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segunda-feira, novembro 28, 2022

Controlado

Vencemos no sábado o Penafiel por 2-0, mas como o Moreirense também ganhou ao E. Amadora (4-2), ficou com mais um golo marcado do que nós e teremos de ir ganhar a Moreira de Cónegos na 3ª jornada para nos apurarmos para os quartos-de-final da Taça da Liga. Tivemos ocasiões mais do que suficientes nestes dois jogos para só nos bastar o empate nesse jogo, mas alguma falta de pontaria resultou nisto.
 
A meio do Mundial, num sábado à noite às portas do Inverno, um jogo para a Taça da Liga conseguir levar 43 263 pessoas ao nosso estádio, De facto, não é para todos...! Alinhámos novamente com a melhor equipa possível, mas a 1ª parte deixou algo a desejar, nomeadamente em termos de movimentações que criassem desequilíbrios na frente. O Musa, numa perda de bola adversária, e o Grimaldo num livro muito longe da baliza, criaram perigo, mas tivemos as duas maiores oportunidades já em cima do intervalo: um remate do Rafa defendido pelo Caio Secco, com o Musa na recarga de cabeça com a baliza escancarada a atirar... por cima(!) e noutra jogada rápida em que o Musa assistiu o Rafa para um remate de pé esquerdo também defendido pelo guarda-redes. Do outro lado, o Penafiel teve uma chance num livre marcado rapidamente, que nos apanhou em contrapé, e que culminou num remate à entrada da área, desviado pelo Chiquinho para canto.
 
Na 2ª parte, teríamos de ser mais incisivos e assim foi tendo resolvido a partida em dois minutos. Aos 55’, óptima jogada do Grimaldo na esquerda, a passar por vários adversários, a bola sobrou para o Musa que falhou só com o guarda-redes pela frente e o ressalto vai para os pés do Gilberto, que não perdoou, fazendo o 1-0. Aos 57’, bola recuperada pelo David Neres, ataque rápido bem conduzido pelo Musa, que libertou para o Rafa, que não conseguiu marcar perante o guarda-redes, tendo a bola sobrado para o David Neres, que fuzilou na recarga. Até final, ainda deu para o Penafiel ter um golo anulado, por fora-de-jogo, num desvio a um remate fora da área e para o Henrique Araújo, entretanto entrado, rematar para defesa do guarda-redes.
 
Em termos individuais, o Grimaldo voltou a fazer uma boa exibição, que teve o ponto alto na jogada do primeiro golo, que se tivesse entrado, seria um golo maradoniano, o Musa acaba por estar nos dois golos, mas continua a falhar alguns de maneira incrível e uma palavra para o Brooks, que, quando entrou, fez três passes a rasgar desde a defesa que não me pareceram nada por acaso...
 
Gosto que a equipa encare todos os jogos a sério e, portanto, é justo que o plantel vá agora para umas merecidas férias durante 10 dias, antes de regressar para a final de Moreira de Cónegos.
 
P.S. – Faleceu também no sábado o Fernando Gomes (1956-2022), com apenas 66 anos. Eu detestava o Gomes pelas razões que se deve detestar um jogador dos nossos rivais: porque era decisivo contra nós, tendo-nos marcado alguns golos que nos custaram derrotas (a primeira derrota frente ao FC Porto na Luz que me lembro de ver, 1984/84, aconteceu por causa de um golo dele). Ou seja, não gostava dele pelas razões certas, que nos fazem detestar um jogador adversário, ao mesmo tempo que é impossível não o admirar. O Fernando Gomes era um senhor dentro do campo e, segundo muitos testemunhos, também fora dele. É uma pena que o seu exemplo não tenha sido seguido por muitos outros jogadores do seu clube, nomeadamente no que se refere ao seu comportamento em campo. Aqui ficam os meus sentimentos para a sua família e para o FC Porto.

1 comentário:

joão carlos disse...

Contra equipas que se fecham muito e com muito temos extrema dificuldade e ainda não conseguimos arranjar forma de conseguir ultrapassar isto o domínio foi muito, mas no primeiro tempo as oportunidades foram muito poucas e seriam quase nenhumas não fossem aqueles dois lances mesmo nos minutos finais.
Cada vez é mais evidente a falta que temos de um ponta de lança com características diferentes daqueles que temos no plantel e que saiba finalizar melhor do que os que são alternativa ao titular é que se falta o titular, como nos falta agora, não temos quem finalize e ficou evidente nestes dois jogos uma falta de aproveitamento das oportunidades que tivemos.
Pelos vistos alguns jogadores nem contra este tipo de adversário, em casa, podem descansar e tem de jogar todos os jogos e pior todo o tempo de todos os jogos não só implica que alguns jogadores vão chegar à ponta final da época com um acumulado de minutos absurdo, que vai ter reflexos no seu desempenho, como nunca vão ter jogadores preparados para os substituírem porque esses não tem minutos de jogo para adquirirem o ritmo competitivo.