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terça-feira, janeiro 18, 2005

Glorioso - 4 - Caceteiros Futebol Clube - 0

Foi daqueles jogos que parecem de encomenda: vitória fácil e robusta, possibilidade dos adeptos se despedirem de um jogador e golo de outro dois anos depois. E não houve nenhum jogador do Benfica lesionado, apesar de várias tentativas nesse sentido feitas por esta equipa que faz de cada jogo uma demonstração de luta livre (há quem chame "agressividade"). Como se isto não bastasse, houve uma jogada em que, com o Petit lesionado e os nossos jogadores à espera que a bola fosse rematada para fora, os caceteiros seguem o jogo e quase faziam golo. Enfim, nada a que não estejamos já habituados em equipas daquela cidade, sempre tão conformes às regras do fair-play.

Em relação ao Glorioso, com os titulares todos de volta, não há dúvidas que as coisas piam mais fino. Apesar de não termos feito um jogo soberbo, foi bastante melhor do que os últimos (também piorar era difícil). Começámos bem, logo com um penalty no 2º minuto não assinalado, e tivemos uma meia-hora inicial de bastante pressing. Na 2ª parte, depois da expulsão do jogador adversário, mostrámos que afinal sabemos tirar proveito da vantagem numérica, o jogo tornou-se fácil e vá lá não parámos ao 2º golo. E o jogo até deu para o Trapattoni fazer a substituição mais arrojada da sua carreira: tirar um médio defensivo (Manuel Fernandes) e colocar um extremo (Carlitos)!

Mas o melhor estava reservado para o fim. O Argel pode despedir-se em paz dos adeptos, que lhe dispensaram uma ovação merecida. Apesar de não ser um jogador fora-de-série, longe disso, penso que foi bastante útil ao Benfica durante o tempo que cá esteve, nomeadamente pela garra que transmitia aos colegas. Aliás, basta lembrar o jogo contra o Nacional para a Taça no ano passado, em que a sua entrada para ponta-de-lança foi absolutamente fundamental para conseguirmos dar a volta ao jogo. Claro está que sofremos alguns golos por culpa sua, mas ninguém o pode acusar de falta de profissionalismo e de não ter dado o máximo nos jogos. Se o quisermos comparar com centrais de épocas anteriores como Paulo Madeira, Ronaldo, Paredão, King, Paulão, etc. vemos bem a diferença.

No último minuto veio a cereja no topo do bolo: grande golo (a bola foi intencionalmente desviada do guarda-redes e não rematada às cegas) do Mantorras! E foi bonito ver os festejos subsequentes de todos os jogadores convocados. Agora que ele está a regressar aos poucos (esperemos que à forma que o notabilizou), só falta ensinarem-lhe a olhar para os adversários para não se colocar constantemente em fora-de-jogo para que as nossas jogadas de ataque possam ser mais imprevisíveis.

Com os saborosos resultados do fim-de-semana (empate do clube regional em Coimbra e derrota dos lagartos contra o Nacional), voltámos a colar-nos ao 1º lugar. E com a equipa toda de volta pode ser que o Trapattoni não tenha hipóteses de fazer o seu catenaccio. Como referi em posts anteriores, era tão bom que me enganasse...

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