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segunda-feira, dezembro 07, 2020

Milagre

Vencemos ontem o Paços de Ferreira na Luz (2-1) e, com o empate da lagartada em Famalicão (2-2) e a derrota do Braga frente ao Belenenses SAD (1-2), estamos agora no 2º lugar do campeonato a dois pontos dos nossos vizinhos e a manter dois de vantagem perante o CRAC (4-3 em casa frente ao Tondela). Foi a chamada vitória arrancada a ferros, dado que o golo do triunfo surgiu a segundos do final do tempo de compensação!
 
Em nova jornada no meio das provas europeias e com apenas três dias entre jogos, já se calculava que esta partida não seria fácil. Para além disso, íamos defrontar uma equipa que tinha ganho ao CRAC e estava no 5º lugar. Depois de ter entrado bem na 5ª feira e até ter marcado um golo, o Weigl foi titular e o Taarabt também regressou ao onze. Até nem começámos mal, com oportunidades flagrantes para o Darwin e Pizzi, ambos só com o guarda-redes pela frente, mas a não conseguirem colocar a bola na baliza. Do outro lado, o Paços tentou sempre jogar e teve igualmente uma óptima oportunidade com o Douglas Tanque a cabecear na pequena-área (lamentável a forma como o Otamendi foi batido...), mas o Vlachodimos a fazer uma enorme defesa. E foi o Paços mesmo a chegar à vantagem através de um bom remate do lateral-esquerdo Reabciuk na sequência de um canto, depois de o Vlachodimos ter socado a bola e o Rafa não a ter conseguido dominar. No entanto, se o VAR deveria servir para alguma coisa (em vez de invalidar golos por foras-de-jogo de 5 cm...), deveria ser para ter visto que o Vlachodimos estava tapado por um avançado em claro fora-de-jogo na altura do remate. Porém, aparentemente o Sr. Bruno Esteves estava distraído... Desconcentrámo-nos e, logo a seguir, tivemos sorte em não ficar a perder por 0-2, com o Douglas Tanque em óptima posição a atirar por cima. Até ao intervalo, ainda colocámos a bola na baliza, mas esta bateu na mão do Rafa antes da recarga dele, o Taarabt rematou ao lado com o guarda-redes batido, mas do outro lado, num canto, deixámos um adversário saltar completamente à vontade(!) e tivemos sorte, porque a bola também saiu ao lado.
 
Para a 2ª parte, o Jesus resolveu tirar um dos poucos que estava a jogar ao primeiro toque, o Weigl, e o Pizzi, fazendo entrar o Gabriel e Seferovic. Fizemos a igualdade relativamente cedo, aos 58’, numa assistência do Gilberto na direita para bom remate do Rafa na passada. Jogámos pelas laterais e marcámos. Que surpresa...! Entretanto, entrou o Waldschmidt (literalmente) para o lugar do Everton e também não melhorámos nada, porque o alemão não é obviamente extremo. Talvez para tentar contrariar os muitos hatersque (incompreensivelmente) tem por aí, o Gilberto fez a segunda assistência da noite, mas infelizmente foi para o Seferovic ter a sua enésima perdida escandalosa. Logo a seguir, o Darwin, que estava a passar completamente ao lado do jogo, teve uma simulação brilhante e disparou à barra! Quase a chegar aos dez minutos finais, o Jesus resolveu tirar o único jogador que estava a levar a equipa para a frente com as suas arrancadas e, para além disso, que tinha marcado o golo, o Rafa, e colocar o Pedrinho, que deve ter alguma claúsula no contrato que o impede de ir à linha e, portanto, faz sempre a mesma movimentação da direita para o centro. O que segue a tendência da equipa de afunilar constantemente o jogo... O que valeu foi que, com 78’ de atraso, saiu o Taarabt e entrou o Chiquinho, que, apesar de estar longe de ser brilhante, ao mesmo dá alguma fluidez ao nosso futebol e não tem de dar 376 toques na bola antes de a libertar. Aos 94’, o Gabriel, que estava igualmente péssimo, a falhar n passes e a demorar séculos a libertar a bola, teve a única boa acção na partida e cruzou largo da esquerda para o Waldschmidt de cabeça aproveitar a meia-saída em falso do guarda-redes e atirar lá para dentro. Olha, outra jogada pela lateral, outra bola na baliza...! Foi daqueles golos que nos faz amaldiçoar (ainda mais) esta pandemia para o todo sempre por não o poder festejar ao vivo no estádio.
 
Em termos individuais, o Rafa foi o melhor e foi pena que não o pudesse ser durante os 90’. Ao invés, o Darwin e o Waldschmidt raramente fizeram as coisas bem, mas é um privilégio ter jogadores destes que a única acção de jeito que têm em campo pode decidir uma partida (um esteve quase e o outro decidiu mesmo). Continuo sem perceber este sacrifício do Weigl e não é por ter feito o centro do golo que vou achar que o Gabriel é melhor do que ele na posição 6. Prefiro, de longe, jogadores que fazem a bola correr do que aqueles que correm muito, mas emperram o jogo todo. Como é igualmente o caso do Taarabt, cujo timing de libertar a bola tem de levar uma volta de 180º.
 
A exibição foi muito má, salvou-se o resultado. Sim, é de realçar o facto de nunca desistirmos e termos conseguido marcar perto do final em alguns jogos, mas, com este plantel, temos OBRIGAÇÃO de estar a render muito mais! Continuo (sentado) à espera que alguém me explique o que se passou na temporada passada, principalmente o facto de termos feito a melhor primeira volta de uma equipa, desde que existem os três pontos, e uma das piores segundas voltas da nossa história. Tudo na mesma temporada! É que dá a sensação de que é algo que extravasa a questão do treinador, porque se está a repetir esta época, mas em muito menos tempo: começámos bem, todavia, a partir do Bessa, houve uma debacle em termos exibicionais (com naturais consequências em alguns resultados). Aguardo explicações de quem de direito.

7 comentários:

António Dias disse...

Muito bem!!!

T disse...

Parabéns pelo excelente trabalho ao longos destes anos! Sou leitor do blog desde 2005 ou até antes. Continua! Um abraço

aguiaalentejana disse...


" Aguardo explicações de quem de direito"
Se me permite um conselho,direi que é melhor ficar sentado,porque de pé cansa-se.

moreira disse...

infelizmente pode aguardar sentado, pois na óptica da Direcçaõ os sócios não têm o direito de serem esclarecidos...............manda quem pode.

Islander disse...

O Gabriel fez um "centro para golo da lateral"?
Não vi esse jogo, vi o jogo em que fez uma assistência fantástica...
Se o objetivo é parecer minimamente credível falhaste completamente, se era apenas minimizar uma ação fantástica de um jogador que se desgosta então estiveste bem...

joão carlos disse...

Também não percebo a razão para jogarmos sempre pelo meio com os jogadores a passarem o tempo todo a jogar futsal à entrada da área adversaria sem que dai saia qualquer coisa de perigoso sequer para mais quando já toda a gente viu que o fazemos e para piorar as coisas reforçam a zona central com quase a equipa toda depois temos que mais de metade das oportunidades que criamos neste jogo resultaram de cruzamentos e só não foram mais porque poucos fizemos em todo o jogo.
Se no jogo anterior já não tinha percebido as alterações este seguiu o mesmo exemplo com jogadores que nem estavam a jogar mal a saírem, até o que estava a ser o melhor, jogadores que passaram completamente ao lado do jogo a ficarem mais tempo do que aquele que deviam, alguns até como é habitual não duram mais de uma hora de jogo, e depois jogadores que entram para posições que não são as suas e com isso reduzindo em muito as probabilidades de fazerem um bom jogo.
O nosso defesa direito fez o seu melhor jogo desde que cá chegou e foi inclusive até um dos melhores mas foi só e apenas o primeiro jogo bom que fez em sentido contrario temos o nosso extremos esquerdo que depois de ter feito um jogo muito bom, também foi o seu melhor jogo até à altura, depois disso teve dois jogos em que nem esteve nem bem nem mal passou foi os dois jogos seguintes completamente ao lado do jogo e a fazer apenas de corpo presente.

S.L.B. disse...

Islander: onde é que eu digo que o Gabriel NÃO fez uma assistência...? "Cruzou largo da esquerda" para um colega marcar é o quê?! Sim, a assistência foi óptima, mas, sim, foi a ÚNICA coisa de jeito que fez no jogo todo.