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sábado, dezembro 18, 2021

Na final four

Ganhámos ao Covilhã por 3-0 na passada 4ª feira e qualificámo-nos para a final four da Taça da Liga. Precisávamos de ganhar pela diferença de dois, marcando no mínimo três golos e conseguimo-lo. No entanto, durante boa parte do jogo não se estava bem a ver como isso seria possível e tiveram de entrar os pesos pesados do plantel para o conseguirmos.
 
Entrámos em campo com 11 não-titulares, salientando-se a estreia absoluta do Tomás Araújo. O lagarto Leonel Pontes, treinador do Covilhã, fez a esperteza saloia de nos trocar os lados do campo no início do jogo, mas infelizmente nós não o penalizámos por isso, fazendo uma 1ª parte muito fraca. O Covilhã entrou melhor e, para além de proporcionar ao Helton Leite uma boa defesa, ainda atirou à barra pouco depois na sequência de um canto. A única coisa que fizemos de jeito foi mesmo o 1-0 aos 28’, numa boa combinação atacante na sequência de um livre, com um toque de calcanhar do Pizzi a isolar o Gonçalo Ramos e este a assistir o Seferovic, que só teve de encostar. O mesmo Gonçalo Ramos deveria ter feito o segundo golo cerca de 10’ depois, ao aparecer isolado à frente do guarda-redes Léo, mas permitiu a defesa deste. As coisas melhoraram quando o Covilhã cometeu hara-kiri no final da 1ª parte, com o Tembeng a pisar o Everton, sendo naturalmente expulso.
 
Ao intervalo, fizemos logo três substituições, com o Rafa, Darwin e Paulo Bernardo a entrarem para os lugares do Pizzi, Seferovic e Meïté. A braçadeira de capitão passou então para o Taarabt... Acho que nunca descemos tão baixo...! Contra dez jogadores e com dois titulares na frente, o ritmo aumentou (também não era difícil...) e começámos a empurrar o Covilhã para a sua área. Todavia, a eficácia deixava muito a desejar e aos 65’ entrou o Yaremchuk para o lugar do Ferro, acabando nós finalmente com o sistema de três centrais, que não se justiçava perante dez adversários. Aos 68’, o Rafa foi claramente derrubado na área e o Darwin não perdoou. Tínhamos pouco mais de 20’ para marcar mais um golo, mas não precisámos de tanto, porque o 3-0 aconteceu aos 73’, novamente pelo Darwin com um remate de fora da área, num enorme frango do Léo, que deixou a bola passar por entre as pernas. A partir daqui teríamos de sofrer dois golos para sermos eliminados, tarefa pouco menos do que impossível para um Covilhã com menos um.
 
Em termos individuais, destaque pelo segundo jogo consecutivo para o Darwin que, mesmo ainda não tendo chegado a metade da época, já tem mais golos marcados do que em toda a temporada passada. Gostei de pormenores do Paulo Bernardo, que prefiro mil vezes ao Taarabt como alternativa ao João Mário (na realidade prefiro qualquer um ao marroquino...). Quanto à estreia do Tomás Araújo foi razoável, perante um adversário que não lhe criou assim tantas dificuldades. Na 1ª parte, as variações de flanco do Ferro, com uma meia-dúzia de passes em profundidade, foram das poucas maneiras que tivemos de ultrapassar a defesa contrária. No entanto, percebe-se perfeitamente que o Jesus não gosta dele, porque foi o central sacrificado quando foi preciso alterar o sistema, ele que estava a ser o melhor dos três.
 
Iremos defrontar o Boavista (que surpreendentemente goleou 5-1 o Braga) nas meias-finais, enquanto do outro lado haverá um lagartada – Santa Clara. Perspectiva-se uma final contra os lagartos, mas atenção ao Boavista que há muito tempo que não está numa fase tão adiantada de uma competição oficial. (E eu ainda não me esqueci da inacreditável derrota frente ao Moreirense, que nos impediu de conquistar tudo no ano do tetra...).

1 comentário:

joão carlos disse...

Mais uma vez as enormes dificuldades contra equipas muito recuadas e muito fechadas e as coisas só desbloquearam com a entrada de um ponta de lança em campo, mesmo os pesos pesados nada desbloquearam, alias todas as finalizações foram com um ponta de lança em campo, mesmo que não joguem nada e não jogaram permitem fixar os defesas e libertar os restantes avançados que enquanto um ponta de lança não esta em campo são presa fácil.
A quantidade de passes falhados é absolutamente escandalosa para mais a maioria desses passes feitos para o lado que para uns entendidos que andam por aí qualquer um é excelente nos passes para o lado, só que pelos vistos existem uns que nem isso conseguem fazer, mas pelos vistos estes é que são bons, deve ser por falharem tanto, e se o facto de onze jogadores não titulares explica parte da má exibição não explica em nada os passes falhados.
Meter determinados jogadores na posição de defesa lateral, para mais a defesa direito, deve ser para gozar com o jogador ou para o queimar só pode e considerando que já vamos no sétimo defesa direito a jogar ali e pelos visto nenhum serve que não existe um jogador que faça sequer dois jogos seguidos naquela posição temos que agora na abertura de mercado sejam contratados mais dois ou três jogadores para a posição só pode.