origem

quarta-feira, abril 12, 2023

Impotência

Perdemos ontem na Luz com o Inter Milão (0-2) na 1ª mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões e só um milagre daqui a uma semana fará com que cheguemos às meias-finais. Depois de uma só derrota em 42 jogos, vamos agora com duas consecutivas e, ainda por cima, em casa!
 
Havia alguma curiosidade para saber se o péssimo resultado, e ainda pior exibição, frente ao CRAC teria efeito na eliminatória europeia. Se não teve, disfarçámos bem! Com a equipa expectável, o Morato no lugar do castigado Otamendi e o Gilberto no do lesionado Bah, e defrontando uma equipa que já não vencia há seis jogos, esperava-se muito mais do Benfica. Mas parece que escolhemos a altura crucial da época para baixarmos exponencialmente a nossa forma. Na 1ª parte, só um remate do Rafa, que o Onana defendeu, criou algum perigo, mas os italianos mostraram sempre maior lucidez do que nós e principalmente melhor condição física.
 
Até começámos bem a 2ª parte, com maior intensidade e a jogar mais no meio-campo contrário, mas sofremos o primeiro golo logo aos 51’ num cabeceamento do Barella depois de um centro largo na esquerda. Poderíamos ter igualado pouco depois, mas o Grimaldo não acertou bem na bola, quando estava em óptima posição. O Roger Schmidt fez a substituição habitual com a entrada do David Neres, desta feita para a saída do Florentino. E foram do brasileiro as melhores acções ofensivas que tivemos. No entanto, o Inter Milão nunca deixou de tentar aumentar a vantagem e acabou por conseguir esse desiderato aos 82’, num penalty do entretanto entrado Lukaku, a castigar o braço levantado(!) do João Mário num centro da direita. No último minuto, o Neres isolou o Gonçalo Ramos, mas o remate cruzado deste foi defendido pelo guarda-redes. Foi pena, porque tornaria a nossa tarefa na 2ª mão menos complicada.
 
Em termos individuais, o Morato não comprometeu, assim com o Chiquinho, que foi o mais esclarecido do nosso meio-campo. O Aursnes, à semelhança do CRAC, voltou a fazer um jogo fraquíssimo, o Rafa deitou a 1ª parte fora, mas melhorou na 2ª, e o Grimaldo não atravessa, de facto, a sua melhor fase. O David Neres é inacreditável que não seja titular neste momento, porque é de longe o que está em melhor forma dos da frente.
 
Gostaria de terminar, falando do Roger Schmidt. Já tinha sentido isto com o CRAC e ontem aconteceu outra vez de maneira mais evidente: é incompreensível que encaremos estes jogos com 12 jogadores. Porque todos os outros no banco parece que só estão lá para fazer figura de corpo presente. A rábula ontem das duas substituições aos 92’(!), que acabaram por não acontecer, porque o jogo ia prosseguindo, entra directamente para o nosso anedotário. Eu não me interessa se os titulares têm mais nome e/ou estatuto do que os suplentes, mas todos têm de dar a 100%. E na parte final do jogo de ontem, foi por demais evidente que muitos jogadores estavam de rastos. Não se compreende que não tenham sido substituídos, porque claramente ficámos a perder no confronto físico com o Inter Milão. E não se pode abordar este tipo de partidas sem estarmos, pelo menos, em igualdade física com o adversário.
 
Iremos no sábado a Chaves e qualquer resultado que não a vitória fará perigar a conquista do campeonato. É bom que todos lá dentro tenham noção disso!

1 comentário:

joão carlos disse...

O plantel é extremamente curto em opções de qualidade e seria sempre difícil mais ainda quando as poucas opções que temos, por jogarem sempre porque são poucas, mas não só, estão completamente de rastos fisicamente e basta ver os nomes que foram apontados como os que estão numa forma péssima muito abaixo do que já renderam e comparar com a listagem dos que mais jogos e minutos tem este ano e estão todos no topo dos mais utilizados os jogadores não são maquinas e mesmo essas tem desgaste.
Se as coisas já eram difíceis ficaram impossíveis com o resultado do jogo anterior e não apenas pelo resultado, mas sobretudo com quem foi e como foi e isso determinou a maneira como se entrou para este jogo já condicionados com um lastro que nunca nos conseguimos libertar e que a péssima condição física que se foi acentuando ao longo do jogo agravou.
Desde o início da época que sou critico quer da gestão física do plantel, em algumas posições, quer sobretudo da péssima gestão das substituições repetidamente fui crítico mas neste jogo sinceramente não, porque bastava olhar para este banco e parecia que estávamos a olhar para um jardim infantil tal a falta de opções, só para termos a noção a nossa segunda melhor opção no banco, depois do jogador que entrou, era um defesa central que como é óbvio não era opção para uma substituição quando queríamos mudar o jogo, podia, e devia, o treinador ter feito outra mudança com a entrada do ponta de lança sim podia mas não tinha muito mais até porque o outro jogador vinha de lesão e pouco mais de dez minutos devia conseguir dar.