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quarta-feira, janeiro 12, 2005

Zahovic e Sokota

As dispensas a meio da época de jogadores que têm sido titulares faz-me confusão. Se não se queria renovar contrato com eles ou são dispensados no início da época ou ficam até ao fim. Mas muitos benfiquistas terão ficado contentes com estas duas dispensas, o que não é manifestamente o meu caso. Em três anos e meio, tanto o Zahovic com o Sokota deram-nos mais alegrias do que tristezas.

Se, por um lado, compreendo que, tendo o Zahovic 34 anos, não se justificaria uma renovação de contrato, por outro convém não esquecer que, mesmo jogando a passo, era dos poucos jogadores que sabia colocar a bola jogável para os companheiros e que neste momento não temos mais nenhum "número 10" no plantel (tirando o inconsequente e "brinca na areia" Roger). Vai fazer-nos falta o seu jogo de tabelinhas e aberturas para o Simão e Nuno Gomes. Ou seja, acho que se justificaria plenamente a sua continuidade até ao final da época.

O caso do Sokota é ainda mais preocupante. Vamos trocar um jogador que, mesmo em manifesta má forma nesta época (curiosamente desde que se começou a falar da renovação ou não do contrato), é dos melhores marcadores do plantel e está identificado com o clube, por um argentino de 20 anos cuja valia pouca gente conhece e que virá para o Benfica em trânsito para um clube europeu? E será que é de pontas-de-lança que temos necessidade neste momento? Não será antes de médios e extremos? Não sei se o Sokota estava a pedir ou não muito dinheiro, mas talvez com um pouco de boa vontade se conseguisse chegar a acordo. Claro está que, se o Sokota tivesse renovado, já não viria outro e haveria alguém que não ganharia dinheiro com a transferência.

Mandarmos embora, a meio de uma época, jogadores que já estavam há um certo tempo no clube, que estavam entrosados com os companheiros e que ainda davam rendimento parece-me que é dar tiros no pé. Uma certeza tenho: com o Camacho isto nunca aconteceria.

P.S. - Ainda não era nascido para o ver jogar ao vivo, mas não me esqueço de quando vi na televisão o golão que o Cavém marcou ao Real Madrid na final da Taça dos Campeões em 1961/62. Paz à sua alma.

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