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quinta-feira, dezembro 26, 2024

Na liderança

Vencemos o Estoril na Luz na passada 2ª feira (3-0) e, graças ao empate da lagartada em Barcelos frente ao Gil Vicente (0-0), saltámos isolados para o primeiro lugar do campeonato, algo que não acontecia desde que fomos campeões em 2023. Não foi a melhor das exibições, mas ao segundo match point conseguimos mesmo chegar à liderança antes do final do ano, algo que parecia impossível há um par de meses.
 
O Bruno Lage mudou a estrutura da equipa, dado que saiu o Florentino e entrou o Beste, tendo nós alinhado em 4-4-2, com o Aursnes e Kökçü no meio-campo. Na defesa, o António Silva substituiu o Otamendi, que fez uma viagem-relâmpago à Argentina e naturalmente ficou no banco. Perante uma equipa que nos trocou as voltas na escolha de campo (algo que sempre me irrita sobremaneira), não entrámos muito bem e foi mesmo do Estoril o primeiro remate perigoso à baliza, do nosso ex-jogador João Carvalho, que o Trubin defendeu à segunda. A 1ª parte foi fraca do nosso lado, somente com dois lances a registar e ambos do Pavlidis: uma bola ao poste na sequência de um canto e o 1-0 aos 28’ num remate colocado de fora da área, depois de assistência do Di María, na sequência de um mau passe do João Carvalho. Do outro lado, o Estoril teve igualmente uma grande oportunidade depois de um centro atrasado do lado esquerdo, mas a bola, depois de rematada com o pé esquerdo, ressaltou no direito do próprio jogador(!), o que fez com que saísse ao lado.
 
Na 2ª parte, melhorámos de produção e não deixámos o Estoril visar tanto as nossas redes. O Pavlidis voltou a ter uma grande oportunidade, mas, só com o guarda-redes pela frente, atirou ao lado. Como não foi golo, não deu para perceber se estava ou não fora-de-jogo, de qualquer forma foi um falhanço incrível. Saiu logo a seguir para entrar o Amdouni, que acabou por ser o homem do jogo em pouco mais de 20’ em campo. Fez o golo da tranquilidade aos 73’ numa recarga depois de um remate do Aktürkoğlu defendido pelo guarda-redes com o pé e fez o 3-0 aos 93’ numa cabeçada depois de um canto da direta do Beste.
 
Em termos individuais, e perante uma exibição mediana da maioria dos jogadores, acabou por ser o Amdouni, como já referi, o melhor do Benfica. Bisar em pouco tempo em campo é sempre um feito a realçar. Gostei que o Pavlidis tivesse regressado aos golos, embora tivesse ficado a dever ele próprio ter marcado mais um par deles... O Trubin esteve seguro quando foi preciso e o António Silva melhorou de produção em relação à Vila das Aves. Não gosto é nada de ver o Beste a extremo-esquerdo e o alemão terá feito dos piores jogos com a camisola do Benfica. Frente ao Estoril em casa, e com o Rollheiser e Schjelderup no banco, não se percebe esta insistência do Lage nele naquela posição... Lage, esse, que espero que perceba de vez que jogamos melhor com um Florentino (ou um Leandro Barreiro) a seis, dado que conseguimos defender mais à frente e recuperamos a bola mais perto da baliza adversária... Mas, de vez em quando, lá lhe dá para prescindir deles na equipa titular...
 
Iremos fechar o ano na lagartada, que infelizmente mudou de treinador... Eu, que já estava a salivar pela ida lá com o João Pereira a treiná-los, apanhei uma tremenda desilusão, que nesta altura já não estava à espera... Enfim, de qualquer forma, é para ir lá ganhar, obviamente!

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