terça-feira, agosto 27, 2024
Sven-Göran Eriksson (1948-2024)
Faleceu ontem o primeiro treinador de que me lembro no
Benfica e o melhor de todos eles. Portanto, ontem também partiu um bocado do Benfica
que eu aprendi a amar. A dimensão da revolução que ele trouxe ao nosso clube só
alguns anos mais tarde é que percebi verdadeiramente, porque com seis anos tudo
aquilo que os Bentos, Humbertos Coelhos, Nenés, Carlos Manueis, Chalanas, Manniches,
Diamantinos, Josés Luíses, Strombergs, Filipovics, Pietras, Velosos, Álvaros,
Shéus, Alves e tantos outros faziam parecia a coisa mais natural do mundo.
Jogar bem, dar espectáculo e ganhar. Aquelas épocas de 1982/83 e 1983/84 foram
o meu primeiro Benfica e o melhor de todos. E havia um maestro que fazia com
que o todo de toda aquela gente fosse (ainda bem) maior do que a soma das (valiosas)
partes. A seguir a dois títulos de campeão foi tentar a sua sorte em Itália,
mas deixou um vazio que todos sabíamos que teria de voltar a ser preenchido
mais cedo ou mais tarde.
O seu regresso em 1989 não foi tão vitorioso nas três épocas que se seguiram, mas trouxe igualmente grandes memórias, como a última ida a uma final da Taça dos Campeões Europeus, depois da meia-final épica com o Marselha em 1989/90, e o título no ano seguinte, com o célebre jogo do César Brito num Mordor em pleno auge.
Para além de um enormíssimo treinador, foi alguém com um conjunto de qualidades que gosto de ver sempre associadas a quem representa o Benfica: cortesia, humildade, simpatia, educação e respeito pelos adversários e pelo jogo em si. A maneira como nesta última fase anunciou a sua doença é muito reveladora da sua grandeza. Em boa hora, conseguimos aplaudi-lo em Abril na Luz numa das inúmeras justíssimas homenagens que lhe foram feitas pela Europa.
Descanse em paz, Mister, e muito obrigado por tudo!
O seu regresso em 1989 não foi tão vitorioso nas três épocas que se seguiram, mas trouxe igualmente grandes memórias, como a última ida a uma final da Taça dos Campeões Europeus, depois da meia-final épica com o Marselha em 1989/90, e o título no ano seguinte, com o célebre jogo do César Brito num Mordor em pleno auge.
Para além de um enormíssimo treinador, foi alguém com um conjunto de qualidades que gosto de ver sempre associadas a quem representa o Benfica: cortesia, humildade, simpatia, educação e respeito pelos adversários e pelo jogo em si. A maneira como nesta última fase anunciou a sua doença é muito reveladora da sua grandeza. Em boa hora, conseguimos aplaudi-lo em Abril na Luz numa das inúmeras justíssimas homenagens que lhe foram feitas pela Europa.
Descanse em paz, Mister, e muito obrigado por tudo!
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