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quarta-feira, outubro 08, 2025

Trancado

Empatámos 0-0 em Mordor no passado domingo, e mantivemo-nos a quatro pontos deles, não perdendo igualmente pontos para a lagartada (continuamos a de distância), que empatou 1-1 em casa contra o Braga. Perante uma equipa que tinha ganho todos os nove jogos oficiais até agora e que comanda o campeonato, e dado que o nosso histórico dos últimos tempos, tanto em termos de resultados, como principalmente exibicional não era nada famoso, não se pode dizer que foi um mau resultado.

Confesso que, antes do jogo, tinha um certo receio de que acontecesse um descalabro (que nos deixaria a uns imensos sete pontos numa fase tão precoce da temporada), mas nada disso se passou. Até pode ser que o Mourinho já tenha perdido grande parte da aura que já teve (caso contrário, não estaria a treinar em Portugal neste momento), mas não há dúvidas que monta muito bem as suas equipas em termos tácticos, especialmente nestes jogos mais complicados. Conseguimos manietar completamente o CRAC, que teve muito poucas oportunidades de golo. A parte pior foi que também não chegámos muitas vezes à baliza contrária. Com o Aursnes sob a esquerda e apenas o Pavlidis e Lukebakio como homens atacantes, um livre frontal do Sudakov foi tudo o que fizemos na 1ª parte, enquanto do outro lado um calcanhar do Gabri Veiga e, principalmente, um remate do Pepê por cima em excelente posição, depois de um mau alívio do Otamendi, foi o que nos assustou mais.

Na 2ª parte, apesar das substituições que os treinadores foram fazendo (mais o CRAC do que nós), o jogo continuou muito bloqueado e com pouco espaço para a fantasia. No entanto, houve duas bolas na barra para cada um dos lados, com a nossa a ser quase um autogolo do Kiwior num mau alívio e a deles, em cima dos 90’, do Rodrigo Mora, depois de uma perda de bola perigosa do Barrenechea no meio-campo. Porém, não sei se o jogador do CRAC não estaria ligeiramente em fora-de-jogo. O Mourinho veio dizer no final que, por causa do surto viral que sofremos, o Ivanović não estava em condições de ir a jogo e, de facto, sentiu-se déficit no nosso banco em termos atacantes, quando se justificou arriscarmos um pouco mais.

Em termos individuais, o Sudakov mostrou que é um jogador com classe e é bom que apareça nestes jogos, o Lukebakio, enquanto teve pernas, especialmente na 1ª parte, foi por onde tivemos mais esperança de criar perigo na área contrária, o Pavlidis deu bastante luta aos defesas contrários, e a dupla sul-americana de meio-campo (Barrenechea e Ríos) não esteve mal. Na defesa, o António Silva subiu de produção em relação ao que tinha vindo a fazer, e o Dahl não foi o elo mais fraco, apesar de se ter a ver com o Pepê primeiro e o William Gomes depois.

O campeonato vai agora parar por causa da qualificação para o Mundial de futebol, mas quando voltarmos teremos uma deslocação difícil a Chaves para a Taça e depois Champions. O problema é que, como os jogadores estão todos fora nas selecções, continuamos sem poder treinar decentemente.

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