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quarta-feira, dezembro 10, 2025

Finito

Empatámos com a lagartada (1-1) na passada 6ª feira e, com a vitória do CRAC (2-0) em Tondela, estamos agora a oito pontos deles e mantivemos os três de distância para o 2º lugar. Quer isto dizer na prática que, no início de Dezembro, estamos com o campeonato já perdido. Bestial...!

Num jogo em que não havia outra opção que não fosse ganhar, o Mourinho colocou a sua equipa Champions, o que quer dizer o Leandro Barreiro a 10 e apenas o Pavlidis como opção declaradamente ofensiva (vá, OK, o Sudakov também pode ser incluído como médio mais atacante). Foi outra vez pouco, muito pouco. Entrámos pessimamente na partida, muitíssimo nervosos e a lagartada só não marcou logo a abrir num erro do Aursnes, porque o Trubin defendeu com o pé um remate do Luís Suárez. Continuámos a andar aos papéisaté que sofremos mesmo um golo num péssimo passe à queima do Trubin para o Barrenechea, que perdeu em bola logo à saída da área para o inimputável Hjulmand, que depois a deu para o Pedro Gonçalves fazer um passe para a baliza... Mas nem assim o Trubin defendeu... Estávamos no minuto 12 e o panorama era muito negro. A lagartada continuou por cima, com dois remates do Maxi Araújo que, apesar de não terem acertado na baliza, criaram perigo, mas fomos nós a marcar, completamente contra a corrente do jogo, aos 27’, numa óptima abertura do Ríos para o Dedic centrar e o Sudakov à segunda atirar lá para dentro. O golo caiu-nos do céu, mas a tendência do jogo virou nesta altura. Começámos a pressionar melhor a lagartada, que deixou de manobrar tão à-vontade no nosso meio-campo, embora não tivemos criado grandes oportunidades. O Pavlidis atrapalhou o Dedic que estava em boa posição para alvejar a baliza contrária e, do outro lado do campo, foi o Otamendi a fazer um corte fabuloso ao Suárez, quando este se aprestava para rematar.

A 2ª parte foi totalmente nossa. Só no reatamento é que houve um centro do Catamo que criou algum frisson, mas ninguém tocou na bola e a partir daí dominámos completamente a lagartada, mas, lá está, sem conseguirmos criar muitas situações de perigo. Um remate rasteiro do Sudakov ou outro à meia-volta do Aursnes foram defendidos pelo Rui Silva, um livre para a área em que o Suárez tirou o pão da boca do Leandro Barreiro, depois de uma assistência de cabeça do António Silva, e um remate do Ríos ao lado foi tudo o que conseguimos. Destes lances todos, só o do Ríos é que deu a sensação de golo, especialmente a quem, como eu, estava do lado contrário do campo. O Mourinho mexeu pela primeira vez só aos 81’, mas tirou o Sudakov para colocar o Prestianni, quando se esperava que arriscasse um pouco mais. E, quando resolveu colocar o Ivanovic, também tirou o Pavlidis pouco depois. O nosso eventual assalto final às redes lagartas foi por água abaixo com a expulsão do Prestianni, que cortou um contra-ataque perigoso contrário de uma forma mais impetuosa. Se fosse ao contrário, se calhar o Sr. António Nobre ter-se-ia ficado pelo amarelo, mas enfim... Não percebi a opção nos minutos finais de, quando a bola estava no Trubin, não tentar um pontapé para a frente para tentar aproveitar o Ivanovic, que tem esse perfil de atarcar a bola em profundidade... Dir-se-ia que estávamos satisfeitos com o empate, porque não acelerámos nem um pouquinho...

Em termos individuais, o Ríos foi de longe o melhor e até que enfim que começa a justificar a fortuna que pagámos por ele. Com o excesso de jogadores de tendências defensivas, os desequilíbrios são causados pelo Dedic, que também esteve em relativo destaque. O Sudakov fez uma péssima 1ª parte, mas estava a subir na 2ª, quando foi substituído. O Aursnes continua na sua pior fase desde que chegou ao Benfica e o Barrenechea ainda me está para provar que é um upgrade em relação ao Florentino... Desta vez foi dele o erro, mas o nosso histórico até agora é oitavo ponto perdido em casa, oitavo ponto perdido graças a clamorosos erros defensivos...

Enfim, com o sorteio da Taça de Portugal a colocar-nos em Mordor se eliminarmos o Farense e passarmos aos quartos-de-final, com a Champions muitíssimo complicada e o campeonato perdido sem termos chegado ao Natal, não será a Taça da Liga (se acontecer) que irá salvar uma temporada que se perspectiva tenebrosa. Depois de tanto dinheiro gasto do Verão, continuamos com evidentes lacunas no plantel, que, aliás, é bem mais fraco do que na temporada passada. Há coisas muito difíceis de entender, mas a maioria dos benfiquistas votou pela continuidade desta modorra muito recentemente...

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