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terça-feira, junho 30, 2020

Fim da linha

Perdemos ontem na Madeira com o Marítimo (0-2) e, com a vitória do CRAC em Paços de Ferreira (1-0), ficámos a seis pontos (na prática sete) de distância, o que, com cinco jornadas para jogar, significa o adeus definitivo ao título. No final da partida, o Bruno Lage pediu naturalmente a demissão, que foi aceite pelo presidente do Benfica.

 

Não vale muito a pena referir que nem entrámos nada mal, tivemos três oportunidades claríssimas para marcar (Chiquinho e Carlos Vinícius na 1ª e Seferovic na 2ª parte), antes de sofrermos dois golos praticamente iguais aos 74’ e 78’, com o lateral Nanu a dar cabo da nossa defesa em contra-ataque (para além disto, o Marítimo meteu mais duas vezes a bola na nossa baliza, mas em fora-de-jogo). O que fica para a história é o resultado e o terramoto (já esperado) que se seguiu (a bem da verdade, esse terramoto já se estava a antever há bastante tempo).

 

Gostava muito de perceber o que se passou nesta época. Porque não é de todo normal. Depois de um campeonato brilhantemente conquistado no ano passado, arrancamos a época com 5-0 aos lagartos para a Supertaça, fazemos a melhor primeira volta de sempre (só com três pontos perdidos) e ganhamos em 18 das 19 primeiras jornadas. Nas últimas dez, ganhamos dois jogos...! Desbaratámos uma vantagem de sete pontos! S-E-T-E  P-O-N-T-O-S! Foi um descalabro completo acerca do qual é OBRIGATÓRIO darem-nos explicações! A culpa não pode ser só do Bruno Lage. Fiquemos a aguardar. (Eu vou fazê-lo sentado, pelo sim, pelo não...)

3 comentários:

Nau disse...

Um benfiquista insuspeito e prestigiado que se apresente como candidato para vencer, fazer uma limpeza do lixo que invadiu o nosso clube e apagar este lume brando em que o vamos vendo arder. Que saiba reunir-se de uma equipa de benfiquistas insuspeitos, prestigiados, competentes - há tantos, tantos! Que apresente um projeto irrecusável (para o futebol e as modalidades, das quais não prescindimos) pela maioria dos sócios. Que livre o SLB das dependências inacreditáveis de agentes de jogadores. Que saiba ser um verdadeiro líder. Que entregue a gestão do futebol a um diretor desportivo com conhecimento, personalidade e pulso. Que deixe ao treinador a liberdade da gestão do plantel nos jogos. Que contrate jogadores competentes, raçudos, combativos, fisicamente fortes. Que traga para colaboradores do clube antigas glórias com raça (para ajudar na formação e no ensino da mística, para os comentários dos jogos, para os debates na BTV – lembro-me de Álvaro Magalhães, Mozer, Humberto Coelho, Paneira, Diamantino, Ricardo Rocha, Toni, Simões…). Que faça da BTV aquilo que ela já foi – um canal independente, poderoso e um espaço de liberdade de opinião – a televisão que seja o orgulho e a preferência de subscrição de todos os benfiquistas. Que promova uma auditoria independente que nos diga a verdade dos negócios e das milhentas peripécias esquisitas que nos fazem confusão e nos atormentam a alma. Que trabalhe para restituir ao Benfica a sua grandeza, sucesso e dignidade nacionais e internacionais.

Nau disse...

Carta aberta aos jogadores do Benfica
Vocês têm andado a passar pelos intervalos da chuva e escondidinhos nos buracos das granadas que caíram em cima de outros – do presidente e de Lage. Quer dizer: têm sido muito pouco criticados pelos 2 jogos que ganharam em 13 – 2 em 13, ó deuses do Olimpo! E foram vocês que estiveram lá dentro e não correram, não foram intensos, não pressionaram, não saltaram, não defenderam e não atacaram com competência, não foram solidários com os colegas - não funcionaram como equipa, não se esforçaram o que deveriam ter-se esforçado, não deixaram tudo em campo. No fundo, não mostraram o «querer, a raça e a ambição» que se exige, e que nós, sócios e adeptos exigimos a um jogador do Sport Lisboa e Benfica, seja de que modalidade e equipa for (principal ou da formação). Não tiveram «na alma a chama imensa», como se diz no nosso hino. Já não a tinham tido nos jogos europeus, outra miséria franciscana e mais uma vergonha.
Têm-nos dado muitos desgostos, desde a derrota com o clube da fruta e das mil manhas e patranhas. De uma posição confortável de 7 pontos à frente, passaram para a triste situação atual, fazendo jogos vergonhosos, desonrosos para as vossas carreiras de profissionais pagos a peso de ouro, e para o clube que representam e seus adeptos e sócios, que vos tratam tão bem. Portaram-se como gaiatos de escola que entram no deixa-andar, no desleixo, no que se lixe e o treinador que resolva. E o desgraçado do treinador a pagar as favas na desconsideração de todos. E só agora, que ele já estava com um pé fora do clube, é que apareceu o Pizzi a dizer que a culpa era vossa e não do treinador. Já foi tarde – outra gaiatada, que soou a desculpa de mau pagador e a traição. Não foi de HOMENS.
Devem-nos cinco vitórias até ao final do campeonato (que matematicamente ainda não está perdido) e a vitória da Taça de Portugal. Não lhes fazemos por menos. Depois disso, talvez lhes perdoemos os desgostos que já nos deram esta época. Sejam HOMENS, que já têm, todos, idade para isso.

joão carlos disse...

Isto era mais do que previsível e o que acaba por ser estranho é ser preciso tantos maus resultados para se tomarem medidas, aliás não se tomaram nenhumas foi o treinador que decidiu sair porque se fosse pela direcção ainda hoje ele lá estava pelos vistos temos uma direcção que não toma medidas fica á espera que os outros as tomem.
A propaganda do clube é tanta que se inventam recordes por tudo e por nada e até pelos vistos recordes que não o são lage não fez a melhor primeira volta de sempre essa é, vai continuar para todo o sempre a ser apenas poderá ser igualada, do jimmy hagan que fez uma primeira volta só com vitórias, infelizmente hoje no clube para fazer maior quem o não é, como se viu no caso do lage, tudo se faz nem que se passe por cima de quem realmente foi e é realmente grande.
O melhor é ficar mesmo sentado porque explicações não vão dar até porque isso seria assumir erros próprios que já vem a ser cometidos constantemente nestas tres ultimas épocas e com dois treinadores diferentes onde a culpa não é só deles e assim sempre é mais fácil já que podem ser imputadas única e exclusivamente aos treinadores que saíram e acabaram por ser os cordeiros do sacrifício.