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segunda-feira, outubro 29, 2018

Banhada

Perdemos no Jamor frente ao Belenenses SAD por 0-2 no sábado e não só desperdiçámos a oportunidade de ficarmos isolados na frente, como vimos o CRAC (2-0 em casa frente ao Feirense, com o primeiro golo do Felipe em claro fora-de-jogo, mas o VAR aparentemente só funciona para alguns...) passar à nossa frente. Foi a nossa segunda derrota consecutiva, mas ao contrário de Amesterdão com uma exibição muito pior.

Perante uma equipa que ainda só tinha ganho um jogo(!) no campeonato esta época e que estava há quatro sem marcar qualquer golo, até entrámos bem e deveríamos ter resolvido a partida logo na 1ª parte: Salvio, Rafa e Gedson tiveram excelente ocasiões, mas a bola saiu ao lado no primeiro, um defesa de costas no chão(!) evitou no segundo e o Muriel defendeu no terceiro. À passagem da meia-hora, o Salvio foi derrubado na área, mas o Artur Soares Dias teve que ir ao VAR (e demorou séculos!) para assinalar o penalty. O mesmo Salvio permitiu a defesa do Muriel e, a partir desse lance, nunca mais fomos os mesmos. Até porque aos 36’, o Vlachodimos fez penalty sobre o Licá e o Eduardo não desperdiçou. Com um penalty falhado e 0-1 no marcador, perdemo-nos em campo e sofremos o segundo golo aos 42’ pelo Keita, depois de entrar à vontade pelo meio da nossa defesa e rematar sem hipóteses para o Vlachodimos.

A 2ª parte começou com o Jonas no lugar do Salvio e um trio de oportunidades pelo Rafa e o próprio Jonas por cima, e o Pizzi ao lado. Aos 68’, o Rui Vitória achou que tinha de mudar alguma coisa e tirou o Pizzi para colocar o Castillo. Ficámos a jogar com três avançados e (surpresa das surpresas...!) passámos a afunilar o jogo, e deixámos praticamente de conseguir chegar à grande-área contrária. Até final, foi mesmo o Belenenses SAD a ter um par de oportunidades, com o Vlachodimos a salvar uma delas perante o Licá isolado.

Em termos individuais e no meio da mediocridade quase completa, salvou-se o Gedson e o Rafa, porque foram os únicos a imprimir alguma velocidade e intensidade ao nosso jogo.

No final do encontro, o Rui Vitória veio desculpar-se com a falta de eficácia. Sim, é verdade que, especialmente na 1ª parte, falhámos uma série de golos e inclusive um penalty, mas o que é mais grave é a incapacidade que demonstrámos depois de sofrer o golo. A equipa deixa de ter soluções, parece completamente perdida em campo e do banco não vêm sinais positivos, antes pelo contrário: o Rui Vitória tem o hábito de atirar jogadores para a frente, para a ‘molhada’, na esperança que caia alguma bola do céu. Ora, isto como táctica para derrubar uma defesa só pode ser para rir... Ainda nesta partida, o Rui Vitória disse que mudou, porque “era preciso fazer qualquer coisa”. Ora bem, com dois extremos no banco (Cervi e Zivkovic), não se percebe porque é que colocou mais um avançado, quando o que estava na cara era que precisávamos de velocidade na frente e mais bolas que chegassem à área, porque só tínhamos o Rafa a fazer isso. Colocar avançados é escusado se a bola não chega lá...! Só quando entrou o Zivkovic aos 84’, é que voltámos a ter alguém com capacidade decisória no meio-campo. E aí já foi tarde demais.

P.S. – Gosto muito de ir ao Jamor, MAS é em tardes de finais da Taça! À noite e com chuva, está longe de ser aprazível. Não se percebe como é que se faz uma lei que permita que um clube e uma SAD possam cada um deles ter a sua equipa de futebol. Que sentido é que isto faz?! Por outro lado, com a chuvada ao intervalo (que raios, as nossas idas ao Jamor estão enguiçadas pela chuva, já na final da Taça de há duas épocas foi a mesma coisa!) e a perder por 0-2, houve muitos adeptos do Benfica que se foram embora. Não vejo assim tanta diferença em relação àquelas pessoas que abandonam o estádio aos 85’ com 3-0 a nosso favor. O princípio (ou a falta dele) é o mesmo!

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