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segunda-feira, outubro 17, 2022

Inenarrável

Só nas grandes penalidades (5-3) conseguimos eliminar o Caldas da Liga 3 na 3ª eliminatória da Taça de Portugal no passado sábado, depois do 1-1 ao fim dos 120’ de jogo. Gostei bastante das declarações do Roger Schmidt antes da partida, a chamar a atenção para o vergonhoso facto de nós termos três taças de Portugal conquistadas nas últimas 25 edições. No entanto, a resposta da equipa foi o que se viu... Estivemos muito perto de ter uma reedição do Gondomar!
 
Demonstrando respeito por esta competição, o nosso treinador fez alguma rotação da equipa, mas mesmo assim ainda conservou alguns titulares (António Silva, Grimaldo, Florentino, Enzo Fernández e João Mário). Porém, a 1ª parte foi absolutamente de fugir, dado que não criámos nenhuma flagrante oportunidade de golo. Metemos uma bola na baliza, mas o Aursnes estava claramente fora-de-jogo. Já do outro lado, vimos uma bola bater no poste, depois de defendida pelo Helton Leite, que me pareceu ter mais do que tempo para a atirar para fora.
 
Na 2ª parte, o Roger Schmidt lançou o Diogo Gonçalves e Musa para os lugares do Florentino e Rodrigo Pinho e nos primeiros minutos lá mostrámos algum futebol. Inaugurámos o marcador aos 53’ num belo lance individual do Musa, na única coisa que fez de jeito enquanto esteve em campo (sempre foi melhor do que o Rodrigo Pinho, que nem se viu). Pouco depois, o mesmo Musa com dois colegas ao lado, preferiu rematar duas vezes contra o guarda-redes(!) e a oportunidade perdeu-se. O Grimaldo ainda atirou uma bola ao poste num livre lateral, todavia, perante uma equipa dois escalões abaixo e a ganhar, esperava-se que a partida estivesse decidida. Só que aos 74’ um erro clamoroso do António Silva fez com que o Gonçalo Barreiras se isolasse e rematasse por entre as pernas do Helton Leite. Foi um tremendo balde de água fria que a corda se tenha partido por onde menos se esperava... Pressionámos nos minutos finais e durante todo o prolongamento, não faltou a providencial bola na barra, desta vez pelo Enzo Fernández, mas fomos mesmo para os penalties, onde tivemos o mérito de os marcar a todos muito bem. Do outro lado, houve um falhanço logo no primeiro que acabou por ser o decisivo na nossa qualificação para a ronda seguinte e outro em que o Helton Leite defende... para dentro da nossa própria baliza!
 
Por manifesta vergonha, não vou destacar ninguém positivamente. Mas não foi pelo Enzo Fernández, nem pelo Aursnes que íamos sendo eliminados. Ao invés, houve ali muito boa gente que desperdiçou a oportunidade e cuja continuidade no Benfica deverá ser questionada. Se não aproveitam jogos contra estas equipas para se destacarem, o que é que estão a fazer no plantel...? É um dos grandes objectivos da época, o treinador está sintonizado com o pensamento de muitos de nós e depois arriscamos uma vergonha desta maneira. Não se compreende, nem se aceita.

2 comentários:

joão carlos disse...

De pouco adianta jogarem alguns titulares se depois estes entrarem para descansarem durante o jogo a que se somou alguma displicência e sobranceria na maioria dos habituais titulares, mas não só, faltou atitude que faz muito a diferença por vezes o melhor é jogarem os menos utilizados, mesmo com falta de ritmo entrosamento e alguns até de qualidade, porque se não resultar sempre se podem fazer entrar os habituais titulares para retificar assim não existia no banco ninguém com capacidade para poder mudar o estado de coisas sobretudo no prolongamento.
Ainda assim não percebi a gestão é que nestes últimos três jogos dos habituais titulares alguns descansaram dois jogos, alguns um jogo e outros não descansaram nenhum e estes para cúmulos são os jogadores que mais minutos tem acumulados até aqui e ou descansam ou rebentam se não fisicamente pelo menos na forma e na rentabilidade.
Ficou evidente o desequilíbrio do plantel em qualidade nalgumas posições alguns pelos vistos a qualidade é tanta que nem do banco saem para jogar contra equipas da terceira divisão e fica claro a falta de um ponta de lança que saiba finalizar e por isso ainda menos se percebe a urgência em despachar o único de jeito que ainda tínhamos para ficar com dois que juntos não fazem sequer um, mas depois o outro é que era caro a maioria das fazem o barato é que sai caro.

José Rama disse...

Grande parte do plantel é refugo que vem da gestão danosa do pulha do palheiro e da sua direcção desportiva que continua por lá