origem

segunda-feira, setembro 13, 2021

Cada tiro, cada melro

Goleámos no sábado o Santa Clara nos Açores (5-0) e, com o empate (1-1) entre a lagartada e o CRAC, temos agora quatro pontos de vantagem perante ambos. Quem vir só o resultado, poderá pensar que o jogo foi um passeio, mas não foi bem assim, dado que o primeiro golo só surgiu perto do intervalo e depois de uma 1ª parte bastante fraca. No entanto, se este jogo está na memória de todos nós como um dos mais azarados da nossa história, o do passado sábado deve ser um dos com maior grau de eficácia, porque fomos cinco vezes à baliza e marcámos cinco golos!

Voltámos ao esquema dos três centrais, com a novidade Rodrigo Pinho na frente ao lado do Darwin e o Everton na ala, indo o Pizzi para o banco e tendo regressado igualmente o Diogo Gonçalves na direita. O jogo começou repartido, mas rapidamente o Santa Clara tomou conta das coisas na 1ª parte, de tal forma que atirou uma bola ao poste na sequência de um livre e proporcionou ao Vlachodimos uma defesa difícil a um remate de fora da área. Na única ocasião que tivemos, aos 42’, inaugurámos o marcador: abertura do Grimaldo e remate de primeira na passada do Rodrigo Pinho de pé esquerdo, sem hipóteses para o guarda-redes Marco. Íamos para o intervalo em vantagem, mas bastante lisonjeira.

Na 2ª parte, o Jesus fez entrar o Rafa logo de início, tendo saído o Rodrigo Pinho. Estranhei bastante a substituição, dado que tinha sido o marcador do golo e havia outros jogadores que também estavam a passar ao lado do jogo, mas dar moral a algum jogador nunca foi apanágio do Jesus. De qualquer maneira, acabou por resultar (não tanto a saída dele, mas a entrada do Rafa), porque marcámos quatro golos em 23 minutos! Aos 53’, excelente abertura do Everton (provavelmente a única coisa de jeito que fez em toda a partida) a isolar o Darwin, que atirou contra a relva, mas enganou o guarda-redes. Aos 58’, golão do Rafa com um remate de fora da área, em que o guarda-redes nem se mexeu. Aos 62’, bis do Darwin com um remate de pé esquerdo, que foi desviado por dois(!) defesas. Finalmente, aos 68’, o recém-entrado Yaremchuk correspondeu muito bem a um centro rasteiro do Grimaldo na esquerda. O Santa Clara nem percebeu bem o que se passou com este autêntico atropelamento... Com o jogo decidido, ainda deu para estrear o Valentino Lazaro e para perceber que o Gedson deve ser a primeira alternativa ao João Mário, dado que entrou bastante bem na partida e é muito melhor do que o Taarabt (também não é difícil...). Até final, o Vlachodimos esteve atento e impediu que os açorianos conseguissem o golo de honra.

Em termos individuais, se é certo que o Darwin bisou, a considerável melhoria exibicional deve-se fundamentalmente à entrada do Rafa, que incutiu na equipa a velocidade de processos que faltou durante praticamente toda a 1ª parte. Bom jogo igualmente do Grimaldo com duas assistências e saúda-se o regresso do Diogo Gonçalves. Os centrais estiveram bem, com destaque para o Vertonghen. O Vlachodimos foi importante para manter a baliza a zeros, mas aquela saída extemporânea na 1ª parte, que lhe valeu o amarelo, deveria ter sido evitada. Quanto ao Lazaro, ainda não deu para ver grande coisa, mas o Everton continua muito fora dela.

Cinco jogos, cinco vitórias na Liga e os rivais a quatro pontos. Claro que é muito cedo na temporada, mas sempre é melhor um começo assim do que o contrário. Porém, temos de mudar o chip, porque teremos amanhã a estreia na Champions em Kiev e é muito importante começar também com uma vitória, para que pelo menos a Liga Europa fique bem encaminhada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estao com 4 pontos de avanço mas só apanharam equipas de merda. Quando começarem a apanhar equipas fortes e levarem na pá a ladainha do costume vai começar a aparecer. Depois o culpado é o Pinto da Costa.