quinta-feira, novembro 28, 2024
Sorte do jogo
Conseguimos ontem uma vitória muito importante no Mónaco
(3-2) na 5ª jornada da fase de liga da Champions.
Depois de dois desaires consecutivos, era fundamental somar pontos neste jogo e
na recepção ao Bolonha antes de irmos defrontar o Barcelona e a Juventus. Foi
um triunfo saboroso, até pela reviravolta nos minutos finais, mas convém
descermos à terra e termos noção de que tivemos muita sorte no modo como ele
foi obtido.
Com a equipa-tipo de volta, não entrámos nada bem e sofremos o 0-1 logo aos 13’ pelo Seghir num lance em que fomos apanhados em contrapé num contra-ataque rápido. A precisar de pontuar, tomámos as rédeas da partida e começámos a limpar a má imagem deixada em Munique. No entanto, na frente revelámos falta de inspiração, nomeadamente pelo Pavlidis, que parece dar sempre um toque a mais na bola, quando seria necessário ter mais espontaneidade de remate. Mas foi do Di María a melhor oportunidade até ao intervalo, quando o atraso de um defesa o deixou isolado frente ao guarda-redes Majecki, mas permitiu a defesa deste com o pé. Falhanço incrível! Na sequência desse canto, foi o Otamendi a antecipar-se de cabeça a um defesa e ao Majeck, mas a bola caprichosamente passou por cima da barra. Ou seja, deveríamos ter ido para o intervalo a ganhar e fomos a perder. Porém, há que salientar a enorme sorte que tivemos com o Sr. Rade Obrenovic, o árbitro esloveno. Esteve mal ao mostrar o amarelo ao Florentino logo aos 5’, mas depois poupou inacreditavelmente o segundo amarelo a este e, principalmente, ao Carreras, que entretanto também tinha visto um (que até poderia ter sido vermelho directo, fosse o VAR mais rigoroso...). Como sintoma do desnorte que teve, ainda encharcou três jogadores do Mónaco com amarelos por causa dos protestos, um dos quais revelar-se-ia fundamental no desfecho da partida. Muito pouca classe, a deste árbitro, neste caso a nosso favor (também temos direito a ser beneficiados nas provas europeias de vez em quando... Sim, porque eu lembro-me muito bem disto e disto, por exemplo...).
O Bruno Lage, apesar de o Florentino e o Carreras estarem bastante condicionados, arriscou e não mexeu na equipa ao intervalo. Logo no reatamento, tivemos mais uma dose de estrelinha, quando o Otamendi é mal batido pelo poderio físico do suíço Embolo, que depois atirou com estrondo ao poste do Trubin. Teria certamente sido xeque-mate no jogo, caso a bola tivesse entrado... Não entrou na nossa baliza, entrou na adversária aos 48’, noutro atraso muito mal calculado, desta feita pelo defesa-esquerdo Caio Henrique, que coincidiu com uma saída igualmente péssima do guarda-redes, que não conseguiu acertar na bola e permitiu que o Pavlidis fizesse um dos golos mais fáceis da sua carreira, logo para estreia a marcar na Champions. O mérito do grego foi ter percebido de imediato que o atraso iria acontecer e ter corrido logo na direcção do guarda-redes. O jogo estava um bocado partido e houve mais um golo para cada lado, anulado pelo VAR por fora-de-jogo em ambos os casos. Se o dos franceses foi logo evidente na jogada corrida, o nosso enganou-me bem, porque festejei quando o Bah meteu a bola na baliza na sequência de uma assistência do Di María, mas este estava com o rabo(!) fora-de-jogo. A olho nu parece estar em linha e é só lerem o que tenho escrito aqui ao longo dos tempos para perceberem que acho uma estupidez anularem-se golos por menos de 10 cm (como deve ter sido o caso). Parece em linha à primeira vista, dá-se a vantagem à equipa que ataca, como se fazia antigamente. Entre os dois golos anulados, o Pavlidis teve uma óptima cabeçada depois de um centro do Aktürkoğlu, que proporcionou uma excelente defesa do guarda-redes.
À passagem da hora de jogo, deu-se o acontecimento que desequilibrou a partida com o segundo amarelo (justo) mostrado ao central Singo, por atingir o Pavlidis na cabeça com o braço numa disputa aérea. Ora, este tinha sido um dos jogadores que tinha visto o amarelo nos protestos da 1ª parte. A jogar com mais um, o Bruno Lage arriscou e tirou o Florentino para colocar o Amdouni, para além de ter trocado os pontas-de-lança (Pavlidis pelo Cabral). Se, na teoria, isto parecia bem dado que estávamos em superioridade numérica, na prática foi um desastre, porque o Mónaco, mesmo com dez, tomou conta do meio-campo, porque deixámos de ter alguém para correr atrás dos adversários e recuperar bolas. Espero que o Lage tenha percebido isto de vez, até porque tinha o Leandro Barreiro no banco e, se queria poupar (e bem) o Florentino original de um possível segundo amarelo, tinha um clone do Florentino no banco. Também já aqui escrevi que não gosto nada de ver o Aursnes a seis, porque não é o tipo de jogador de andar atrás dos adversários, e como o Kökçü também não tem espírito nenhum defensivo, estendemos uma autêntica passadeira ao Mónaco. De tal forma, que fizeram o 2-1 praticamente a seguir às nossas substituições, num lance em que o marcador do golo, Magassa, surgiu completamente sozinho(!) já dentro da nossa área, depois de um centro atrasado na esquerda, que ainda desviou no Carreras, para rematar rasteiro sem hipóteses para o Trubin. Sem um Florentino em campo, ninguém foi marcar aquela zona central da área... Acusámos (e de que maneira!) o golo e durante 20’ até parecia que eram os franceses a jogarem com mais um, tal o à-vontade com que manobravam no nosso meio-campo. O Benfica parecia completamente perdido e sem capacidade de reacção. Eu estava a ver isto muito negro e a não querer acreditar que iríamos conseguir perder um desafio a jogar contra dez...!
No entanto, o facto de termos um génio no plantel tem as suas vantagens. Aos 84’, o Di María tira um autêntico coelho da cartola com um cruzamento perfeito do lado esquerdo para a área para o Arthur Cabral entrar de rompante de cabeça e restabelecer a igualdade. Grande golo! A cabeçada foi tão poderosa que o brasileiro até ficou um pouco abananado depois dela, também por ter disputado a bola com um defesa e ter tido a coragem de efectuar um remate de cabeça com aquela potência. A seguir a este golo, o Lage lá colocou o Leandro Barreiro no lugar do Aursnes e o Mónaco morreu de vez aí. A dois minutos do final, o Di María voltou a repetir a gracinha do centro teleguiado, desta feita da direita, e foi o até então muito apagado Amdouni a cabecear sem hipóteses para o guarda-redes. Como já vi por aí escrito, o Di María quase que obrigou os avançados a meterem a bola na baliza com aqueles dois centros magníficos! Até final, ainda deu para o Amdouni falhar o 4-2 isolado perante o guarda-redes, imitando o Di María na 1ª parte...
Em termos de destaques individuais, obviamente que o Di María tem de ter o maior de todos, com as duas assistências que permitiram a vitória. O Tomás Araújo esteve muito bem na defesa, muitas vezes compensando tanto o Bah, como o Otamendi, quando eram batidos. Tanto o Florentino como o Carreras deverão ter MUITO mais cuidado no futuro depois de verem amarelos, porque tiveram ambos muita sorte em não terem sido expulsos. O Bah teve algumas dificuldades defensivas na 1ª parte, mas subiu claramente de produção na 2ª. É sempre bom para a sua confiança quando são os substitutos a marcar golos e o Amdouni, em particular, deve ter o melhor rácio de golos marcados/minutos em campo, enquanto o Arthur Cabral deve este importantíssimo golo ao facto de o Lage o ter mantido em campo, depois dos quatro falhanços inacreditáveis frente ao E. Amadora, porque ainda lhe permitiu marcar dois e restabelecer a sua confiança.
Foi uma vitória essencial e especial pelo modo como ocorreu. Mas, repito, temos de ter noção das circunstâncias que levaram a este desfecho e não repetir os erros que cometemos, nomeadamente a nível disciplinar e, em relação ao Lage, na leitura que faz do nosso jogo sem um trinco de raiz. Se nas provas nacionais, perante adversários mais fracos, ainda se pode admitir, a este nível de Champions espero que tenha sido a última vez que tenhamos jogado sem o Florentino ou Leandro Barreiro naquela posição.
Com a equipa-tipo de volta, não entrámos nada bem e sofremos o 0-1 logo aos 13’ pelo Seghir num lance em que fomos apanhados em contrapé num contra-ataque rápido. A precisar de pontuar, tomámos as rédeas da partida e começámos a limpar a má imagem deixada em Munique. No entanto, na frente revelámos falta de inspiração, nomeadamente pelo Pavlidis, que parece dar sempre um toque a mais na bola, quando seria necessário ter mais espontaneidade de remate. Mas foi do Di María a melhor oportunidade até ao intervalo, quando o atraso de um defesa o deixou isolado frente ao guarda-redes Majecki, mas permitiu a defesa deste com o pé. Falhanço incrível! Na sequência desse canto, foi o Otamendi a antecipar-se de cabeça a um defesa e ao Majeck, mas a bola caprichosamente passou por cima da barra. Ou seja, deveríamos ter ido para o intervalo a ganhar e fomos a perder. Porém, há que salientar a enorme sorte que tivemos com o Sr. Rade Obrenovic, o árbitro esloveno. Esteve mal ao mostrar o amarelo ao Florentino logo aos 5’, mas depois poupou inacreditavelmente o segundo amarelo a este e, principalmente, ao Carreras, que entretanto também tinha visto um (que até poderia ter sido vermelho directo, fosse o VAR mais rigoroso...). Como sintoma do desnorte que teve, ainda encharcou três jogadores do Mónaco com amarelos por causa dos protestos, um dos quais revelar-se-ia fundamental no desfecho da partida. Muito pouca classe, a deste árbitro, neste caso a nosso favor (também temos direito a ser beneficiados nas provas europeias de vez em quando... Sim, porque eu lembro-me muito bem disto e disto, por exemplo...).
O Bruno Lage, apesar de o Florentino e o Carreras estarem bastante condicionados, arriscou e não mexeu na equipa ao intervalo. Logo no reatamento, tivemos mais uma dose de estrelinha, quando o Otamendi é mal batido pelo poderio físico do suíço Embolo, que depois atirou com estrondo ao poste do Trubin. Teria certamente sido xeque-mate no jogo, caso a bola tivesse entrado... Não entrou na nossa baliza, entrou na adversária aos 48’, noutro atraso muito mal calculado, desta feita pelo defesa-esquerdo Caio Henrique, que coincidiu com uma saída igualmente péssima do guarda-redes, que não conseguiu acertar na bola e permitiu que o Pavlidis fizesse um dos golos mais fáceis da sua carreira, logo para estreia a marcar na Champions. O mérito do grego foi ter percebido de imediato que o atraso iria acontecer e ter corrido logo na direcção do guarda-redes. O jogo estava um bocado partido e houve mais um golo para cada lado, anulado pelo VAR por fora-de-jogo em ambos os casos. Se o dos franceses foi logo evidente na jogada corrida, o nosso enganou-me bem, porque festejei quando o Bah meteu a bola na baliza na sequência de uma assistência do Di María, mas este estava com o rabo(!) fora-de-jogo. A olho nu parece estar em linha e é só lerem o que tenho escrito aqui ao longo dos tempos para perceberem que acho uma estupidez anularem-se golos por menos de 10 cm (como deve ter sido o caso). Parece em linha à primeira vista, dá-se a vantagem à equipa que ataca, como se fazia antigamente. Entre os dois golos anulados, o Pavlidis teve uma óptima cabeçada depois de um centro do Aktürkoğlu, que proporcionou uma excelente defesa do guarda-redes.
À passagem da hora de jogo, deu-se o acontecimento que desequilibrou a partida com o segundo amarelo (justo) mostrado ao central Singo, por atingir o Pavlidis na cabeça com o braço numa disputa aérea. Ora, este tinha sido um dos jogadores que tinha visto o amarelo nos protestos da 1ª parte. A jogar com mais um, o Bruno Lage arriscou e tirou o Florentino para colocar o Amdouni, para além de ter trocado os pontas-de-lança (Pavlidis pelo Cabral). Se, na teoria, isto parecia bem dado que estávamos em superioridade numérica, na prática foi um desastre, porque o Mónaco, mesmo com dez, tomou conta do meio-campo, porque deixámos de ter alguém para correr atrás dos adversários e recuperar bolas. Espero que o Lage tenha percebido isto de vez, até porque tinha o Leandro Barreiro no banco e, se queria poupar (e bem) o Florentino original de um possível segundo amarelo, tinha um clone do Florentino no banco. Também já aqui escrevi que não gosto nada de ver o Aursnes a seis, porque não é o tipo de jogador de andar atrás dos adversários, e como o Kökçü também não tem espírito nenhum defensivo, estendemos uma autêntica passadeira ao Mónaco. De tal forma, que fizeram o 2-1 praticamente a seguir às nossas substituições, num lance em que o marcador do golo, Magassa, surgiu completamente sozinho(!) já dentro da nossa área, depois de um centro atrasado na esquerda, que ainda desviou no Carreras, para rematar rasteiro sem hipóteses para o Trubin. Sem um Florentino em campo, ninguém foi marcar aquela zona central da área... Acusámos (e de que maneira!) o golo e durante 20’ até parecia que eram os franceses a jogarem com mais um, tal o à-vontade com que manobravam no nosso meio-campo. O Benfica parecia completamente perdido e sem capacidade de reacção. Eu estava a ver isto muito negro e a não querer acreditar que iríamos conseguir perder um desafio a jogar contra dez...!
No entanto, o facto de termos um génio no plantel tem as suas vantagens. Aos 84’, o Di María tira um autêntico coelho da cartola com um cruzamento perfeito do lado esquerdo para a área para o Arthur Cabral entrar de rompante de cabeça e restabelecer a igualdade. Grande golo! A cabeçada foi tão poderosa que o brasileiro até ficou um pouco abananado depois dela, também por ter disputado a bola com um defesa e ter tido a coragem de efectuar um remate de cabeça com aquela potência. A seguir a este golo, o Lage lá colocou o Leandro Barreiro no lugar do Aursnes e o Mónaco morreu de vez aí. A dois minutos do final, o Di María voltou a repetir a gracinha do centro teleguiado, desta feita da direita, e foi o até então muito apagado Amdouni a cabecear sem hipóteses para o guarda-redes. Como já vi por aí escrito, o Di María quase que obrigou os avançados a meterem a bola na baliza com aqueles dois centros magníficos! Até final, ainda deu para o Amdouni falhar o 4-2 isolado perante o guarda-redes, imitando o Di María na 1ª parte...
Em termos de destaques individuais, obviamente que o Di María tem de ter o maior de todos, com as duas assistências que permitiram a vitória. O Tomás Araújo esteve muito bem na defesa, muitas vezes compensando tanto o Bah, como o Otamendi, quando eram batidos. Tanto o Florentino como o Carreras deverão ter MUITO mais cuidado no futuro depois de verem amarelos, porque tiveram ambos muita sorte em não terem sido expulsos. O Bah teve algumas dificuldades defensivas na 1ª parte, mas subiu claramente de produção na 2ª. É sempre bom para a sua confiança quando são os substitutos a marcar golos e o Amdouni, em particular, deve ter o melhor rácio de golos marcados/minutos em campo, enquanto o Arthur Cabral deve este importantíssimo golo ao facto de o Lage o ter mantido em campo, depois dos quatro falhanços inacreditáveis frente ao E. Amadora, porque ainda lhe permitiu marcar dois e restabelecer a sua confiança.
Foi uma vitória essencial e especial pelo modo como ocorreu. Mas, repito, temos de ter noção das circunstâncias que levaram a este desfecho e não repetir os erros que cometemos, nomeadamente a nível disciplinar e, em relação ao Lage, na leitura que faz do nosso jogo sem um trinco de raiz. Se nas provas nacionais, perante adversários mais fracos, ainda se pode admitir, a este nível de Champions espero que tenha sido a última vez que tenhamos jogado sem o Florentino ou Leandro Barreiro naquela posição.
segunda-feira, novembro 25, 2024
Magia total
Goleámos no sábado o E. Amadora por 7-0 na Luz e
qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Mas este jogo vai
ficar lembrado para todo o sempre pelo hat-trick
nos primeiros 18’ de jogo de um jogador absolutamente genial que tivemos o
privilégio de ter querido regressar ao Benfica na parte final da sua carreira.
O que o Di María fez neste jogo não há muitos jogadores na história do futebol
que tenham conseguido fazer. Qualquer um dos três golos que marcou é muito bom,
mas claro que o segundo, um pontapé-de-bicicleta que deixou meio estádio com as
mãos na cabeça, entra no rol dos melhores golos de sempre que tivemos a fortuna
de ver no nosso estádio. Quando me perguntam “mas tu não falhas mesmo um jogo
do Benfica na Luz?”, não, falho, porque se por acaso não tivesse visto uma obra-prima
como aquela ao vivo, não me perdoaria para todos o sempre!
Quero acreditar que não foi só por estar a defrontar uma equipa da I Liga que o Bruno Lage não fez assim uma rotação tão grande na equipa. Espero que a lição do Pevidém e depois do Feyenoord tenha servido para alguma coisa, porque a equipa titular não teve andamento para os holandeses, dado que quase ninguém tinha jogado na Taça no fim-de-semana anterior (isto e a rábula do nevoeiro na Choupana na semana antes da anterior pausa para as selecções). As maiores novidades no onze foram o Samuel Soares e o Arthur Cabral, dado que o António Silva e o Beste são mais utilizados. Não poderíamos ter entrado melhor, com o Di María a começar o seu show aos 2’ na sua jogada típica de puxar a bola para o pé esquerdo estando na direita e disparando sem hipóteses para o guarda-redes Meixedo. Pouco depois, aos 5’, aconteceu o momento do jogo, com o Di María a tirar um adversário do caminho passando-lhe a bola por cima, e depois fazendo um pontapé de bicicleta A B S O L U T A M E N T E fabuloso! Costumo correr os meus companheiros de bancada a high fives a cada golo, mas neste só deu para ficar com as mãos na cabeça em total estado de incredulidade! Que perfeição absoluta! Por mim, o jogo poderia acabar logo ali aos 5’, porque depois daquilo era impossível melhorar! Para completar uma exibição memorável, aos 18’ o génio argentino fez o 3-0, de pé direito, num lance que seria invalidado se houvesse VAR, porque o Di María estava fora-de-jogo na recuperação de bola do Bah. O E. Amadora ficou naturalmente um pouco abananado depois disto, mas mesmo assim ainda conseguiu colocar o Samuel Soares à prova por duas vezes, com magníficas defesas. Se o Di María se destacou pela positiva, o Arthur Cabral teve um jogo agridoce. Até aos intervalo, falhou dois golos certos, em que só tinha de encostar, depois de cruzamentos na direita. Um deles, porque resolveu dar de calcanhar em vez de fazer um remate simples...!
Ao intervalo, o E. Amadora fez algumas substituições e surgiu mais afoito na 2ª parte. Nós também trocámos o apagado Beste pelo Aktürkoğlu. Mas foi novamente o Samuel Soares a destacar-se numa saída corajosa e muito boa aos pés de um adversário, depois de um cruzamento, que evitou um golo certo. Do nosso lado, à incredulidade pelo que fez o Di María nos primeiros 45’, juntou-se a incredulidade pelo que fez o Arthur Cabral no jogo todo. Se os falhanços na 1ª parte foram incríveis, os da 2ª conseguiram ser piores! Por duas vezes, esteve completamente sozinho à frente do guarda-redes e nem sequer acertou na baliza! Então, o quarto falhanço parecia que era para os Apanhados...! O Di María lá teve de entrar novamente em acção, num lance começado curiosamente pelo Arthur Cabral, e assistiu o Aktürkoğlu aos 59’ para o 4-0. O Bruno Lage começou a rodar a equipa e o Amdouni também molhou a sopa perto do final aos 81’, num lance muito parecido ao quarto falhanço do Arthur Cabral, mostrando-lhe como se faz. A assistência do Kökçü, que também tinha entrado, foi também fabulosa. Já tínhamos esgotámos as substituições ao 15’ do fim, mas o Bruno Lage fez muito bem em não tirar o Arthur Cabral que, apesar dos quatro(!) golos certos falhados, continuava a pedir a bola e a não se esconder do jogo. Comentei com os meus colegas de bancada que o jogo só acabaria quando o Arthur Cabral marcasse. Entretanto, a habitual mini-debandada de pessoas que acham que os jogos só têm 80’ já tinha começado... Estando na altura 5-0, eu bem as avisei no gozo que iriam perder o sétimo golo... Mas assim aconteceu! Depois de tanto falhanço, acrescido de um remate que o guarda-redes defendeu para canto, o Arthur Cabral lá marcou finalmente e que golão foi! Outro pontapé de bicicleta, depois de uma insistência do entretanto entrado Schjelderup aos 86’. O estádio e os colegas festejaram muito um golo que parecia que estava enguiçado. Em cima dos 90’, ainda deu para ele bisar, fazendo o 7-0 final, numa recarga a um remate do Florentino. O Sr. André Narciso devia estar com pressa para chegar a casa, porque não deu nem mais um segundo de compensação.
Individualmente, é óbvio que o destaque vai inteirinho para o Di María. Três golos e uma assistência falam por si. O Samuel Soares foi um dos que aproveitaram bem a oportunidade, ao efectuar três defesas muito boas. Também não desgostei do Rollheiser no lugar do Kökçü, embora sejam obviamente jogadores diferentes. Ao invés, o Aursnes terá feito dos piores 45’ pelo Benfica na 1ª parte, com imensos passes falhados, mas depois subiu de produção na 2ª. Quanto ao Arthur Cabral, foi a primeira vez que vi um ponta-de-lança do Benfica falhar quatro(!) golos feitos. Ou seja, se tivesse feito o que lhe competia, seria hoje notícia em todo o mundo por ter marcado seis golos! Só que não! De positivo acerca dele, o facto que já referi de não se ter ido abaixo com tanto falhanço e ter continuado activo no jogo. Teve a recompensa no final. Mas se o jogo não estivesse já resolvido, de certeza que não teria ouvido as palmas que ouviu...
Teremos nesta 4ª feira um desafio crucial na ida ao Mónaco para a Champions. Os franceses estão a fazer um óptimo campeonato, actualmente no 2º lugar, e não vai ser nada fácil. Mas não podemos de todo perder, caso contrário a qualificação para os play-off começa a ficar tremida.
P.S. – A provas nacionais pararam para a conclusão da Liga das Nações. Portugal goleou a Polónia por 5-1 em casa e depois empatou na Croácia (1-1), ficando em 1º lugar no grupo e indo defrontar agora a Dinamarca nos quartos-de-final desta competição. Nestas duas partidas, parece confirmar-se a tendência de que Portugal do Roberto Martínez só joga a alto nível em meia-parte de cada jogo. Frente aos polacos, a 1ª parte foi pavorosa e na 2ª marcámos cinco golos, com o Rafael Leão a inaugurar o marcador de cabeça, um bis do Cristiano Ronaldo (incluindo um de bicicleta), outro do Bruno Fernandes e o último do Pedro Neto. Na Croácia, foi ao contrário: a 1ª parte foi muito melhor do que a 2ª. O golo foi autoria do João Félix, num domínio delicioso depois de uma abertura igualmente magistral do Vitinha, e tivemos outras oportunidades para fechar o jogo, mas sofremos depois do intervalo e o empate acabou por ser merecido.
Quero acreditar que não foi só por estar a defrontar uma equipa da I Liga que o Bruno Lage não fez assim uma rotação tão grande na equipa. Espero que a lição do Pevidém e depois do Feyenoord tenha servido para alguma coisa, porque a equipa titular não teve andamento para os holandeses, dado que quase ninguém tinha jogado na Taça no fim-de-semana anterior (isto e a rábula do nevoeiro na Choupana na semana antes da anterior pausa para as selecções). As maiores novidades no onze foram o Samuel Soares e o Arthur Cabral, dado que o António Silva e o Beste são mais utilizados. Não poderíamos ter entrado melhor, com o Di María a começar o seu show aos 2’ na sua jogada típica de puxar a bola para o pé esquerdo estando na direita e disparando sem hipóteses para o guarda-redes Meixedo. Pouco depois, aos 5’, aconteceu o momento do jogo, com o Di María a tirar um adversário do caminho passando-lhe a bola por cima, e depois fazendo um pontapé de bicicleta A B S O L U T A M E N T E fabuloso! Costumo correr os meus companheiros de bancada a high fives a cada golo, mas neste só deu para ficar com as mãos na cabeça em total estado de incredulidade! Que perfeição absoluta! Por mim, o jogo poderia acabar logo ali aos 5’, porque depois daquilo era impossível melhorar! Para completar uma exibição memorável, aos 18’ o génio argentino fez o 3-0, de pé direito, num lance que seria invalidado se houvesse VAR, porque o Di María estava fora-de-jogo na recuperação de bola do Bah. O E. Amadora ficou naturalmente um pouco abananado depois disto, mas mesmo assim ainda conseguiu colocar o Samuel Soares à prova por duas vezes, com magníficas defesas. Se o Di María se destacou pela positiva, o Arthur Cabral teve um jogo agridoce. Até aos intervalo, falhou dois golos certos, em que só tinha de encostar, depois de cruzamentos na direita. Um deles, porque resolveu dar de calcanhar em vez de fazer um remate simples...!
Ao intervalo, o E. Amadora fez algumas substituições e surgiu mais afoito na 2ª parte. Nós também trocámos o apagado Beste pelo Aktürkoğlu. Mas foi novamente o Samuel Soares a destacar-se numa saída corajosa e muito boa aos pés de um adversário, depois de um cruzamento, que evitou um golo certo. Do nosso lado, à incredulidade pelo que fez o Di María nos primeiros 45’, juntou-se a incredulidade pelo que fez o Arthur Cabral no jogo todo. Se os falhanços na 1ª parte foram incríveis, os da 2ª conseguiram ser piores! Por duas vezes, esteve completamente sozinho à frente do guarda-redes e nem sequer acertou na baliza! Então, o quarto falhanço parecia que era para os Apanhados...! O Di María lá teve de entrar novamente em acção, num lance começado curiosamente pelo Arthur Cabral, e assistiu o Aktürkoğlu aos 59’ para o 4-0. O Bruno Lage começou a rodar a equipa e o Amdouni também molhou a sopa perto do final aos 81’, num lance muito parecido ao quarto falhanço do Arthur Cabral, mostrando-lhe como se faz. A assistência do Kökçü, que também tinha entrado, foi também fabulosa. Já tínhamos esgotámos as substituições ao 15’ do fim, mas o Bruno Lage fez muito bem em não tirar o Arthur Cabral que, apesar dos quatro(!) golos certos falhados, continuava a pedir a bola e a não se esconder do jogo. Comentei com os meus colegas de bancada que o jogo só acabaria quando o Arthur Cabral marcasse. Entretanto, a habitual mini-debandada de pessoas que acham que os jogos só têm 80’ já tinha começado... Estando na altura 5-0, eu bem as avisei no gozo que iriam perder o sétimo golo... Mas assim aconteceu! Depois de tanto falhanço, acrescido de um remate que o guarda-redes defendeu para canto, o Arthur Cabral lá marcou finalmente e que golão foi! Outro pontapé de bicicleta, depois de uma insistência do entretanto entrado Schjelderup aos 86’. O estádio e os colegas festejaram muito um golo que parecia que estava enguiçado. Em cima dos 90’, ainda deu para ele bisar, fazendo o 7-0 final, numa recarga a um remate do Florentino. O Sr. André Narciso devia estar com pressa para chegar a casa, porque não deu nem mais um segundo de compensação.
Individualmente, é óbvio que o destaque vai inteirinho para o Di María. Três golos e uma assistência falam por si. O Samuel Soares foi um dos que aproveitaram bem a oportunidade, ao efectuar três defesas muito boas. Também não desgostei do Rollheiser no lugar do Kökçü, embora sejam obviamente jogadores diferentes. Ao invés, o Aursnes terá feito dos piores 45’ pelo Benfica na 1ª parte, com imensos passes falhados, mas depois subiu de produção na 2ª. Quanto ao Arthur Cabral, foi a primeira vez que vi um ponta-de-lança do Benfica falhar quatro(!) golos feitos. Ou seja, se tivesse feito o que lhe competia, seria hoje notícia em todo o mundo por ter marcado seis golos! Só que não! De positivo acerca dele, o facto que já referi de não se ter ido abaixo com tanto falhanço e ter continuado activo no jogo. Teve a recompensa no final. Mas se o jogo não estivesse já resolvido, de certeza que não teria ouvido as palmas que ouviu...
Teremos nesta 4ª feira um desafio crucial na ida ao Mónaco para a Champions. Os franceses estão a fazer um óptimo campeonato, actualmente no 2º lugar, e não vai ser nada fácil. Mas não podemos de todo perder, caso contrário a qualificação para os play-off começa a ficar tremida.
P.S. – A provas nacionais pararam para a conclusão da Liga das Nações. Portugal goleou a Polónia por 5-1 em casa e depois empatou na Croácia (1-1), ficando em 1º lugar no grupo e indo defrontar agora a Dinamarca nos quartos-de-final desta competição. Nestas duas partidas, parece confirmar-se a tendência de que Portugal do Roberto Martínez só joga a alto nível em meia-parte de cada jogo. Frente aos polacos, a 1ª parte foi pavorosa e na 2ª marcámos cinco golos, com o Rafael Leão a inaugurar o marcador de cabeça, um bis do Cristiano Ronaldo (incluindo um de bicicleta), outro do Bruno Fernandes e o último do Pedro Neto. Na Croácia, foi ao contrário: a 1ª parte foi muito melhor do que a 2ª. O golo foi autoria do João Félix, num domínio delicioso depois de uma abertura igualmente magistral do Vitinha, e tivemos outras oportunidades para fechar o jogo, mas sofremos depois do intervalo e o empate acabou por ser merecido.
quarta-feira, novembro 13, 2024
60 anos
Goleámos o CRAC (4-1) no passado domingo e reduzimos a distância para eles para dois pontos, com um jogo em atraso, tendo a lagartada ainda a oito depois de terem ganho em Braga por 4-2, no último jogo do Ruben Amorim no banco (até qu’enfim!). Depois da tempestade de Munique, veio a bonança da Luz, com uma exibição convincente em especial na 2ª parte que deu origem a um resultado inusitado, dado que a última vez que tínhamos marcado quatro golos ao CRAC para o campeonato tinha sido há seis décadas!
Com o regresso do Florentino à titularidade e do Bah vindo de lesão, a equipa esteve muito bem desde o início, fazendo uma forte pressão sobre a linha defensiva do CRAC, que raramente conseguiu sair a jogar. Tendo feito aquele truque muito baixinho de escolher o nosso lado preferido do campo (para onde gostamos de atacar na 2ª parte), o CRAC até teve a primeira oportunidade num remate do Galeno por cima. Também nós pelo Di María atirámos ao lado, depois de o argentino ter sido bem desmarcado pelo Pavlidis. À passagem da vintena de minutos, o Sr. João Pinheiro não deu a lei da vantagem num lance óbvio e invalidou-nos um golo do Pavlidis. Uma vergonha! Mas aos 30’ marcámos mesmo numa boa abertura do Tomás Araújo para o Carreras, que puxou para dentro para o pé direito e não deu hipóteses ao Diogo Costa. Estávamos completamente por cima do jogo e uma grande jogada do Aktürkoğlu quase deu em novo golo logo a seguir, tendo pouco depois o Pavlidis atirado ao poste num remate rasteiro de pé esquerdo. Infelizmente cinco minutos antes do intervalo, algo inacreditável aconteceu: num dos topos da Luz foram acesas uma série de tochas e atiradas(!) para o relvado, obrigando à interrupção do jogo! Gente que não atingiu o estádio normal do desenvolvimento cerebral resolveu achar que era boa ideia cortar o ritmo do jogo, numa altura em que estávamos completamente por cima do CRAC...! É preciso ser-se muito acéfalo! O jogo esteve parado cerca de 2’ e, quando foi retomado, o Benfica veio desconcentrado e o CRAC fez a igualdade num cruzamento da esquerda, enorme falha do Otamendi e o Samu só teve de encostar...! Foi a primeira vez que vi uma claque da equipa da casa contribuir para um golo adversário! Imperdoável!
Confesso que estava muito apreensivo para a 2ª parte, porque julguei que o momentum do jogo tinha virado, até porque o público da Luz não estava em uníssono depois daquela bela cena... No entanto, felizmente, o nosso regresso ao relvado foi avassalador. Um remate do Aursnes de fora da área ao lado deu o mote e aos 56’ o mesmo Aurnes, depois de uma bola ganha pelo Aktürkoğlu isolou brilhantemente o Di María, que desviou do Diogo Costa à sua saída. Um remate à figura do Trubin do Fábio Vieira foi a única resposta do outro lado, mas aos 61’ fizemos nós o 3-1 num autogolo do central Nehuén Pérez, acossado pelo Pavlidis, depois de um centro da direita do Bah, muito bem desmarcado pelo Tomás Araújo. O CRAC sentiu naturalmente este golo, começou a fazer substituições, mas foi perdendo ligação entre os sectores até final. Como estava mais balanceado para a frente, nós fomos aproveitando para contra-atacar e ficámos a dever-nos um resultado ainda mais histórico. Só conseguimos mais um golo, aos 82’, num penalty do Di María a castigar pontapé na cara do Otamendi na sequência de um livre para a área. O nº 11 enganou o Diogo Costa na marcação do penalty, marcando daquela forma que me tira do sério, porque se o guarda-redes acerta o lado faz uma defesa muito fácil. Mas a bola entrou, que foi o que interessou. Até final, também esgotámos as substituições, mas mais ninguém voltou a marcar.
Destaque individual para o Di María com um bis, para o Aktürkoğlu que, apesar de não ter marcado, foi sempre uma seta apontada à baliza contrária, para o Pavlidis, que marcou um golo invalidado, atirou uma bola ao poste e ainda esteve quase a marcou o nosso terceiro golo, para o Aursnes no meio-campo (apesar de um passe muito arriscado que , por pouco, não isolou o Samu na nossa área...!) e para o Bah e Carreras nas laterais. O Florentino fez o trabalho do costume a meio-campo e é bom que se perceba que tem de ser titular na maior parte dos jogos. O Otamendi é que teve uma falha incompreensível no golo adversário. Mas globalmente a equipa exibiu-se toda em grande nível, dando uma boa resposta ao que se passou em Munique.
Iremos agora parar uma semana para as selecções e teremos a Taça de Portugal, quando regressarmos. Esperamos que este resultado histórico nos catapulte para um patamar exibicional mais constante, que nos permita voltar a conquistar troféus.
sexta-feira, novembro 08, 2024
Pequenino
Perdemos em Munique frente ao Bayern na 4ª feira por 0-1, mas ainda estamos em zona de play-off na fase da liga da Champions deste ano. Aviso já que este deve ser o post mais pequeno que fiz em 19,5 anos deste blog, mas é para fazer pendant com a nossa exibição.
Se quisermos ver as coisas pelo lado positivo (ou menos negativo), podemos dizer que só perdemos por um a zero.
Se quisermos ver o que se passou na realidade, basta colocar aqui as estatísticas do jogo: tivemos 30% de posse de bola, 1(!!!) remate à baliza (o mínimo da competição, até agora, eram 3 remates...), fizemos 12 ataques e não tivemos nenhum canto a favor. Ora, isto são número que, desconfio, nem uma equipa da 3ª Divisão teria na Luz. Perdemos toda a moral para criticar os Casa Pia e os E. Amadora que vêm à Luz com um autocarro, porque nós tivemos dois em Munique! O Lage resolver inventar com três centrais, o Kaboré na direita, o Renato Sanches no meio e o Amdouni na frente, deixando o Florentino, Di María e Pavlidis no banco. E depois veio lamentar-se no final que a equipa não conseguiu fazer dois passes seguidos e esticar o jogo...! De facto, é mesmo de estranhar, dada a imensa rotina que estes jogadores e esta táctica tinham...!
Enfim, foi uma exibição que me envergonhou bastante, porque actuámos como uma equipa pequena, sem coragem, nem audácia. Foi o oposto do que deve ser o Sport Lisboa e Benfica. A única dúvida era quando é que o Bayern marcaria. Só o conseguiu fazer aos 68' numa cabeçada do Musiala, porque o Trubin foi o melhor em campo. Foi tudo bastante lamentável.
terça-feira, novembro 05, 2024
Sofrível
Vencemos no sábado o Farense no Estádio do Algarve (2-1) na exibição menos conseguida a nível nacional desde que o Bruno Lage voltou ao comando do Benfica. Sendo este o terceiro jogo em sete dias, a equipa revelou algum cansaço físico e emocional, o que tornou esta partida mais difícil do que se antevia, dado que estávamos a defrontar o último classificado, que, antes deste, só tinha somado quatro pontos em nove jogos.
O Lage voltou ao 4-3-3, com o regresso do Florentino ao meio-campo e a ida do Beste para o banco. Porém, logo aos 15’ sofremos um golo pelo Darío Poveda a aproveitar um centro da direita para se antecipar ao Bah. A nossa resposta foi imediata com o golo do empate a surgir aos 21’ pelo Carreras depois de uma boa acção atacante do Aktürkoğlu, que depois assistiu o defesa espanhol na esquerda. Um movimento à ponta-de-lançado Pavlidis, a rodar e tirar um adversário do caminho, que culminou num remate relativamente fraco à figurade pé esquerdo, foi a nossa outra boa chance de marcar até ao intervalo.
Para a 2ª parte, o Lage trocou o tocado Bah pelo Beste, mas o fundamental é que a equipa se apresentou com outra atitude. O Pavlidis continuava em destaque a dar trabalho ao guarda-redes Ricardo Velho, que efectuou uma excelente defesa num remate do grego que foi alvo de um desvio, mas o Farense também teve uma boa ocasião num corte falhado do Otamendi, que o Trubin resolveu depois, beneficiando de um remate fraco do Poveda, quando estava em boa posição. Aos 54’, o Pavlidis meteu finalmente a bola na baliza, depois de nova assistência do Aktürkoğlu, desta vez na direita. Apesar de termos muito mais posse de bola, não conseguimos matar o jogo e apanhámos um calafrio já nos descontos, ao ver uma bola passar à frente da nossa baliza, mas felizmente sem ninguém conseguir fazer o desvio.
Em termos individuais, destaque para os autores dos golos, Carreras e Pavlidis, e para o Aktürkoğlu com as duas assistências. No entanto, a exibição deixou muito a desejar, com o Kökçü, por exemplo, a ter feito dos piores jogos pelo Benfica. O Otamendi continua com falhas comprometedoras, que só não tiveram pior consequência porque o Trubin não esteve mal. O Aursnes acabou a defesa-direito, com a saída do Bah, mas é um jogador que continua a não saber jogar mal.
Estamos numa semana muito complicada, porque iremos a Munique para a Champions amanhã e receberemos o CRAC na Luz no domingo. Espero que este jogo menos conseguido seja só devido ao cansaço, porque seria preocupante se estivéssemos a baixar de produção neste preciso momento.
sexta-feira, novembro 01, 2024
Em busca da oitava
Vencemos o Santa Clara na passada 4ª feira por 3-0 e qualificámo-nos para a final four da Taça da Liga. Foi uma partida que não foi assim tão fácil quanto o resultado dá
a entender, dado que ao intervalo estava 0-0 e só marcámos o primeiro golo aos
71’. No entanto, a justeza da nossa vitória é inquestionável.
O Bruno Lage fez menos alterações do que eu tinha pensado, já que só colocou o Cabral, Amdouni, Renato Sanches e António Silva em relação à partida anterior. A 1ª parte foi completamente desperdiçada, dado que raramente criámos perigo, muito por causa da lenta circulação de bola. Uma cabeçada do Beste e um remate em força do Cabral foram as únicas situações de golo que criámos, contra uma do Santa Clara já perto do intervalo, em que o Safira atirou para as nuvens em excelente posição. Claro que à fraca qualidade exibicional da 1ª parte não é alheio o facto de o Santa Clara ter feito muito antijogo, com sucessivos jogadores no relvado e muita demora na reposição da bola em jogo.
Para a 2ª parte, o Bruno Lage apostou logo na artilharia pesada, com Di María e Kökçü para os lugares do Amdouni e Renato Sanches. E a equipa melhorou logo imediatamente, com uma circulação muito mais célere. No entanto, por volta da hora de jogo apanhámos um grande susto com o Trubin a hesitar numa saída de bola e o Gabriel Silva a felizmente falhar o chapéu. Empurrávamos o Santa Clara para o seu meio-campo, mas estava difícil conseguir meter a bola na baliza. Até que aos 67’, o Lage lá se decidiu pela entrada do Pavilidis para o lugar do Beste (e não do Cabral, como tem sido habitual), ficando nós a jogar com dois pontas-de-lança. E a substituição deu logo efeito aos 71’, com um jogada do grego na esquerda e centro para o Di María marcar um golão de primeira (já tinha tentado aquele movimento frente ao Rio Ave, mas um defesa interceptou a bola). O Pavlidis entrou endiabrado e fez o seu primeiro bis com o manto sagrado: aos 76’ a corresponder de cabeça a um centro do Carreras na esquerda e aos 80’ a rematar de pé direito depois de uma assistência do Otamendi de cabeça. Até final, ainda houve a oportunidade de o António Silva dar o corpo à bola e safar o golo de honra dos açorianos.
Destaque óbvio para o Pavlidis com uma assistência e dois golos. Esperemos que este jogo seja o seu ketchup. O Di María e o Kökçü foram muito importantes para a melhoria exibicional na 2ª parte, com o Carreras a revelar igualmente um nível acima da média, como tem sido habitual nele. Ao invés, voltei a não gostar particularmente do Beste na extrema-esquerda, ainda por icma havendo outras opções válidas no banco para aquele lugar. O Trubin esteve muito pouco confiante nas saídas fora da área e é algo que deve rever no futuro. O Bah e o Aktürkoğlu pareceram revelar alguma fadiga resultado porventura da sequência de jogos seguidos.
Iremos defrontar o Braga em Janeiro para tentar o acesso à final. Apesar de sermos a equipa com mais troféus nesta competição, já não a ganhamos há sete anos, pelo que este é o ano de finalmente quebrar esse enguiço.
O Bruno Lage fez menos alterações do que eu tinha pensado, já que só colocou o Cabral, Amdouni, Renato Sanches e António Silva em relação à partida anterior. A 1ª parte foi completamente desperdiçada, dado que raramente criámos perigo, muito por causa da lenta circulação de bola. Uma cabeçada do Beste e um remate em força do Cabral foram as únicas situações de golo que criámos, contra uma do Santa Clara já perto do intervalo, em que o Safira atirou para as nuvens em excelente posição. Claro que à fraca qualidade exibicional da 1ª parte não é alheio o facto de o Santa Clara ter feito muito antijogo, com sucessivos jogadores no relvado e muita demora na reposição da bola em jogo.
Para a 2ª parte, o Bruno Lage apostou logo na artilharia pesada, com Di María e Kökçü para os lugares do Amdouni e Renato Sanches. E a equipa melhorou logo imediatamente, com uma circulação muito mais célere. No entanto, por volta da hora de jogo apanhámos um grande susto com o Trubin a hesitar numa saída de bola e o Gabriel Silva a felizmente falhar o chapéu. Empurrávamos o Santa Clara para o seu meio-campo, mas estava difícil conseguir meter a bola na baliza. Até que aos 67’, o Lage lá se decidiu pela entrada do Pavilidis para o lugar do Beste (e não do Cabral, como tem sido habitual), ficando nós a jogar com dois pontas-de-lança. E a substituição deu logo efeito aos 71’, com um jogada do grego na esquerda e centro para o Di María marcar um golão de primeira (já tinha tentado aquele movimento frente ao Rio Ave, mas um defesa interceptou a bola). O Pavlidis entrou endiabrado e fez o seu primeiro bis com o manto sagrado: aos 76’ a corresponder de cabeça a um centro do Carreras na esquerda e aos 80’ a rematar de pé direito depois de uma assistência do Otamendi de cabeça. Até final, ainda houve a oportunidade de o António Silva dar o corpo à bola e safar o golo de honra dos açorianos.
Destaque óbvio para o Pavlidis com uma assistência e dois golos. Esperemos que este jogo seja o seu ketchup. O Di María e o Kökçü foram muito importantes para a melhoria exibicional na 2ª parte, com o Carreras a revelar igualmente um nível acima da média, como tem sido habitual nele. Ao invés, voltei a não gostar particularmente do Beste na extrema-esquerda, ainda por icma havendo outras opções válidas no banco para aquele lugar. O Trubin esteve muito pouco confiante nas saídas fora da área e é algo que deve rever no futuro. O Bah e o Aktürkoğlu pareceram revelar alguma fadiga resultado porventura da sequência de jogos seguidos.
Iremos defrontar o Braga em Janeiro para tentar o acesso à final. Apesar de sermos a equipa com mais troféus nesta competição, já não a ganhamos há sete anos, pelo que este é o ano de finalmente quebrar esse enguiço.
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