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segunda-feira, janeiro 31, 2022

Doença

Perdemos com a lagartada (1-2) na final da Taça da Liga no passado sábado e vamos terminar a segunda época consecutiva sem qualquer título. Duas épocas em que temos indiscutivelmente o melhor (e mais caro) plantel de Portugal vão redundar num zero absoluto em termos do que interessa, ou seja, taças para o museu. Estamos doentes. E é muito grave.
 
Em relação ao jogo frente ao Boavista, o Nelson Veríssimo lançou o Meïté em vez do Paulo Bernardo. Portanto, o nosso actual melhor elemento do meio-campo ficou de fora do onze. E nem sequer entrou no jogo. ‘Tá certo...! Estava à espera de uma catástrofe em termos de resultado e tivemos uma derrota pela margem mínima. Neste sentido, foi melhor do que eu estava à espera. Para além disso, apresentámos uma fabulosa eficácia de 100% na 1ª parte: um remate à baliza, um golo pelo Everton aos 22’. Claro que contámos com o Vlachodimos para manter a baliza a zeros, mas ele está lá é para defender, como diria o outro: o Gonçalo Inácio bateu o Morato num canto e o guardião grego defendeu por instinto. A lagartada controlava perfeitamente o jogo, mas não conseguia criar muito perigo. Quanto a nós, ofensivamente não existimos, porque o Diogo Gonçalves e o Yaremchuk fizeram figura de corpo presente e quem no meio-campo deveria alimentar os da frente, o João Mário, continua na sua senda de jogos muitíssimo sofríveis.
 
A 2ª parte começou da pior maneira com o 1-1. Aos 49’, canto e novamente o Gonçalo Inácio a bater o Morato nas alturas, com a bola a entrar junto do poste, sem hipóteses para o Vlachodimos. Por volta da hora de jogo, o inexistente Yaremchuk saiu para entrar o Gonçalo Ramos, mas as coisas não se alteraram. O principal problema era que o nosso meio-campo não conseguia ter superioridade perante o do adversário, apesar de estar em teoria em vantagem numérica. O Nelson Veríssimo lá continuou na sua senda de substituições inexplicáveis e colocou o inefável Gil Dias em vez do Diogo Gonçalves. Gil Dias esse que, pouco depois de entrar, fez um passe lateral simplicíssimo directo à... linha lateral! Se dependesse de mim, era claramente motivo para rescisão por justa causa. A lagartada ia tendo oportunidades, nomeadamente num remate do Paulinho à trave, até que os 78’ o inevitável aconteceu com o 1-2 através do Sarabia a aproveitar um passe longo do Porro, com o Morato nas covas. Perda de bola de quem no meio-campo? Do Gil Dias, pois claro. Na fase do desespero, e apesar de ter o Paulo Bernardo no banco, o Nelson Veríssimo resolveu colocar o Taarabt em campo, juntamente com o Pizzi e a estreia do Henrique Araújo. Henrique Araújo esse que, em cima do 90’, foi claramente puxado na área quando se preparava para cabecear, mas o Sr. Artur Soares Dias no VAR considerou (como também seria de esperar) que não era nada. Afinal, seria a nosso favor...
 
Em termos individuais, o Vertonghen terá feito dos melhores jogos pelo Benfica, enquanto o Vlachodimos, Weigl e Everton também não estiveram mal, embora o brasileiro tenha baixado muito na 2ª parte. Todos os outros mantiveram-se na mediocridade que tem caracterizado as nossas exibições ultimamente.
 
Estamos no final de Janeiro, ainda falta mais de três meses para final da época, mas já se percebeu que o suplício irá continuar. Já disse isto mais do que uma vez e nunca será demais repetir: vamos deitar fora seis meses que poderiam ser muito importantes para a preparação da próxima época. Não há ninguém que, conscientemente, possa dizer que estamos melhor agora do que com o Jesus. E já não estávamos nada bem com ele. Pior do que quatro finais perdidas desde o último título (a Supertaça em 2019), pior do que quatro jogos com os rivais, quatro derrotas inapeláveis este ano, é não ver maneira de como é que isto irá dar a volta num futuro próximo. A doença é muito profunda e muito grave.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Weigle jogou? Confesso que só estive atento a quem fazia pressão aos jogadores do Sporting e não me pareceu vê-lo.
Mas também não vi o prolongamento. Talvez tenha jogado melhor aí.

joão carlos disse...

Como era evidente só mesmo esta direção, e os habituais graxistas, é que acharam que era uma boa ideia ter um treinador provisório em vez de contratar um, ou o, definitivo e não foi por falta de aviso de muitos, mas mesmo muitos, logo de início por isso depois nem sequer venham com a conversa de acertar o totoloto à segunda feira.
Neste momento estamos como na época em que o vale deu o lugar ao Vilarinho a desorganização é tanta que mesmo bons jogadores, ou jogadores que até nem são nada de deitar fora, todos parecem os maiores cepos.
E com isto temos idiotas que andam numa perseguição a um determinado jogador alemão, como se ele fosse o único culpado de tudo, quando mesmo se fosse verdade o que dizem o maior culpado até seria quem o foi contratar mas a esse nunca a este idiotas se lhe viu uma critica sequer até porque andavam durante estes anos todos muito ocupados a polir uma certa parte do corpo do melhor presidente de sempre, e parece que aquilo ainda era coisa para ocupar muito tempo já que segundo o próprio eram enormes.