inventava. Depois desse período, fomos de longe a melhor equipa. Mesmo com o dilúvio que se abateu durante toda a partida, conseguimos algumas boas combinações atacantes, com o Carlos Martins a fazer, e bem, de Aimar, o Urreta que não acusou minimamente o facto de estar a fazer a sua estreia pelo Benfica este ano, o Saviola sempre em movimento e o Cardozo a ganhar inúmeros lances de cabeça. Chegámos à vantagem aos 22’ pelo Saviola numa jogada de insistência, depois de um defesa do CRAC ter tirado a bola sobre a linha num remate do Cardozo. Um alívio do David Luiz transformou-se em assistência para o argentino. Até final da 1ª parte, continuámos a ser a única equipa em campo, já que o CRAC nem nas bolas paradas, continuada oferta do Sr. Lucílio Baptista, conseguia criar perigo.
Confesso que estava com medo da 2ª parte, nomeadamente de alguns jogadores que não têm ritmo de jogo poderem aguentar uma partida tão intensa e num campo tão pesado. É certo que a qualidade futebolística foi melhor no 1º tempo, mas no segundo o que sobressaiu foi a raça desta equipa. O Jesus também esteve bem no banco ao fazer uma dupla substituição aos 65’, tirando os extenuados Carlos Martins e Urreta e colocando o Luís Filipe e Weldon. O brasileiro foi muito importante, porque consegue ganhar bolas em velocidade e fartou-se de dar trabalho à defesa do CRAC. Cinco minutos depois esgotámos as substituições com o Ramires a ressentir-se do esforço e entrando o Felipe Menezes. O CRAC só criou perigo em dois lances, num remate do Álvaro Pereira bem defendido pelo Quim (61’) e num remate do Meireles cujo desvio na nossa defesa ia traindo o guarda-redes (64’). Até acabámos por ter mais oportunidades do que eles na 2ª parte, especialmente nos últimos 15’: quase autogolo do Falcão, desvio de cabeça do David Luiz a rasar o poste e grande petardo do Cardozo que o Helton defendeu muito bem. Nos últimos minutos tivemos manha suficiente para manter a bola longe da nossa área e a vitória não sofre contestação.
Individualmente quase é injusto fazer destaques, quando toda a equipa se exibiu a um nível altíssimo com uma entreajuda fabulosa, mas mesmo assim saliento os quatro pesos pesados: Cardozo, Luisão, David Luiz e Javi García. O primeiro a ganhar inúmeras bolas aos defesas do CRAC e a colocá-las jogáveis nos companheiros, e os restantes três por terem seco completamente Hulks & Cia. O Urreta foi uma enorme surpresa e acho que merece muitas mais oportunidades. Um jogador que faz a estreia da época numa partida desta importância e que faz quase tudo bem feito é de ser mais utilizado. Aliás, eu já tinha ficado com muito boa impressão dele no final da temporada passada. Tenho que referir igualmente o César Peixoto, que fez a melhor exibição com a nossa camisola. Mas, como disse anteriormente, o maior destaque tem que ser mesmo para toda a equipa.
Com esta saborosa vitória sobre uma equipa que simboliza tudo o que o futebol português tem de mal (mesquinhez, provincianismo, provocações infames, desrespeito pelo adversário), iremos passar um Natal muito melhor. Não deixámos o Braga isolar-se no comando e mantivemos a pressão sobre eles. A próxima partida para o campeonato é bastante difícil (Vila do Conde), mas, como ainda falta algum tempo até lá, espero que esta onda de lesões tenha acabado de vez. No entanto, já sabemos que não iremos ter o David Luiz por ter visto o 5º amarelo.
P.S. – O jogo teve inúmeras paragens, porque o Sr. Lucílio Baptista tem Parkinson no apito. Na 1ª parte, fartou-se de inventar faltas contra nós, os dois amarelos foram para jogadores de Benfica e a dualidade de critérios foi impressionante. Melhorou na 2ª e as coisas foram mais equilibradas. No entanto, é inacreditável como é que não quis ver uma mão descarada da prostituta uruguaia na sequência de um canto. Será que foi para compensar o penalty da Taça da Liga?
sexta-feira, dezembro 18, 2009
Sorteio Liga Europa
De entre os adversários possíveis, o Hertha Berlin é teoricamente um dos mais fracos (e a prova é que até a lagartada lhes ganhou...). Com seis pontos em 16 jogos e o último lugar destacadíssimo no campeonato alemão, era o que faltava não nos apurarmos para os oitavos-de-final. Apesar deste final feliz, foi um sorteio stressante, já que fomos a última(!) das 32 equipas a ser sorteada e, até surgir o Liverpool, eu estava com o coração nas mãos. Como curiosidade, a lagartada saiu antes de nós e jogará contra o Everton, ou seja, haverá adversários trocados para as equipas portuguesas.
Se eliminarmos o Hertha, como é nossa obrigação, defrontaremos o vencedor do Marselha – Copenhaga. Que é como quem diz, muito provavelmente os franceses. Com o Liverpool, Juventus, Valência, Roma, Werder Bremen e Wolfsburgo ou Villarreal presumivelmente em prova, acho que acabou por não ser um mau sorteio para nós. Teremos a desvantagem teórica de jogarmos a 2ª mão fora e a difícil viagem à Choupana será entre as duas partidas, mas espero bem que o Benfica não desaproveite esta oportunidade de chegar aos quartos-de-final. E aí, poderemos começar a sonhar com algo mais...
P.S. – Se a lagartada eliminar o Everton (o que duvido), jogará com o vencedor do Atlético Madrid – Galatasaray. Seria interessante ver o Simão e o Reyes a dar cabo deles... Por sua vez, o CRAC defrontará o Arsenal para a Liga dos Campeões. A última viagem aos Emirates traz-nos muito boas recordações. Espero que este senhor volte a poder fazer isto. Eu também o fiz, e de que maneira!
Se eliminarmos o Hertha, como é nossa obrigação, defrontaremos o vencedor do Marselha – Copenhaga. Que é como quem diz, muito provavelmente os franceses. Com o Liverpool, Juventus, Valência, Roma, Werder Bremen e Wolfsburgo ou Villarreal presumivelmente em prova, acho que acabou por não ser um mau sorteio para nós. Teremos a desvantagem teórica de jogarmos a 2ª mão fora e a difícil viagem à Choupana será entre as duas partidas, mas espero bem que o Benfica não desaproveite esta oportunidade de chegar aos quartos-de-final. E aí, poderemos começar a sonhar com algo mais...
P.S. – Se a lagartada eliminar o Everton (o que duvido), jogará com o vencedor do Atlético Madrid – Galatasaray. Seria interessante ver o Simão e o Reyes a dar cabo deles... Por sua vez, o CRAC defrontará o Arsenal para a Liga dos Campeões. A última viagem aos Emirates traz-nos muito boas recordações. Espero que este senhor volte a poder fazer isto. Eu também o fiz, e de que maneira!
Tranquilo
Vencemos o AEK Atenas (2-1) num jogo apenas para cumprir calendário, já que o apuramento e 1º lugar já estavam garantidos à partida. Com a proximidade da recepção ao CRAC, o Jorge Jesus apostou numa equipa em que o Di María era o único habitual titular. Foi uma partida calma, mas com períodos interessantes e que nos permitiu amealhar o prémio monetário correspondente à vitória e, mais importante que isso, pontos para o nosso ranking.
A minha principal preocupação era as possíveis lesões, mas felizmente parece que não houve nenhuma, apesar de na 2ª parte terem entrado o César Peixoto, Javi García e Cardozo (o Geraldo ainda tentou dar uma alegria ao irmão, mas ainda bem que não conseguiu). Podíamos ter entrado logo a ganhar, mas o Weldon falhou um domínio fácil logo aos 2’ e o Felipe Menezes acertou no poste um penalty aos 14’ (não percebi porque é que o Jesus não deixou que fosse o Nuno Gomes a marcar…). Os gregos pouco faziam e foi com naturalidade que chegámos à vantagem num remate fora da área do Di María mesmo em cima do intervalo.
Na 2ª parte estivemos um pouco mais dinâmicos. Estranhei a entrada do Peixoto para o lugar o Coentrão no reatamento, mas o Jesus explicou que este estava com febre e não podia mais. Até aos 75’ os gregos praticamente não fizeram nada em termos atacantes e o Di María inventou um chapéu magnífico aos 53’, mas a bola bateu na barra. Vinte minutos depois uma boa abertura do Carlos Martins isolou o argentino que marcou de letra. Foi um grande golo, mas no dia em que o Di María fizer algo simples estará para cair um santo do altar. A partir daqui e inexplicavelmente desconcentrámo-nos e os gregos até poderiam ter igualado a partida. Mas felizmente só fizeram um golo aos 83’ num falha incrível do Miguel Vítor.
Individualmente há que destacar o Di María pelos dois golos e o chapéu no poste. Quanto aos suplentes, só o Roderick acabou por sobressair, especialmente a colocar a bola na frente. Tenho pena que o Shaffer não tenha aproveitado esta oportunidade, mas a falta de ritmo e de confiança traiu-o na maior parte dos lances. O Carlos Martins mostrou mais uma vez ser um jogador esclarecido e o ritmo de jogo até o ajudou, já que vinha de uma paragem prolongada. Preocupa-me o facto de grande parte dos jogadores ter acabado com problemas físicos (Nuno Gomes, que acabou por ser substituído, e Weldon, por exemplo), já que a partida foi disputada a um ritmo relativamente lento. E julgo que está mesmo confirmada a saída do Keirrison em Janeiro, já que nem nesta partida saiu do banco.
Veremos o que o sorteio nos reservará mais logo, mas por enquanto a nossa cabeça está mesmo no próximo Domingo. Com tantas baixas (o Sidnei juntou-se à lista dos que estão em dúvida, nem chegando a alinhar hoje), antevê-se uma partida ainda mais complicada. Espero a vitória, mas realisticamente e perante tantos condicionalismos, o empate não seria mau resultado.
A minha principal preocupação era as possíveis lesões, mas felizmente parece que não houve nenhuma, apesar de na 2ª parte terem entrado o César Peixoto, Javi García e Cardozo (o Geraldo ainda tentou dar uma alegria ao irmão, mas ainda bem que não conseguiu). Podíamos ter entrado logo a ganhar, mas o Weldon falhou um domínio fácil logo aos 2’ e o Felipe Menezes acertou no poste um penalty aos 14’ (não percebi porque é que o Jesus não deixou que fosse o Nuno Gomes a marcar…). Os gregos pouco faziam e foi com naturalidade que chegámos à vantagem num remate fora da área do Di María mesmo em cima do intervalo.
Na 2ª parte estivemos um pouco mais dinâmicos. Estranhei a entrada do Peixoto para o lugar o Coentrão no reatamento, mas o Jesus explicou que este estava com febre e não podia mais. Até aos 75’ os gregos praticamente não fizeram nada em termos atacantes e o Di María inventou um chapéu magnífico aos 53’, mas a bola bateu na barra. Vinte minutos depois uma boa abertura do Carlos Martins isolou o argentino que marcou de letra. Foi um grande golo, mas no dia em que o Di María fizer algo simples estará para cair um santo do altar. A partir daqui e inexplicavelmente desconcentrámo-nos e os gregos até poderiam ter igualado a partida. Mas felizmente só fizeram um golo aos 83’ num falha incrível do Miguel Vítor.
Individualmente há que destacar o Di María pelos dois golos e o chapéu no poste. Quanto aos suplentes, só o Roderick acabou por sobressair, especialmente a colocar a bola na frente. Tenho pena que o Shaffer não tenha aproveitado esta oportunidade, mas a falta de ritmo e de confiança traiu-o na maior parte dos lances. O Carlos Martins mostrou mais uma vez ser um jogador esclarecido e o ritmo de jogo até o ajudou, já que vinha de uma paragem prolongada. Preocupa-me o facto de grande parte dos jogadores ter acabado com problemas físicos (Nuno Gomes, que acabou por ser substituído, e Weldon, por exemplo), já que a partida foi disputada a um ritmo relativamente lento. E julgo que está mesmo confirmada a saída do Keirrison em Janeiro, já que nem nesta partida saiu do banco.
Veremos o que o sorteio nos reservará mais logo, mas por enquanto a nossa cabeça está mesmo no próximo Domingo. Com tantas baixas (o Sidnei juntou-se à lista dos que estão em dúvida, nem chegando a alinhar hoje), antevê-se uma partida ainda mais complicada. Espero a vitória, mas realisticamente e perante tantos condicionalismos, o empate não seria mau resultado.
domingo, dezembro 13, 2009
Inadmissível
Empatámos em Olhão frente ao penúltimo classificado e perdemos uma excelente oportunidade de colocar pressão nos rivais mais directos que só jogam amanhã. Deveríamos estar mais que avisados para o que nos aguardava: defrontar o CRAC B num jogo arbitrado por um árbitro do Porto, o Sr. Artur Soares Dias. No entanto, parece que não aprendemos nada com o que se passou em Braga e deixámo-nos enredar na teia de quezílias do adversário, propícias a que o árbitro agisse disciplinarmente. O resultado é que teremos dois jogadores de fora por estes motivos da recepção ao CRAC para a semana: Di María e Fábio Coentrão.
Mas a partida começou mal ainda antes do seu início, com a ausência do Aimar dos 18 por causa de lesão de última hora. Veremos se é recuperável para o CRAC. Entrámos praticamente a perder com um golo de livre aos 8’. Livre que, diga-se de passagem, é inexistente: a carga de ombro do Ramires é legalíssima. A bola foi bombeada para a área e o Maxi tem um erro crasso ao desviá-la na direcção de um adversário, fazendo uma autêntica assistência. A partir daqui, os inúmeros emprestados do CRAC, seguindo as indicações da casa-mãe, começaram a confundir a bola com as pernas dos nossos jogadores na esperança de uma resposta. A estratégia era bem clara: provocar, provocar, provocar. Um puxão de cabelo ao Coentrão, que estava no relvado, valeu a expulsão do Djalmir e um amarelo ao Cardozo que se envolveu na confusão posterior. Acho que o paraguaio se deveria abster de se meter nestas situações, especialmente depois do que sucedeu em Braga. Igualámos a partida aos 28’ de canto, pelo Saviola e, com um jogador a mais, presumi que a vitória seria uma realidade. Puro engano: uma inacreditável desconcentração defensiva noutro livre valeu o 2-1 ao Olhanense logo depois, aos 32. Uma óptima jogada do César Peixoto possibilitou ao Saviola ficar isolado na cara do guarda-redes, mas infelizmente o desvio acertou nele.
Até que aos 41’ aconteceu o lance que dá origem ao título deste post. O Di María, que estava a repetir as paupérrimas exibições dos últimos tempos, resolve responder a uma entrada mais ríspida de um adversário e é expulso. Isto é intolerável no Benfica: não nos podemos dar ao luxo de ter jogadores que se esquecem do cérebro em casa antes de ir para o campo. Estavam todos mais que avisados, já em Braga foi o que foi e o Di María lembra-se de fazer isto. Ainda por cima, o resultado era negativo naquela altura e a nossa vantagem numérica acaba por uma idiotice destas. Mais: naturalmente não joga para a semana frente ao CRAC. Espero sinceramente que leve pelo menos um mês de ordenado de multa. Não percebo o que passa pela cabeça de um jogador para fazer isto. Provavelmente, não passa nada, já que inteligência é coisa que não abunda para aqueles lados… Para piorar ainda mais as coisas, o Ramires coloca mal o pé e tem que ser substituído ao intervalo. Infelizmente, antevê-se uma lesão grave.
A 2ª parte não trouxe grandes melhorias na nossa exibição, antes pelo contrário. O Olhanense estava pouco interessado em deixar-nos jogar e houve imensas paragens. Sem Aimar, sem Di María, sem Ramires, o nosso meio-campo tinha dificuldades em colocar a bola nos super-marcados Cardozo e Saviola. O Jesus foi arriscando cada vez mais ao colocar avançados (Weldon e Nuno Gomes) e tirando defesas (Peixoto) e centro-campistas (Coentrão), mas isso provocou o afunilamento do jogo. Tínhamos quatro pontas-de-lança em campo, mas ninguém para fazer cruzamentos e colocar a bola na área. Na fase do desespero lá empatámos aos 92’ pelo Nuno Gomes depois de uma assistência do Luisão. Salvámo-nos da derrota perto do fim, mas um contra-ataque adversário ainda colocou um jogador isolado perante o Quim. Uma escorregadela providencial impediu a derrota que, sinceramente, me parecia injusta. Não que tenhamos jogado bem, mas daí a merecer perder este jogo vai uma grande diferença.
Individualmente gostei do Luisão, David Luiz (conseguiu não levar nenhum amarelo) e da 1ª parte do Cardozo. O Nuno Gomes tem que entrar mais cedo em encontros destes, porque é preciso alguém com cabeça para colocar um pouco de calma no nosso jogo. O Weldon, ao invés, entrou pessimamente, mas o Felipe Menezes, que substituiu o Ramires, não esteve mal. O Saviola marcou um e falhou outro isolado. O Coentrão esteve esforçado, mas os cruzamentos não lhe saíram tão bem como habitualmente. E, por favor, alguém coloque o Maxi a fazer horas extraordinárias a praticar centros.
Na 5ª feira teremos um jogo da Liga Europa para os suplentes, mas estaremos muito desfalcados também no Domingo. Dos quatro do meio-campo, corremos o risco de só jogar com o Javi García. Há a dúvida do Aimar e a certeza das ausências do Di María, e o seu substituto Coentrão, e Ramires. Ainda por cima, o Amorim também não deve recuperar da lesão muscular, pelo que o Jesus terá imensas dores de cabeça para fazer a equipa. O jogo já era difícil, mas assim ainda será muito mais complicado. O carácter da equipa e do plantel estará à prova. Partiremos em nítida desvantagem, mas pode ser que tenhamos uma reedição deste jogo. Inspirem-se nele, por favor.
Mas a partida começou mal ainda antes do seu início, com a ausência do Aimar dos 18 por causa de lesão de última hora. Veremos se é recuperável para o CRAC. Entrámos praticamente a perder com um golo de livre aos 8’. Livre que, diga-se de passagem, é inexistente: a carga de ombro do Ramires é legalíssima. A bola foi bombeada para a área e o Maxi tem um erro crasso ao desviá-la na direcção de um adversário, fazendo uma autêntica assistência. A partir daqui, os inúmeros emprestados do CRAC, seguindo as indicações da casa-mãe, começaram a confundir a bola com as pernas dos nossos jogadores na esperança de uma resposta. A estratégia era bem clara: provocar, provocar, provocar. Um puxão de cabelo ao Coentrão, que estava no relvado, valeu a expulsão do Djalmir e um amarelo ao Cardozo que se envolveu na confusão posterior. Acho que o paraguaio se deveria abster de se meter nestas situações, especialmente depois do que sucedeu em Braga. Igualámos a partida aos 28’ de canto, pelo Saviola e, com um jogador a mais, presumi que a vitória seria uma realidade. Puro engano: uma inacreditável desconcentração defensiva noutro livre valeu o 2-1 ao Olhanense logo depois, aos 32. Uma óptima jogada do César Peixoto possibilitou ao Saviola ficar isolado na cara do guarda-redes, mas infelizmente o desvio acertou nele.
Até que aos 41’ aconteceu o lance que dá origem ao título deste post. O Di María, que estava a repetir as paupérrimas exibições dos últimos tempos, resolve responder a uma entrada mais ríspida de um adversário e é expulso. Isto é intolerável no Benfica: não nos podemos dar ao luxo de ter jogadores que se esquecem do cérebro em casa antes de ir para o campo. Estavam todos mais que avisados, já em Braga foi o que foi e o Di María lembra-se de fazer isto. Ainda por cima, o resultado era negativo naquela altura e a nossa vantagem numérica acaba por uma idiotice destas. Mais: naturalmente não joga para a semana frente ao CRAC. Espero sinceramente que leve pelo menos um mês de ordenado de multa. Não percebo o que passa pela cabeça de um jogador para fazer isto. Provavelmente, não passa nada, já que inteligência é coisa que não abunda para aqueles lados… Para piorar ainda mais as coisas, o Ramires coloca mal o pé e tem que ser substituído ao intervalo. Infelizmente, antevê-se uma lesão grave.
A 2ª parte não trouxe grandes melhorias na nossa exibição, antes pelo contrário. O Olhanense estava pouco interessado em deixar-nos jogar e houve imensas paragens. Sem Aimar, sem Di María, sem Ramires, o nosso meio-campo tinha dificuldades em colocar a bola nos super-marcados Cardozo e Saviola. O Jesus foi arriscando cada vez mais ao colocar avançados (Weldon e Nuno Gomes) e tirando defesas (Peixoto) e centro-campistas (Coentrão), mas isso provocou o afunilamento do jogo. Tínhamos quatro pontas-de-lança em campo, mas ninguém para fazer cruzamentos e colocar a bola na área. Na fase do desespero lá empatámos aos 92’ pelo Nuno Gomes depois de uma assistência do Luisão. Salvámo-nos da derrota perto do fim, mas um contra-ataque adversário ainda colocou um jogador isolado perante o Quim. Uma escorregadela providencial impediu a derrota que, sinceramente, me parecia injusta. Não que tenhamos jogado bem, mas daí a merecer perder este jogo vai uma grande diferença.
Individualmente gostei do Luisão, David Luiz (conseguiu não levar nenhum amarelo) e da 1ª parte do Cardozo. O Nuno Gomes tem que entrar mais cedo em encontros destes, porque é preciso alguém com cabeça para colocar um pouco de calma no nosso jogo. O Weldon, ao invés, entrou pessimamente, mas o Felipe Menezes, que substituiu o Ramires, não esteve mal. O Saviola marcou um e falhou outro isolado. O Coentrão esteve esforçado, mas os cruzamentos não lhe saíram tão bem como habitualmente. E, por favor, alguém coloque o Maxi a fazer horas extraordinárias a praticar centros.
Na 5ª feira teremos um jogo da Liga Europa para os suplentes, mas estaremos muito desfalcados também no Domingo. Dos quatro do meio-campo, corremos o risco de só jogar com o Javi García. Há a dúvida do Aimar e a certeza das ausências do Di María, e o seu substituto Coentrão, e Ramires. Ainda por cima, o Amorim também não deve recuperar da lesão muscular, pelo que o Jesus terá imensas dores de cabeça para fazer a equipa. O jogo já era difícil, mas assim ainda será muito mais complicado. O carácter da equipa e do plantel estará à prova. Partiremos em nítida desvantagem, mas pode ser que tenhamos uma reedição deste jogo. Inspirem-se nele, por favor.
segunda-feira, dezembro 07, 2009
De volta às goleadas
Vencemos a Académica por 4-0 e beneficiámos do empate do Braga em Matosinhos para nos voltarmos a colar a eles. Em dia de dilúvio e com 41.206(!) espectadores na Luz, demos a resposta devida a quem já começava a pôr em causa a nossa capacidade de marcar muitos golos.
Entrámos muito bem na partida e logo aos 6’ o Cardozo inaugurou o marcador, após uma excelente tabelinha com o Saviola. Mas durante os 25’ seguintes foi a Académica a tomar conta do jogo, embora sem criar grandes situações de perigo. Claro está que um golo cedo ajuda para nos acalmar e para o adversário ter que fazer alguma coisa, mas gostei de ver a Académica jogar desinibida e sem autocarros. Nós demonstrámos alguma maturidade na forma como íamos controlando a partida e também humildade, já que nunca nos mostrámos nervosos com a superioridade adversária neste período. Até que aos 31’ aconteceu o momento do encontro com o chapéu magnífico do Saviola. Comentei com os meus colegas de bancada que deveria haver K.O. no futebol: quem marca um golo daqueles merece sempre ganhar um jogo. A Académica sentiu bastante este golo e nunca mais se encontrou.
Na 2ª parte voltámos a marcar relativamente cedo (54’) pelo inevitável Cardozo e acabámos logo com qualquer veleidade que o adversário ainda pudesse ter. Com a chuva que continuava a cair, era importante que o jogo ficasse definitivamente resolvido o mais rápido possível e a questão era agora saber se iríamos parar por aqui. Mas já se sabe que este ano o Benfica nunca está satisfeito e o Cardozo marcou o seusegundo terceiro hat-trick desta época, com um óptimo cabeceamento aos 68’ na sequência de um livre. Só que o dilúvio não deu tréguas e tornou o relvado impraticável nos últimos 15’. Foi só por isso que parámos nos quatro.
Individualmente há que destacar o Cardozo e o Saviola. O paraguaio por motivos óbvios: mais três golos e são já 14 em 12 jornadas. O argentino foi quem mais se destacou na movimentação atacante, ofereceu um golo e assinou uma obra de arte. Com o Javi García castigado, foi o Rúben Amorim a ocupar a posição e esteve regular. O Aimar ainda deu mostras de classe apesar do terreno pesado e o Di María esteve melhor que nas últimas partidas. O Ramires é outro que não sabe jogar mal, faça chuva ou faça sol. Na defesa o Maxi não esteve nos seus dias, o Luisão regressou bem, o César Peixoto esteve igualmente melhor que anteriormente e o David Luiz tem que ter cuidado para a semana. Levou hoje o 4º amarelo e, se eu fosse o Jesus, colocava o Miguel Vítor frente ao Olhanense. Se ele jogar, é quase certo que ficará de fora frente ao CRAC. O Quim só fez uma única defesa perto do fim e mostrou segurança. O Weldon, Fábio Coentrão e Nuno Gomes entraram numa altura em que o relvado complicava cada vez mais.
Foi uma partida relativamente tranquila, que era o que precisávamos depois do desgaste na Bielorrússia e da intempérie que estava. Para a semana vamos a Olhão e é fundamental ganharmos para manter a distância pontual para o CRAC. O Olhanense está a fazer um mau campeonato, mas teremos sempre de desconfiar deles quanto mais não seja por serem treinados por quem são. Há-de querer certamente fazer um favorzinho ao seu clube de coração.
Entrámos muito bem na partida e logo aos 6’ o Cardozo inaugurou o marcador, após uma excelente tabelinha com o Saviola. Mas durante os 25’ seguintes foi a Académica a tomar conta do jogo, embora sem criar grandes situações de perigo. Claro está que um golo cedo ajuda para nos acalmar e para o adversário ter que fazer alguma coisa, mas gostei de ver a Académica jogar desinibida e sem autocarros. Nós demonstrámos alguma maturidade na forma como íamos controlando a partida e também humildade, já que nunca nos mostrámos nervosos com a superioridade adversária neste período. Até que aos 31’ aconteceu o momento do encontro com o chapéu magnífico do Saviola. Comentei com os meus colegas de bancada que deveria haver K.O. no futebol: quem marca um golo daqueles merece sempre ganhar um jogo. A Académica sentiu bastante este golo e nunca mais se encontrou.
Na 2ª parte voltámos a marcar relativamente cedo (54’) pelo inevitável Cardozo e acabámos logo com qualquer veleidade que o adversário ainda pudesse ter. Com a chuva que continuava a cair, era importante que o jogo ficasse definitivamente resolvido o mais rápido possível e a questão era agora saber se iríamos parar por aqui. Mas já se sabe que este ano o Benfica nunca está satisfeito e o Cardozo marcou o seu
Individualmente há que destacar o Cardozo e o Saviola. O paraguaio por motivos óbvios: mais três golos e são já 14 em 12 jornadas. O argentino foi quem mais se destacou na movimentação atacante, ofereceu um golo e assinou uma obra de arte. Com o Javi García castigado, foi o Rúben Amorim a ocupar a posição e esteve regular. O Aimar ainda deu mostras de classe apesar do terreno pesado e o Di María esteve melhor que nas últimas partidas. O Ramires é outro que não sabe jogar mal, faça chuva ou faça sol. Na defesa o Maxi não esteve nos seus dias, o Luisão regressou bem, o César Peixoto esteve igualmente melhor que anteriormente e o David Luiz tem que ter cuidado para a semana. Levou hoje o 4º amarelo e, se eu fosse o Jesus, colocava o Miguel Vítor frente ao Olhanense. Se ele jogar, é quase certo que ficará de fora frente ao CRAC. O Quim só fez uma única defesa perto do fim e mostrou segurança. O Weldon, Fábio Coentrão e Nuno Gomes entraram numa altura em que o relvado complicava cada vez mais.
Foi uma partida relativamente tranquila, que era o que precisávamos depois do desgaste na Bielorrússia e da intempérie que estava. Para a semana vamos a Olhão e é fundamental ganharmos para manter a distância pontual para o CRAC. O Olhanense está a fazer um mau campeonato, mas teremos sempre de desconfiar deles quanto mais não seja por serem treinados por quem são. Há-de querer certamente fazer um favorzinho ao seu clube de coração.
sábado, dezembro 05, 2009
Sorteio do Mundial 2010
Não tivemos muita sorte no sorteio de ontem. Calhou-nos um dos grupos mais difíceis com o Brasil, Costa do Marfim e Coreia do Norte. A jogar como jogámos na maior parte da fase de qualificação, o melhor é nem irmos. O 1º lugar do grupo está fora de questão (remember?) e o 2º vai decidir-se logo no primeiro jogo que é precisamente frente aos africanos. Se o perdemos, podemos logo fazer as malas. A única vantagem que obtivemos foi defrontar o Brasil na 3ª jornada. Ou seja, teoricamente poderemos (e deveremos, acrescento eu) encontrá-los já com seis pontos e, portanto, já qualificados.
No entanto, mesmo que nós e os brasileiros estejamos já qualificados, ninguém há-de querer colocar os suplentes nessa partida, já que o 2º do grupo defrontará, muito provavelmente, a Espanha na fase seguinte. Resumindo: o melhor que poderemos alcançar são os oitavos-de-final. O que, bem vistas as coisas e recuando apenas dois meses, é muito mais do que pensaríamos.
No entanto, mesmo que nós e os brasileiros estejamos já qualificados, ninguém há-de querer colocar os suplentes nessa partida, já que o 2º do grupo defrontará, muito provavelmente, a Espanha na fase seguinte. Resumindo: o melhor que poderemos alcançar são os oitavos-de-final. O que, bem vistas as coisas e recuando apenas dois meses, é muito mais do que pensaríamos.
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Objectivo cumprido
Batemos o BATE (lindo trocadilho!) Borisov na Bielorrússia por 2-1 e não só nos qualificámos para os 1/16 avos-de-final da Liga Europa, como garantimos já o 1º lugar do grupo (em princípio não apanharemos o Liverpool na próxima eliminatória). Foi uma vitória importantíssima para que possamos alinhar com os suplentes no último encontro do grupo frente ao AEK Atenas, que vai acontecer apenas três dias antes de recebermos o CRAC. Além disso, conseguimos pontos para o nosso ranking da Uefa (é fundamental ficar no pote 2 se formos à Liga dos Campeões para o ano) e o prémio monetário correspondente. Ou seja, correu tudo bem.
Entrámos bem na partida, com alguma dinâmica e não acusando em nada o descanso do Aimar e Di María (ficaram no banco). O Felipe Menezes e, principalmente, o Fábio Coentrão substituíram-nos bem. No entanto, essa boa entrada durou 20’ e depois o BATE Borisov equilibrou e até teve a melhor oportunidade da 1ª parte, numa bola à barra num livre. Nós tivemos uma jogada em que o Cardozo se isolou, mas rematou fraco e à figura do guarda-redes.
A 2ª parte não poderia ter começado melhor. Abrimos o marcador logo aos 46’ pelo Saviola depois de uma óptima combinação entre o Felipe Menezes e o Fábio Coentrão. O adversário abanou com o nosso golo e sofreu o 2º aos 63’ numa excelente combinação atacante em que participaram o César Peixoto, Saviola e o Coentrão, tendo este finalizado e finalmente marcado um golo normal pelo Benfica (o contra o Monsanto foi de cabeça). Toda a gente pensou que a partida estava resolvida, mas alguma desconcentração da nossa parte permitiu ao BATE reduzir num autogolo do Miguel Vítor aos 69’. Um minuto antes tinha entrado o Aimar para dar descanso ao Saviola e o nosso meio-campo ficou mais reforçado. Sinceramente não gostei da maneira como defendemos nos últimos 20’, não porque o adversário tenha criado muitas situações para marcar, mas porque só criando eles perigo em bolas paradas, fizemos algumas falta muito escusadas perto da área. Num contra-ataque, o Aimar ainda poderia ter morto o jogo, mas o remate saiu à figura do guarda-redes.
Individualmente o destaque vai inteirinho para o Fábio Coentrão. De volta à sua posição natural de extremo-esquerdo, deu muita dinâmica ao nosso ataque e ainda marcou um golo. Se calhar é bom dar algum descanso ao Di María, porque os seus últimos dois jogos foram de fugir. Também gostei do Felipe Menezes, cada vez mais entrosado com a equipa. Ainda tem com alguns erros fruto da sua juventude, mas o toque de bola não engana. O Ramires é um jogador muito regular e mesmo não estando na forma que já nos habitou é fundamental na nossa estratégia. Tal como o Javi García, cada vez mais a confirmar que os 7M€ pagos por ele foram uma pechincha. O Saviola esteve igualmente em destaque, marcou um golo e foi sempre uma referência no ataque. O Cardozo baixou um pouco de eficácia face ao que vinha apresentando antes de ser inacreditavelmente expulso no túnel de Braga, mas é insubstituível. A defesa não esteve mal, mas sentiu-se a falta dos centímetros do Luisão perante os altos bielorrussos.
No próximo Domingo teremos uma partida importantíssima frente à Académica e depois visitaremos Olhão (inacreditável o preço dos bilhetes…). É fundamental conseguir seis pontos nestes dois jogos antes de receber o CRAC. Que vai visitar Guimarães na 6ª feira, o que não será nada fácil. O principal objectivo da época é o campeonato, mas estou muito contente com esta campanha europeia. Pelo menos, já limpámos a imagem perante a vergonha do ano passado. E seria bonito conseguir uma dobradinha Campeonato-Liga Europa, não?
Entrámos bem na partida, com alguma dinâmica e não acusando em nada o descanso do Aimar e Di María (ficaram no banco). O Felipe Menezes e, principalmente, o Fábio Coentrão substituíram-nos bem. No entanto, essa boa entrada durou 20’ e depois o BATE Borisov equilibrou e até teve a melhor oportunidade da 1ª parte, numa bola à barra num livre. Nós tivemos uma jogada em que o Cardozo se isolou, mas rematou fraco e à figura do guarda-redes.
A 2ª parte não poderia ter começado melhor. Abrimos o marcador logo aos 46’ pelo Saviola depois de uma óptima combinação entre o Felipe Menezes e o Fábio Coentrão. O adversário abanou com o nosso golo e sofreu o 2º aos 63’ numa excelente combinação atacante em que participaram o César Peixoto, Saviola e o Coentrão, tendo este finalizado e finalmente marcado um golo normal pelo Benfica (o contra o Monsanto foi de cabeça). Toda a gente pensou que a partida estava resolvida, mas alguma desconcentração da nossa parte permitiu ao BATE reduzir num autogolo do Miguel Vítor aos 69’. Um minuto antes tinha entrado o Aimar para dar descanso ao Saviola e o nosso meio-campo ficou mais reforçado. Sinceramente não gostei da maneira como defendemos nos últimos 20’, não porque o adversário tenha criado muitas situações para marcar, mas porque só criando eles perigo em bolas paradas, fizemos algumas falta muito escusadas perto da área. Num contra-ataque, o Aimar ainda poderia ter morto o jogo, mas o remate saiu à figura do guarda-redes.
Individualmente o destaque vai inteirinho para o Fábio Coentrão. De volta à sua posição natural de extremo-esquerdo, deu muita dinâmica ao nosso ataque e ainda marcou um golo. Se calhar é bom dar algum descanso ao Di María, porque os seus últimos dois jogos foram de fugir. Também gostei do Felipe Menezes, cada vez mais entrosado com a equipa. Ainda tem com alguns erros fruto da sua juventude, mas o toque de bola não engana. O Ramires é um jogador muito regular e mesmo não estando na forma que já nos habitou é fundamental na nossa estratégia. Tal como o Javi García, cada vez mais a confirmar que os 7M€ pagos por ele foram uma pechincha. O Saviola esteve igualmente em destaque, marcou um golo e foi sempre uma referência no ataque. O Cardozo baixou um pouco de eficácia face ao que vinha apresentando antes de ser inacreditavelmente expulso no túnel de Braga, mas é insubstituível. A defesa não esteve mal, mas sentiu-se a falta dos centímetros do Luisão perante os altos bielorrussos.
No próximo Domingo teremos uma partida importantíssima frente à Académica e depois visitaremos Olhão (inacreditável o preço dos bilhetes…). É fundamental conseguir seis pontos nestes dois jogos antes de receber o CRAC. Que vai visitar Guimarães na 6ª feira, o que não será nada fácil. O principal objectivo da época é o campeonato, mas estou muito contente com esta campanha europeia. Pelo menos, já limpámos a imagem perante a vergonha do ano passado. E seria bonito conseguir uma dobradinha Campeonato-Liga Europa, não?
domingo, novembro 29, 2009
Empate com o 8º classificado
Não conseguimos melhor do que um 0-0 no WC. Sinceramente esperava melhor da nossa equipa perante um adversário que confirmou o mau momento que atravessa e que ficou bastante contente com o resultado. Não perder com o Glorioso é sempre uma vitória para os lagartos.
Entrámos mal na partida, estranhamente pouco concentrados e a perder um número grande de bolas no nosso meio-campo, o que dava azo a contra-ataques com algum perigo. Quando assentámos, ficou patente a nossa superioridade e por isso é que o resultado me sabe a pouco. Falhámos essencialmente na opção do último passe. Houve mais do que uma situação em que, com jogadores desmarcados nas pontas, optámos por afunilar o jogo. Revelámos pouca inteligência e alguma precipitação no momento desse passe.
Na 2ª parte, os lagartos tiveram cinco minutos bons em que o Quim fez a defesa da noite num remate do Miguel Veloso, mas de resto só nós demonstrávamos vontade de ganhar a partida. Exemplo disso são os inúmeros ataques que realizámos. Na parte final da partida ficou toda a sensação que estávamos satisfeitos com o empate, o que se reflectiu em algumas substituições. Mesmo assim o Rui Patrício fez mais defesas que o Quim e uns quantos remates cruzados poderiam ter tido melhor destino.
Individualmente tenho que destacar o nosso guarda-redes, que segurou o empate com aquela defesa magnífica. Tirando os primeiros 10’, gostei da defesa em geral, mesmo do César Peixoto que, longe de ser um fora-de-série, revelou alguma segurança defensiva. O Sidnei não acusou falta de ritmo, mas saiu lesionado já na parte final. O Javi García e o Ramires estiveram bem no meio-campo. Mas o nosso jogo menos conseguido teve no Aimar e no Di María os principais responsáveis. Então este último quase que repetia a horrível exibição do passado Domingo. As coisas não lhe saíram mesmo nada bem. Também me parece que fisicamente ambos já conheceram melhores dias e a dinâmica da equipa ressente-se disso. O Saviola, que esteve em dúvida durante a semana, acabou por ser o melhor do ataque, já que o Cardozo esteve igualmente uns furos abaixo do habitual. O Rúben Amorim entrou bem para o lugar do Aimar e o Miguel Vítor também para render o Sidnei.
Mantivemos a distância de 11 pontos para os lagartos, mas corremos o risco de deixar a liderança ex-aequo com o Braga, se este vencer a U. Leiria. É essencial conquistar a vitória nos próximos dois jogos antes de recebermos o CRAC, para mantermos no mínimo três pontos de vantagem sobre eles. Todavia, na próxima 4ª feira temos uma partida importantíssima para a Liga Europa que seria muito bom ganharmos para ficarmos de vez com o 1º lugar do grupo (que provavelmente “só” significará não apanhar o Liverpool nos 1/16 avos de final…) e podermos jogar com os suplentes na recepção ao AEK Atenas, que será apenas três dias antes do jogo contra o CRAC. Espero que estas duas últimas exibições menos conseguidas não tenham reflexo na próxima 4ª feira e que possamos voltar às vitórias rapidamente.
Entrámos mal na partida, estranhamente pouco concentrados e a perder um número grande de bolas no nosso meio-campo, o que dava azo a contra-ataques com algum perigo. Quando assentámos, ficou patente a nossa superioridade e por isso é que o resultado me sabe a pouco. Falhámos essencialmente na opção do último passe. Houve mais do que uma situação em que, com jogadores desmarcados nas pontas, optámos por afunilar o jogo. Revelámos pouca inteligência e alguma precipitação no momento desse passe.
Na 2ª parte, os lagartos tiveram cinco minutos bons em que o Quim fez a defesa da noite num remate do Miguel Veloso, mas de resto só nós demonstrávamos vontade de ganhar a partida. Exemplo disso são os inúmeros ataques que realizámos. Na parte final da partida ficou toda a sensação que estávamos satisfeitos com o empate, o que se reflectiu em algumas substituições. Mesmo assim o Rui Patrício fez mais defesas que o Quim e uns quantos remates cruzados poderiam ter tido melhor destino.
Individualmente tenho que destacar o nosso guarda-redes, que segurou o empate com aquela defesa magnífica. Tirando os primeiros 10’, gostei da defesa em geral, mesmo do César Peixoto que, longe de ser um fora-de-série, revelou alguma segurança defensiva. O Sidnei não acusou falta de ritmo, mas saiu lesionado já na parte final. O Javi García e o Ramires estiveram bem no meio-campo. Mas o nosso jogo menos conseguido teve no Aimar e no Di María os principais responsáveis. Então este último quase que repetia a horrível exibição do passado Domingo. As coisas não lhe saíram mesmo nada bem. Também me parece que fisicamente ambos já conheceram melhores dias e a dinâmica da equipa ressente-se disso. O Saviola, que esteve em dúvida durante a semana, acabou por ser o melhor do ataque, já que o Cardozo esteve igualmente uns furos abaixo do habitual. O Rúben Amorim entrou bem para o lugar do Aimar e o Miguel Vítor também para render o Sidnei.
Mantivemos a distância de 11 pontos para os lagartos, mas corremos o risco de deixar a liderança ex-aequo com o Braga, se este vencer a U. Leiria. É essencial conquistar a vitória nos próximos dois jogos antes de recebermos o CRAC, para mantermos no mínimo três pontos de vantagem sobre eles. Todavia, na próxima 4ª feira temos uma partida importantíssima para a Liga Europa que seria muito bom ganharmos para ficarmos de vez com o 1º lugar do grupo (que provavelmente “só” significará não apanhar o Liverpool nos 1/16 avos de final…) e podermos jogar com os suplentes na recepção ao AEK Atenas, que será apenas três dias antes do jogo contra o CRAC. Espero que estas duas últimas exibições menos conseguidas não tenham reflexo na próxima 4ª feira e que possamos voltar às vitórias rapidamente.
segunda-feira, novembro 23, 2009
Objectivo falhado
Perdemos em casa com o V. Guimarães (0-1) e fomos eliminados da Taça de Portugal. Um dos dois declarados objectivos de conquista da época já se foi e de uma maneira que não nos pode deixar de consciência tranquila. A atitude da equipa não foi a melhor, à semelhança de Poltava e Atenas, e o resultado esteve à vista.
É bom que os jogadores do Benfica se mentalizem que ainda não ganharam nada e até agora até estão pior que no ano passado, em que fomos eliminados da Taça nos oitavos-de-final fora e não na 4ª eliminatória em casa. Sinceramente não percebi aquela 1ª parte. Tirando uns 10’ iniciais, a apatia tomou conta da generalidade da equipa e a exibição fez recordar alguns momentos da época anterior. Sem velocidade, com futebol previsível, sem criar grandes situações de golo, a 1ª parte foi mesmo muito fraca. Para piorar as coisas, estivemos a dormir na defesa e deixámos que o V. Guimarães chegasse à vantagem aos 24’ através de um pontapé de canto.
A 2ª parte foi toda nossa, mas continuamos a sentir muito a falta do Cardozo. A eficácia do paraguaio está longe de ter seguidores na equipa e não conseguimos marcar, apesar de termos tido algumas boas oportunidades. Revelámos precipitação, pouca cabeça e também tem que se dizer que o V. Guimarães defendeu bem (com algum antijogo, mas é o futebol que temos). Acho igualmente que o Jesus demorou algum tempo nas substituições e que houve jogadores que ficaram até final e não deveriam. Mas o que esta partida fundamentalmente mostrou é que o chip do campeonato não é o mesmo nas outras competições. Os jogadores esqueceram-se que o outro grande objectivo da época era a conquista da Taça de Portugal e mais uma vez não terminaremos a época no Jamor.
Individualmente não tenho vontade de destacar ninguém. Houve jogadores que se esforçaram, mas a desinspiração foi quase geral. Pela negativa, ao invés, tenho que referir o Di María que fez provavelmente o pior jogo desde que está no Benfica. Aliás, o Aimar e o Saviola também estiveram bastantes furos abaixo do que é habitual, tornando esta uma noite horrível para os argentinos. O Ramires voltou de lesão e ainda não tem o ritmo necessário. O Fábio Coentrão esteve igualmente muito discreto e os centros não lhe saíram nada bem. O Keirrison teve uma 1ª parte razoável, mas desapareceu completamente na 2ª. Na defesa, a voz de comando do Luisão fez falta.
Com este afastamento inglório e muito precoce, espero sinceramente que a equipa se concentre na Liga Europa (claro que o campeonato é o principal objectivo). Como a final desta competição é quatro dias antes da da Taça de Portugal, acho que isto esteve no subconsciente dos jogadores. Entre uma e outra, preferem a dobradinha com uma conquista europeia. Se assim acontecer, estão perdoados.
P.S. – Por enquanto, é obrigatório que a resposta a este resultado negativo seja implacável. O 8º classificado vai ter que sofrer as consequências.
É bom que os jogadores do Benfica se mentalizem que ainda não ganharam nada e até agora até estão pior que no ano passado, em que fomos eliminados da Taça nos oitavos-de-final fora e não na 4ª eliminatória em casa. Sinceramente não percebi aquela 1ª parte. Tirando uns 10’ iniciais, a apatia tomou conta da generalidade da equipa e a exibição fez recordar alguns momentos da época anterior. Sem velocidade, com futebol previsível, sem criar grandes situações de golo, a 1ª parte foi mesmo muito fraca. Para piorar as coisas, estivemos a dormir na defesa e deixámos que o V. Guimarães chegasse à vantagem aos 24’ através de um pontapé de canto.
A 2ª parte foi toda nossa, mas continuamos a sentir muito a falta do Cardozo. A eficácia do paraguaio está longe de ter seguidores na equipa e não conseguimos marcar, apesar de termos tido algumas boas oportunidades. Revelámos precipitação, pouca cabeça e também tem que se dizer que o V. Guimarães defendeu bem (com algum antijogo, mas é o futebol que temos). Acho igualmente que o Jesus demorou algum tempo nas substituições e que houve jogadores que ficaram até final e não deveriam. Mas o que esta partida fundamentalmente mostrou é que o chip do campeonato não é o mesmo nas outras competições. Os jogadores esqueceram-se que o outro grande objectivo da época era a conquista da Taça de Portugal e mais uma vez não terminaremos a época no Jamor.
Individualmente não tenho vontade de destacar ninguém. Houve jogadores que se esforçaram, mas a desinspiração foi quase geral. Pela negativa, ao invés, tenho que referir o Di María que fez provavelmente o pior jogo desde que está no Benfica. Aliás, o Aimar e o Saviola também estiveram bastantes furos abaixo do que é habitual, tornando esta uma noite horrível para os argentinos. O Ramires voltou de lesão e ainda não tem o ritmo necessário. O Fábio Coentrão esteve igualmente muito discreto e os centros não lhe saíram nada bem. O Keirrison teve uma 1ª parte razoável, mas desapareceu completamente na 2ª. Na defesa, a voz de comando do Luisão fez falta.
Com este afastamento inglório e muito precoce, espero sinceramente que a equipa se concentre na Liga Europa (claro que o campeonato é o principal objectivo). Como a final desta competição é quatro dias antes da da Taça de Portugal, acho que isto esteve no subconsciente dos jogadores. Entre uma e outra, preferem a dobradinha com uma conquista europeia. Se assim acontecer, estão perdoados.
P.S. – Por enquanto, é obrigatório que a resposta a este resultado negativo seja implacável. O 8º classificado vai ter que sofrer as consequências.
sexta-feira, novembro 20, 2009
Relembrar XXIV - Tamagnini Néné
Este Senhor (o "s" maiúsculo não é inocente) faz hoje 60 anos. E 41 deles são passados no Benfica. Os números são impressionantes: 575 jogos, 362 golos (média de 0,63 / jogo), 10 campeonatos, 6 Taças de Portugal e 2 Supertaças. É a mística em pessoa. Dos 362 golos, estes três foram certamente dos mais saborosos. Muitos parabéns, Néné!
P.S. - Apesar destes números, o Néné não era, como se sabe, consensual no 3º Anel. Por vezes, nós, benfiquistas, temos destas coisas. Prestamos mais atenção aos fait-divers como "não sujar os calções" do que aos golos marcados. Que este exemplo do Néné nos sirva de ensinamento para não sermos injustos com alguns dos actuais jogadores. Deixemos os "cabelos" de lado e concentremo-nos na sua importância no plantel. A mística também passa muito por aí.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
P.S. - Apesar destes números, o Néné não era, como se sabe, consensual no 3º Anel. Por vezes, nós, benfiquistas, temos destas coisas. Prestamos mais atenção aos fait-divers como "não sujar os calções" do que aos golos marcados. Que este exemplo do Néné nos sirva de ensinamento para não sermos injustos com alguns dos actuais jogadores. Deixemos os "cabelos" de lado e concentremo-nos na sua importância no plantel. A mística também passa muito por aí.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
quinta-feira, novembro 19, 2009
No Mundial
Uma vitória (1-0) na Bósnia permitiu qualificarmo-nos para o Mundial da África do Sul. Seria vergonhoso se assim não acontecesse, mas não nos devemos esquecer da miserável fase de qualificação que fizemos. Com três castigados e mais o Misimovic lesionado, a Bósnia apresentou-se muito desfalcada e raramente criou perigo para a nossa baliza. Ficou mais uma vez provado que o "ambiente terrível" das bancadas não tem influência nenhuma, se os jogadores se apresentarem concentrados e mentalizados para a vitória.
Depois de um empate em casa e um triunfo no último minuto na Albânia, e três bolas no poste da Bósnia no jogo da 1ª mão, não se pode dizer que não tenhamos tido uma pontinha de sorte (não esquecendo ainda que a Dinamarca ganhou à Suécia, que estava à nossa frente) neste apuramento. Vamos ver agora como será o sorteio e o que nos estará reservado no Mundial. Não estou nada confiante. Esta selecção está cheia de equívocos (guarda-redes e defesa-esquerdo, só para dar dois exemplos) e é manifesta a falta de liderança em campo e no banco. Mas vamos lá estar e isso era o mais importante.
Depois de um empate em casa e um triunfo no último minuto na Albânia, e três bolas no poste da Bósnia no jogo da 1ª mão, não se pode dizer que não tenhamos tido uma pontinha de sorte (não esquecendo ainda que a Dinamarca ganhou à Suécia, que estava à nossa frente) neste apuramento. Vamos ver agora como será o sorteio e o que nos estará reservado no Mundial. Não estou nada confiante. Esta selecção está cheia de equívocos (guarda-redes e defesa-esquerdo, só para dar dois exemplos) e é manifesta a falta de liderança em campo e no banco. Mas vamos lá estar e isso era o mais importante.
domingo, novembro 15, 2009
Portugal - 1 - Bósnia - 0
Vencemos a Bósnia na 1ª mão dos play-off de acesso ao Mundial num resultado muito lisonjeiro para nós. Não que não tenhamos sido a equipa que mais tentou ganhar a partida ao longo dos 90’, mas quando se apanham três(!) bolas nos postes, todas as teorias do domínio territorial e qualidade exibicional vão por água abaixo (por muito que custe ao nosso excelso seleccionador). Tivemos sorte e ponto final.
Estava com algumas saudades de ver um jogo ao vivo na Luz sem grande stress. Foi o caso. Claro que quero que a selecção se apure para o Mundial, mas esta selecção de Portugal está longe de ser “a” selecção de todos nós. O capital de empolgamento e identificação criado por Scolari foi rapidamente quebrado por este projecto de treinador que nos comanda agora. Onde antes havia alguma coerência de construção da equipa e escolha dos jogadores (concordando-se ou não com ela), agora há um Deus-dará dirigido pelo mais puro populismo. Exemplo? A convocação do Nuno Assis por causa do jogo em Guimarães e a sua não-convocação agora, e a entrada do Fábio Coentrão por estarmos em pleno Estádio da Luz, só para dar dois exemplos.
Bem, mas falemos do jogo. Dominámos durante a maior parte do tempo, fiquei contente e aplaudi o golo, até ver quem é que o tinha marcado. Aí confesso que foi mais forte do que eu e limitei-me a… ficar contente (peço desculpa, mas vestindo-lhe a camisola que se quiser, uma besta é sempre uma besta). Perto do intervalo, veio a 1ª bola ao poste num cabeceamento na pequena-área depois de um canto a que o Eduardo, naturalmente, não chegou. Na 2ª parte aproveitámos um certo adiantamento do adversário para criar algumas oportunidades, mas a maior de todas foi da Bósnia perto do fim com duas bolas nos ferros na mesma jogada. Claro que uma inacreditável substituição do Queiroz aos 88’, tirando o Simão e colocando o Hugo Almeida, ajudou a isto. Portugal ficou a jogar com dois pontas-de-lança, mudou a táctica para o losango, isto tudo estando a ganhar e faltando dois minutos para o final da partida! Claro que houve desorganização na equipa e os bósnios iam aproveitando para empatar.
O jogo na próxima 4ª feira prevê-se bastante complicado e não acho que nos consigamos qualificar sem marcar golos. Mas com este treinador tenho muito medo que estejamos com ideias de jogar para o 0-0. Vamos ver, sendo certo que somos superiores à Bósnia e que será um escândalo se não estivermos na África do Sul.
P.S.- Quanto ao que realmente interessa, o Glorioso conquistou o 5º troféu da temporada ao bater na 6ª feira o Santa Clara nos penalties (5-3) num jogo de homenagem ao Pauleta, depois de 1-1 nos 90’ Há que dizer que tivemos bastante sorte na partida, já que só a aselhice dos jogadores adversários lhes retirou a vitória. Contei pelo menos cinco oportunidades de avançado contra o guarda-redes que eles falharam. Em relação aos jogadores, alinhámos com uma equipa bastante secundária, mas mesmo assim gostei do Urreta enquanto teve pilhas, do golão do Keirrison e de alguns movimentos do Nuno Gomes. Todos os outros ou desaproveitaram a oportunidade ou não sobressaíram dos demais.
Estava com algumas saudades de ver um jogo ao vivo na Luz sem grande stress. Foi o caso. Claro que quero que a selecção se apure para o Mundial, mas esta selecção de Portugal está longe de ser “a” selecção de todos nós. O capital de empolgamento e identificação criado por Scolari foi rapidamente quebrado por este projecto de treinador que nos comanda agora. Onde antes havia alguma coerência de construção da equipa e escolha dos jogadores (concordando-se ou não com ela), agora há um Deus-dará dirigido pelo mais puro populismo. Exemplo? A convocação do Nuno Assis por causa do jogo em Guimarães e a sua não-convocação agora, e a entrada do Fábio Coentrão por estarmos em pleno Estádio da Luz, só para dar dois exemplos.
Bem, mas falemos do jogo. Dominámos durante a maior parte do tempo, fiquei contente e aplaudi o golo, até ver quem é que o tinha marcado. Aí confesso que foi mais forte do que eu e limitei-me a… ficar contente (peço desculpa, mas vestindo-lhe a camisola que se quiser, uma besta é sempre uma besta). Perto do intervalo, veio a 1ª bola ao poste num cabeceamento na pequena-área depois de um canto a que o Eduardo, naturalmente, não chegou. Na 2ª parte aproveitámos um certo adiantamento do adversário para criar algumas oportunidades, mas a maior de todas foi da Bósnia perto do fim com duas bolas nos ferros na mesma jogada. Claro que uma inacreditável substituição do Queiroz aos 88’, tirando o Simão e colocando o Hugo Almeida, ajudou a isto. Portugal ficou a jogar com dois pontas-de-lança, mudou a táctica para o losango, isto tudo estando a ganhar e faltando dois minutos para o final da partida! Claro que houve desorganização na equipa e os bósnios iam aproveitando para empatar.
O jogo na próxima 4ª feira prevê-se bastante complicado e não acho que nos consigamos qualificar sem marcar golos. Mas com este treinador tenho muito medo que estejamos com ideias de jogar para o 0-0. Vamos ver, sendo certo que somos superiores à Bósnia e que será um escândalo se não estivermos na África do Sul.
P.S.- Quanto ao que realmente interessa, o Glorioso conquistou o 5º troféu da temporada ao bater na 6ª feira o Santa Clara nos penalties (5-3) num jogo de homenagem ao Pauleta, depois de 1-1 nos 90’ Há que dizer que tivemos bastante sorte na partida, já que só a aselhice dos jogadores adversários lhes retirou a vitória. Contei pelo menos cinco oportunidades de avançado contra o guarda-redes que eles falharam. Em relação aos jogadores, alinhámos com uma equipa bastante secundária, mas mesmo assim gostei do Urreta enquanto teve pilhas, do golão do Keirrison e de alguns movimentos do Nuno Gomes. Todos os outros ou desaproveitaram a oportunidade ou não sobressaíram dos demais.
quarta-feira, novembro 11, 2009
Porquê, Enke?
É preciso ter ao mesmo tempo uma grande coragem e uma grande cobardia para cometer suicídio. Seja como for, os motivos que o levaram a tal acto foram certamente muito fortes. Foi, provavelmente, o melhor guarda-redes não estratosférico que vi no Benfica (Bento e Preud'homme à parte, claro). Deixou saudades não só pela sua qualidade futebolística, mas pela sua personalidade. Descansa em paz, Robert Enke (24/8/1977 - 10/11/2009).
terça-feira, novembro 10, 2009
A ferríssimos
Ganhámos à Naval (1-0) e, com as derrotas do Braga e CRAC e o empate dos lagartos, voltámos ao 1º lugar ex-aequo com o Braga, conquistando um total de oito pontos aos rivais mais directos. Foi uma vitória muito sofrida, por motivos diferentes do que eu previ aqui. O Sr. Lucílio Baptista não foi o grande adversário da noite, e quem chegasse agora a Portugal até poderia pensar que era um bom árbitro, mas o Peiser, guarda-redes da Naval. Fez uma exibição que lembrou a do Peçanha na 1ª jornada. O homem defendeu tudo e mais alguma coisa e só uma cabeçada do Javi García aos 88’ é que nos deu o triunfo.
Tal como escrevi na Tertúlia, se formos campeões no final da época, um dos momentos marcantes será esta partida. Era uma oportunidade, quiçá única, de ganharmos pontos a três concorrentes directos e o modo como foi obtida só nos pode fazer acreditar cada vez mais que é possível quebrarmos o jejum de quatro anos. Foi acima de tudo uma vitória do querer, da raça, da ambição e de uma equipa que nunca desiste. Sem o Ramires e, principalmente, o Cardozo, substituídos pelo Rúben Amorim e o Nuno Gomes, o Benfica entrou bem na partida, mas o que não estava no programa era apanharmos pela frente um guarda-redes tão inspirado. Fez pelo menos quatro defesas fabulosas na 1ª parte. Não se pode dizer que não tenhamos sentido a falta daqueles dois titulares indiscutíveis, mas mesmo assim jogámos bem perante uma Naval que não trouxe o autocarro, mas dois camiões-tir. Foi uma partida massacrante, num só sentido e de extremo desgaste para nós, que ainda por cima vínhamos de uma jornada europeia a meio da semana. Para além do Peiser, lá tivemos a providencial bola no poste perto do intervalo pelo Saviola.
Na 2ª parte, e com a Naval a fechar-se cada vez mais, não tivemos tantas oportunidades como na 1ª. Mesmo assim, o Nuno Gomes falhou incrivelmente uma recarga a um remate do Javi García e o Di María fez um fantástico remate que o guarda-redes desviou para o poste. A 2’ do fim fez-se justiça com uma óptima cabeçada do nº 6. De modo incrível, ainda permitimos à Naval ter uma grande oportunidade que uma certa estrelinha da nossa parte (mas também tínhamos direito depois de todo o azar no resto do jogo) desviou da baliza.
Antes dos destaques individuais, queria deixar aqui uma palavra à Naval. É certo que defenderam durante os 90’ com dois camiões-tir, mas fizeram um jogo honesto, sem simular lesões nem queimar tempo da maneira vergonhosa que fez, por exemplo, o Marítimo na 1ª jornada. Tal como disse o Jesus na conferência de imprensa, a Naval assumiu a superioridade do Benfica e fez o jogo possível. Não foi bonito para o espectáculo, mas ia sendo eficaz. Agora, tenho curiosidade de ver se esta mesma Naval vai jogar assim noutros campos, ou se vai abrir a perninha a certas equipas.
Em termos individuais, há que destacar obviamente o Javi García. Fez uma partida soberba, sem cometer (ao que me lembre) uma única falta (ele que estava tapado para Alvalade) e ainda participou imenso no jogo ofensivo. Um livre muito bem marcado, um remate perigoso e um golo revelaram que, para além de um fabuloso médio-defensivo, temos um óptimo médio-centro. Também gostei imenso do Fábio Coentrão outra vez a defesa-esquerdo. Muito bem a defender (igualmente tapado por amarelos) e a subir constantemente pela esquerda para ajudar o Di María. Este ressentiu-se um pouco na 2ª parte do esforço em Liverpool, tal como o Saviola, mas foi dele o cruzamento para o golo. O Rúben Amorim fez igualmente uma boa partida a médio-direito e o Maxi melhorou muito na 2ª parte. O Nuno Gomes é sempre esforçado, mas não pode falhar um golo daqueles na 2ª parte. O lance na 1ª pareceu-me no estádio um falhanço escandaloso, mas visto na repetição há muito mérito do defesa que não lhe permitiu ter espaço para o remate. E lamento ter que dizer isto, até parece perseguição mas não é porque eu respeito todos os jogadores do Benfica, principalmente aqueles que já foram campeões, mas em relação à grande oportunidade da Naval no final da partida, o que eu vi foi o seguinte: de um sítio muito semelhante, o guarda-redes da Naval conseguiu evitar um autogolo com uma estirada plena de reflexos; o Quim nem se mexeu num remate de um adversário. Não estou a dizer que iria defender a bola, mas se não se lançar a ela é que não a defende de certeza.
Uma vitória mais que justa perante a nossa besta negra (é incrível como temos tido tantas dificuldades em ganhar à Naval: três empates nos três primeiros jogos e só duas vitórias por mais de um golo de diferença em oito partidas) permite-nos encarar com outro espírito mais uma paragem do campeonato, agora por duas semanas para a selecção e a Taça de Portugal. O que lamento, porque adoraria ir já ao WC na próxima semana…
Tal como escrevi na Tertúlia, se formos campeões no final da época, um dos momentos marcantes será esta partida. Era uma oportunidade, quiçá única, de ganharmos pontos a três concorrentes directos e o modo como foi obtida só nos pode fazer acreditar cada vez mais que é possível quebrarmos o jejum de quatro anos. Foi acima de tudo uma vitória do querer, da raça, da ambição e de uma equipa que nunca desiste. Sem o Ramires e, principalmente, o Cardozo, substituídos pelo Rúben Amorim e o Nuno Gomes, o Benfica entrou bem na partida, mas o que não estava no programa era apanharmos pela frente um guarda-redes tão inspirado. Fez pelo menos quatro defesas fabulosas na 1ª parte. Não se pode dizer que não tenhamos sentido a falta daqueles dois titulares indiscutíveis, mas mesmo assim jogámos bem perante uma Naval que não trouxe o autocarro, mas dois camiões-tir. Foi uma partida massacrante, num só sentido e de extremo desgaste para nós, que ainda por cima vínhamos de uma jornada europeia a meio da semana. Para além do Peiser, lá tivemos a providencial bola no poste perto do intervalo pelo Saviola.
Na 2ª parte, e com a Naval a fechar-se cada vez mais, não tivemos tantas oportunidades como na 1ª. Mesmo assim, o Nuno Gomes falhou incrivelmente uma recarga a um remate do Javi García e o Di María fez um fantástico remate que o guarda-redes desviou para o poste. A 2’ do fim fez-se justiça com uma óptima cabeçada do nº 6. De modo incrível, ainda permitimos à Naval ter uma grande oportunidade que uma certa estrelinha da nossa parte (mas também tínhamos direito depois de todo o azar no resto do jogo) desviou da baliza.
Antes dos destaques individuais, queria deixar aqui uma palavra à Naval. É certo que defenderam durante os 90’ com dois camiões-tir, mas fizeram um jogo honesto, sem simular lesões nem queimar tempo da maneira vergonhosa que fez, por exemplo, o Marítimo na 1ª jornada. Tal como disse o Jesus na conferência de imprensa, a Naval assumiu a superioridade do Benfica e fez o jogo possível. Não foi bonito para o espectáculo, mas ia sendo eficaz. Agora, tenho curiosidade de ver se esta mesma Naval vai jogar assim noutros campos, ou se vai abrir a perninha a certas equipas.
Em termos individuais, há que destacar obviamente o Javi García. Fez uma partida soberba, sem cometer (ao que me lembre) uma única falta (ele que estava tapado para Alvalade) e ainda participou imenso no jogo ofensivo. Um livre muito bem marcado, um remate perigoso e um golo revelaram que, para além de um fabuloso médio-defensivo, temos um óptimo médio-centro. Também gostei imenso do Fábio Coentrão outra vez a defesa-esquerdo. Muito bem a defender (igualmente tapado por amarelos) e a subir constantemente pela esquerda para ajudar o Di María. Este ressentiu-se um pouco na 2ª parte do esforço em Liverpool, tal como o Saviola, mas foi dele o cruzamento para o golo. O Rúben Amorim fez igualmente uma boa partida a médio-direito e o Maxi melhorou muito na 2ª parte. O Nuno Gomes é sempre esforçado, mas não pode falhar um golo daqueles na 2ª parte. O lance na 1ª pareceu-me no estádio um falhanço escandaloso, mas visto na repetição há muito mérito do defesa que não lhe permitiu ter espaço para o remate. E lamento ter que dizer isto, até parece perseguição mas não é porque eu respeito todos os jogadores do Benfica, principalmente aqueles que já foram campeões, mas em relação à grande oportunidade da Naval no final da partida, o que eu vi foi o seguinte: de um sítio muito semelhante, o guarda-redes da Naval conseguiu evitar um autogolo com uma estirada plena de reflexos; o Quim nem se mexeu num remate de um adversário. Não estou a dizer que iria defender a bola, mas se não se lançar a ela é que não a defende de certeza.
Uma vitória mais que justa perante a nossa besta negra (é incrível como temos tido tantas dificuldades em ganhar à Naval: três empates nos três primeiros jogos e só duas vitórias por mais de um golo de diferença em oito partidas) permite-nos encarar com outro espírito mais uma paragem do campeonato, agora por duas semanas para a selecção e a Taça de Portugal. O que lamento, porque adoraria ir já ao WC na próxima semana…
sexta-feira, novembro 06, 2009
Inquestionável
Vencemos o Everton em Liverpool (2-0) e colocámo-nos em muita boa posição para passarmos aos 1/16 avos de final da Liga Europa, até porque houve um empate entre o AEK e o Bate Borisov. Precisamos apenas de mais um ponto nos dois jogos que faltam para nos qualificarmos. Parece-me cada vez mais claro que o maior adversário do Benfica este ano vão ser os Srs. Jorge Sousas que se nos atravessam no caminho, já que quando temos arbitragens honestas acabamos por ganhar mesmo jogos mais equilibrados.
Não sendo uma partida decisiva no apuramento, era no entanto muito importante em termos anímicos. Era fundamental a equipa dar uma resposta cabal ao resultado negativo do passado sábado e mostrar ao sistema que vai ter que corromper e roubar muito para nos parar. É algo que não cessa de me espantar este ano: respondemos sempre muito bem a qualquer resultado menos bom. E para o do passado sábado muito contribuíram factores externos, já que a nossa exibição não foi assim tão má.
Perante um Everton que, não me canso de repetir, ficou em 5º lugar no campeonato inglês do ano passado e que jogava em casa, demonstrámos uma personalidade imensa, classe e perfeita noção do que tínhamos que fazer para os neutralizar. Como se esperava, o Aimar ficou no banco e jogámos com o Javi García e o Ramires no meio, o Sidnei a central e o David Luiz na esquerda. As despesas do ataque eram do Di María, Fábio Coentrão, Saviola e Cardozo. A 1ª parte foi equilibrada, mas fomos nós que criámos mais perigo, incluindo uma bola ao poste pelo Cardozo seguida de um bom remate do Saviola superiormente defendido pelo Tim Howard. Perto do intervalo tivemos uma péssima notícia com a lesão muscular do Ramires, que espero seja recuperável a tempo de Alvalade. Ainda por cima, o brasileiro estava a ser dos melhores. Entrou o Maxi para lateral-direito e Amorim subiu para o meio-campo.
A 2ª parte foi um festival. O Everton deixou praticamente de criar perigo, enquanto nós tivemos muito cedo duas boas ocasiões pelo Di María. Aos 60’ o Jorge Jesus decidiu que estava na altura de ganhar o jogo e lançou o Aimar. Foi a estocada final. Se até aí tínhamos espaço para atacar, depois da entrada do argentino ficámos com alguém que sabia muito bem o que fazer com esse espaço. Aos 63’ uma boa combinação entre o Di María e o Saviola permitiu a este último inaugurar o marcador. A 15’ do fim a vitória ficou assegurada com um golo do Cardozo (em ligeira posição de fora-de-jogo) depois de um remate do Amorim desviado por um defesa. Muito perto do fim, num lance que me pareceu claríssimo fora-de-jogo, o Júlio César fez uma defesa magistral num remate isolado de um jogador do Everton na sequência de um canto. Foi daqueles lances de golo certo que o guarda-redes salva, algo que infelizmente não estou habituado a ver no Benfica nos últimos tempos.
Individualmente há que destacar o trio de argentinos (Di María, Saviola e Aimar) que fizeram a cabeça em água aos ingleses. O Javi García esteve imperial como sempre e gostei igualmente do Sidnei, que não pareceu que não tem jogado muito este ano. O Luisão é cada vez mais um pilar de toda a equipa e, que me lembre, só foi batido uma vez ao longo da partida. O Cardozo lá marcou o golito do costume e o Amorim subiu de produção quando foi para o meio-campo. Voltei a gostar da segurança do Júlio César.
O prestígio europeu do Benfica, que ficou um pouco abalado depois da vergonhosa campanha da época passada, está a ser recuperado, o que só nos deve encher de orgulho. Desde o jogo na Ucrânia frente ao Shakhtar há quase dois anos que não ganhávamos fora na Europa, malapata essa que foi agora quebrada em grande estilo. Por outro lado, uma boa campanha europeia é fundamental para que na próxima época, se formos à Champions, fiquemos no pote 2. Quanto aos jogos que faltam, era conveniente selarmos já o apuramento na Bielorrússia, para que na partida frente ao AEK Atenas utilizemos os suplentes. É que apenas três dias depois desta recebemos o CRAC na jornada antes do interregno do campeonato para o Natal.
Não sendo uma partida decisiva no apuramento, era no entanto muito importante em termos anímicos. Era fundamental a equipa dar uma resposta cabal ao resultado negativo do passado sábado e mostrar ao sistema que vai ter que corromper e roubar muito para nos parar. É algo que não cessa de me espantar este ano: respondemos sempre muito bem a qualquer resultado menos bom. E para o do passado sábado muito contribuíram factores externos, já que a nossa exibição não foi assim tão má.
Perante um Everton que, não me canso de repetir, ficou em 5º lugar no campeonato inglês do ano passado e que jogava em casa, demonstrámos uma personalidade imensa, classe e perfeita noção do que tínhamos que fazer para os neutralizar. Como se esperava, o Aimar ficou no banco e jogámos com o Javi García e o Ramires no meio, o Sidnei a central e o David Luiz na esquerda. As despesas do ataque eram do Di María, Fábio Coentrão, Saviola e Cardozo. A 1ª parte foi equilibrada, mas fomos nós que criámos mais perigo, incluindo uma bola ao poste pelo Cardozo seguida de um bom remate do Saviola superiormente defendido pelo Tim Howard. Perto do intervalo tivemos uma péssima notícia com a lesão muscular do Ramires, que espero seja recuperável a tempo de Alvalade. Ainda por cima, o brasileiro estava a ser dos melhores. Entrou o Maxi para lateral-direito e Amorim subiu para o meio-campo.
A 2ª parte foi um festival. O Everton deixou praticamente de criar perigo, enquanto nós tivemos muito cedo duas boas ocasiões pelo Di María. Aos 60’ o Jorge Jesus decidiu que estava na altura de ganhar o jogo e lançou o Aimar. Foi a estocada final. Se até aí tínhamos espaço para atacar, depois da entrada do argentino ficámos com alguém que sabia muito bem o que fazer com esse espaço. Aos 63’ uma boa combinação entre o Di María e o Saviola permitiu a este último inaugurar o marcador. A 15’ do fim a vitória ficou assegurada com um golo do Cardozo (em ligeira posição de fora-de-jogo) depois de um remate do Amorim desviado por um defesa. Muito perto do fim, num lance que me pareceu claríssimo fora-de-jogo, o Júlio César fez uma defesa magistral num remate isolado de um jogador do Everton na sequência de um canto. Foi daqueles lances de golo certo que o guarda-redes salva, algo que infelizmente não estou habituado a ver no Benfica nos últimos tempos.
Individualmente há que destacar o trio de argentinos (Di María, Saviola e Aimar) que fizeram a cabeça em água aos ingleses. O Javi García esteve imperial como sempre e gostei igualmente do Sidnei, que não pareceu que não tem jogado muito este ano. O Luisão é cada vez mais um pilar de toda a equipa e, que me lembre, só foi batido uma vez ao longo da partida. O Cardozo lá marcou o golito do costume e o Amorim subiu de produção quando foi para o meio-campo. Voltei a gostar da segurança do Júlio César.
O prestígio europeu do Benfica, que ficou um pouco abalado depois da vergonhosa campanha da época passada, está a ser recuperado, o que só nos deve encher de orgulho. Desde o jogo na Ucrânia frente ao Shakhtar há quase dois anos que não ganhávamos fora na Europa, malapata essa que foi agora quebrada em grande estilo. Por outro lado, uma boa campanha europeia é fundamental para que na próxima época, se formos à Champions, fiquemos no pote 2. Quanto aos jogos que faltam, era conveniente selarmos já o apuramento na Bielorrússia, para que na partida frente ao AEK Atenas utilizemos os suplentes. É que apenas três dias depois desta recebemos o CRAC na jornada antes do interregno do campeonato para o Natal.
domingo, novembro 01, 2009
Uma VERGONHA
Perdemos em Braga (0-2) num jogo em que o Sr. Jorge Sousa foi preponderante para a vitória bracarense. Como me comentava o meu pai, como é que é possível que em apenas nove jornadas esta seja a 2ª vez que este LADRÃO nos apita? Não há mais árbitros na 1ª categoria? A resposta foi dada em campo.
Entrámos muito mal na partida e sofremos um golo logo aos 7’ num livre lateral do Hugo Viana em que o Quim tem uma movimentação digna de um iniciado. Aquele livre nunca pode ser golo! O nosso guarda-redes dá dois passos laterais na direcção do poste que supostamente está coberto pela barreira e deixa o outro completamente livre. Ou seja, parecia que estava a defender um penalty, ao escolher um dos lados. Respondemos muitíssimo bem e tivemos bastantes oportunidades para empatar, o que conseguiríamos através do Luisão não fosse a providencial intervenção do Sr. Jorge Sousa. O Braga jogou os primeiros 10’ e depois montou o autocarro, fazendo só dois ou três contra-ataques no resto da 1ª parte.
No intervalo, o Sr. Jorge Sousa aproveitou uma discussão colectiva para expulsar o Cardozo e um defesa-central deles. Como é óbvio, o nosso avançado fez muito mais falta e ficará certamente de fora em Alvalade. Mais uma encomenda entregue. Na 2ª parte, para mim o Jesus comete um erro ao fazer entrar o Keirrison logo aos 54’. O Weldon e o Nuno Gomes, para além de terem muito mais experiência para jogos destes, não vinham de lesões. Mesmo com o seu sub-rendimento, tivemos algumas ocasiões não aproveitadas e num contra-ataque a sensivelmente 10’ do fim, o Braga matou o jogo. Até final ainda tentámos não ficar em branco, mas a pontaria não estava afinada.
Individualmente voltei a gostar do Fábio Coentrão a defesa-esquerdo, não se atemorizando com um cartão amarelo logo aos 6’ no livre que deu origem ao 1º golo. Os centrais também não estiveram mal e o Saviola fez uma boa 1ª parte (era escusada a simulação para tentar ganhar um penalty). O Ramires e o Di María não estiveram ao seu nível e o próprio Aimar teve dificuldade em libertar-se da marcação. E, lamento dizê-lo, ainda estou à espera de ver o Quim fazer uma daquelas defesas impossíveis. Mas mesmo assim fomos de longe a melhor equipa, a que teve mais oportunidades e a que, pelo menos, não perderia se a partida não tivesse sido condicionada por um LADRÃO travestido de árbitro.
Resumindo: anulou um golo limpo do Luisão e não quis marcar um braço descarado do defesa-esquerdo dentro da área na 2ª parte. Para além disto, aproveitou para afastar o nosso melhor marcador dos próximos jogos num lance de confusão colectiva. É com pena que digo que isto só vai ao sítio quando um dia um tipo destes não chegar inteiro a casa. Infelizmente é o país que temos, em que a justiça não funciona e o sentimento de impunidade destes LADRÕES é enorme. Esta partida foi paradigmática: quando o jogo é equilibrado, é bastante mais fácil ser o árbitro a decidi-lo. Por mim, só me resta agradecer o facto de não viver na mesma cidade que este LADRÃO. Se se atravessasse à frente do meu carro, correria o sério risco de confundir o travão com o acelerador...
P.S. – Como é que nós pudemos acreditar que à 9ª jornada nos deixariam estar cinco pontos à frente do CRAC? O que não estava no programa era mesmo o empate deles em casa com o Belém. Caso contrário, já estariam colados a nós.
Entrámos muito mal na partida e sofremos um golo logo aos 7’ num livre lateral do Hugo Viana em que o Quim tem uma movimentação digna de um iniciado. Aquele livre nunca pode ser golo! O nosso guarda-redes dá dois passos laterais na direcção do poste que supostamente está coberto pela barreira e deixa o outro completamente livre. Ou seja, parecia que estava a defender um penalty, ao escolher um dos lados. Respondemos muitíssimo bem e tivemos bastantes oportunidades para empatar, o que conseguiríamos através do Luisão não fosse a providencial intervenção do Sr. Jorge Sousa. O Braga jogou os primeiros 10’ e depois montou o autocarro, fazendo só dois ou três contra-ataques no resto da 1ª parte.
No intervalo, o Sr. Jorge Sousa aproveitou uma discussão colectiva para expulsar o Cardozo e um defesa-central deles. Como é óbvio, o nosso avançado fez muito mais falta e ficará certamente de fora em Alvalade. Mais uma encomenda entregue. Na 2ª parte, para mim o Jesus comete um erro ao fazer entrar o Keirrison logo aos 54’. O Weldon e o Nuno Gomes, para além de terem muito mais experiência para jogos destes, não vinham de lesões. Mesmo com o seu sub-rendimento, tivemos algumas ocasiões não aproveitadas e num contra-ataque a sensivelmente 10’ do fim, o Braga matou o jogo. Até final ainda tentámos não ficar em branco, mas a pontaria não estava afinada.
Individualmente voltei a gostar do Fábio Coentrão a defesa-esquerdo, não se atemorizando com um cartão amarelo logo aos 6’ no livre que deu origem ao 1º golo. Os centrais também não estiveram mal e o Saviola fez uma boa 1ª parte (era escusada a simulação para tentar ganhar um penalty). O Ramires e o Di María não estiveram ao seu nível e o próprio Aimar teve dificuldade em libertar-se da marcação. E, lamento dizê-lo, ainda estou à espera de ver o Quim fazer uma daquelas defesas impossíveis. Mas mesmo assim fomos de longe a melhor equipa, a que teve mais oportunidades e a que, pelo menos, não perderia se a partida não tivesse sido condicionada por um LADRÃO travestido de árbitro.
Resumindo: anulou um golo limpo do Luisão e não quis marcar um braço descarado do defesa-esquerdo dentro da área na 2ª parte. Para além disto, aproveitou para afastar o nosso melhor marcador dos próximos jogos num lance de confusão colectiva. É com pena que digo que isto só vai ao sítio quando um dia um tipo destes não chegar inteiro a casa. Infelizmente é o país que temos, em que a justiça não funciona e o sentimento de impunidade destes LADRÕES é enorme. Esta partida foi paradigmática: quando o jogo é equilibrado, é bastante mais fácil ser o árbitro a decidi-lo. Por mim, só me resta agradecer o facto de não viver na mesma cidade que este LADRÃO. Se se atravessasse à frente do meu carro, correria o sério risco de confundir o travão com o acelerador...
P.S. – Como é que nós pudemos acreditar que à 9ª jornada nos deixariam estar cinco pontos à frente do CRAC? O que não estava no programa era mesmo o empate deles em casa com o Belém. Caso contrário, já estariam colados a nós.
terça-feira, outubro 27, 2009
No céu
Goleámos o Nacional (6-1) e, com o empate do Braga em Vila do Conde, chegámos finalmente ao 1º lugar, embora em igualdade pontual com eles. A diferença de golos é obviamente a nosso favor (30-5 vs. 13-4). Começam-me a faltar os adjectivos para descrever as exibições do Glorioso. Estamos a jogar como nunca me lembro e os nossos adversários devem estar a ficar seriamente preocupados.
Gostei bastante do jogo na 1ª parte. O Nacional é uma boa equipa e criou-nos inúmeros problemas nesse período. Não entrámos com a velocidade e a pressão do costume muito por mérito deles. Mesmo assim chegámos à vantagem aos 16’ pelo inevitável Cardozo na sequência de um centro do Fábio Coentrão desmarcado genialmente pelo Aimar. O mais difícil estava feito, só que o que não estava no programa era a entrada na partida do Sr. Vasco Santos e dos seus fiscais-de-linha. O Sr. Alexandre Freitas não quis ver um indiscutível fora-de-jogo e o Nacional empatou. Pouco depois, e num lance semelhante, o fiscal-de-linha do outro lado já viu e anulou-nos um golo ao Saviola. O argentino está ligeirissimamente adiantado, mas louve-se a coerência: as decisões foram sempre contra nós. Por estas condicionantes todas era muito importante chegar ao intervalo em vantagem, o que conseguimos aos 39’ em mais uma assistência do Coentrão para a cabeça do Saviola.
A 2ª parte foi demolidora da nossa parte, à semelhança da partida frente ao Everton. O Aimar ganhou um penalty logo aos 48’ naquela que foi a única decisão importante que nos beneficiou. Não foi falta, já que o argentino é que provocou a queda. O Cardozo marcou o penalty em força e quase para meio da baliza. O Nacional mal passava do meio-campo e notou-se a quebra física deles para causa do jogo na Liga Europa. Nós continuámos, como sempre, a atentar marcar mais golos, o que aconteceu novamente aos 63’ pelo Saviola. O Nacional protestou uma falta não assinalada no início do lance, o que até poderá ter acontecido, mas equiparar este lance a um penalty ou fora-de-jogo mal assinalado é desonestidade intelectual. Quanto mais não fosse, porque houve outro erro grave contra nós: fora-de-jogo mal assinalado ao Aimar num lance que resultou em golo. Daqui a bocado estamos a discutir lançamentos laterais... Até final, ainda houve duas expulsões contra eles, por derrube a jogadores nossos que ficariam isolados, e conseguimos marcar mais dois golos: o da ordem pelo Nuno Gomes e mais um penalty do Cardozo.
Individualmente destaco o jogo do Fábio Coentrão a defesa-esquerdo (o César Peixoto lesionou-se no aquecimento) e naturalmente o Cardozo por mais um hat-trick. O paraguaio sozinho tem mais golos marcados que 11(!) equipas da I Liga, onde se incluem os lagartos! E tem apenas menos um que outras duas. O Di María e o Ramires estiveram menos vistoso que na passada 5ª feira, mas mesmo assim as exibições foram positivas. O Saviola é um excelente complemento ao Cardozo e só as suas tabelinhas com o Aimar fazem valer o preço do bilhete. A defesa esteve sóbria e também em alto nível.
47.011 pessoas num jogo numa 2ª feira é noite é algo que só nós conseguimos. No próximo sábado espera-se novamente apoio maciço em Braga, numa partida muito importante, já que se ganharmos vamos colocar muita gente (ainda mais) preocupada connosco. Primeiro era só a pré-época, depois os adversários eram acessíveis, agora ganhamos e goleamos o Everton e o Nacional, mas como estamos sempre em teste, é fundamental uma vitória em Braga. Até para colocar todos os outros definitivamente em sentido.
Gostei bastante do jogo na 1ª parte. O Nacional é uma boa equipa e criou-nos inúmeros problemas nesse período. Não entrámos com a velocidade e a pressão do costume muito por mérito deles. Mesmo assim chegámos à vantagem aos 16’ pelo inevitável Cardozo na sequência de um centro do Fábio Coentrão desmarcado genialmente pelo Aimar. O mais difícil estava feito, só que o que não estava no programa era a entrada na partida do Sr. Vasco Santos e dos seus fiscais-de-linha. O Sr. Alexandre Freitas não quis ver um indiscutível fora-de-jogo e o Nacional empatou. Pouco depois, e num lance semelhante, o fiscal-de-linha do outro lado já viu e anulou-nos um golo ao Saviola. O argentino está ligeirissimamente adiantado, mas louve-se a coerência: as decisões foram sempre contra nós. Por estas condicionantes todas era muito importante chegar ao intervalo em vantagem, o que conseguimos aos 39’ em mais uma assistência do Coentrão para a cabeça do Saviola.
A 2ª parte foi demolidora da nossa parte, à semelhança da partida frente ao Everton. O Aimar ganhou um penalty logo aos 48’ naquela que foi a única decisão importante que nos beneficiou. Não foi falta, já que o argentino é que provocou a queda. O Cardozo marcou o penalty em força e quase para meio da baliza. O Nacional mal passava do meio-campo e notou-se a quebra física deles para causa do jogo na Liga Europa. Nós continuámos, como sempre, a atentar marcar mais golos, o que aconteceu novamente aos 63’ pelo Saviola. O Nacional protestou uma falta não assinalada no início do lance, o que até poderá ter acontecido, mas equiparar este lance a um penalty ou fora-de-jogo mal assinalado é desonestidade intelectual. Quanto mais não fosse, porque houve outro erro grave contra nós: fora-de-jogo mal assinalado ao Aimar num lance que resultou em golo. Daqui a bocado estamos a discutir lançamentos laterais... Até final, ainda houve duas expulsões contra eles, por derrube a jogadores nossos que ficariam isolados, e conseguimos marcar mais dois golos: o da ordem pelo Nuno Gomes e mais um penalty do Cardozo.
Individualmente destaco o jogo do Fábio Coentrão a defesa-esquerdo (o César Peixoto lesionou-se no aquecimento) e naturalmente o Cardozo por mais um hat-trick. O paraguaio sozinho tem mais golos marcados que 11(!) equipas da I Liga, onde se incluem os lagartos! E tem apenas menos um que outras duas. O Di María e o Ramires estiveram menos vistoso que na passada 5ª feira, mas mesmo assim as exibições foram positivas. O Saviola é um excelente complemento ao Cardozo e só as suas tabelinhas com o Aimar fazem valer o preço do bilhete. A defesa esteve sóbria e também em alto nível.
47.011 pessoas num jogo numa 2ª feira é noite é algo que só nós conseguimos. No próximo sábado espera-se novamente apoio maciço em Braga, numa partida muito importante, já que se ganharmos vamos colocar muita gente (ainda mais) preocupada connosco. Primeiro era só a pré-época, depois os adversários eram acessíveis, agora ganhamos e goleamos o Everton e o Nacional, mas como estamos sempre em teste, é fundamental uma vitória em Braga. Até para colocar todos os outros definitivamente em sentido.
sexta-feira, outubro 23, 2009
De gala
Goleámos o Everton por 5-0 e fizemos história: foi, a fazer fé no que ouvi na rádio, a nossa maior vitória de sempre na Taça Uefa / Liga Europa e a maior derrota europeia do 5º classificado do campeonato inglês do ano passado. Eu vou repetir: depois do Manchester United, Liverpool, Chelsea e Arsenal, ficaram estes senhores. “Equipa de segundo plano”? Pois, pois…
Estava quase tentado a escrever um post só com o resultado do jogo. É difícil manter a racionalidade quando estamos a jogar da maneira que estamos. Eu já sei que só defrontámos equipazinhas de segundo plano até agora, mas se as coisas correrem bem e ganharmos títulos no fim da época, será que vão continuar a dizer que “faltou um teste a sério” ao Benfica? É que já oiço esta conversa há muito tempo. Como se ganhar em Guimarães, Leiria e golear o Everton (só para referir alguns casos) fossem as coisas mais fáceis do mundo…
Entrámos bem na partida e o Luisão teve duas boas oportunidades para marcar na sequência de dois lances de bola parada, mas foi o Saviola a fazê-lo aos 13’ com um golão depois de um centro do Di María. A 1ª parte foi muito dividida sem grandes oportunidades para qualquer das equipas. Gostei de ver a forma como o Benfica soube posicionar-se em campo não dando grandes espaços aos ingleses e adoptando um ritmo mais baixo do que é habitual. Nem todos os jogos podem ter um ritmo frenético e há que saber jogar-se das duas maneiras.
Ao invés, o início da 2ª parte foi alucinante. Foi dos melhores períodos de sempre desde que vejo o Benfica. Em sete minutos, repito, s-e-t-e m-i-n-u-t-o-s marcámos três golos! Cardozo aos 46’ e 47’ (assistências do Saviola e Di María, respectivamente) e Luisão de canto aos 52’. Para além disso, o nº 20 atirou com estrondo à barra pouco depois. O Everton deixou de saber de que terra é que era e nós abrandámos o ritmo, mas não deixámos de ter a baliza contrária em vista. Com a partida decidida tão cedo, ainda deu para fazer descansar o Aimar, entrando o Carlos Martins, e o Cardozo, entrando o Fábio Coentrão. Possivelmente ao perceber que iria ser substituído pelo Weldon, o Saviola não quis ficar atrás do seu companheiro de ataque e marcou o 5º golo aos 84’, novamente assistido pelo Di María.
Em termos individuais, é impossível não se destacar o Di María. Três assistências para golo, uma bola à barra e toda a partida em excesso de velocidade fazem dele um dos homens do jogo. O outro é indiscutivelmente esse “velho” que veio cá para a “reforma” chamado Saviola (um homem de visão, este). Dois golos e uma assistência provam-no. O Luisão esteve mais uma vez imperial na defesa, ainda com a mais-valia de ter marcado. Gostei igualmente da atenção do Júlio César nas ocasiões em que teve que sair da baliza e na sua autoridade nos lances aéreos. O Ruben Amorim foi a novidade em vez do Maxi Pereira e o melhor que tenho a dizer dele é que não dei pela diferença. O Ramires esteve menos vistoso que em partidas em anteriores, mas só em termos atacantes. A sua acção no meio-campo foi fundamental. Assim como o posicionamento, a inteligência e a percepção do jogo que tem esse Grande jogador (o “g” maiúsculo é propositado) chamado Javi García. Ou muito me engano ou estes dois foram duas pechinchas.
Com a vitória do Bate Borisov sobre o AEK Atenas, ficámos em 1º lugar do grupo em igualdade pontual com o Everton (óbvia vantagem no confronto directo) e com os outros dois a três pontos. Era fundamental que chegássemos à última jornada com o apuramento já garantido, porque o jogo com o AEK é apenas três dias antes de receber o CRAC e convinha ter a equipa principal fresca para essa batalha. Um passo muito importante para isso seria ganhar em Liverpool daqui a 15 dias. E importante igualmente para o nosso ego, já que há quase dois anos que não vencemos fora para as competições europeias. Está na altura de quebrar (em grande) esse enguiço!
Estava quase tentado a escrever um post só com o resultado do jogo. É difícil manter a racionalidade quando estamos a jogar da maneira que estamos. Eu já sei que só defrontámos equipazinhas de segundo plano até agora, mas se as coisas correrem bem e ganharmos títulos no fim da época, será que vão continuar a dizer que “faltou um teste a sério” ao Benfica? É que já oiço esta conversa há muito tempo. Como se ganhar em Guimarães, Leiria e golear o Everton (só para referir alguns casos) fossem as coisas mais fáceis do mundo…
Entrámos bem na partida e o Luisão teve duas boas oportunidades para marcar na sequência de dois lances de bola parada, mas foi o Saviola a fazê-lo aos 13’ com um golão depois de um centro do Di María. A 1ª parte foi muito dividida sem grandes oportunidades para qualquer das equipas. Gostei de ver a forma como o Benfica soube posicionar-se em campo não dando grandes espaços aos ingleses e adoptando um ritmo mais baixo do que é habitual. Nem todos os jogos podem ter um ritmo frenético e há que saber jogar-se das duas maneiras.
Ao invés, o início da 2ª parte foi alucinante. Foi dos melhores períodos de sempre desde que vejo o Benfica. Em sete minutos, repito, s-e-t-e m-i-n-u-t-o-s marcámos três golos! Cardozo aos 46’ e 47’ (assistências do Saviola e Di María, respectivamente) e Luisão de canto aos 52’. Para além disso, o nº 20 atirou com estrondo à barra pouco depois. O Everton deixou de saber de que terra é que era e nós abrandámos o ritmo, mas não deixámos de ter a baliza contrária em vista. Com a partida decidida tão cedo, ainda deu para fazer descansar o Aimar, entrando o Carlos Martins, e o Cardozo, entrando o Fábio Coentrão. Possivelmente ao perceber que iria ser substituído pelo Weldon, o Saviola não quis ficar atrás do seu companheiro de ataque e marcou o 5º golo aos 84’, novamente assistido pelo Di María.
Em termos individuais, é impossível não se destacar o Di María. Três assistências para golo, uma bola à barra e toda a partida em excesso de velocidade fazem dele um dos homens do jogo. O outro é indiscutivelmente esse “velho” que veio cá para a “reforma” chamado Saviola (um homem de visão, este). Dois golos e uma assistência provam-no. O Luisão esteve mais uma vez imperial na defesa, ainda com a mais-valia de ter marcado. Gostei igualmente da atenção do Júlio César nas ocasiões em que teve que sair da baliza e na sua autoridade nos lances aéreos. O Ruben Amorim foi a novidade em vez do Maxi Pereira e o melhor que tenho a dizer dele é que não dei pela diferença. O Ramires esteve menos vistoso que em partidas em anteriores, mas só em termos atacantes. A sua acção no meio-campo foi fundamental. Assim como o posicionamento, a inteligência e a percepção do jogo que tem esse Grande jogador (o “g” maiúsculo é propositado) chamado Javi García. Ou muito me engano ou estes dois foram duas pechinchas.
Com a vitória do Bate Borisov sobre o AEK Atenas, ficámos em 1º lugar do grupo em igualdade pontual com o Everton (óbvia vantagem no confronto directo) e com os outros dois a três pontos. Era fundamental que chegássemos à última jornada com o apuramento já garantido, porque o jogo com o AEK é apenas três dias antes de receber o CRAC e convinha ter a equipa principal fresca para essa batalha. Um passo muito importante para isso seria ganhar em Liverpool daqui a 15 dias. E importante igualmente para o nosso ego, já que há quase dois anos que não vencemos fora para as competições europeias. Está na altura de quebrar (em grande) esse enguiço!
sábado, outubro 17, 2009
Goleada na Taça
Vencemos o Monsanto em Torres Novas (6-0) e qualificámo-nos para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal. Por causa dos jogos das selecções e da Liga Europa na próxima semana, alinhámos com uma equipa sem vários titulares, mas a boa atitude manteve-se e a vitória foi incontestável.
O 1º golo só surgiu aos 29’ numa boa iniciativa do Felipe Menezes culminada com um remate de fora da área. Até então o Monsanto tinha dado boa réplica, especialmente em termos defensivos, reduzindo-nos os espaços e aproveitando-se da pouca velocidade com que jogávamos. Não criaram perigo para a baliza do Moreira, mas também não nos deixaram ter grandes situações para marcar.
Na 2ª parte tudo foi diferente, porque nós passámos a jogar com mais velocidade e as pernas deles começaram a ceder. O 2-0 pelo Carlos Martins logo aos 46’ colocou-nos a salvo de qualquer imprevisto que uma vantagem mínima sempre traz e a partir daí controlámos a partida tentando sempre marcar mais, uma imagem de marca do Benfica deste ano (e que recupera a tradição gloriosa do nosso clube). O Carlos Martins bisou, o Saviola (entretanto entrado) é o 1º jogador a marcar em todas as competições oficiais em que participamos e tivemos a estreia do César Peixoto (bom livre), e do Fábio Coentrão (até que enfim!) a marcar com a nossa camisola.
Gostei da equipa na generalidade, porque apesar de não termos entrado tão pressionantes como é habitual, tivemos uma atitude séria e de respeito para com o adversário e o público. Podem sempre argumentar que defrontámos uma equipa de um escalão inferior, mas não é preciso recuar muito para verificar em que anos anteriores estes jogos significavam bastantes vezes exibições sofríveis e vitórias muito suadas. Individualmente destaco a boa 1ª parte do Felipe Menezes, a manutenção da veia goleadora do Carlos Martins, mais um bom jogo do Coentrão (abrilhantado pela sua estreia a marcar) e a sempre saudada entrada do Mantorras.
Na próxima 5ª feira, teremos uma partida importantíssima e obviamente bastante mais difícil do que a de hoje. Voltarão os habituais titulares e é fundamental ganharmos em casa ao Everton para darmos um passo importante para a qualificação para os 1/16 avos de final da Liga Europa. Eu sei que a prioridade é o campeonato, mas o prestígio internacional do nosso clube obriga-nos a, pelo menos, ultrapassar a fase de grupos.
O 1º golo só surgiu aos 29’ numa boa iniciativa do Felipe Menezes culminada com um remate de fora da área. Até então o Monsanto tinha dado boa réplica, especialmente em termos defensivos, reduzindo-nos os espaços e aproveitando-se da pouca velocidade com que jogávamos. Não criaram perigo para a baliza do Moreira, mas também não nos deixaram ter grandes situações para marcar.
Na 2ª parte tudo foi diferente, porque nós passámos a jogar com mais velocidade e as pernas deles começaram a ceder. O 2-0 pelo Carlos Martins logo aos 46’ colocou-nos a salvo de qualquer imprevisto que uma vantagem mínima sempre traz e a partir daí controlámos a partida tentando sempre marcar mais, uma imagem de marca do Benfica deste ano (e que recupera a tradição gloriosa do nosso clube). O Carlos Martins bisou, o Saviola (entretanto entrado) é o 1º jogador a marcar em todas as competições oficiais em que participamos e tivemos a estreia do César Peixoto (bom livre), e do Fábio Coentrão (até que enfim!) a marcar com a nossa camisola.
Gostei da equipa na generalidade, porque apesar de não termos entrado tão pressionantes como é habitual, tivemos uma atitude séria e de respeito para com o adversário e o público. Podem sempre argumentar que defrontámos uma equipa de um escalão inferior, mas não é preciso recuar muito para verificar em que anos anteriores estes jogos significavam bastantes vezes exibições sofríveis e vitórias muito suadas. Individualmente destaco a boa 1ª parte do Felipe Menezes, a manutenção da veia goleadora do Carlos Martins, mais um bom jogo do Coentrão (abrilhantado pela sua estreia a marcar) e a sempre saudada entrada do Mantorras.
Na próxima 5ª feira, teremos uma partida importantíssima e obviamente bastante mais difícil do que a de hoje. Voltarão os habituais titulares e é fundamental ganharmos em casa ao Everton para darmos um passo importante para a qualificação para os 1/16 avos de final da Liga Europa. Eu sei que a prioridade é o campeonato, mas o prestígio internacional do nosso clube obriga-nos a, pelo menos, ultrapassar a fase de grupos.
quinta-feira, outubro 15, 2009
Portugal - 4 - Malta - 0
Com o expectável triunfo sobre a selecção maltesa, apurámo-nos para o play-off de acesso ao Mundial. Na próxima 2ª feira saberemos quem nos calhará em sorte: Irlanda, Ucrânia, Bósnia ou Eslovénia. Se eu pudesse escolher, sairia esta última. Depois de uma fase de apuramento vergonhosa em que nos deveríamos ter qualificado em 1º lugar, vamos ter que fazer mais dois jogos adicionais. Espero obviamente que Portugal possa estar presente na África do Sul.
A partida de ontem não teve muita história. A superioridade da selecção portuguesa nunca esteve em causa e, com o 1º golo a surgir cedo e o 2º mesmo antes do intervalo, a ansiedade não se sentiu. Individualmente, o Nani foi dos melhores e o Simão marcou mais um golito. Tive pena que o Nuno Gomes não tivesse entrado, porque certamente acrescentaria mais um golo à sua conta pessoal. Mas, se calhar, há alguém que não quer que isso aconteça.
Nas outras partidas em que tivemos jogadores presentes, o escaldante Uruguai - Argentina permitiu à alviceleste apurar-se directamente (ganhou 1-0) remetendo os uruguaios ao play-off de acesso com a Costa Rica. Conto que o Maxi Pereira acompanhe o Aimar, Di María e (espero) Saviola ao Mundial. O Luisão e o Ramires também já lá estão e teremos uma das maiores (senão mesmo a maior) representações de sempre de jogadores do nosso clube nesta competição.
A partida de ontem não teve muita história. A superioridade da selecção portuguesa nunca esteve em causa e, com o 1º golo a surgir cedo e o 2º mesmo antes do intervalo, a ansiedade não se sentiu. Individualmente, o Nani foi dos melhores e o Simão marcou mais um golito. Tive pena que o Nuno Gomes não tivesse entrado, porque certamente acrescentaria mais um golo à sua conta pessoal. Mas, se calhar, há alguém que não quer que isso aconteça.
Nas outras partidas em que tivemos jogadores presentes, o escaldante Uruguai - Argentina permitiu à alviceleste apurar-se directamente (ganhou 1-0) remetendo os uruguaios ao play-off de acesso com a Costa Rica. Conto que o Maxi Pereira acompanhe o Aimar, Di María e (espero) Saviola ao Mundial. O Luisão e o Ramires também já lá estão e teremos uma das maiores (senão mesmo a maior) representações de sempre de jogadores do nosso clube nesta competição.
domingo, outubro 11, 2009
Portugal – 3 – Hungria – 0
Lá cumprimos a nossa obrigação e vencemos os coxos dos húngaros no penúltimo jogo de qualificação. Como os dinamarqueses foram nossos amigos e ganharam aos suecos (1-0), conseguimos chegar ao 2º lugar que dá acesso aos play-off. É impensável que não vençamos Malta na próxima 4ª feira e portanto iremos disputar, com o estatuto de cabeças-de-série, a presença no Mundial com uma selecção que estará teoricamente ao nosso alcance.
Para quem está habituado a ver o Benfica jogar este ano naquele palco, não deixou de ser confrangedor verificar a qualidade(?) exibicional da nossa selecção. Nunca esteve em causa a superioridade de Portugal perante uma equipa húngara que apenas queria não perder por muitos, mas mesmo assim manifestámos um nervosismo incompreensível que só acabou quando marcámos o 2º golo.
O Simão lá me deu a alegria de marcar por duas vezes no Estádio da Luz, mantendo velhos hábitos, apesar de não ter feito uma exibição por aí além. O C. Ronaldo só jogou meia-hora, ainda participou no 1º golo, e se eu fosse adepto do Real Madrid estaria fulo, porque agravou naturalmente a lesão e agora estará um mês fora dos relvados, estando inclusive em dúvida para os play-off. Gostei bastante do Pedro Mendes, mas claro está que na próxima 4ª lá jogará o Pepe para que o caceteiro-mor do CRAC mantenha o lugar na defesa. Temos dois problemas gravíssimos na equipa que ou serão resolvidos rapidamente ou então não iremos a lado nenhum: não temos guarda-redes (aquela saída do Eduardo no final da 1ª parte é inacreditável e tivemos sorte de a bola bater no poste) e o Duda como defesa-esquerdo é uma anedota. Aliás, os próprios húngaros confundiram-nos como um jogador deles e resolveram devolver-lhe a bola depois de ele ter feito um grande disparate, o que lhe permitiu realizar a única acção positiva em toda a partida e fazer a assistência para o 3-0.
Aguardemos por 4ª feira e depois pelo sorteio dos play-off, mas aqueles cinco minutos finais em que, com 3-0, resolvemos andar a trocar a bola entre os defesas e o meio-campo (se lá estivesse o Jesus, eles iriam ouvir das boas) diz tudo acerca da valia do Carlos Queiroz como treinador. Medroso.
P.S. – Um grande bem-haja a quem de direito (Deus, Manchester ou outra entidade qualquer) que fez com que este projecto de treinador não viesse para o Glorioso na época passada…
Para quem está habituado a ver o Benfica jogar este ano naquele palco, não deixou de ser confrangedor verificar a qualidade(?) exibicional da nossa selecção. Nunca esteve em causa a superioridade de Portugal perante uma equipa húngara que apenas queria não perder por muitos, mas mesmo assim manifestámos um nervosismo incompreensível que só acabou quando marcámos o 2º golo.
O Simão lá me deu a alegria de marcar por duas vezes no Estádio da Luz, mantendo velhos hábitos, apesar de não ter feito uma exibição por aí além. O C. Ronaldo só jogou meia-hora, ainda participou no 1º golo, e se eu fosse adepto do Real Madrid estaria fulo, porque agravou naturalmente a lesão e agora estará um mês fora dos relvados, estando inclusive em dúvida para os play-off. Gostei bastante do Pedro Mendes, mas claro está que na próxima 4ª lá jogará o Pepe para que o caceteiro-mor do CRAC mantenha o lugar na defesa. Temos dois problemas gravíssimos na equipa que ou serão resolvidos rapidamente ou então não iremos a lado nenhum: não temos guarda-redes (aquela saída do Eduardo no final da 1ª parte é inacreditável e tivemos sorte de a bola bater no poste) e o Duda como defesa-esquerdo é uma anedota. Aliás, os próprios húngaros confundiram-nos como um jogador deles e resolveram devolver-lhe a bola depois de ele ter feito um grande disparate, o que lhe permitiu realizar a única acção positiva em toda a partida e fazer a assistência para o 3-0.
Aguardemos por 4ª feira e depois pelo sorteio dos play-off, mas aqueles cinco minutos finais em que, com 3-0, resolvemos andar a trocar a bola entre os defesas e o meio-campo (se lá estivesse o Jesus, eles iriam ouvir das boas) diz tudo acerca da valia do Carlos Queiroz como treinador. Medroso.
P.S. – Um grande bem-haja a quem de direito (Deus, Manchester ou outra entidade qualquer) que fez com que este projecto de treinador não viesse para o Glorioso na época passada…
terça-feira, outubro 06, 2009
Regresso ao habitual
Vencemos em Paços de Ferreira (3-1) e recolocámo-nos no 2º lugar a dois pontos do Braga. Com o empate dos lagartos em casa frente ao Belenenses, temo-los agora a oito pontos de distância. Foi um triunfo importantíssimo, especialmente depois do jogo na Grécia e levando em consideração que, para além de Paços de Ferreira não ser um terreno fácil, alinhámos sem três titulares indiscutíveis (Aimar, Di María e Maxi Pereira) que tiveram que ir para as respectivas selecções.
Só que este ano estamos mesmo diferentes. O Jorge Jesus disse na conferência de imprensa antes da partida que o Benfica tinha que ter agressividade e atitude se quisesse ganhar o jogo, e foi exactamente isso que se viu em campo. Com os condicionalismos todos, de certeza que os nossos adversários estavam sedentos de pelo menos um empatezinho nesta deslocação, o problema é que nós entrámos em campo “à Benfica”. Marcámos logo aos 3’ pelo David Luiz na sequência de um canto muito bem marcado pelo Carlos Martins que substituiu, com distinção, o Aimar. Ao invés de baixarmos a guarda com a vantagem no marcador, o Benfica deste ano tenta sempre mais golos. Continuámos a jogar muito bem e a criar oportunidades (Saviola e Cardozo viram o guarda-redes Cássio negar-lhes o golo) e chegámos ao 2-0 aos 21’ num fantástico remate fora da área do Carlos Martins. O jogo estava a ser bom, porque o Paços também tentava ripostar. A 5’ do intervalo o Sr. João Ferreira transforma um vermelho directo num amarelo, por derrube ao Saviola quando ficaria isolado. Felizmente temos no plantel alguém como o Cardozo que chamou a este livre um figo. Golaço do meio da rua! Fomos para o intervalo com uma boa vantagem, que se veio a revelar decisiva para o resultado final.
Na 2ª parte, baixámos claramente o ritmo. Estava a chover, tínhamos tido o jogo na 5ª e o próprio Jorge Jesus disse que já sabia que isso ia acontecer. Daí que tenhamos entrado tão fortes no 1º tempo, para termos margem para um pouco de ronha no 2º. Num passado não muito recente, teria acontecido exactamente o contrário e provavelmente não ganharíamos o jogo. A contribuir para a baixa de rendimento esteve igualmente a substituição por lesão do Carlos Martins pelo Felipe Menezes. O jovem brasileiro mostrou que ainda está no seu processo de adaptação ao futebol europeu e não conseguiu fazer tão bem a posse de bola como o Carlos Martins. Mas também o resto da equipa não ajudou. A bola deixou de chegar jogável aos dois avançados e nós não conseguíamos igualmente mantê-la longe da nossa baliza. O Paços foi criando algumas oportunidades e foi sem surpresa que reduziu a vantagem aos 68’. Logo de seguida, o Jorge Jesus tirou o Rúben Amorim que já tinha um amarelo e colocou o César Peixoto, desviando o Ramires para defesa-direito. O Paços ainda criou mais uma oportunidade através do Cristiano, mas depois conseguimos finalmente controlar melhor a partida e não permitir ao adversário acercar-se tanto da nossa baliza. E o encontro terminou sem que a nossa vitória estivesse minimamente em causa.
Individualmente gostei muito do Carlos Martins, que só jogou a 1ª parte, mas foi fundamental na nossa vitória: uma assistência e um golo, para além de uma série de bons passes a desmarcar os companheiros. O Cardozo e o Saviola estiveram igualmente bem na 1ª parte, destacando-se obviamente o golão do paraguaio. Os centrais estiveram imperiais e ainda por cima o David Luiz abriu o marcador. O Ramires não sabe jogar mal, mas não foi tão decisivo como em partidas anteriores, assim como Javi García. Acho que se notou bem o excesso de jogos e o consequente cansaço. O Shaffer voltou à esquerda, mas não gostei tanto dele como noutros jogos. De qualquer maneira, esteve bem a defender.
O campeonato vai parar agora três semanas por causa das selecções e da Taça de Portugal. E também por isso era importantíssimo manter a pressão sobre o Braga e os rivais atrás de nós. Por outro lado, era uma dupla oportunidade: dar resposta àqueles que estavam à espera que um resultado negativo na Europa tivesse reflexos no campeonato e mostrar que não estamos assim tão dependentes de dois ou três jogadores. Tudo isso foi conseguido e com especial brilhantismo na 1ª parte.
A tendência passada de alternar bons jogos com péssimas exibições parece estar arredada de vez este ano. Talvez por isso se perceba o crescente nervosismo dos adversários, que raramente fazem alguma declaração pública sem falar de nós. Do presidente do CRAC já nem falo, a natureza há-de fazer o seu trabalho espero que proximamente. Agora, do presidente dos lagartos não estava nada à espera daquelas declarações canalhas. Se pensasse mais no seu clube e menos em nós, talvez a época não lhe estivesse a correr como está. A mesquinhez e inveja são sentimentos muito feios.
Só que este ano estamos mesmo diferentes. O Jorge Jesus disse na conferência de imprensa antes da partida que o Benfica tinha que ter agressividade e atitude se quisesse ganhar o jogo, e foi exactamente isso que se viu em campo. Com os condicionalismos todos, de certeza que os nossos adversários estavam sedentos de pelo menos um empatezinho nesta deslocação, o problema é que nós entrámos em campo “à Benfica”. Marcámos logo aos 3’ pelo David Luiz na sequência de um canto muito bem marcado pelo Carlos Martins que substituiu, com distinção, o Aimar. Ao invés de baixarmos a guarda com a vantagem no marcador, o Benfica deste ano tenta sempre mais golos. Continuámos a jogar muito bem e a criar oportunidades (Saviola e Cardozo viram o guarda-redes Cássio negar-lhes o golo) e chegámos ao 2-0 aos 21’ num fantástico remate fora da área do Carlos Martins. O jogo estava a ser bom, porque o Paços também tentava ripostar. A 5’ do intervalo o Sr. João Ferreira transforma um vermelho directo num amarelo, por derrube ao Saviola quando ficaria isolado. Felizmente temos no plantel alguém como o Cardozo que chamou a este livre um figo. Golaço do meio da rua! Fomos para o intervalo com uma boa vantagem, que se veio a revelar decisiva para o resultado final.
Na 2ª parte, baixámos claramente o ritmo. Estava a chover, tínhamos tido o jogo na 5ª e o próprio Jorge Jesus disse que já sabia que isso ia acontecer. Daí que tenhamos entrado tão fortes no 1º tempo, para termos margem para um pouco de ronha no 2º. Num passado não muito recente, teria acontecido exactamente o contrário e provavelmente não ganharíamos o jogo. A contribuir para a baixa de rendimento esteve igualmente a substituição por lesão do Carlos Martins pelo Felipe Menezes. O jovem brasileiro mostrou que ainda está no seu processo de adaptação ao futebol europeu e não conseguiu fazer tão bem a posse de bola como o Carlos Martins. Mas também o resto da equipa não ajudou. A bola deixou de chegar jogável aos dois avançados e nós não conseguíamos igualmente mantê-la longe da nossa baliza. O Paços foi criando algumas oportunidades e foi sem surpresa que reduziu a vantagem aos 68’. Logo de seguida, o Jorge Jesus tirou o Rúben Amorim que já tinha um amarelo e colocou o César Peixoto, desviando o Ramires para defesa-direito. O Paços ainda criou mais uma oportunidade através do Cristiano, mas depois conseguimos finalmente controlar melhor a partida e não permitir ao adversário acercar-se tanto da nossa baliza. E o encontro terminou sem que a nossa vitória estivesse minimamente em causa.
Individualmente gostei muito do Carlos Martins, que só jogou a 1ª parte, mas foi fundamental na nossa vitória: uma assistência e um golo, para além de uma série de bons passes a desmarcar os companheiros. O Cardozo e o Saviola estiveram igualmente bem na 1ª parte, destacando-se obviamente o golão do paraguaio. Os centrais estiveram imperiais e ainda por cima o David Luiz abriu o marcador. O Ramires não sabe jogar mal, mas não foi tão decisivo como em partidas anteriores, assim como Javi García. Acho que se notou bem o excesso de jogos e o consequente cansaço. O Shaffer voltou à esquerda, mas não gostei tanto dele como noutros jogos. De qualquer maneira, esteve bem a defender.
O campeonato vai parar agora três semanas por causa das selecções e da Taça de Portugal. E também por isso era importantíssimo manter a pressão sobre o Braga e os rivais atrás de nós. Por outro lado, era uma dupla oportunidade: dar resposta àqueles que estavam à espera que um resultado negativo na Europa tivesse reflexos no campeonato e mostrar que não estamos assim tão dependentes de dois ou três jogadores. Tudo isso foi conseguido e com especial brilhantismo na 1ª parte.
A tendência passada de alternar bons jogos com péssimas exibições parece estar arredada de vez este ano. Talvez por isso se perceba o crescente nervosismo dos adversários, que raramente fazem alguma declaração pública sem falar de nós. Do presidente do CRAC já nem falo, a natureza há-de fazer o seu trabalho espero que proximamente. Agora, do presidente dos lagartos não estava nada à espera daquelas declarações canalhas. Se pensasse mais no seu clube e menos em nós, talvez a época não lhe estivesse a correr como está. A mesquinhez e inveja são sentimentos muito feios.
sexta-feira, outubro 02, 2009
Desprestigiante
Perdemos em Atenas frente ao AEK (0-1) na 2ª jornada da Liga Europa. Foi uma derrota inglória perante um adversário notoriamente mais fraco do que nós e que, ainda por cima, vinha de resultados péssimos no campeonato grego. Descemos para o 3º lugar do grupo e estamos a três pontos do Everton. Este desaire ficou a dever-se principalmente a uma atitude diferente (para pior) da que a equipa vem exibindo internamente. O que não se compreende. É óbvio que o principal objectivo é o campeonato, mas as competições europeias são muito importantes para o prestígio do clube. É bom que os jogadores ponham de vez isso na cabeça. Já é a 2ª vez que a equipa revela uma deficiente atitude em jogos europeus fora de casa.
No entanto, até entrámos bem na partida. O AEK mostrou ter muito respeito por nós e poderíamos ter marcado relativamente cedo, quando um remate do Di María embateu com estrondo no poste. A nossa superioridade era evidente, só que inexplicavelmente depois desse lance começámos a baixar o ritmo da partida e a dar oportunidade ao AEK de subir no terreno. E isto sem estarmos na frente do marcador. Sinceramente, não percebi... Pouco antes do intervalo sofremos o golo na sequência de um canto, em que os dois centrais (Luisão e David Luiz) não ficaram isentos de culpas.
Como era expectável, a 2ª parte foi melhor, mas aí entrou em acção o guarda-redes adversário, que defendeu quatro(!) bolas de golo. Di María, Saviola, Cardozo de livre e Fábio Coentrão teriam festejado golos se não fosse um tal de Sebastián Saja. As substituições que foram feitas também não correram particularmente bem, já que o Coentrão não esteve tão inspirado como em partidas anteriores e o Weldon demonstrou claramente falta de ritmo. Os gregos defenderam-se bem e mantiveram a vantagem até final.
Individualmente só o Di María esteve perto do seu nível. O Luisão também teria feito um bom jogo, se não estivesse ligado ao lance do golo. Muito abaixo do que já nos habituou esteve o Ramires, que acabou a lateral-direito, mas que me pareceu fatigado durante boa parte da partida. O Aimar e Saviola também não estiveram nada inspirados e, quando assim acontece, é-nos difícil conseguir fluidez no jogo atacante. O Javi García esteve discreto e o Cardozo evidenciou pontaria desafinada, com excepção do tal livre. Mas principalmente, e não é para bater no ceguinho, continuo a não perceber a insistência do César Peixoto a lateral-esquerdo. Foi dos piores jogadores da equipa. Acho que é uma posição em que poderia haver mais rotatividade, já que ele jogou no Sábado e o Shaffer estaria de certeza mais fresco. Também não entendi a entrada tão cedo do Weldon em vez do Nuno Gomes, já que se estava mesmo a ver que não vinha com o ritmo ideal depois de uma lesão. O guarda-redes Júlio César não me parece uma mais-valia em relação aos outros dois. Tem qualidade, mas mostra o mesmo problema dos outros nos cruzamentos.
E, pronto, segundo jogo fora nas competições europeias, segunda derrota. Há quase dois anos (desde o Shakhtar Donetsk) que não vencemos fora na Europa, tendência que espero que possamos inverter ainda esta época. Era importantíssimo termos conseguido pelo menos pontuar por duas razões: os próximos dois jogos são contra o Everton e as duas últimas jornadas são em dias próximos dos dois clássicos. Se já estivéssemos qualificados, poderíamos fazer melhor a gestão do plantel. No duplo confronto com os ingleses, precisamos de somar pelo menos quatro pontos se quisermos ter aspirações ao 1º lugar do grupo. É claro que o mais importante é assegurar a qualificação, mas, por um lado, somos a equipa com melhor ranking e, por outro, ficando em 1º defrontaremos teoricamente adversários mais acessíveis nos 1/16 avos-de-final.
No entanto, até entrámos bem na partida. O AEK mostrou ter muito respeito por nós e poderíamos ter marcado relativamente cedo, quando um remate do Di María embateu com estrondo no poste. A nossa superioridade era evidente, só que inexplicavelmente depois desse lance começámos a baixar o ritmo da partida e a dar oportunidade ao AEK de subir no terreno. E isto sem estarmos na frente do marcador. Sinceramente, não percebi... Pouco antes do intervalo sofremos o golo na sequência de um canto, em que os dois centrais (Luisão e David Luiz) não ficaram isentos de culpas.
Como era expectável, a 2ª parte foi melhor, mas aí entrou em acção o guarda-redes adversário, que defendeu quatro(!) bolas de golo. Di María, Saviola, Cardozo de livre e Fábio Coentrão teriam festejado golos se não fosse um tal de Sebastián Saja. As substituições que foram feitas também não correram particularmente bem, já que o Coentrão não esteve tão inspirado como em partidas anteriores e o Weldon demonstrou claramente falta de ritmo. Os gregos defenderam-se bem e mantiveram a vantagem até final.
Individualmente só o Di María esteve perto do seu nível. O Luisão também teria feito um bom jogo, se não estivesse ligado ao lance do golo. Muito abaixo do que já nos habituou esteve o Ramires, que acabou a lateral-direito, mas que me pareceu fatigado durante boa parte da partida. O Aimar e Saviola também não estiveram nada inspirados e, quando assim acontece, é-nos difícil conseguir fluidez no jogo atacante. O Javi García esteve discreto e o Cardozo evidenciou pontaria desafinada, com excepção do tal livre. Mas principalmente, e não é para bater no ceguinho, continuo a não perceber a insistência do César Peixoto a lateral-esquerdo. Foi dos piores jogadores da equipa. Acho que é uma posição em que poderia haver mais rotatividade, já que ele jogou no Sábado e o Shaffer estaria de certeza mais fresco. Também não entendi a entrada tão cedo do Weldon em vez do Nuno Gomes, já que se estava mesmo a ver que não vinha com o ritmo ideal depois de uma lesão. O guarda-redes Júlio César não me parece uma mais-valia em relação aos outros dois. Tem qualidade, mas mostra o mesmo problema dos outros nos cruzamentos.
E, pronto, segundo jogo fora nas competições europeias, segunda derrota. Há quase dois anos (desde o Shakhtar Donetsk) que não vencemos fora na Europa, tendência que espero que possamos inverter ainda esta época. Era importantíssimo termos conseguido pelo menos pontuar por duas razões: os próximos dois jogos são contra o Everton e as duas últimas jornadas são em dias próximos dos dois clássicos. Se já estivéssemos qualificados, poderíamos fazer melhor a gestão do plantel. No duplo confronto com os ingleses, precisamos de somar pelo menos quatro pontos se quisermos ter aspirações ao 1º lugar do grupo. É claro que o mais importante é assegurar a qualificação, mas, por um lado, somos a equipa com melhor ranking e, por outro, ficando em 1º defrontaremos teoricamente adversários mais acessíveis nos 1/16 avos-de-final.
domingo, setembro 27, 2009
Futebol?!
Vencemos o Leixões por 5-0 e mantivemo-nos dois pontos atrás do vacoso do Braga que marcou em Olhão aos 93’! Com a vitória do CRAC sobre os lagartos, temos os nossos vizinhos a seis pontos de distância.
Ponto prévio: prefiro que o Benfica ganhe perante 11 jogadores. Ao contrário da maioria dos adeptos do CRAC que gosta de ganhar de qualquer maneira e, se possível, humilhando o adversário (colocando, por exemplo, um seu guarda-redes a marcar penalties quando já estão a ganhar por 2-0), eu não. Só que, quando se defronta uma equipa que tem um guarda-redes a simular uma lesão aos 3’(!) e fica 2’ no chão, está tudo dito. O Leixões, há que dizê-lo com frontalidade, fez um jogo NOJENTO. Quer dizer, a bem da verdade, se fez algum tipo de jogo, não foi de futebol com certeza. Quando vi aquela cena do guarda-redes, pensei num Marítimo – parte II, mas enganei-me porque foi pior. O Marítimo fez antijogo, mas o Leixões juntou a isso a caça às pernas dos nossos jogadores! E depois o seu treinador, o inefável Zé Mota, admira-se de ter a equipa pejada de amarelos e com dois elementos expulsos! Mesmo depois de o resultado estar já em 3-0 e com nove em campo, essa caça continuava. Está-lhes mesmo no sangue. Mas, curiosamente, é só contra nós. Quando defrontaram o CRAC, não se viu esta agressividade. Coincidências, certamente.
Há pouco a dizer sobre esta partida. O Benfica, decorrente do seu processo de crescimento, ainda lida mal com este tipo de adversários que utilizam esquemas ignóbeis para não nos deixar jogar. A 1ª parte foi fraca, porque os nossos jogadores enervaram-se com tamanha negação do futebol. Felizmente conseguimos marcar antes do intervalo através do David Luiz aos 48’ (o árbitro deu, e bem, 5’ de desconto), o que era ESSENCIAL, para que a equipa se tranquilizasse e, quiçá, o Leixões mostrasse que também sabe jogar futebol e fosse à procura do golo. Só que isso não aconteceu na 2ª parte. A nossa equipa tranquilizou-se, mas o adversário continuou mais preocupado com as nossas pernas do que com a bola. Com a inevitável e justa superioridade numérica, o resultado foi-se avolumando com naturalidade: Cardozo por duas vezes (se se concentrar daquela maneira antes dos penalties e os marcar assim, não falhará mais nenhum na carreira), Ramires e Maxi Pereira marcaram os golos.
Individualmente não houve ninguém que se destacasse por aí além, já que funcionámos como um todo. Melhor na 2ª do que na 1ª parte. Mas é de salientar a manutenção da veia goleadora do Cardozo e do Ramires que, como diz o Artur, se vai revelando um concorrente de peso do Falcão pelo 2ª lugar na lista dos melhores marcadores... :-) O César Peixoto melhorou no 2º tempo, tal como o Aimar, e o Fábio Coentrão voltou a entrar bem na partida. O Luisão continua intransponível e o Javi García não demonstrou resquícios nenhuns dos problemas físicos que teve durante a semana.
Na 5ª feira temos uma partida muito importante para a Liga Europa, mas, não me canso de repetir, o que mais me impressiona no Benfica, é esta procura incessante pelo golo independentemente da proximidade temporal dos encontros que se seguem. Uma vitória na partida frente ao AEK Atenas representará um passo muito importante para a qualificação para os 1/16 final da Liga Europa. Onde obviamente temos obrigação de estar. Estou confiante que assim acontecerá e que essa vitória será com uma boa exibição da nossa parte. Até porque os gregos não vão certamente jogar(?!) como o Leixões.
P.S. – Só agora pude escrever sobre o jogo, porque ontem à noite segui directamente da Luz para o Restelo para os 30 anos da maior banda portuguesa. Fiquei muito chateado por ser tudo à mesma hora, gosto muito dos Xutos, mas o Benfica não é OBVIAMENTE negociável. Ainda deu para ver duas horas de concerto, cujo momento alto surgiu mesmo no final: o Kalú (ninguém é perfeito...) vestiu uma camisola do CRAC e 2/3 do estádio começou a cantar “SLB Glorioso SLB”! A conclusão perfeita de uma noite inesquecível!
Ponto prévio: prefiro que o Benfica ganhe perante 11 jogadores. Ao contrário da maioria dos adeptos do CRAC que gosta de ganhar de qualquer maneira e, se possível, humilhando o adversário (colocando, por exemplo, um seu guarda-redes a marcar penalties quando já estão a ganhar por 2-0), eu não. Só que, quando se defronta uma equipa que tem um guarda-redes a simular uma lesão aos 3’(!) e fica 2’ no chão, está tudo dito. O Leixões, há que dizê-lo com frontalidade, fez um jogo NOJENTO. Quer dizer, a bem da verdade, se fez algum tipo de jogo, não foi de futebol com certeza. Quando vi aquela cena do guarda-redes, pensei num Marítimo – parte II, mas enganei-me porque foi pior. O Marítimo fez antijogo, mas o Leixões juntou a isso a caça às pernas dos nossos jogadores! E depois o seu treinador, o inefável Zé Mota, admira-se de ter a equipa pejada de amarelos e com dois elementos expulsos! Mesmo depois de o resultado estar já em 3-0 e com nove em campo, essa caça continuava. Está-lhes mesmo no sangue. Mas, curiosamente, é só contra nós. Quando defrontaram o CRAC, não se viu esta agressividade. Coincidências, certamente.
Há pouco a dizer sobre esta partida. O Benfica, decorrente do seu processo de crescimento, ainda lida mal com este tipo de adversários que utilizam esquemas ignóbeis para não nos deixar jogar. A 1ª parte foi fraca, porque os nossos jogadores enervaram-se com tamanha negação do futebol. Felizmente conseguimos marcar antes do intervalo através do David Luiz aos 48’ (o árbitro deu, e bem, 5’ de desconto), o que era ESSENCIAL, para que a equipa se tranquilizasse e, quiçá, o Leixões mostrasse que também sabe jogar futebol e fosse à procura do golo. Só que isso não aconteceu na 2ª parte. A nossa equipa tranquilizou-se, mas o adversário continuou mais preocupado com as nossas pernas do que com a bola. Com a inevitável e justa superioridade numérica, o resultado foi-se avolumando com naturalidade: Cardozo por duas vezes (se se concentrar daquela maneira antes dos penalties e os marcar assim, não falhará mais nenhum na carreira), Ramires e Maxi Pereira marcaram os golos.
Individualmente não houve ninguém que se destacasse por aí além, já que funcionámos como um todo. Melhor na 2ª do que na 1ª parte. Mas é de salientar a manutenção da veia goleadora do Cardozo e do Ramires que, como diz o Artur, se vai revelando um concorrente de peso do Falcão pelo 2ª lugar na lista dos melhores marcadores... :-) O César Peixoto melhorou no 2º tempo, tal como o Aimar, e o Fábio Coentrão voltou a entrar bem na partida. O Luisão continua intransponível e o Javi García não demonstrou resquícios nenhuns dos problemas físicos que teve durante a semana.
Na 5ª feira temos uma partida muito importante para a Liga Europa, mas, não me canso de repetir, o que mais me impressiona no Benfica, é esta procura incessante pelo golo independentemente da proximidade temporal dos encontros que se seguem. Uma vitória na partida frente ao AEK Atenas representará um passo muito importante para a qualificação para os 1/16 final da Liga Europa. Onde obviamente temos obrigação de estar. Estou confiante que assim acontecerá e que essa vitória será com uma boa exibição da nossa parte. Até porque os gregos não vão certamente jogar(?!) como o Leixões.
P.S. – Só agora pude escrever sobre o jogo, porque ontem à noite segui directamente da Luz para o Restelo para os 30 anos da maior banda portuguesa. Fiquei muito chateado por ser tudo à mesma hora, gosto muito dos Xutos, mas o Benfica não é OBVIAMENTE negociável. Ainda deu para ver duas horas de concerto, cujo momento alto surgiu mesmo no final: o Kalú (ninguém é perfeito...) vestiu uma camisola do CRAC e 2/3 do estádio começou a cantar “SLB Glorioso SLB”! A conclusão perfeita de uma noite inesquecível!
sexta-feira, setembro 25, 2009
Eleições
No próximo Domingo, haverá eleições para a Assembleia da República. Numa altura tão difícil para o país e para o mundo, este acto eleitoral é de uma importância extrema. Neste sentido, é fundamental escolhermos em consciência o que é melhor para o país, socorrendo-nos dos valores que consideramos fundamentais.
Assim sendo, o meu sentido de voto é muito simples. Nos últimos anos, uma boa parte dos deputados da nação foram coniventes com actos de corrupção praticados por uma pessoa que, ao invés de ter a justiça à perna, ainda teve honras de ser convidado para almoçar na Assembleia da República! No ano passado e neste ano. Somente dois partidos não tiveram deputados presentes no beija-mão, perdão, no almoço. Como estão em pólos opostos do sistema político, a minha escolha é muito fácil. Quem quer ser respeitado, tem que dar-se ao respeito. Haja vergonha na cara!
segunda-feira, setembro 21, 2009
UFA!
Foi esta a sms que o meu amigo P me enviou no final do jogo. Demonstra bem o sofrimento que todos nós passámos a ver a vitória do Glorioso em Leiria por 2-1. Como era de prever, foi uma partida dificílima, porque o insuportável lagarto do Manuel Fernandes é bom treinador e porque se presumia que a equipa não estava no seu auge físico por causa do encontro europeu de 5ª feira, o que se veio a confirmar.
O desgaste dessa partida fez com que o Cardozo começasse esta no banco (logo na 5ª feira, não percebi porque é que não foi ele a sair quando levou a patada, mas sim o Nuno Gomes...), entrando o Keirrison, e o Shaffer voltou a ser titular em detrimento do César Peixoto (até que enfim!). Não poderíamos ter entrado melhor, já que marcámos aos 4’ pelo Saviola na sequência de um livre do Aimar. Pensei que poderíamos assistir a um jogo mais descansado, já que costumamos exibir-nos bem quando estamos em vantagem, mas isso não aconteceu. Tivemos uma boa oportunidade, mas o Keirrison não conseguiu desviar a bola do guarda-redes e uma falta escusada do Maxi Pereira permitiu à U. Leiria empatar. Centro do Silas e autogolo do David Luiz aos 18’. Até final da 1ª parte mantivemos o domínio da partida, mas não conseguimos criar grandes oportunidades de golo.
A 2ª parte não começou tão bem quanto seria desejável. O Benfica não estava a conseguir exibir-se ao nível que já nos habituou também muito por culpa da U. Leiria, que não nos deixava jogar. De uma maneira, deva referir-se, absolutamente legal, sem abusar do antijogo. Aos 64’ o Jorge Jesus lá se decidiu por fazer entrar o Cardozo, juntamente com o Nuno Gomes, para os lugares do Keirrison (ainda um corpo estranho na equipa) e Ramires (as sequelas do jogo europeu foram visíveis, já que a exibição não foi tão boa como as anteriores). Pressionámos mais o adversário, que respondia em contra-ataque e, num deles, poderia ter-se colocado em vantagem, mas o avançado atirou por cima da barra. Até que aos 78’ aconteceu o lance que decidiu o jogo. Penalty CLARÍSSIMO, vou repetir, C-L-A-R-Í-S-S-I-M-O(!), sobre o Aimar depois de uma boa tabelinha deste com o Nuno Gomes. O adversário abalroa-o completamente, é indiferente se tocou ou não na bola, estamos entendidos Rui Santos, Manuel Fernandes & Cia antibenfiquista lda?! Aliás, bastava pensarem um bocadinho e para o Sr. Jorge Sousa marcar um penalty a favor do Benfica ele tem mesmo que existir, não?! O Cardozo lá conseguiu marcar golo, apesar de o remate não ter saído muito colocado, mas a força dele fez com que passasse por baixo do corpo do guarda-redes. Até final ainda poderíamos ter aumentado a vantagem pelo Nuno Gomes e, no último lance da partida, o Quim resolveu afugentar os fantasmas do V. Setúbal (em casa) no ano passado e do Sion na pré-época deste ano, ao defender para canto uma bola bombeada para a sua baliza.
Em termos individuais, gostei muito da 1ª parte do Saviola e Aimar, e o Luisão continua absolutamente imperial. O Shaffer fez uma partida esforçada e acho que deve manter a titularidade, já o Maxi Pereira não esteve tão regular como habitualmente, o que é normal se considerarmos que vem de uma lesão prolongada. O Di María esteve francamente desinspirado tal como o Keirrison. Quem é um relógio suíço é o Javi García que, no entanto, levou mais um amarelo. O David Luiz não esteve mal, mas teve azar no autogolo. No entanto, como ouvi alguém referir, este azar persegue-o, já que está ligado aos três golos que sofremos até agora para o campeonato. O Nuno Gomes voltou a não entrar mal na equipa ao participar do lance do penalty e o Cardozo isolou-se nos melhores marcadores com cinco golos.
Com a derrota do CRAC A em casa do CRAC B(raga), isolámo-nos no 2º lugar ainda a dois pontos do 1º e temos o clube assumidamente corrupto a três de nós. Também por isso esta vitória era fundamental, porque não seria a 1ª vez que desperdiçaríamos a oportunidade de aproveitarmos um resultado negativo deles. Nem sempre as exibições podem ser de encher o olho, mas é precisamente nestes casos que ganhar é ainda mais importante. Os 22.676 que lotaram o estádio da U. Leiria pela 1ª vez desde o Euro 2004 (ou muito me engano ou este jogo vai ter mais espectadores que os outros 14 juntos...) bem mereceram este triunfo. A onda vermelha é impressionante e, a continuarmos assim, não irá parar tão cedo.
O desgaste dessa partida fez com que o Cardozo começasse esta no banco (logo na 5ª feira, não percebi porque é que não foi ele a sair quando levou a patada, mas sim o Nuno Gomes...), entrando o Keirrison, e o Shaffer voltou a ser titular em detrimento do César Peixoto (até que enfim!). Não poderíamos ter entrado melhor, já que marcámos aos 4’ pelo Saviola na sequência de um livre do Aimar. Pensei que poderíamos assistir a um jogo mais descansado, já que costumamos exibir-nos bem quando estamos em vantagem, mas isso não aconteceu. Tivemos uma boa oportunidade, mas o Keirrison não conseguiu desviar a bola do guarda-redes e uma falta escusada do Maxi Pereira permitiu à U. Leiria empatar. Centro do Silas e autogolo do David Luiz aos 18’. Até final da 1ª parte mantivemos o domínio da partida, mas não conseguimos criar grandes oportunidades de golo.
A 2ª parte não começou tão bem quanto seria desejável. O Benfica não estava a conseguir exibir-se ao nível que já nos habituou também muito por culpa da U. Leiria, que não nos deixava jogar. De uma maneira, deva referir-se, absolutamente legal, sem abusar do antijogo. Aos 64’ o Jorge Jesus lá se decidiu por fazer entrar o Cardozo, juntamente com o Nuno Gomes, para os lugares do Keirrison (ainda um corpo estranho na equipa) e Ramires (as sequelas do jogo europeu foram visíveis, já que a exibição não foi tão boa como as anteriores). Pressionámos mais o adversário, que respondia em contra-ataque e, num deles, poderia ter-se colocado em vantagem, mas o avançado atirou por cima da barra. Até que aos 78’ aconteceu o lance que decidiu o jogo. Penalty CLARÍSSIMO, vou repetir, C-L-A-R-Í-S-S-I-M-O(!), sobre o Aimar depois de uma boa tabelinha deste com o Nuno Gomes. O adversário abalroa-o completamente, é indiferente se tocou ou não na bola, estamos entendidos Rui Santos, Manuel Fernandes & Cia antibenfiquista lda?! Aliás, bastava pensarem um bocadinho e para o Sr. Jorge Sousa marcar um penalty a favor do Benfica ele tem mesmo que existir, não?! O Cardozo lá conseguiu marcar golo, apesar de o remate não ter saído muito colocado, mas a força dele fez com que passasse por baixo do corpo do guarda-redes. Até final ainda poderíamos ter aumentado a vantagem pelo Nuno Gomes e, no último lance da partida, o Quim resolveu afugentar os fantasmas do V. Setúbal (em casa) no ano passado e do Sion na pré-época deste ano, ao defender para canto uma bola bombeada para a sua baliza.
Em termos individuais, gostei muito da 1ª parte do Saviola e Aimar, e o Luisão continua absolutamente imperial. O Shaffer fez uma partida esforçada e acho que deve manter a titularidade, já o Maxi Pereira não esteve tão regular como habitualmente, o que é normal se considerarmos que vem de uma lesão prolongada. O Di María esteve francamente desinspirado tal como o Keirrison. Quem é um relógio suíço é o Javi García que, no entanto, levou mais um amarelo. O David Luiz não esteve mal, mas teve azar no autogolo. No entanto, como ouvi alguém referir, este azar persegue-o, já que está ligado aos três golos que sofremos até agora para o campeonato. O Nuno Gomes voltou a não entrar mal na equipa ao participar do lance do penalty e o Cardozo isolou-se nos melhores marcadores com cinco golos.
Com a derrota do CRAC A em casa do CRAC B(raga), isolámo-nos no 2º lugar ainda a dois pontos do 1º e temos o clube assumidamente corrupto a três de nós. Também por isso esta vitória era fundamental, porque não seria a 1ª vez que desperdiçaríamos a oportunidade de aproveitarmos um resultado negativo deles. Nem sempre as exibições podem ser de encher o olho, mas é precisamente nestes casos que ganhar é ainda mais importante. Os 22.676 que lotaram o estádio da U. Leiria pela 1ª vez desde o Euro 2004 (ou muito me engano ou este jogo vai ter mais espectadores que os outros 14 juntos...) bem mereceram este triunfo. A onda vermelha é impressionante e, a continuarmos assim, não irá parar tão cedo.
sexta-feira, setembro 18, 2009
Tranquilo
Entrámos a ganhar na Liga Europa ao derrotar o Bate Borisov por 2-0. Convém recordar que estávamos a defrontar o tri (em vias de ser tetra) campeão da Bielorrússia e, se tínhamos naturalmente de assumir o favoritismo até porque jogávamos em casa, não deveríamos pensar que seriam favas contadas.
E, de facto, não pensámos. Fizemos quatro alterações na equipa titular (Júlio César, Maxi Pereira, Felipe Meneses e Nuno Gomes), deixando o Saviola no banco e o Aimar e Quim na bancada. A partida começou muito dividida e os bielorrussos mostraram que sabiam trocar a bola. A nossa intensidade era menor do que nos encontros anteriores, o que era perfeitamente normal, já que o Aimar e o Saviola não estavam em campo. Mesmo assim, imprimimos alguma velocidade, em especial pelo Di María, e começámos a acercar-nos da baliza contrária. Não criámos tantas oportunidades como em partidas anteriores, mas foi sem surpresa que chegámos à vantagem aos 36’ num golão do Nuno Gomes depois de uma boa jogada do Maxi Pereira. O mais difícil estava feito e 5’ depois fizemos o 2-0 através do Cardozo depois de uma assistência brilhante do Nuno Gomes. Antes do intervalo, o Di María teve um remate muito perigoso, mas, se tivesse levantado a cabeça, teria visto o Ramires isolado na direita e a nossa vantagem no descanso seria provavelmente superior.
Estava curioso para ver como seria a 2ª parte, em especial a gestão do esforço por causa do jogo com o Leiria no Domingo, mas entrámos decididos a marcar o 3º golo e pôr-nos a salvo de que um lance fortuito do adversário recolocasse a diferença mínima no marcador. Durante 20’ pressionámos o Bate Borisov, tivemos algumas boas oportunidades (nomeadamente um mau domínio do Nuno Gomes que estava isolado), mas a bola não entrou. A partir da saída do capitão aos 66’, coincidência ou não, baixámos de rendimento (o Saviola esteve discreto) e os bielorrussos começaram a sondar a nossa baliza. Tiveram uma ou duas boas oportunidades, mas, quando o Jorge Jesus fez entrar o Rúben Amorim para o lugar do Di María aos 77’, a brincadeira acabou e eles nunca mais criaram perigo.
O melhor em campo para mim foi o Nuno Gomes. Um golo e uma assistência tornam-no num elemento fundamental para a nossa vitória. Só foi pena aquele mau domínio de bola que lhe teria dado o bis. Não concordei com a sua substituição, porque estava a jogar bem e porque seria uma boa oportunidade para o Cardozo descansar, mas o Jorge Jesus não entendeu assim. O Felipe Menezes ainda está um pouco verde (salvo seja!), mas nota-se que tem muito bom toque de bola. Para estreia, não foi mau. O Di María esteve melhor que no Restelo, mas também não levou com uma pantufada logo no início do jogo. O Luisão fez um jogo praticamente perfeito e, não fora o Nuno Gomes, seria o melhor em campo. O Júlio César não teve muito trabalho, mas sinceramente acho injusto para o Moreira, que fez uma muito boa pré-época e teve apenas um deslize em Poltava. Acho que ele merecia ser o titular na Liga Europa. O Maxi só se notou que tinha vindo de lesão, quando deu o berro no último quarto de hora. Daí também a entrada do Amorim para defesa-direito, subindo ele para médio. Como nota menos positiva, continuo a não compreender a insistência no César Peixoto em detrimento do Shaffer.
É certo que os 8-1 e 4-0 fora de casa nos enchem a alma, mas o modo como foi obtida esta vitória é extraordinariamente importante para nos dar confiança para o futuro. Quando não conseguimos o “80”, estamos no “40”, o que nos permite ganhar à mesma. Esta inteligência de saber ter paciência para nos colocarmos em vantagem e controlar o adversário, limitando-lhe ao máximo as hipóteses de criar perigo na nossa baliza, é outra das conquistas fundamentais deste ano. Esperamos que seja para continuar, de preferência já no Domingo em Leiria. E muita atenção ao Jorge Sousa!
P.S. – O Rúben Amorim é sócio do Benfica desde que nasceu e tem todas as condições para vir a ser um dos capitães daqui a umas épocas. Mas não pode ter atitudes como a de hoje no final da partida. A saudação ao público depois do jogo é FUNDAMENTAL para manter a união da equipa com os adeptos. Sair disparado para os balneários depois do árbitro apitar, sejam quais forem as razões (presume-se amuo por não ter sido titular, o que ainda é pior), não é justificável. Muito bem esteve o Jorge Jesus a ir buscá-lo e a fazê-lo voltar ao campo. Espero que este mau momento dele não se repita. Até por ele ser assumidamente benfiquista e dever, acima de todos, perceber a importância daquele gesto.
E, de facto, não pensámos. Fizemos quatro alterações na equipa titular (Júlio César, Maxi Pereira, Felipe Meneses e Nuno Gomes), deixando o Saviola no banco e o Aimar e Quim na bancada. A partida começou muito dividida e os bielorrussos mostraram que sabiam trocar a bola. A nossa intensidade era menor do que nos encontros anteriores, o que era perfeitamente normal, já que o Aimar e o Saviola não estavam em campo. Mesmo assim, imprimimos alguma velocidade, em especial pelo Di María, e começámos a acercar-nos da baliza contrária. Não criámos tantas oportunidades como em partidas anteriores, mas foi sem surpresa que chegámos à vantagem aos 36’ num golão do Nuno Gomes depois de uma boa jogada do Maxi Pereira. O mais difícil estava feito e 5’ depois fizemos o 2-0 através do Cardozo depois de uma assistência brilhante do Nuno Gomes. Antes do intervalo, o Di María teve um remate muito perigoso, mas, se tivesse levantado a cabeça, teria visto o Ramires isolado na direita e a nossa vantagem no descanso seria provavelmente superior.
Estava curioso para ver como seria a 2ª parte, em especial a gestão do esforço por causa do jogo com o Leiria no Domingo, mas entrámos decididos a marcar o 3º golo e pôr-nos a salvo de que um lance fortuito do adversário recolocasse a diferença mínima no marcador. Durante 20’ pressionámos o Bate Borisov, tivemos algumas boas oportunidades (nomeadamente um mau domínio do Nuno Gomes que estava isolado), mas a bola não entrou. A partir da saída do capitão aos 66’, coincidência ou não, baixámos de rendimento (o Saviola esteve discreto) e os bielorrussos começaram a sondar a nossa baliza. Tiveram uma ou duas boas oportunidades, mas, quando o Jorge Jesus fez entrar o Rúben Amorim para o lugar do Di María aos 77’, a brincadeira acabou e eles nunca mais criaram perigo.
O melhor em campo para mim foi o Nuno Gomes. Um golo e uma assistência tornam-no num elemento fundamental para a nossa vitória. Só foi pena aquele mau domínio de bola que lhe teria dado o bis. Não concordei com a sua substituição, porque estava a jogar bem e porque seria uma boa oportunidade para o Cardozo descansar, mas o Jorge Jesus não entendeu assim. O Felipe Menezes ainda está um pouco verde (salvo seja!), mas nota-se que tem muito bom toque de bola. Para estreia, não foi mau. O Di María esteve melhor que no Restelo, mas também não levou com uma pantufada logo no início do jogo. O Luisão fez um jogo praticamente perfeito e, não fora o Nuno Gomes, seria o melhor em campo. O Júlio César não teve muito trabalho, mas sinceramente acho injusto para o Moreira, que fez uma muito boa pré-época e teve apenas um deslize em Poltava. Acho que ele merecia ser o titular na Liga Europa. O Maxi só se notou que tinha vindo de lesão, quando deu o berro no último quarto de hora. Daí também a entrada do Amorim para defesa-direito, subindo ele para médio. Como nota menos positiva, continuo a não compreender a insistência no César Peixoto em detrimento do Shaffer.
É certo que os 8-1 e 4-0 fora de casa nos enchem a alma, mas o modo como foi obtida esta vitória é extraordinariamente importante para nos dar confiança para o futuro. Quando não conseguimos o “80”, estamos no “40”, o que nos permite ganhar à mesma. Esta inteligência de saber ter paciência para nos colocarmos em vantagem e controlar o adversário, limitando-lhe ao máximo as hipóteses de criar perigo na nossa baliza, é outra das conquistas fundamentais deste ano. Esperamos que seja para continuar, de preferência já no Domingo em Leiria. E muita atenção ao Jorge Sousa!
P.S. – O Rúben Amorim é sócio do Benfica desde que nasceu e tem todas as condições para vir a ser um dos capitães daqui a umas épocas. Mas não pode ter atitudes como a de hoje no final da partida. A saudação ao público depois do jogo é FUNDAMENTAL para manter a união da equipa com os adeptos. Sair disparado para os balneários depois do árbitro apitar, sejam quais forem as razões (presume-se amuo por não ter sido titular, o que ainda é pior), não é justificável. Muito bem esteve o Jorge Jesus a ir buscá-lo e a fazê-lo voltar ao campo. Espero que este mau momento dele não se repita. Até por ele ser assumidamente benfiquista e dever, acima de todos, perceber a importância daquele gesto.
segunda-feira, setembro 14, 2009
Chapa 4
Ganhámos em Belém por 4-0 em mais uma demonstração do excelente momento que atravessamos. Foi uma vitória indiscutível e o que mais me impressionou foi que nem sequer forçámos muito. Se o tivéssemos feito, nem quero pensar qual seria o resultado. Aliás, foi uma atitude inteligente da nossa parte, porque vamos ter três jogos numa semana e as pernas têm que dar para tudo.
Da equipa inicial, e apesar da recuperação do Maxi Pereira, o Rúben Amorim continuou a titular, mas a grande surpresa (e incompreensível, para mim) foi a inclusão do César Peixoto na lateral esquerda em detrimento do Shaffer. Não percebi a opção, porque já no jogo frente ao V. Setúbal o César Peixoto não tinha estado bem naquele lugar e hoje foi indiscutivelmente o pior jogador do Benfica. Eu compreendo que haja jogadores de que os treinadores gostem mais, mas esta dúvida permanente do Jorge Jesus em relação ao valor do Shaffer é algo que me ultrapassa. O homem é dos melhores no plantel a centrar e está melhor a defender, mas parece que não é suficiente...
Não poderíamos ter entrado melhor na partida com o Saviola a correr 60 metros e marcar um golo fabuloso logo aos 6’. Foi a resposta a uma das raríssimas oportunidades do Belenenses logo no minuto inicial, quando o Quim resolveu sair mal a um cruzamento (como é hábito). Pouco depois do nosso golo, outra óptima jogada do Saviola ia permitindo ao Cardozo aumentar o marcador, mas o cabeceamento foi mal efectuado. Até ao intervalo, o nosso ritmo diminuiu bastante, mas o Belenenses também não se mostrava capaz de criar perigo.
A vantagem mínima era perigosa, até porque o árbitro era o Sr. Olegário Benquerença e nunca fiando. A 2ª parte foi bastante melhor, porque os jogadores do Benfica foram para cima do adversário para acabar de vez com a partida. O que aconteceu logo aos 57’ com um golo do Cardozo depois de assistência do Saviola. A partir daqui, o Belenenses baixou os braços, mas nós, mesmo em ritmo de treino se compararmos com o jogo frente ao V. Setúbal, fomos sempre tentando marcar mais. E assim aconteceu com os golos do Javi García (76’) e Ramires (88’). O que mais impressiona neste Benfica é precisamente esta fome de golos. De uma maneira ou de outra, e mesmo controlando mais a partida, tentamos sempre marcar mais. A nossa velocidade no último terço de campo é impressionante e dá gosto ver quatro jogadores a correr para a baliza, tentando dar opções de passe ao Aimar que tinha a bola, com 3-0 a nosso favor.
Individualmente há que destacar o Saviola, principalmente pela 1ª parte. Para quem está “velho” e vem para cá para a “reforma”, não está nada mal. Outro em grande nível foi o Ramires. Que jogador! São raras as intervenções erradas que tem no jogo. Também gostei do Aimar, cuja inteligência a jogar à bola é fantástica. O Javi García não sabe jogar mal, mas vai ser um dos jogadores mais perseguidos pelos árbitros (já vai no 3º amarelo). O Di María levou uma grande trancada no início do jogo e não esteve tão acutilante como em partidas anteriores. O Cardozo, apesar de só ter jogado cinco minutos na sua selecção, vem sempre muito desgastado das viagens e fez um jogo fraquinho. Só que, como diz o Leão Eça Cana aka Carlos Silva, “não joga nada e só sabe marcar golos... :-)” A defesa não esteve mal (com excepção do César Peixoto, mas em termos atacantes), todavia o David Luiz tem que ser mais inteligente nalgumas situações de jogo em que faz faltas desnecessárias perto da linha lateral quando o adversário está em dificuldades. Provoca livres perigosos contra nós que são completamente escusados.
Na maior enchente dos últimos (largos) anos no Restelo e com quase meia-Tertúlia Benfiquista (Pedro F. Ferreira, D’Arcy, Gwaihir, Pedrov, Superman Torras e Artur) novamente presente tal como na época passada, este triunfo recolocou-nos novamente no 2º lugar. E só não estamos em 1º, porque o CRAC B, perdão, o Braga ganhou na Madeira com um penalty fantasma a 5’ do fim. Quero ver o que vai acontecer para a semana quando defrontarem a casa-mãe. Quanto a nós, na 5ª feira é muito importante começar a carreira na Liga Europa com uma vitória frente ao Bate Borisov. Para ver se começamos a limpar a má imagem da péssima carreira europeia do ano passado
Da equipa inicial, e apesar da recuperação do Maxi Pereira, o Rúben Amorim continuou a titular, mas a grande surpresa (e incompreensível, para mim) foi a inclusão do César Peixoto na lateral esquerda em detrimento do Shaffer. Não percebi a opção, porque já no jogo frente ao V. Setúbal o César Peixoto não tinha estado bem naquele lugar e hoje foi indiscutivelmente o pior jogador do Benfica. Eu compreendo que haja jogadores de que os treinadores gostem mais, mas esta dúvida permanente do Jorge Jesus em relação ao valor do Shaffer é algo que me ultrapassa. O homem é dos melhores no plantel a centrar e está melhor a defender, mas parece que não é suficiente...
Não poderíamos ter entrado melhor na partida com o Saviola a correr 60 metros e marcar um golo fabuloso logo aos 6’. Foi a resposta a uma das raríssimas oportunidades do Belenenses logo no minuto inicial, quando o Quim resolveu sair mal a um cruzamento (como é hábito). Pouco depois do nosso golo, outra óptima jogada do Saviola ia permitindo ao Cardozo aumentar o marcador, mas o cabeceamento foi mal efectuado. Até ao intervalo, o nosso ritmo diminuiu bastante, mas o Belenenses também não se mostrava capaz de criar perigo.
A vantagem mínima era perigosa, até porque o árbitro era o Sr. Olegário Benquerença e nunca fiando. A 2ª parte foi bastante melhor, porque os jogadores do Benfica foram para cima do adversário para acabar de vez com a partida. O que aconteceu logo aos 57’ com um golo do Cardozo depois de assistência do Saviola. A partir daqui, o Belenenses baixou os braços, mas nós, mesmo em ritmo de treino se compararmos com o jogo frente ao V. Setúbal, fomos sempre tentando marcar mais. E assim aconteceu com os golos do Javi García (76’) e Ramires (88’). O que mais impressiona neste Benfica é precisamente esta fome de golos. De uma maneira ou de outra, e mesmo controlando mais a partida, tentamos sempre marcar mais. A nossa velocidade no último terço de campo é impressionante e dá gosto ver quatro jogadores a correr para a baliza, tentando dar opções de passe ao Aimar que tinha a bola, com 3-0 a nosso favor.
Individualmente há que destacar o Saviola, principalmente pela 1ª parte. Para quem está “velho” e vem para cá para a “reforma”, não está nada mal. Outro em grande nível foi o Ramires. Que jogador! São raras as intervenções erradas que tem no jogo. Também gostei do Aimar, cuja inteligência a jogar à bola é fantástica. O Javi García não sabe jogar mal, mas vai ser um dos jogadores mais perseguidos pelos árbitros (já vai no 3º amarelo). O Di María levou uma grande trancada no início do jogo e não esteve tão acutilante como em partidas anteriores. O Cardozo, apesar de só ter jogado cinco minutos na sua selecção, vem sempre muito desgastado das viagens e fez um jogo fraquinho. Só que, como diz o Leão Eça Cana aka Carlos Silva, “não joga nada e só sabe marcar golos... :-)” A defesa não esteve mal (com excepção do César Peixoto, mas em termos atacantes), todavia o David Luiz tem que ser mais inteligente nalgumas situações de jogo em que faz faltas desnecessárias perto da linha lateral quando o adversário está em dificuldades. Provoca livres perigosos contra nós que são completamente escusados.
Na maior enchente dos últimos (largos) anos no Restelo e com quase meia-Tertúlia Benfiquista (Pedro F. Ferreira, D’Arcy, Gwaihir, Pedrov, Superman Torras e Artur) novamente presente tal como na época passada, este triunfo recolocou-nos novamente no 2º lugar. E só não estamos em 1º, porque o CRAC B, perdão, o Braga ganhou na Madeira com um penalty fantasma a 5’ do fim. Quero ver o que vai acontecer para a semana quando defrontarem a casa-mãe. Quanto a nós, na 5ª feira é muito importante começar a carreira na Liga Europa com uma vitória frente ao Bate Borisov. Para ver se começamos a limpar a má imagem da péssima carreira europeia do ano passado
quinta-feira, setembro 10, 2009
Relembrar XXIII - Os outros oito
Ainda no rescaldo da magnífica goleada frente ao V. Setúbal e como inspiração para os nossos jogadores, recordo aqui os últimos quatro jogos em que o Benfica marcou oito golos para o campeonato nacional. Sit back, relax, são 32 golos do Benfica em pouco mais de 12 minutos. Um pouco de "Benfica Memória" faz-nos sempre bem. Até porque estes tempos idos parecem estar a querer regressar. Para alegria de todos nós.
Benfica - 8 - Alcobaça - 1
Época 1982/83
Marcadores: Néné (5), Diamantino (2), Chalana.
Realço a eficácia do Néné (cinco golos!), a finta do Chalana no 2-0 e o seu golo. Este jogo foi a 14 de Maio (bela data!), véspera da 2ª mão da final da Taça Uefa frente ao Anderlecht. Não houve cá poupanças...
Benfica - 8 - V. Guimarães - 0
Época 1983/84
Marcadores: Diamantino (2), Manniche (2), Néné (2), José Luís, Stromberg.
Destaco os dois golos do Manniche, especialmente o segundo, e o Néné que entrou aos 70', e ainda bisou. O guarda-redes do V. Guimarães era o Silvino.
Benfica - 8 - Penafiel - 0
Época 1983/84
Marcadores: Néné (4), Diamantino, Carlos Manuel, Manniche, Stromberg.
Como não destacar os dois penalties inacreditáveis não assinalados sobre o Stromberg? O Manniche ia furando as redes e o Néné estava sempre lá para encostar. Este jogo foi a seguir à eliminação em casa frente ao Liverpool (1-4). Que resposta!
Benfica - 8 - Famalicão - 0
Época 1993/94
Marcadores: Celestinho (autogolo) (2), Yuran (2), Ailton, Rui Costa, Mozer, Rui Águas.
Grande jogada no golo do Ailton e o jogo que lançou para o estrelado o Celestino, who else? Jogo na véspera da ida a Leverkusen... Poupança?
Benfica - 8 - Alcobaça - 1
Época 1982/83
Marcadores: Néné (5), Diamantino (2), Chalana.
Realço a eficácia do Néné (cinco golos!), a finta do Chalana no 2-0 e o seu golo. Este jogo foi a 14 de Maio (bela data!), véspera da 2ª mão da final da Taça Uefa frente ao Anderlecht. Não houve cá poupanças...
Benfica - 8 - V. Guimarães - 0
Época 1983/84
Marcadores: Diamantino (2), Manniche (2), Néné (2), José Luís, Stromberg.
Destaco os dois golos do Manniche, especialmente o segundo, e o Néné que entrou aos 70', e ainda bisou. O guarda-redes do V. Guimarães era o Silvino.
Benfica - 8 - Penafiel - 0
Época 1983/84
Marcadores: Néné (4), Diamantino, Carlos Manuel, Manniche, Stromberg.
Como não destacar os dois penalties inacreditáveis não assinalados sobre o Stromberg? O Manniche ia furando as redes e o Néné estava sempre lá para encostar. Este jogo foi a seguir à eliminação em casa frente ao Liverpool (1-4). Que resposta!
Benfica - 8 - Famalicão - 0
Época 1993/94
Marcadores: Celestinho (autogolo) (2), Yuran (2), Ailton, Rui Costa, Mozer, Rui Águas.
Grande jogada no golo do Ailton e o jogo que lançou para o estrelado o Celestino, who else? Jogo na véspera da ida a Leverkusen... Poupança?
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
Esperança
Vencemos na Hungria (1-0) com mais um golo brasileiro, desta feita do Pepe, e mantivemos as hipóteses de atingir o 2º lugar para jogarmos o play of de acesso ao Mundial 2010. Ao contrário do jogo na Dinamarca, a nossa exibição de ontem foi paupérrima e só se salvou mesmo a vitória.
Tivemos o mérito de marcar muito cedo (9’), mas quando se esperava que isso permitisse à equipa libertar-se da pressão e jogasse bom futebol, aconteceu precisamente o contrário. Rapidamente o objectivo passou a ser não sofrer golos, o que deu origem a uma partida chatíssima em que uma equipa tentava segurar a vantagem e a outra não tinha capacidade para a pôr em causa, excepto em lances de bola parada. A táctica do autocarro acabou por dar resultado e lá conseguimos o triunfo.
Estivemos quase a chegar ao 2º lugar já que a Suécia só marcou em Malta aos 83’ e através de um autogolo! Mas o empate da Dinamarca na Albânia acabou por nos favorecer, já que assim eles precisam do resultado frente à Suécia para se qualificarem. Ou seja, o arranjinho do Euro 2004 (em que só um 2-2 permitia que ambos passassem aos quartos-de-final em detrimento da Itália e o placard foi... 2-2!) não vão ter sequela. Ainda por cima, a Holanda (já qualificada) fez o favor de ir ganhar à Escócia e fez com que os britânicos fossem o pior 2º classificado, pelo que estou convencido que, se Portugal ganhar os dois jogos em casa que faltam, conseguirá ir ao play of. Espero que isso aconteça, mas nada apagará esta vergonhosa fase de qualificação.
Tivemos o mérito de marcar muito cedo (9’), mas quando se esperava que isso permitisse à equipa libertar-se da pressão e jogasse bom futebol, aconteceu precisamente o contrário. Rapidamente o objectivo passou a ser não sofrer golos, o que deu origem a uma partida chatíssima em que uma equipa tentava segurar a vantagem e a outra não tinha capacidade para a pôr em causa, excepto em lances de bola parada. A táctica do autocarro acabou por dar resultado e lá conseguimos o triunfo.
Estivemos quase a chegar ao 2º lugar já que a Suécia só marcou em Malta aos 83’ e através de um autogolo! Mas o empate da Dinamarca na Albânia acabou por nos favorecer, já que assim eles precisam do resultado frente à Suécia para se qualificarem. Ou seja, o arranjinho do Euro 2004 (em que só um 2-2 permitia que ambos passassem aos quartos-de-final em detrimento da Itália e o placard foi... 2-2!) não vão ter sequela. Ainda por cima, a Holanda (já qualificada) fez o favor de ir ganhar à Escócia e fez com que os britânicos fossem o pior 2º classificado, pelo que estou convencido que, se Portugal ganhar os dois jogos em casa que faltam, conseguirá ir ao play of. Espero que isso aconteça, mas nada apagará esta vergonhosa fase de qualificação.
domingo, setembro 06, 2009
Sina portuguesa
A selecção nacional empatou na Dinamarca (1-1) e, com a vitória da Suécia na Hungria (2-1), deixou de depender apenas dela para chegar ao play-of de acesso ao Mundial 2010. Foi um jogo perfeito do que costuma ser a selecção portuguesa (Scolari e Humberto à parte, obviamente): muitas e claras oportunidade de golo, falhanços inacreditáveis, eficácia do adversário e óptima desculpa de um penalty por marcar a nosso favor para justificar o resultado menos positivo.
Jogando na táctica da moda, o famigerado losango, Portugal fez a melhor exibição dos últimos tempos. Chegámos a ser brilhantes e assumimos mais uma vez o nosso estatuto de melhor selecção do mundo de futebol sem balizas. Na hora de rematar é que estava tudo estragado. O Simão esteve particularmente infeliz neste aspecto e teve dois falhanços de baliza aberta. Os dinamarqueses pouco chatearam a nossa defesa, excepto perto do intervalo quando inauguraram o marcador.
Na 2ª parte, a fazer lembrar esta célebre substituição, o senhor professor Carlos Queiroz fez entrar o Liedson, mas alterou a táctica para o 4-3-3! Porquê continuar a jogar bem no losango, quando se mete um ponta-de-lança que está é mesmo habituado a jogar em 4-3-3? Ou não será assim? Será que o Liedson sempre jogou é num losango no seu clube? Assim sendo, nada melhor do que provar que ele também é bom no 4-3-3, não é, senhor professor Carlos Queiroz? Como é óbvio, a 2ª parte da selecção não foi tão boa, também porque o Deco, que tinha sido dos melhores na 1ª, baixou imenso de nível. O Liedson falhou uma oportunidade de baliza aberta, mas compensou com o golo do empate a 5’ do fim. Até final, ainda tivemos oportunidade para chegar à vantagem, mas não conseguimos.
Vai ser um escândalo, mas muito provavelmente a selecção vai ficar fora do Mundial. Para continuar a ter esperanças, é imperioso ganhar na Hungria na próxima 4ª feira. Se não o fizermos, ficaremos mesmo em casa, mas como estamos num país onde a falta de vergonha impera, aposto que vai continuar tudo na mesma. Ou seja, o senhor professor Carlos Queiroz não vai ter a hombridade de colocar o lugar à disposição. Quem quer apostar?
P.S. – E o burro era o outro...!
Jogando na táctica da moda, o famigerado losango, Portugal fez a melhor exibição dos últimos tempos. Chegámos a ser brilhantes e assumimos mais uma vez o nosso estatuto de melhor selecção do mundo de futebol sem balizas. Na hora de rematar é que estava tudo estragado. O Simão esteve particularmente infeliz neste aspecto e teve dois falhanços de baliza aberta. Os dinamarqueses pouco chatearam a nossa defesa, excepto perto do intervalo quando inauguraram o marcador.
Na 2ª parte, a fazer lembrar esta célebre substituição, o senhor professor Carlos Queiroz fez entrar o Liedson, mas alterou a táctica para o 4-3-3! Porquê continuar a jogar bem no losango, quando se mete um ponta-de-lança que está é mesmo habituado a jogar em 4-3-3? Ou não será assim? Será que o Liedson sempre jogou é num losango no seu clube? Assim sendo, nada melhor do que provar que ele também é bom no 4-3-3, não é, senhor professor Carlos Queiroz? Como é óbvio, a 2ª parte da selecção não foi tão boa, também porque o Deco, que tinha sido dos melhores na 1ª, baixou imenso de nível. O Liedson falhou uma oportunidade de baliza aberta, mas compensou com o golo do empate a 5’ do fim. Até final, ainda tivemos oportunidade para chegar à vantagem, mas não conseguimos.
Vai ser um escândalo, mas muito provavelmente a selecção vai ficar fora do Mundial. Para continuar a ter esperanças, é imperioso ganhar na Hungria na próxima 4ª feira. Se não o fizermos, ficaremos mesmo em casa, mas como estamos num país onde a falta de vergonha impera, aposto que vai continuar tudo na mesma. Ou seja, o senhor professor Carlos Queiroz não vai ter a hombridade de colocar o lugar à disposição. Quem quer apostar?
P.S. – E o burro era o outro...!
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