O Bruno Lage manteve o onze do Mónaco e até entrámos bem na partida com o Aktürkoğlu na esquerda a quase assistir o Pavlidis para golo, não fosse o guarda-redes Mantl desviar o cruzamento no último instante, antes de o grego cabecear para as redes desertas. No entanto, pouco depois apanhámos um susto com o avançado Trezza isolado a tentar o chapéu ao Trubin, mas este, graças à sua altura, a conseguir defender para canto. Aos 12’, inaugurámos o marcador com um autogolo do Fontán, depois de um centro do Aktürkoğlu ao qual o Pavlidis nem chegaria. Até ao intervalo, houve uma boa oportunidade para cada lado, com o Trubin a fiar-se demasiado no golpe de vista e quase a sofrer um golo de pé num remate fora da área, e o Di María, na sua jogada típica da direita para o meio, a quase fazer um golão em arco, só impedido pelo guarda-redes Mantl.
Na 2ª parte, a partida manteve-se igual, connosco a não conseguirmos imprimir um ritmo forte para tentar fechar o resultado e o Arouca a acercar-se mais vezes da nossa baliza do que seria desejável. No entanto, as oportunidades foram maioritariamente nossas, com o Pavlidis em destaque pela negativa, dado que ou o guarda-redes defendia ou ele demorava muito tempo a rematar e perdia-se em fintas escusadas. Por volta da hora de jogo, o Lage tirou os turcos e colocou o Leandro Barreiro e o Beste. O alemão esteve em evidência pela negativa, dado que falhou um par de golos certos, ao não acertar bem na bola quer de cabeça, quer com o pé esquerdo. O melhor remate da 2ª parte foi do Carreras proporcionando uma boa defesa ao guarda-redes. Até que aos 70’ beneficiámos de um indiscutível penalty por derrube do guarda-redes ao Beste, depois deste ter feito a mancha ao Pavlidis que se tinha isolado. O Di María enganou-o bem na concretização do penalty (embora eu deteste aquela maneira de marcar penalties...!) e conseguíamos ter margem de manobra com 2-0 no marcador. No entanto, desconcentrámo-nos um pouco e ainda permitimos ao Arouca atirar uma cabeçada ao poste, que, caso tivesse sido concretizada, tornaria os minutos finais muito stressantes para nós.
Em termos individuais, o Di María esteve novamente em destaque com mais um golo e um belíssimo remate em arco, que ia dando outro golão. Gostei muito do início de 2ª parte do Florentino, ao cortar uma série de bolas no meio-campo. Na defesa, o Tomás Araújo está cada vez mais imperial. O resto da equipa esteve a um nível mediano, com o Carreras, o Aktürkoğlu e o Pavlidis uns furos (bem) abaixo do que já mostraram.
Teremos a recepção ao V. Guimarães no sábado, num jogo em que não teremos o Kökçü, que viu o quinto amarelo. O mês de Dezembro será muito intenso, com jogos importantes, incluindo a ida à lagartada perto do final do ano. Mas é inegável que estamos numa fase bem positiva, que parecia impossível atendendo ao que vimos no início da temporada. De facto, sem um treinador à altura, não há bom plantel que resista.