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domingo, dezembro 21, 2014

À CRAC

Vencemos o Gil Vicente (1-0) e mantivemos os seis pontos de diferença em relação ao 2º classificado. No entanto, terá sido o pior jogo da época com a agravante de o golo ter sido obtido na sequência de um fora-de-jogo não assinalado ao Maxi Pereira. Ou seja, ficámos a saber como é que é ganhar à CRAC. E o sabor pelo menos para mim não é nada bom, mas há uma coisa ainda pior do que ganhar com um erro do árbitro: é perder com um erro do árbitro! Nesse aspecto, o nosso historial de há 30 anos ainda nos deixa com um enorme défice.

Para esta paupérrima exibição muito contribuiu a ausência de quatro titulares indiscutíveis: Luisão, Eliseu/André Almeida, Enzo Pérez e Salvio. Ficou mais uma vez demonstrado que o nosso plantel é muito curto e que não somos capazes de superar estes impedimentos. Um remate do Talisca proporcionou uma boa defesa ao Adriano e chegámos ao golo aos 30’ numa óptima abertura do Ola John, que desmarcou o Maxi Pereira (que estava em fora-de-jogo), este desviou a bola do guarda-redes para o poste e o Gaitán na recarga fez o único golo da partida. Até ao intervalo, uma cabeçada do Jonas poderia ter tido melhor destino.

Se a 1ª parte já não tinha sido grande espingarda, a 2ª foi de fugir. Não criámos praticamente oportunidades de golo, o que valeu foi com o Gil Vicente demonstrou por que está em último lugar sem nenhuma vitória. O avançado deles ainda se isolou, mas o César foi rápido a compensar e atirou para canto aos 54’ e já perto do final se o defesa-direito deles tivesse pé esquerdo teríamos o nosso Natal ainda mais estragado. Quanto a nós, um remate do Talisca que foi bem defendido foi a única jogada de jeito que fizemos. Quando soou o apito final, sentiu-se um enorme alívio no estádio.

Em termos individuais, destaque para o Gaitán pelo golo, para o Maxi Pereira pela entrega e para o Talisca por ser o nosso único jogador que acerta na baliza com remates fora da área. O Jonas teve uns furos abaixo do que é habitual, assim como o complicativo Ola John apesar de ter sido dele a abertura para o golo. Quando ao negativo, destaque novamente para o Bebé. Já frente ao Leverkusen não levantou a cabeça e não viu o Talisca isolado na área, mas muitos disseram que só tinha cabeça para a baliza numa situação daquelas. Hoje foi ainda pior: na recuperação de bola depois de um canto do Gil Vicente, tínhamos dois jogadores isolados sob a linha do meio-campo. E aquela abécula descerebrada voltou a não levantar a cabeça e prosseguir a jogada por ele! Era o golo da tranquilidade a pouco menos de 10’ do fim. Passei-me completamente! Deveríamos fazer um favor à ciência e oferecer-lhe aquilo que ele tem no lugar do cérebro para ser estudado devidamente. Como é que se pode ser tão burro?!

Num jogo para esquecer, conseguimos o mais importante que era os três pontos, mas se não recuperarmos alguns dos lesionados o panorama fica bastante negro, porque os suplentes não estão claramente à altura.

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