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quarta-feira, abril 16, 2025

Desilusão e roubo

Empatámos no domingo frente ao Arouca (2-2) na Luz e deixámos fugir a vantagem em relação à lagartada (que ganhou no Santa Clara 1-0 no dia anterior), estando agora novamente com os mesmos pontos deles, mas, por enquanto, em desvantagem no confronto directo. Ainda estou a recuperar de domingo, porque foi um jogo de adrenalina máxima muito por nossa culpa e em que o Sr. António Nobre também acabou por ser protagonista pelas piores razões.
 
Não entrámos com a intensidade que se esperava, especialmente pelo facto de quase todos os jogadores não terem alinhado a meio da semana frente ao Tirsense, porém mesmo assim tivemos oportunidades na 1ª parte para chegar ao intervalo em vantagem. Um cabeceamento do Pavlidis num canto foi salvo quase sobre a linha por um defesa e foi do grego a melhor chance num grande trabalho individual na área culminado com um remate rasteiro ao poste. O Arouca também teve um bom remate de fora da área pelo Sylla, que o Trubin defendeu para canto.
 
Se não entrámos com a intensidade esperada na 1ª parte, na 2ª foi muito pior. O Arouca tomou conta do jogo e as primeiras duas defesas foram do Trubin. Aos 60’, inaugurámos finalmente o marcador num golão do Kökçü de fora da área, depois de assistência do Aursnes, na sequência de uma iniciativa na esquerda do Carreras. Estava feito o mais difícil e, logo a seguir, poderíamos ter fechado a partida, mas o Di María falhou inacreditavelmente a recarga com a baliza aberta, depois de um remate do Aktürkoğlu defendido pelo guarda-redes Mantl. Aos 67’, o Sr. António Nobre resolveu ser parte decisiva na partida ao assinalar um penalty inexistente por pretensa falta do Otamendi sobre o Jason. Alertado pelo VAR Luís Godinho para o óbvio mergulho do avançado sobre o corpo deslizante do Otamendi, que estava a fazer um carrinho, decidiu inacreditavelmente manter a decisão e marcar penalty, e o Yalçin fez o 1-1. O Bruno Lage, que tinha congelado as entradas do Belotti e Schjelderup aquando do nosso primeiro golo, fê-los entrar logo a seguir para os lugares do Florentino e do apagadíssimo Di María (que, mesmo assim, para não variar, não gostou nada de ser substituído...). Aos 80’, recolocámo-nos em vantagem num cabeceamento do Pavlidis sem tirar os pés do chão, depois de um cruzamento teleguiado do Kökçü num canto curto. Ainda colocámos a bola na baliza uma terceira vez, pelo Schjelderup, mas o VAR assinalou fora-de-jogo. Era impensável estarmos duas vezes na frente e deixarmos escapar a vantagem, mas o inacreditável aconteceu mesmo aos 95’, num ataque rápido do Arouca pela direita, com um centro atrasado concretizado pelo defesa-esquerdo Weverson, que apareceu isolado na área, porque o Schjelderup não acompanhou a sua progressão. O Bruno Lage teve uma quota parte de culpa nisto, porque tinha colocado o Bruma uns minutos antes, em vez do Dahl, que teria sido muito melhor para fechar os caminhos da nossa baliza, dado que já se sabe que o Bruma não é propriamente o jogador mais inteligente para gerir os timings de um jogo com estas características...
 
Em termos individuais, destaque óbvio para o Kökçü com um golão e uma assistência para o Pavlidis. O grego também esteve bem e só não fez um bis, porque o poste não deixou. O Trubin foi importante para não termos sofrido (ainda) mais golos e o Aktürkoğlu confirmou igualmente o seu bom momento de forma, assim como o Aursnes, mas este já não é novidade nenhuma. Ao invés, o Di María terá feito dos piores jogos pelo Benfica e, quando assim é, não se justifica estar tanto tempo em campo. Deveria ter saído logo ao intervalo, como é evidente. Melhorámos com o Schjelderup em termos ofensivos, mas o norueguês acabou por ficar ligado ao golo do empate pela falha de marcação.
 
Quando se marca um penalty destes e não se marca um evidente no Santa Clara – lagartada (Sr. Cláudio Pereira como árbitro e o Hélder Malheiro no VAR, só para memória futura), está tudo dito sobre como serão estas jornadas finais. Deixámos fugir pontos num dos jogos teoricamente menos complicados até terminar o campeonato. Veremos como será a reacção já em Guimarães no próximo sábado, sendo certo que nova escorregadela nos colocará em muitos maus lençóis.

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