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segunda-feira, agosto 19, 2024

Enganador

Conseguimos a primeira vitória no campeonato no passado sábado, ao derrotar o Casa Pia por 3-0. Quem só saiba o resultado, ficará certamente com uma ideia errada do que se passou na partida, porque foi um jogo bastante difícil, muito por culpa própria nossa. E da nossa exasperante lentidão, em especial na 1ª parte.

Tivemos uns três minutos iniciai fortíssimos...! O Prestianni atirou ao lado na sequência de uma interessante combinação ofensiva, mas até ao intervalo foi o marasmo quase total. O que não é de espantar quando se joga com dois trincos (Florentino e Barreiro) e dois médios-centro como alas (João Mário e Aursnes). O miúdo (Prestianni) só tem 18 anos e não pode arcar sempre com as despesas de acelerar o nosso jogo e o Pavlidis não consegue fazer milagres se a bola não lhe chega de todo. Um remate de fora da área do João Mário foi o único momento em que pusemos à prova o guardião contrário. Pouco, muitíssimo pouco.

Como estava evidentemente tudo a correr bem na 1ª parte, o Roger Schmidt não fez substituições a seguir ao intervalo...! Sem comentários! Curiosamente, excepto eventualmente para o Sr. Schmidt, as coisas mantiveram-se iguais na 2ª parte. Futebol lento, previsível, sem acelerações, nem rasgos, tudo muito afunilado, enfim, aquele filme que estamos fartos de ver desde a época passada... Até que à passagem dos 65’, o Sr. Schmidt lembrou-se finalmente de que existe um banco de suplentes e de que até temos lá jogadores de alguma valia e que custaram bom dinheiro, que, talvez, até possam ser úteis para desbloquear jogos... Fez três substituições de uma assentada (Marcos Leonardo, Kökçü e Tiago Gouveia para os lugares de Prestianni – inacreditável a sua saída... – João Mário e Leandro Barreiro) e o resultado viu-se logo cinco minutos depois. Aos 70’, cruzamento da esquerda do Tiago Gouveia e cabeçada inapelável do Pavlidis sem hipóteses para o guarda-redes Patrick Sequeira. Pouco depois, o Casa Pia teve uma enorme oportunidade, mas a cabeçada do Nuno Moreira saiu por cima, quando o Trubin andava aos papéis num cruzamento para a área. Aos 80’, acabámos com as dúvidas, com o 2-0 pelo Tiago Gouveia, que espero que tenha percebido que não deve rematar como se estivesse a jogar râguebi... (Neste mesmo jogo, teve outro lance destes). O Marcos Leonardo ainda falhou uns quantos golos quase feitos, mas lá acabámos por fazer o 3-0 pelo Aursnes num remate cruzado do lado direito, depois de uma assistência portentosa do Kökçü em cima dos 90’.

Em termos individuais, palavra para o Tiago Gouveia que, com uma assistência e um golo foi o homem do jogo. O Carreras, que substituiu o lesionado Beste ainda na 1ª parte, também foi dos que mais tentaram levar a equipa para a frente e o Pavlidis concretizou a única oportunidade que teve. O Prestianni estava a ser dos melhores quando incompreensivelmente saiu, mas o Marcos Leonardo (finalização à parte) mexeu com o nosso ataque.

Iremos ter a jornada seguinte também em casa, no próximo sábado, mas espero que o Sr. Schmidt tenha percebido de vez o que a equipa não pode fazer: não pode ter dois trincos em campo neste tipo de jogos e não pode jogar sem alas. É algo muito simples, que está à vista de todos. Menos dele aparentemente.

2 comentários:

Anónimo disse...

Curioso que é incapaz de valorizar o facto de as mudanças feitas pelo treinador… terem sido fundamentais no desfecho feliz do jogo.

Aceita-se que critique Schmidt pelo onze inicial.
Aceita-se que critique Schmidt por não ter mudado a equipa ao intervalo.
Não se aceita que não elogie Schmidt pela mudança feita aos 65 minutos.

Lamento… mas denota incoerência e preconceito na sua análise.

S.L.B. disse...

As mudanças feitas aos 65' foram... 65' a mais do que deveriam ter sido feitas! Tivessem elas sido feitas mais cedo, teríamos tido um jogo bem mais conseguido.